Anotações para as questões de aproveitamento_Estado no Brasil

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Anotações sobre a prova/trabalho de Estado no Brasil
Questão 1) 
• Há um grande conflito entre as elites em torno da centralização e descentralização do 
país;
• Portugal tem viés centralizador em relação a colônia;
• A incapacidade de gerir a colônia, fez com que, paulatinamente, as oligarquias locais 
das províncias fossem ganhando cada vez mais força;
• A chegada da coroa portuguesa no Brasil suscita as primeiras vias de 
nacionalidade/independência do país;
• Após a independência, foi trabalhada uma constituição com participação de diversas 
elites, em sua grande maioria portuguesas, que viria a ser outorgado em 1824. Dando 
assim plenos poderes ao imperador e rompendo com grande parte das expectativas das
elites que corroboraram no arcabouço da constituição de 1824;
• Dentre os principais poderes políticos da época estavam: o partido português, que era 
a favor da permanência da dependência da colônia à Portugal; e o partido monarquista,
que era a favor da permanência/construção da monarquia no Brasil;
• No período entre 1824-1831 houve grande concentração de poder;
• Com o afastamento de Dom Pedro I, entra em vigor o período regencial; que passou 
por diversas modificações em sua composição, desde uma regência trina até uma 
regência una. Neste período regencial que se estendeu entre 1831-1840 – com a 
emancipação de Dom Pedro II – ocorreram diversas revoltas pelo país que 
questionavam o poder central e reivindicavam mais autonomia para as províncias;
• Em 1834, o ato adicional enseja uma efêmera autonomia as províncias em relação ao 
poder central, podendo assim dizer, grosso modo, que foi-se estabelecido um breve 
período federalista no Brasil Império. No entanto, em 1940, tal “autonomia” foi 
obliterada por conta da tomada dos conservadores no poder legislativo, que acarretou 
no que foi chamado posteriormente de o “regresso conservador”;
• Os principais atores deste período, do segundo império, podem ser designados como:
1. O Partido Conservador(Saquarema), com claras intenções centralizadoras e 
representado na imagem do Visconde de Uruguai;
2. O Partido Liberal(Luzia), buscava a descentralização e mais librerdade para as 
províncias. Por muito tempo ficou sem um ícone que representasse o partido e seus 
ideais em peso; sendo que um de seus maiores representantes fortaleceu-se por volta 
de meados de 1870, sendo ele Tavares Bastos;
3. Tanto Tavares Bastos como o Visconde de Uruguai travaram um amplo debate 
intelectual sobre as questões pertinentes a centralização e descentralização. Porém, em
meio a essa mixórdia, tantos conservadores como liberais entendiam que a unidade 
nacional era importante; sendo assim o centralismo deveria ser considerado como uum
fator importante para esta união.
Questão 2)
• Parte das demandas pela descentralização do poder são atendidas pela constituição de 
1891;
• As oligarquias locais ganham mais força;
• Com anova constituição é vetado o voto dos analfabetos;
• É estabelecido o Estado laico por meio da nova constituição, que foi intensamente 
influenciada pelos ideais positivistas;
• Havia inexistência de um projeto nacional;
• Houve um intenso período de investimento e crescimento da industrialização e 
urbanização;
• Em 1917 ocorre a primeira greve dos trabalhadores no Brasil, sob influências da então 
recente revolução russa;
• O Estado não tinha a confiança de grande parte dos cidadãos;
• A política do então presidente da república, Campos Salles, e dos governadores 
favoreceu o coronelismo regionalizado no país;
• Em 1930, aproveitando o debate intelectual da época, Getúlio Vargas, usa do 
autoritarismo para construir o nacionalismo no Brasil. Com o fim de uma unificação 
entre a Nação e Estado. Por conseguinte, ele retirou certas atribuições que outrora 
eram dos estados e transferiu-as para o governo central. Também houve a criação do 
ministério da educação, ministério da saúde e o ministério do trabalho;
• 1934 ocorre a criação da CLT;
• Em 1937 ocorre um golpe que dá vigor ao Estado Novo, por motivos alarmistas contra
o suposto fantasma do comunismo que assolava as terras brasileiras;
• Há um amplo sistema de nacionalização por parte do governo central;
• É criado o DASP e os “daspinhos” como ramificações da vontade do poder central nos
estados; que fornece a uniformização dos procedimentos, a impessoalidade e a 
valorização dos assistentes técnicos na administração do governo;
Conferir os textos de Renato Lessa, Maria do Carmo Campello e Maria Celina D'Araujo(mais
indicado)
Questão 3)
• Getúlio Vargas sofre um golpe e é promulgada uma nova constituição em 1946;
• Em 1945 ocorre a nacionalização dos partidos, sendo os partidos vigentes: PTB, 
PSD, UDN E PCB. Em 1946, Dutra, do PSD, desenha um alinhamento com os 
E.U.A. O PTB é uma oposição à esquerda, a UDN tem um cunha mais direitista. E 
por fim, começa a caça a legalidade do PCB;
• Posteriormente, de forma democrática, Getúlio Vargas é eleito pelo PTB e cria a 
Petrobras;
• Neste período Carlos Lacerda, um dos principais opositores de Getúlio, era um dos 
maiores representantes da UDN;
• Juscelino Kubitschek, do PSD, com seu vice Jango do PTB, posteriormente ao 
governo de Vargas cria o plano de metas dos “50 anos em 5”, que culminou no 
deslocamento da capital para brasília;
• Jânio Quadros enseja sua campanha explorando a abstração que ainda ronda o 
imaginário brasileiro de combate a corrupção. Após abdicar do cargo seu vice, 
Jango, assume a presidência; porém sua agenda reformista, por meio de seu plano 
de reformas(como a reforma agrária) alimentaram ainda mais o medo do fantasma 
do comunismo que os brasileiros de “bem” tanto temiam;
• O PTB poderia ser considerado um partido de esquerda ao centro, e possuía uma 
ampla maioria no congresso, trabalhando em parceria com o PSD até que Jango 
começa a radicalizar seus planos de ação, o PSD se alia a UDN; possibilitando o 
golpe civil-militar;
Consultar as obras de Maria do Carmo Campello, Fabiano Santos
Questão 4)
• A ditadura civil-militar de 1964 foi uma ditadura que não possuiu um ditador único e 
teve pensamentos diversos, com uns mais “brandos” como Castelo Branco e uns mais 
linha dura como Médici. Ela torna-se totalmente rígida com o ato institucional de 
número 5, em 1968;
• Aos poucos os parlamentares começam a ter seus mandatos cassados; assim como há 
uma súbita perseguição aos direitos políticos e a liberdade de expressão de jornalistas 
e professores; assim como qualquer um que fosse contra o cerceamento de direitos 
promovido pelo AI-5;
• Houve uma estruturação do Estado Brasileiro:
1. Criação da Administração Indireta;
2. Código Tributário;
3. Lei de Autarquias;
4. Lei de Segurança Nacional(que até hoje está em vigor, e foi reforçada pelo 
governo Dilma como meio de “conter” os protestos dos megaeventos que estavam
por acontecer);
5. Ocorreu um grande processo de industrialização sob influência de um amplo 
debate intelectual que tinha foco voltado para o desenvolvimento do país;
6. Valorização dos técnicos;
7. Burocratização do Estado;
Ler as obras de Otávio Ianni e Francisco Castro
Questão 5)
• Com a promulgação da constituição de 1988, frequentemente referida como a 
“constituição cidadã”, possibilita-se uma constante abertura para abertura de diversos 
novos partidos políticos, representando estes as mais diversas variações do espectro 
político hodierno brasileiro;
• São reforçadas a competências dos entes federativos, sendo eles: A União, os Estados, 
os Municípios e o Distrito Federal;
• É garantida, por meio da carta magna, diversos dispositivos que suscitem a 
participação social nas atividades da administração pública;
• Expandiu-se o rol de garantia de direitos e deveres na constituição de 1988;
• Abertura para emendas constitucionais e a criação de outras leis;
• Constante secundarização do Estado mediante a concentração de certos poderes da 
União, como, por exemplo, de coletarimpostos e fazer empréstimos internacionais 
com a mesma liberdade outrora permitida na constituição de 1891;
Ler o texto de Celina Souza “Desenho Constitucional, Instituições Federativas e Relações 
Intergovernamentais no Brasil pós-1988”, In: Democracia, Descentralização e 
Desenvolvimento: Brasil & Espanha. FGV Editora.