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Brasil Império Escravidão e abolicionismo Escravidão Desde a segunda metade do século XVI, faz parte da estrutura do trabalho no território brasileiro, e assim segue todo período colonial até o final do Império Escravo como propriedade 1798: Revolta dos Alfaiates (Conjuração Baiana) 1835: Revolta dos Malês: etnia nagô O tráfico negreiro Processo da abolição 1831 – Primeira lei proibindo o tráfico, por pressão da Inglaterra (“lei para inglês ver”) 1845 – Bill Aberdeen – lei inglesa que proibia o tráfico entre África e América 1850 - promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que acabou definitivamente com o tráfico negreiro intercontinental. Com isso, caiu a oferta de escravos, já que eles não podiam mais ser trazidos da África para o Brasil. Tráfico negreiro no Brasil 1821-1855 Processo da abolição 1865 - Cresciam as pressões internacionais sobre o Brasil, que era a única nação americana a manter a escravidão. Fim da guerra de Secessão (1861-1865), nos EUA, com a derrota do sul escravista – Emendas 13, 14 e 15 à Constituição Guerra do Paraguai – participação dos escravos como soldados 1870 – Fundação da Sociedade Emancipadora do Elemento Servil 1871 - Promulgação da Lei Rio Branco, mais conhecida como Lei do Ventre Livre, que estabeleceu a liberdade para os filhos de escravas nascidos depois desta data. Os senhores passaram a enfrentar o problema do progressivo envelhecimento da população escrava, que não poderia mais ser renovada. Processo da abolição 1872 - O Recenseamento Geral do Império, primeiro censo demográfico do Brasil, mostrou que os escravos, que um dia foram maioria, agora constituíam apenas 15% do total da população brasileira. O Brasil contou uma população de 9.930.478 pessoas, sendo 1.510.806 escravos e 8.419.672 homens livres. 1880 - O declínio da escravidão se acentuou nos anos 80, quando aumentou o número de alforrias (documentos que concediam a liberdade aos negros), ao lado das fugas em massa e das revoltas dos escravos, desorganizando a produção nas fazendas. 1883 – O abolicionismo, de Joaquim Nabuco O abolicionismo “A guerra contra a escravidão foi, na Inglaterra, um movimento religioso e filantrópico, determinado por sentimentos que nada tinham de político, do Evangelho. No Brasil, porém, o abolicionismo é antes de tudo um movimento político, para o qual, sem dúvida, poderosamente concorre o interesse pelos escravos e a compaixão pela sua sorte, mas que nasce de um pensamento diverso: o de reconstruir o Brasil sobre o trabalho livre e a união das raças na liberdade.” (Joaquim Nabuco, O abolicionismo) Para a liberdade do país, seria necessária a eliminação dos dois tipos: o escravo e o senhor O processo da abolição 1885 - Assinatura da Lei Saraiva-Cotegipe ou, popularmente, a Lei dos Sexagenários, pela Princesa Isabel, tornando livres os escravos com mais de 60 anos, com a criação de um fundo de emancipação e a previsão da emancipação em 13 anos Fugas em massa de escravos, alforrias coletivas 1885-1888 - o movimento abolicionista ganhou grande impulso nas áreas cafeeiras, nas quais se concentravam quase dois terços da população escrava do Império. 13 de maio de 1888 - assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel A abolição Abolição sem indenização aos proprietários “A senhora acabou de redimir uma raça e perder um trono!“ Barão de Cotegipe Balanço No total, cerca de 4 milhões de escravos foram trazidos para o Brasil http://www.ibge.gov.br/brasil500/negros.html Escravidão x discriminação racial Propriedade x liberdade Antônio Rebouças e Luiz Gama E depois? “A desagregação do regime escravocrata e senhorial se operou, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho. (...) Essas facetas da situação (...) imprimiram à Abolição o caráter de uma espoliação extrema e cruel” (Florestan Fernandes, A integração do negro na sociedade de classes) E depois? “A preocupação pelo destino do escravo se mantivera em foco enquanto se ligou a ele o futuro da lavoura. Ela aparece nos vários projetos que visaram regular, legalmente, a transição do trabalho escravo para o trabalho livre, desde 1823 até a assinatura da Lei Áurea. (...) Com a Abolição pura e simples, porém, a atenção dos senhores se volta especialmente para seus próprios interesses. (...) A posição do negro no sistema de trabalho e sua integração à ordem social deixam de ser matéria política. Era fatal que isso sucedesse”. (idem, ibidem) Dados atuais começo século XXI Censo de 2010 Negros Brancos Amarelos Indígenas 0.50700000000000001 0.4770000000000002 1.0999999999999999E-2 4.0000000000000036E-3 População segundo cor /raça Censo 2010 População segundo cor/raça Censo 2010 Total: 190.755.799 Branca: 91.051.646 (47,73%) Preta: 14.517.961 (7,61%) Amarela: 2.084.288 (1,09%) Parda: 82.277.333 (43,13%) Indígena: 817.963 (0,43%) Sem declaração: 6.608 (0,01%) Negros (Pretos + Pardos): 96. 795.294 (50,74%) Censo de 2010 Primeira vez (desde 1872) população negra é maioria Processo identitário Enfraquecimento da ideologia do “branqueamento” Educação Mercado de trabalho Habitação e saneamento Renda Escravidão e desigualdade racial A escravidão como elemento constitutivo da estrutura produtiva do Brasil colonial e imperial instaurou uma fissura social entre brancos e negros na população, deixando como herança um problema político que se coloca a todo o tempo na formação de um Estado política e socialmente democrático Desembarque estimado de escravos no Brasil Quinquênios 1821-1825 a 1851-1855 1821-1825181200 1826-1830250200 1831-183593700 1836-1840240600 1841-1845120900 1846-1850157500 1851-18556100 Fonte: IBGE (http://www.ibge.gov.br/brasil500/negros.html) Plan1 1816-1820 188300 1821-1825 181200 1826-1830 250200 1831-1835 93700 1836-1840 240600 1841-1845 120900 1846-1850 157500 1851-1855 6100 Desembarque estimado de escravos no Brasil Quinquênios 1821-1825 a 1851-1855 1821-1825 181200 1826-1830 250200 1831-1835 93700 1836-1840 240600 1841-1845 120900 1846-1850 157500 1851-1855 6100 Fonte: IBGE (http://www.ibge.gov.br/brasil500/negros.html) Plan2 Plan3 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA ONU Mulheres Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir Brasília, 2011 4ª Edição 5 Apresentação 7 Apresentação SPM 9 Apresentação UNIFEM 11 Apresentação Ipea Sumário Blocos temáticos 15 População 17 Chefia de família 19 Educação 21 Saúde 22 Previdência e assistência social 23 Mercado de trabalho 24 Trabalho doméstico remunerado 25 Habitação e saneamento 26 Acesso a bens duráveis e exclusão digital 27 Pobreza, distribuição e desigualdade de renda 29 Uso do tempo 30 Vitimização Editorial 5 Brancos/as Negros/as Outros/as Todos/as Legenda Apresentação 7 Apresentação SPM 9 Apresentação Unifem 11 Apresentação Ipea 13 Blocos Temáticos População Distribuição percentual da população segundo sexo e cor/raça. Brasil, 2009. 17 Chefia de Família Número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres. Brasil, 1999 e 2009. 19 Educação Média de anos de estudo da população ocupada com 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/ raça. Brasil, 1999 e 2009. 21 Saúde Mulheres com 40 anos ou mais de idade, segundo realização de exame clínico de mamas e localização do domicílio. Brasil, 2008. 23 Previdência e Assistência Social Distribuição dos domicílios que recebem Bolsa Família, segundocor/raça do/ da chefe. Brasil, 2006. Mercado de trabalho Taxa de desemprego da população de 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/raça. Brasil, 2009. Trabalho doméstico remunerado Proporção de trabalhadoras domésticas com carteira de trabalho assinada, segundo cor/ raça. Brasil, 1999 e 2009. Habitação e Saneamento Distribuição de domicílios urbanos em favelas, segundo sexo e cor/raça do/da chefe. Brasil, 2009. Bens duráveis Distribuição dos domicílios chefiados por mulheres que não possuem máquina de lavar roupas, segundo cor/raça da chefe e localização do domicílio. Brasil, 2009. Pobreza, distribuição e desigualdade de renda Renda média da população, segundo sexo cor/raça. Brasil, 2009. Uso do tempo Número médio de horas semanais dedicadas aos afazeres domésticos, pela população de 16 anos ou mais, segundo sexo. Brasil, 2009 Vitimização Distribuição da população de 10 anos ou mais de idade, que foi vítima da agressão física, segundo sexo e local de agressão. Brasil, 2009 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA ONU Mulheres Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir Brasília, 2011 4ª Edição 5 Apresentação 7 Apresentação SPM 9 Apresentação UNIFEM 11 Apresentação Ipea Sumário Blocos temáticos 15 População 17 Chefia de família 19 Educação 21 Saúde 22 Previdência e assistência social 23 Mercado de trabalho 24 Trabalho doméstico remunerado 25 Habitação e saneamento 26 Acesso a bens duráveis e exclusão digital 27 Pobreza, distribuição e desigualdade de renda 29 Uso do tempo 30 Vitimização Editorial 5 Brancos/as Negros/as Outros/as Todos/as Legenda Apresentação 7 Apresentação SPM 9 Apresentação Unifem 11 Apresentação Ipea 13 Blocos Temáticos População Distribuição percentual da população segundo sexo e cor/raça. Brasil, 2009. 17 Chefia de Família Número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres. Brasil, 1999 e 2009. 19 Educação Média de anos de estudo da população ocupada com 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/ raça. Brasil, 1999 e 2009. 21 Saúde Mulheres com 40 anos ou mais de idade, segundo realização de exame clínico de mamas e localização do domicílio. Brasil, 2008. 23 Previdência e Assistência Social Distribuição dos domicílios que recebem Bolsa Família, segundo cor/raça do/ da chefe. Brasil, 2006. Mercado de trabalho Taxa de desemprego da população de 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/raça. Brasil, 2009. Trabalho doméstico remunerado Proporção de trabalhadoras domésticas com carteira de trabalho assinada, segundo cor/ raça. Brasil, 1999 e 2009. Habitação e Saneamento Distribuição de domicílios urbanos em favelas, segundo sexo e cor/raça do/da chefe. Brasil, 2009. Bens duráveis Distribuição dos domicílios chefiados por mulheres que não possuem máquina de lavar roupas, segundo cor/raça da chefe e localização do domicílio. Brasil, 2009. Pobreza, distribuição e desigualdade de renda Renda média da população, segundo sexo cor/raça. Brasil, 2009. Uso do tempo Número médio de horas semanais dedicadas aos afazeres domésticos, pela população de 16 anos ou mais, segundo sexo. Brasil, 2009 Vitimização Distribuição da população de 10 anos ou mais de idade, que foi vítima da agressão física, segundo sexo e local de agressão. Brasil, 2009 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA ONU Mulheres Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir Brasília, 2011 4ª Edição 5 Apresentação 7 Apresentação SPM 9 Apresentação UNIFEM 11 Apresentação Ipea Sumário Blocos temáticos 15 População 17 Chefia de família 19 Educação 21 Saúde 22 Previdência e assistência social 23 Mercado de trabalho 24 Trabalho doméstico remunerado 25 Habitação e saneamento 26 Acesso a bens duráveis e exclusão digital 27 Pobreza, distribuição e desigualdade de renda 29 Uso do tempo 30 Vitimização Editorial 5 Brancos/as Negros/as Outros/as Todos/as Legenda Apresentação 7 Apresentação SPM 9 Apresentação Unifem 11 Apresentação Ipea 13 Blocos Temáticos População Distribuição percentual da população segundo sexo e cor/raça. Brasil, 2009. 17 Chefia de Família Número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres. Brasil, 1999 e 2009. 19 Educação Média de anos de estudo da população ocupada com 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/ raça. Brasil, 1999 e 2009. 21 Saúde Mulheres com 40 anos ou mais de idade, segundo realização de exame clínico de mamas e localização do domicílio. Brasil, 2008. 23 Previdência e Assistência Social Distribuição dos domicílios que recebem Bolsa Família, segundo cor/raça do/ da chefe. Brasil, 2006. Mercado de trabalho Taxa de desemprego da população de 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/raça. Brasil, 2009. Trabalho doméstico remunerado Proporção de trabalhadoras domésticas com carteira de trabalho assinada, segundo cor/ raça. Brasil, 1999 e 2009. Habitação e Saneamento Distribuição de domicílios urbanos em favelas, segundo sexo e cor/raça do/da chefe. Brasil, 2009. Bens duráveis Distribuição dos domicílios chefiados por mulheres que não possuem máquina de lavar roupas, segundo cor/raça da chefe e localização do domicílio. Brasil, 2009. Pobreza, distribuição e desigualdade de renda Renda média da população, segundo sexo cor/raça. Brasil, 2009. Uso do tempo Número médio de horas semanais dedicadas aos afazeres domésticos, pela população de 16 anos ou mais, segundo sexo. Brasil, 2009 Vitimização Distribuição da população de 10 anos ou mais de idade, que foi vítima da agressão física, segundo sexo e local de agressão. Brasil, 2009
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