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Ciência do Solo Manejo e Conservação do Solo. Walmir ribeiro de carvalho Professor IFPA FATORES QUE INFLUEM NA EROSÃO DO SOLO EROSÃO CHUVA COBERTURA VEGETAL MANEJO DO SOLO TOPOGRAFIA SOLO Erosão Conceito; É o processo de desgaste e degradação dos solos caracterizada pela desagregação e arrastamento de suas partículas, através da ação dos agentes erosivos, desnudando seus horizontes, principalmente o horizonte A, que é de maior importância agrícola. FATOR CHUVA Intensidade Duração Quantidade Total Frequência Distribuição Sazonal FATOR CHUVA INTENSIDADE Forma, Velocidade e Tamanho das gotas Desprendem partículas de solo no local que sofre impacto. Transportam, por salpicamento, as partículas desprendidas. Imprimem energia, em forma de turbulência, à água superficial. FATOR CHUVA Diâmetro médio das gotas (mm) Intensidade da chuva (mm/h) 0,75 – 1,00 0,25 1,00 – 1,25 1,27 1,25 – 1,50 2,54 1,75 – 2,00 12,70 2,00 – 2,25 25,40 2,25 - 2,50 50,80 2,75 – 3,00 101,60 3,00 – 3,25 152,40 Fonte: Kohnke & Bertrand, 1959. FATOR CHUVA Velocidade de queda da gota d´água: Determinada pela gravidade, resistência do ar e vento. gravidade é uniforme para todos tamanhos de gotas resistência do ar é maior por unidade de massa de água FATOR CHUVA O vento pode aumentar ou diminuir a velocidade de queda das gotas de chuva. Isto ocorre devido a interação das forças vetoriais do vento ( ou ↑) e das gotas de água da chuva (↓). 9 FATOR CHUVA Diâmetro médio das gotas (mm) Intensidade da chuva(m/s) 1,25 4,85 1,50 5,51 2,00 6,58 3,00 8,06 4,00 8,86 5,00 9,25 6,00 9,30 Quadro 2. Relação entre tamanho médio e velocidade de queda das gotas (após 20 m, sem vento). Fonte: Kohnke & Bertrand, 1959. onde: I = intensidade; V = volume e; T = tempo Quanto > I , mais intensa é a chuva > massa de água > velocidade > energia cinética > desagregação > erosão FATOR CHUVA Duração da Chuva associado a Intensidade. A duração da chuva é o complemento da intensidade; logo a combinação dos dois determina a PRECIPITAÇÃO TOTAL. Duração da chuva (min.) Intensidade da chuva (mm/h) Perda de solo (t/ha) Perda de água (% de chuva) 30 60 6,0 54 15 120 15,3 64 Fonte: Suarez de Castro,1956. Quantidade de chuva Total: Volume Total de água que caí em um determinado período de tempo. Frequência das Chuvas INTERVALO CUTO Conteúdo de umidade alto Escorrimento maior INTERVALO LONGO Conteúdo de umidade baixo Infiltração maior Data da chuva anterior Data da chuva Intensidade da chuva (mm/h) Quantidade de chuva (mm) Perda de solo. água (t/ha) mm 03/08 20/08 36 18 0,0 0,1 20/10 22/10 14 12,5 0,5 2,4 Fonte: Suarez de Castro (1956) Efeito da frequência da chuva sobre a erosão do solo Distribuição Sazonal das Chuvas Distribuição sazonal da chuva [ ] da chuva em uma ou duas estações do ano determinam uma alta freqüência de chuvas neste período, aumentando o riscos de erosão. EFEITO DO RELEVO Comprimento de rampa ou lançante Declive (Grau do Declive) Forma da Encosta (Regularidade do Declive) EFEITO DO RELEVO Grau de Declividade Maior declive menores serão os obstáculos e resistências oferecidas ao livre escoamento das águas sob a força da gravidade menor o tempo disponível para a infiltração das águas armazenamento de água na superfície Escorrimento superficial EFEITO DO RELEVO Comprimento do Lançante A medida que a lançante cresce, o volume e a velocidade da enxurrada crescem. EFEITO DO RELEVO EFEITO DO RELEVO Plano e convexos – maior erosão no terço inferior Convexo – maior erosão que o plano, por sua declividade no terço inferior ser ainda maior que o declive do plano Côncava – maior taxa de erosão no primeiro terço Curvatura do Declive Quadro de resumo EFEITO DO RELEVO Fonte:Pomianoski, et al. 2005 EFEITO DA COBERTURA VEGETAL Proteção Direta contra Impacto das gotas de chuva Dispersão da água, interceptando-a e evaporando-a antes que atinja o solo. Diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada pelo aumento do atrito na superfície. Melhoramento da estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, aumentando assim sua capacidade de retenção de água. Decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo, aumentam a infiltração da água. EFEITO DA COBERTURA VEGETAL AO NÍVEL DA COPA AO NÍVEL DA SUPERFÍCIE DO SOLO NO INTERIOR DO SOLO (RAÍZES) EFEITO DA COBERTURA VEGETAL EFEITO DA COBERTURA VEGETAL Importância da MO para a conservação do solo EFEITO DA COBERTURA VEGETAL Melhoramento da estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, aumentando assim sua capacidade de retenção de água. Decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo,aumentam a infiltração da água; Organismos vivos Participam formação do solo, exercem ação benéfica à estrutura do solo (porosidade, infiltração e retenção de água no solo) FATOR SOLO Textura Estrutura Matéria Orgânica Permeabilidade e Profundidade FATOR SOLO Textura Solo arenoso – macroporos – chuva de baixa intensidade – não há dano. Baixa proporção de partículas argilosas – pequena quantidade de enxurradas que ocorre na superfície pode arrastar grande quantidade de solo. Solo argiloso – microporos – penetração de água reduzida. Força de coesão das partículas é maior – aumenta a resistência a erosão. FATOR SOLO Estrutura Agregados com argila montmorilonítica são poucos estáveis em água. Com argila caulinítica são mais estáveis. A maior estabilidade dos agregados condiciona menos enxurrada e menos erosão. FATOR SOLO Propriedades biológicas. A diminuição da erosão pela estabilidade dos agregados deve-se ao efeito da coesão das partículas proporcionados pelo material em decomposição. FATOR SOLO Favorece a penetração de raízes , o desenvolvimento de microorganismos benéficos. ajuda o processamento dos constituintes inorgânicos; transformando materiais inaproveitáveis em formas aproveitáveis pelos vegetais.. Porquê adicionar M.O??????? FATOR SOLO Matéria Orgânica, permeabilidade e profundidade. Solos argilosos: modifica-lhes a estrutura, melhorando as condições de arejamento e retenção de água. Solos arenosos: Aglutinação das partículas, firmando a estrutura e diminuindo o tamanho dos poros, aumentando a capacidade de retenção de água. FATOR USO E MANEJO DO SOLO O preparo intensivo do solo favorece a destruição de seus agregados e, conseqüentemente, a propensão de selamento da superfície, favorecendo o escoamento superficial e a perda de solo. FATOR USO E MANEJO DO SOLO Quanto mais protegida, pela cobertura vegetal, estiver a superfície do solo contra a ação da chuva, menor será a propensão do solo à erosão. FATOR USO E MANEJO DO SOLO Fonte: Santos, et al. 2009 FATOR USO E MANEJO DO SOLO Uso excessivo de máquinas agrícolas. FATOR USO E MANEJO DO SOLO Subsolagem ( romper a camada compactada) Processo mecãnico para soltar e quebrar o subsolo (camada compactada de 15 a 30 cm da superfície) Plantio Convencional e os Agregados FATOR USO E MANEJO DO SOLO Plantio Direto Plantio sem preparo ou com preparo mínimo para a colocação da semente. Eliminação das ervas daninhas com herbicidas. Resíduos da cultura anterior permanecem no solo. FATOR USO E MANEJO DO SOLO PLANTIO DIRETO X PLANTIO CONVENCIONAL PLANTIO DIRETO X PLANTIO CONVENCIONAL Modalidades de Erosão EROSÃO HÍDRICA EROSÃO EÓLICA EROSÃO GEOLÓGICA INTRODUÇÃO Erosão Geológica ou Normal:processo físico que consiste na degradação, transporte do solo, pela água ou pelo vento. Este fenômeno esculpi o relevo terrestre. Erosão Acelerada ou simplesmente Erosão :Quando o solo é despido de sua vegetação natural e submetido ao cultivo, ficando exposto diretamente às forças erosivas. Neste caso, a água e o vento removem material com uma intensidade muito maior do que a intensidade que se verifica quando o solo está naturalmente coberto. Erosão Hídrica Processo de erosão causadopelos caminhos da água sobre a vegetação e seu movimento sobre a superfície do solo. Ocorre com maior frequência nas diversas regiões brasileiras EROSÃO HÍDRICA Fases da Erosão Hídrica Impacto Desagregação Transporte Deposição FASES DA EROSÃO HÍDRICA 1a Fase: Impacto As gotas de chuva que golpeiam o solo contribuem para a erosão da seguinte maneira: - desprendem as partículas do solo no local do impacto; - transportam, por salpicamento, as partículas desprendidas; - imprimem energia em forma de turbulência à água da superfície. A água que escorre na superfície de um terreno, principalmente nos minutos iniciais, exerce uma ação transportadora. FASES DA EROSÃO HÍDRICA 2a Fase: Desagregação Ocorre devido à energia cinética contida nas gotas de chuva e no escorrimento superficial. Quando a gota de chuva impacta sobre a superfície do solo, desagrega os agregados de solo (figura), lançando gotículas de água e fragmentos de solo em todas as direções, erosão por salpicamento, atinge até um metro de distância FASES DA EROSÃO HÍDRICA É a parada do solo desagregado. É o fim da fase de transporte e acontece quando o agente perde a força (velocidade e/ou massa), depositam-se partículas maiores e mais pesadas, posteriormente as partículas mais finas e por ultimo as partículas finas, como a argila. 4ª Fase: Deposição FASES DA EROSÃO HÍDRICA 3ª Fase: Transporte É o movimento das partículas de solo sobre a vegetação do solo. Leva-se em consideração: o tamanho e a densidade das partículas, a força do agente, a topografia do terreno, e a presença ou de obstáculos (vegetação, pedras, restos vegetais, etc). Fases da Erosão Hídrica Tipos de Erosão Hídrica Erosão Laminar Remoção quase uniforme das camadas superficiais pelo fluxo da enxurrada Difícil percepção no campo. Solos tornam-se mais claros. Tipos de Erosão Hídrica Erosão Laminar TIPOS DE EROSÃO HÍDRICA Erosão em sulcos Formação de canais sinuosos. Concentração da enxurada em vias preferenciais do terreno. Forma bem perceptível de erosão. Tipos de Erosão Hídrica Erosão em sulcos. TIPOS DE EROSÃO HÍDRICA Voçorocas Estágio mais avançado da erosão em sulco. Deslocamento de grandes massas de solo. Tipos de Erosão Hídrica Voçorocas TIPOS DE EROSÃO HÍDRICA DESGASTA E EMPOBRECE O SOLO REPRESENTA UM GRAVE IMPECILHO AO SEU PREPARO E AOS CULTIVOS DIFICULTA OU IMPOSSIBILITA O USO DE MÁQUINAS ASSOREAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS Voçoroca TIPOS DE EROSÃO HÍDRICA EROSÃO EÓLICA Causada pelos ventos ocorre em geral em regiões planas, de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa e sopram ventos fortes. EROSÃO EÓLICA Fatores que afetam a erosão eólica. Clima – Deve-se levar em consideração as precipitações, o vento, a temperatura, a umidade, viscosidade e densidade do ar. Solo – Com relação ao solo distinguem-se a textura, estrutura, densidade das partículas, matéria orgânica, a umidade e a rugosidade da superfície. Vegetação – Considera a altura e a densidade da cobertura vegetal EROSÃO EÓLICA Mudança de textura, nas condições físicas e na fertilidade. As partículas mais finas são carregadas pelo vento, permanecendo as mais grossas e menos produtivas. A areia levada pelo vento se amontoa em outros lugares, formando dunas instáveis, geralmente em terras mais produtivas. Prejuízos Causados pela Erosão Eólica EROSÃO EÓLICA Fases da erosão eólica O processo de erosão eólica consiste de três fases distintas envolvendo as partículas do solo: o início do movimento, o transporte e a deposição. Movimento das partículas Causado pelas forças do vento exercidas contra a superfície do terreno. EROSÃO EÓLICA Transporte das partículas É influenciado pelo seu tamanho, velocidade do vento e distância a percorrer. Deposição do sedimento Ocorre quando a força da gravidade é maior que a força de sustentação das partículas no ar. As partículas de solo que se movimentam no processo de erosão eólica são depositadas em um novo local quando o vento diminui. EROSÃO EÓLICA EROSIVIDADE DA CHUVA Capacidade da chuva em causar erosão hídrica Intensidade da chuva parâmetro que exerce maior influencia sobre a erosão do solo. Cobertura vegetal perdas de solo. Segundo Cassol et al. (2004), o Fator R é um valor médio anual da erosividade das chuvas a partir, de dados correspondentes a um período de tempo longo. EROSIVIDADE DA CHUVA Limita-se a poucas localidades nos estados. EI = 67,355 (r2 / P)0,85 EI = Média mensal de erosão; Megajoule. mm/ há r = precipitação média mensal em milímetros. P= precipitação média anual em milímetros. Precipitação média 76 ERODIBILIDADE DO SOLO Susceptibilidade do solo em sofrer erosão Um solo com alta erodibilidade sofrerá mais erosão que um baixa erodibilidade em condições iguais Pode ser definido também como o atributo intrínseco do solo que reage à ação erosiva da água: Reduzindo a taxa de infiltração e a rugosidade superficial do solo devido à desestruturação (aumentando a enxurrada); Desprendendo e transportado as partículas pela enxurrada. ERODIBILIDADE DO SOLO Atributos que influenciam na erodibilidade Textura; Estrutura; Teor de MO; Permeabilidade. Relação textural Textura Dependendo da declividade a erosão pode ser aumentada; Um atributo isoladamente não pode classificar o solo quanto a sua erodibilidade. ERODIBILIDADE DO SOLO ERODIBILIDADE DO SOLO Óxidos: São considerados agentes indicadores de propriedades. Permeabilidade e coesão do solo, que influencia na erodibilidade. Funcionam como agentes floculantes a coesão entre as partículas Estrutura Boa organização das partículas maior capacidade de infiltração Teor de MO Contribui para a agregação e estabilidade dos agregados resistência a erosividade. ERODIBILIDADE DO SOLO ERODIBILIDADE DO SOLO Profundidade efetiva Tolerância de Perda de Solo Quantidade de terra que pode ser perdida por erosão, mantendo ainda o solo elevado nível de produtividade por longo período de tempo = (erosão permissível ou tolerável) Fatores que determinam a tolerância Cálculo da tolerância de perdas de solo Baseado na profundidade do solo e na relação textural entre os horizontes. P = 100 x h x d P = peso da terra em Mg.ha-1 h = espessura do horizonte em cm d = densidade do solo em g.cm3nh Smith & Stamey (1964): método prático É um modelo empírico, porém não preciso devido à grande diversidade de solos, climas e topografia, estes considerados os componentes dinâmicos principais, por isso a importância de estudos regionais para se adaptar as características de cada local. MODELOS DE PREDIÇÃO DE PERDAS DE SOLO Equação Universal de perda de solo (USLE) A = R K L S C P Perda de solo Média anual T ha - ¹ ano - ¹ Fator erodibilidade do solo Declividade da encosta Fator erosividade da chuva Fator comprimento da encosta Fator uso e manejo do solo Práticas Conservacionistas USLE Fonte: Domingos, 2006. FATOR K FATOR LS Distância do ponto de origem do fluxo superficial até o ponto onde cada gradiente de declive diminui. Perda de solo com o do declive. Alguns Valores de C/ Cultura FATOR P EXPERIMENTOS EXPERIMENTOS EXPERIMENTOS EXPERIMENTOS
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