Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
X’ BENEFÍCIOS FISCAIS E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO MBA EM CONTABILIDADE E DIREITO TRIBUTÁRIO Marciel Augusto Raimundo Lima • Advogado Formado pela Universidade Salgado de Oliveira (2005) e graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Anhanguera de Ciências Humanas (1989); • Pós Graduado em Auditória e Análise Contábil, pela Universidade Católica de Goiás (1998); • Assistente de ensino no MBA em Direito Tributário pela FGV- Escola de Direito Rio de Janeiro (2006 e 2007); • Professor titular dos cursos de Pós graduação da PUC GOIÁS/IPECON; IPOG, UFG, ALFA, UNICAMPS • Proprietário da Empresa - Master Processamento de Dados Ltda - Auditoria Contábil; • Sócio e Editor da empresa Objetiva Edições Empresariais Ltda, Empresa com 28 anos de atuação nas áreas Legislação Tributária, Federal, Estadual Municipal, trabalhista e previdenciária e contábil; • Consultor de empresas nas áreas de tributos federais, estaduais e municipais com 22 anos de experiência. 10% do que LEMOS 20% do que OUVIMOS 30% do que VEMOS 50% do que VEMOS e OUVIMOS 70% do que FALAMOS 90% do que FALAMOS e FAZEMOS Depois de 2 semanas, nos lembramos de... Atitudes Ativas Atitudes Passivas Cone do Aprendizado Edgar Dale (1969) Se deseja que um conhecimento não se dissolva na mente, tenha atitudes ativas sobre ele, faça ele acontecer (Edgar Dale, 1.969). O sistema tributário brasileiro “cada vez mais se parece com as populares telenovelas do País”, por ser “enrolado”, “cômico” e “incrivelmente difícil de seguir”. Financial Times Precisamos nos reinventarmos enquanto profissionais, transformando problemas e dificuldades em oportunidades! Carga Tributária O Brasil é o país com a maior carga tributária em toda América Latina e Caribe. Estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que brasileiros pagam o equivalente a 33,4% do tamanho da economia em taxas e impostos. Proporcionalmente, o montante é mais de 50% superior à média da região. Apesar de liderar a incidência de impostos, a cobrança é desigual. Enquanto o Brasil está no grupo dos que têm menos impostos sobre a renda e lucro, é um dos que mais cobram sobre a seguridade social. Fonte: Exame Carga Tributária Brasileiro trabalha até 1º de junho só para pagar impostos Consumidores trabalharão 153 dias em 2018 para pagar tributos Todos os rendimentos que o contribuinte recebeu até o dia 01/06/16 serviram somente para pagar impostos, taxas e contribuições. De acordo com o estudo divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação - IBPT, o brasileiro, nesse ano trabalharia 153 somente para pagar tributos. Carga Tributária Carga Tributária Carga Tributária Fonte: Impostômetro - IBPT Carga Tributária Fonte: Impostômetro - IBPT PLANEJAMENTO E GESTÃO TRIBUTÁRIA Conceito: forma lícita de reduzir a carga fiscal. Exige alta performance profissional e muito conhecimento técnico para as decisões estratégicas no ambiente corporativo. Consiste em visualizar no invisível as grandes oportunidades para os negócios da empresa. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Possui caráter preventivo e se desenvolve na estrita legalidade. Não possuí formula pronta. Cada caso requer planejamento particularizado. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Possui as seguintes finalidades: Evitar a incidência do fato gerador Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou base de cálculo Retardar o pagamento do tributo sem ocorrência da multa PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Elisão x Evasão Condutas lícitas, não simuladas e anteriores ao fato gerador Condutas ilícitas ou posteriores ao fato gerador, incluindo simulação, fraude e sonegação NORMA ANTI-ELISIVA Alcança os atos praticados com simulação ou fraude, ou que se prestem a ocultar fato gerador já ocorrido, já punidos pela legislação anterior Não alcança as operações praticadas em observância à estrita legalidade. O QUE NÃO CARACTERIZA PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO? Crimes contra a ordem tributária fraudar fiscalização, omitir informação ou prestar declaração falsa, falsificar ou alterar nota fiscal, deixar de recolher tributo no prazo legal por má fé; Sonegação fiscal ação ou omissão dolosa, impedir ou retardar total ou parcialmente o conhecimento pelo fisco de um fato ocorrido, ou da natureza do fato; Simulação art. 102 do Código Civil – transmissão de direitos a pessoas diversas, falsa declaração e confissão, registro de datas divergentes da ocorrência do ato, intenção de prejudicar terceiros ou violar dispositivo legal; Abuso de forma e negócio jurídico indireto; Distribuição disfarçada de lucros. DIREITO DE REDUZIR A CARGA TRIBUTÁRIA (LEI 6.404/76) [...] Art 153. O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios. Art 154. O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e o interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa. [...] Qual o regime tributários escolher... PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ESCOLHA REGIME DE TRIBUTAÇÃO Resultado das Empresas Lucro arbitrado Lucro presumido Lucro real Trimestral Trimestral Lucro real trimestral Lucro real anual Pagamento definitivo com base na receita bruta ou critério alternativo Pagamento definitivo com base na receita bruta Pagamento definitivo com base no lucro real trimestral Pagamento com base na receita bruta mensal com ajuste pelo real acumulado mensalmente e ajuste na ECF anual Regime de apuração Regime de pagamento PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO (FOCO NO IRPJ E CSLL) • Provisões dedutíveis mensalmente; • Depreciação de bens adquiridos usados; • Depreciações aceleradas: contábil e incentivada; • Perdas nos créditos a receber; • Juros sobre Capital Próprio; • Reorganizações societárias. Compliance Tributário O que é isso? Compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e t r a t a r q u a l q u e r d e s v i o o u inconformidade que possa ocorrer através de ferramentas de controle. Compliance Tributário Benefícios com o compliance tributário: •Monitoramento das obrigações a serem entregues com respectivas datas; •Controles de entregas; •Guarda de arquivamentos digitais. (Arquivos, XMLs, ….) •Fácil acesso de todas as obrigações exigidas pelo FISCO já entregues; •Monitoramento de CNDs; •Auditoria e cruzamentos das escriturações diária e Mensal. Compliance Tributário PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO (INCENTIVOS / BENEFÍCIOS) BENEFÍCIO FISCAL INCENTIVO FISCAL Trata – se de uma diferença de gênero e espécie, visto que todo incentivo é um benefício, mas nem todo benefício é um incentivo. É toda liberalidade tributária que vise a atender interesse público de qualquer ordem. Sendo benefício específico, objetiva satisfazer interesse de ordem econômica e social, como geraçãode empregos, redução de preços de produtos, etc. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO (INCENTIVOS / BENEFÍCIOS) Do imposto devido em cada mês, por exemplo, poderão ser deduzidos incentivos fiscais, tais como: Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT); Doações aos Fundos da Criança e do Adolescente; Doações ao Fundo do Idoso; Atividades Culturais ou Artísticas; Atividades Audiovisuais, incluindo as aplicações no FUNCINES, observados os limites e prazos para esses incentivos. LIMITES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ABUSO DE DIREITO, FRAUDE À LEI, SIMULAÇÃO E PROPÓSITO NEGOCIAL Conforme previsto no artigo nº 1.011 da Lei nº 10.406/2002, o administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. Os limites do planejamento tributário estão previstos nas Leis nº 4.729/1965 (Crime de Sonegação Fiscal) e a na Lei nº 8.137/1990 (Crime contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo). NORMA ANTI - ELISIVA DO BRASIL (LEI Nº 5.172/1966 ARTIGO 116) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária (Parágrafo Único do artigo 116 da Lei nº 5.172/1966). Em termos normativos os atos ou negócios jurídicos passíveis de desconsideração poderão também ser justificados pelos seguintes dispositivos legais: ATOS OU NEGÓCIOS JURÍDICOS PASSÍVEIS DE DESCONSIDERAÇÃO Abuso das formas (Lei nº 10.406/02, artigo 187); Ausência de motivos (Lei nº 10.406/02, artigo 140); Simulação (Lei nº 10.406/02, artigo 167); Fraude a lei imperativa (Lei nº 10.406/02, artigo 166, inciso VI); Abuso do direito (Lei nº 10.406/02, artigo 187); Boa-fé objetiva (Lei nº 10.406/02, artigo 422); Função social da propriedade (CF/1988, artigo 5º, inciso XXIII); Função social dos contratos (Lei nº 10.406/02, artigo 421). QUEM SABE MAIS, PAGA MENOS Você pode se diferenciar da sua concorrência e se tornar uma empresa que atua na estratégia a nível gerencial dos clientes, transformando-se em uma peça indispensável para o sucesso das suas empresas. Você já parou para pensar que o seu escritório contábil pode ser muito mais do que apenas um prestador de serviços contábeis? Fonte: jornalcontabil.com.br Planejamento Tributário e Revisão Fiscal: Por que é tão importante agora? A crise atual força contadores e empresários a buscarem saídas envolvendo a redução de custos e simplificação de impostos. Quando ambos trabalham juntos, o resultado pode ser uma análise aprofundada da realidade da organização e o surgimento de oportunidades para mudanças. É possível, através de um planejamento tributário e revisão fiscal, alcançar excelentes resultados. Fonte: https://impostometro.com.br/ CAPÍTULO 1 EXEMPLOS E CASOS PRÁTICOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO A empresa VÔO LIVRE Indústria e Comércio de Equipamentos para Aeronaves , faturou no ano de 2017 o valor de R$ 90 milhões de reais. Sua margem de lucro líquida, antes dos tributos, é de 20%. A mesma tributou o ano em questão no regime Lucro Presumido. Qual a gestão tributária poderia ser feita para que a empresa reduzisse sua carga tributária para o ano de 2018? CASO PRÁTICO Nº 01 CASO PRÁTICO Nº 01 - Resolução 1. Poderia ser efetuada uma CISÃO parcial, vertendo parte do patrimônio para outra empresa, dividindo assim o faturamento, proporcionando que ambas pudessem optar pelo Lucro Presumido no ano seguinte, pois o faturamento não excederia o limite de R$ 78.000.000,00 anuais no ano anterior, obrigando-a assim, a ser tributada pelo Lucro Real. 2. Constituição de uma nova empresa para a divisão do faturamento. A empresa Indústria ABC LTDA é lucrativa, optante pelo Lucro Presumido, teve faturamento em 2017 de R$ 50.000.000,00. Seu faturamento está dividido em 2 produtos: • O Produto ALFA possui margem líquida de 6%, e representa 20% do Faturamento. • O Produto BETA possui margem líquida de 18% e representa 80% do Faturamento. Qual planejamento tributário poderia ser feito para que a empresa reduzisse sua carga tributária para o ano de 2018? CASO PRÁTICO Nº 02 CASO PRÁTICO Nº 03 - Resolução Fazer uma Cisão da empresa, tributando as operações do produto ALFA no Lucro Real, considerando a baixa margem de lucro, e mantendo a tributação na empresa do produto BETA no Lucro Presumido, considerando a alta margem de lucro. INDÚSTRIA ABC LTDA Empresa A com o Produto Alfa – Lucro Real Empresa B com o Produto Beta– Lucro Presumido CAPÍTULO 2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E TRIBUTAÇÃO SOBRE A RENDA (LUCRO PRESUMIDO) IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA No contexto do planejamento tributário das organizações o primeiro passo reside da escolha do Regime de Tributação a ser adotado pela empresa. Para fins da análise do melhor regime tributário para uma empresa em fase de abertura, segue abaixo um caso prático apresentado nos seguintes Regimes de Tributação: Lucro Presumido Lucro Real (na modalidade anual) Regime Unificado de Arrecadação de Tributos (Simples Nacional) LUCRO PRESUMIDO INTRODUÇÃO O regime de tributação com base no Lucro Presumido implica na apuração do imposto com base em uma presunção de lucratividade, não sendo adotado o lucro efetivamente apuado pela empresa. Salienta-se que a adoção da presunção da lucratividade anteriormente citada implica em faculdade outorgada ao contribuinte e não uma obrigatoriedade. LIMITE DE RECEITA PARA OPÇÃO A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas pessoas jurídicas cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais). Fundamento Legal: Lei nº 9.718/98, artigo 13. LIMITE DE RECEITA PROPORCIONAL PARA OPÇÃO Nos casos de inicio de atividade no ano-calendário anterior, deverá ser observado o limite proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses. Na hipótese citada anteriormente, a pessoa jurídica deverá considerar um limite proporcional, obtido pela multiplicação do valor de R$ 6.500.000,00 pelo número de meses de atividade naquele ano. Fundamento Legal: Lei nº 9.718/98, artigo 13. LUCRO PRESUMIDO (PRAZO E FORMA DE OPÇÃO) A opção por este regime de tributação é realizada no decorrer do ano-calendário sendo formalizada com o recolhimento da primeira ou única cota do Imposto de Renda correspondente ao primeiro período de apuração do ano- calendário. O recolhimento do DARF indicando como código da receita o código 2089 no campo 04 - relativo ao pagamento do primeiro IRPJ do ano - implica em manifestação irretratável pela opção ao regime do lucro presumido para todo o ano calendário. Fundamento Legal: Lei nº 9.430/96, artigo 26. ALTERAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO PARA O REAL NO DECORRER DO ANO-CALENDÁRIO A Pessoa Jurídica optante pelo lucro presumido e que, em relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter obtido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato. Fundamento Legal:Ato Declaratório nº 5/2001. FATO GERADOR Conforme previsto no artigo 43 da Lei n º 5.172/66 (Código Tributário Nacional), o imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: a) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; b) de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. BASE DE CÁLCULO (REGRAS PARA APURAÇÃO) Conforme previsto no artigo 15 da Lei 9.249/95, para fins da determinação do lucro presumido deverão ser observados os seguintes percentuais, aplicáveis em conformidade com as atividades desenvolvidas pela pessoa jurídica, conforme segue: a) das atividades em geral, salvo as descritas abaixo: 8,0% b) revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural: 1,6% c) serviços em geral: 32,0% d) serviços hospitalares e de transporte de carga: 8% e) demais serviços de transporte: 16% (dezesseis por cento). PRESTADORES DE SERVIÇOS POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO 32% PARA 16% (ESTRATÉGIA PARA PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO) As Pessoas Jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderão determinar a base de cálculo do IRPJ aplicando o percentual de 16% sobre a receita bruta auferida. Ressalta-se que essa redução não se aplica, aos serviços hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados por sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas. Fundamento Legal: LEI Nº 9.250/1995, Art. 40). LUCRO PRESUMIDO (BASE DE CÁLCULO – REGRAS PARA APURAÇÃO) ATIVIDADES Percentuais Percentuais Reduzidos Receita Anual até R$ 120.000,00 Comércio e indústria 8,0 Atividades que não podem se beneficiar da redução do percentual Serviços de transporte de cargas 8,0 Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 8,0 Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra (IN RFB 1.234/2012, artigos 2º, § 7º, e 32, inciso II). 8,0 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda 8,0 Serviços de transporte de passageiros 16,0 Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6 Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, inclusive escolas (S/C do antigo regime do DL 2.397) 32,0 LUCRO PRESUMIDO (BASE DE CÁLCULO – REGRAS PARA APURAÇÃO) ATIVIDADES Percentuais Percentuais Reduzidos Receita Anual até R$ 120.000,00 Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros). 32,0 16,0 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32,0 16,0 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32,0 16,0 Prestação de serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de material, em relação à receita bruta que não decorra de atividade comercial ou industrial 32,0 16,0 Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e exploração de rodovia mediante cobrança de pedágio (Ato Declaratório COSIT nº 16/2000) 32,0 16,0 Diferencial entre o valor de venda e o valor de compra de veículos usados 32,0 16,0 ACRÉSCIMOS DE DEMAIS RECEITAS E GANHO DE CAPITAL AO LUCRO PRESUMIDO Conforme previsto no §3º do artigo 215, da IN RFB nº 1.700/2017, após a aplicação do percentual de presunção sobre a receita auferida de acordo com a atividade desenvolvida pela empresa, devem-se adicionar ao lucro presumido as outras receitas, que muito embora não decorram da atividade principal da pessoa jurídica, deverão ser oferecidas à tributação REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS As receitas, os demais resultados e os ganhos de capital devem ser reconhecidos pelo regime de competência, como regra. O contribuinte optante pelo lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento das receitas da atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida dos recebimentos em cada trimestre - regime de caixa. Fundamento Legal: Lei nº 9.718/98, Artigo 13, Parágrafo 2º. ALÍQUOTA Conforme previsto no artigo 3º da Lei 9.249/95, sobre o lucro presumido apurado na forma do artigo 15 da norma supracitada, aplicar-se-á a alíquota de 15% (quinze por cento) ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA Nos termos da Lei 9.249/95, sobre a base de cálculo do lucro presumido que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração, ou seja, R$ 60.000,00 quando o período de apuração englobar os três meses do trimestre incidirá também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento). FORMA E PRAZO DE PAGAMENTO PARA PAGAMENTO DO TRIBUTO O pagamento o imposto de renda deverá ser feito em DARF mediante o código 2089. Pelo disposto no artigo 5º da Lei 9.430/96, opcionalmente, o imposto apurado em cada trimestre poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder, observando que: a) sobre a 1ª quota não há acréscimos legais; b) sobre a 2ª quota há juros de 1%; c) sobre a 3ª quota há juros SELIC do mês anterior, mais 1 %. EXEMPLO DE CÁLCULO DO LUCRO A DISTRIBUIR PELA SISTEMÁTICA DA PRESUNÇÃO Em termos gerais, a regra para distribuição do lucro aos sócios ou acionistas, na hipótese de a empresa não dispor da escrituração contábil regular, é distribuir o próprio Lucro Presumido, porém deduzidos dos tributos federais. Neste sentido a distribuição ficará da seguinte forma: EXEMPLO DE CÁLCULO DO LUCRO A DISTRIBUIR PELA SISTEMÁTICA DA PRESUNÇÃO DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DOS LUCROS A DISTRIBUIR Faturamento do período R$ 145.000,00 Percentual de presunção (considere uma atividade de comércio) 8% Lucro Presumido R$ 11.600,00 (-) IRPJ – 15% x R$ 11.600,00 = R$ 1.740,00 R$ 1.740,00 Percentual para determinação da base de cálculo (considere uma atividade de comércio) 12% Base de cálculo da CSLL R$ 17.400,00 (-) CSLL – 9% x R$ 17.400,00 = R$ 1.566,00 R$ 1.566,00 (-) PIS e COFINS – 3,65% - s/ faturamento R$ 5.292,50 LÍQUIDO A DISTRIBUIR AOS SÓCIOS R$ 3.001,50 APURAÇÃO TRIMESTRAL A periodicidade de apuração e pagamento adotada pela pessoa jurídica para o IRPJ determina a periodicidade de apuração e pagamento da CSLL. Assim, o período de apuração encerra-se: a) no dia 31 de dezembro do ano-calendário, no caso de apuração da CSLL com base no resultado ajustado anual; b) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apuração da CSLL com base no resultado ajustado trimestral, ou no resultado presumido ou no arbitrado trimestral. PERCENTUAIS APLICÁVEIS Os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta da atividade, para efeito de determinação da base de cálculo da CSLL, são os fixados pelo artigo 20 da Lei 9.249/1995, alterado pelo artigo 22 da Lei 10.684/2003. Portanto, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido devem observar os seguintes percentuais para efeito de apuração da base de cálculo da CSLL, a serem aplicados sobre o valor da receita bruta da atividade:ALÍQUOTA - CSLL Por força do artigo 37 da Lei 10.637/2002, a alíquota aplicável sobre a base de cálculo para fins de apuração da CSLL em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 2003 é de 9%. PERCENTUAIS PARA DETERMINAR A BASE DA CSLL • Quais o percentuais que devem aplicados sobre o faturamento das empresas para fins de presunção de serviços? PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO CAPÍTULO 3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E TRIBUTAÇÃO SOBRE A RENDA (LUCRO REAL) LUCRO REAL (OBRIGATORIEDADE DE SUJEIÇÃO) Estão obrigadas ao Lucro Real, as pessoas jurídicas (ARTIGO 14 DA LEI Nº 9.718/98): a) Cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00; b) As atividades financeiras e equiparadas; c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; d) Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; e) Que, no decorrer do ano-calendário, efetuou pagamento mensal pelo regime de estimativa; f) Que explorem as atividades de factoring; g) Que se dediquem à atividade imobiliária que tenha registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades; h) Constituídas como Sociedade de Propósito Específica - SPE, nos termos do artigo 56 da Lei Complementar nº 123/2006; i) Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agro - negócio. LUCRO REAL APURAÇÃO (PERIODICIDADE) O período de apuração da pessoa jurídica obrigada ou optante pela tributação com base no lucro real poderá ser trimestral ou anual. APURAÇÃO TRIMESTRAL O regime de apuração trimestral consiste no cálculo do IRPJ e da CSLL sobre bases determinadas a partir de resultado apurado em balanço levantado a cada trimestre do ano-calendário, para recolhimento no trimestre seguinte, na forma da legislação vigente. No regime de apuração trimestral os recolhimentos do IRPJ e da CSLL são considerados definitivos. TRIMESTRES-CALENDÁRIO A pessoa jurídica que adotar a apuração trimestral do lucro real obriga-se a levantar balanço ou balancete em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. LUCRO REAL APURAÇÃO (PERIODICIDADE) O período de apuração da pessoa jurídica obrigada ou optante pela tributação com base no lucro real poderá ser trimestral ou anual. APURAÇÃO TRIMESTRAL O regime de apuração trimestral consiste no cálculo do IRPJ e da CSLL sobre bases determinadas a partir de resultado apurado em balanço levantado a cada trimestre do ano-calendário, para recolhimento no trimestre seguinte, na forma da legislação vigente. No regime de apuração trimestral os recolhimentos do IRPJ e da CSLL são considerados definitivos. TRIMESTRES-CALENDÁRIO A pessoa jurídica que adotar a apuração trimestral do lucro real obriga-se a levantar balanço ou balancete em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. LUCRO REAL APURAÇÃO (PERIODICIDADE) APURAÇÃO ANUAL As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real poderão optar pela apuração anual do lucro real, em 31 de dezembro do ano-calendário ou na data da extinção da empresa, sem prejuízo do recolhimento mensal do IRPJ e da CSLL com base em regime de estimativa. O IRPJ e a CSLL, pagos mensalmente, serão considerados como antecipação dos correspondentes valores apurados no balanço anual. O saldo, se houver, será pago, compensado ou restituído na forma da legislação vigente. LUCRO REAL (ESTIMATIVA MENSAL) De acordo com a legislação estão sujeitas à apuração anual do lucro real as pessoas jurídicas que procederem, durante o ano-calendário, da seguinte forma: a) pagarem o IRPJ e a CSLL, em cada mês, com base na receita bruta e acréscimos; b) suspenderem ou reduzirem o pagamento mensal do imposto e/ou da contribuição com base em balanço/balancete intermediário, por terem apurado prejuízo fiscal/base de cálculo negativa da CSLL ou lucro real/base de cálculo positiva da CSLL menor do que a base de cálculo determinada com base na receita bruta e acréscimos, na forma da legislação vigente. LUCRO REAL (ESTIMATIVA MENSAL – BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS) Regime de estimativa na maioria dos casos possibilita ao contribuinte uma melhor forma de pagamento do imposto, uma vez que a empresa poderá levantar, periodicamente, balanços ou balancetes intermediários para suspender ou reduzir o pagamento mensal do imposto calculado com base na receita bruta e acréscimos. A empresa pagará, durante o ano-calendário, somente os valores efetivamente apurados. Em algumas situações mesmo que o contribuinte pague o imposto durante todo o ano com base na receita bruta e acréscimos, por não conseguir apurar periodicamente os balanços de acordo com a legislação comercial e fiscal, o regime de estimativa pode ser mais vantajoso do que o lucro real trimestral. LUCRO REAL (COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS E/OU DA BASE DE CÁLCULO NEGATIVA DA CSLL) LUCRO REAL TRIMESTRAL Como a compensação de prejuízos fiscais está limitada a 30% do lucro real de períodos de apuração subsequentes, o contribuinte que adotar a apuração trimestral poderá ficar sujeito ao recolhimento do imposto em determinados trimestres, mesmo havendo prejuízos fiscais a compensar de trimestres anteriores. O mesmo se aplica à base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. LUCRO REAL TRIMESTRAL Optando pelo lucro real anual, ainda que pague pelo regime de estimativa, os resultados negativos de um período são automaticamente absorvidos pelos resultados positivos de outros períodos do mesmo ano-calendário, sem qualquer limitação. LUCRO REAL (ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA) Caso o contribuinte opte pelo regime de estimativa, pode ocorrer que nos balanços de suspensão/redução e/ou no balanço anual não haja incidência do adicional, por ser apurado prejuízo fiscal ou lucro real igual ou inferior ao limite de R$ 20.000,00, multiplicado pelo número de meses do respectivo período de apuração. A pessoa jurídica sujeita ao Lucro Real Anual (com estimativas mensais) submete-se ao recolhimento do adicional de imposto de renda, se for o caso. Porém a mesma poderá abate-lo integralmente do IRPJ no ajuste anual. As empresas que adotarem a apuração trimestral ficarão sujeitas ao adicional de 10% sobre a parcela do lucro real que ultrapassar o limite de R$ 60.000,00. Sendo este valor considerado definitivo em cada trimestre, ainda que o lucro total anual da empresa não ultrapasse a R$ 240.000,00. CAPÍTULO 4 BENEFÍCIOS FISCAIS APLICÁVEIS AO IMPOSTO DE RENDA INCENTIVO FISCAL LIMITE DE DEDUÇÃO INDIVIDUAL LIMITE DE DEDUÇÃO GLOBAL EMBASAMEN TO LEGAL PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) 4% do IRPJ sem o adicional. 4% para os PDTI, PDTA aprovados após 3 de junho de 1993 e PAT. Lei nº 6.321/76 Lei nº 9.532/97 (e alterações) PDTI (Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial) PDTA (Programas de Desenvolvimento Agropecuário) Aprovados após 1993 4% do IRPJ sem o adicional. Lei nº 8.661/93 Lei nº 9.532/97 Lei nº 11.196/05 Lei nº 11.196/05 (e alterações) INCENTIVO FISCAL LIMITE DE DEDUÇÃO INDIVIDUAL LIMITE DE DEDUÇÃO GLOBAL EMBASAMENTO LEGAL Atividades Culturais ou Artísticas 4% do IRPJ sem o adicional. 4% para atividade cultural ou artística e atividade audiovisual. Lei nº 8.313/91 Lei nº 9.249/95 Lei nº 9.532/97 Medida Provisória nº 1.739-19/99Medida Provisória nº 2.189-49/01 (e alterações) INCENTIVO FISCAL LIMITE DE DEDUÇÃO INDIVIDUAL LIMITE DE DEDUÇÃO GLOBAL EMBASAMENTO LEGAL Atividades de Caráter Desportivo 1% do IRPJ sem o adicional. Não está submetido à limitação global. Lei nº 11.438/06 Lei nº 11.472/07 (e alterações) INCENTIVO FISCAL LIMITE DE DEDUÇÃO INDIVIDUAL LIMITE DE DEDUÇÃO GLOBAL EMBASAMENT O LEGAL Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 1% do IRPJ sem o adicional. Não está submetido à limitação global. Lei nº 8.069/90 Lei nº 8.242/91 Lei nº 9.249/95 (e alterações) INCENTIVO FISCAL LIMITE DE DEDUÇÃO INDIVIDUAL LIMITE DE DEDUÇÃO GLOBAL EMBASAMENT O LEGAL Programa Empresa Cidadã Dedução Limitada ao valor do limitada ao valor do IRPJ devido com base: a) no lucro real trimestral ou b) no lucro real apurado no ajuste anual. - IN RFB 991/2010 INCENTIVO FISCAL LIMITE DE DEDUÇÃO INDIVIDUAL LIMITE DE DEDUÇÃO GLOBAL EMBASAMENTO LEGAL Fundo Nacional do Idoso Dedução total das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso, desde que devidamente comprovadas, do imposto de renda devido, em cada período de apuração, vedada à dedução como despesa operacional. A dedução realizada ao Fundo Nacional do Idoso, somada à dedução relativa às doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente não poderá ultrapassar 1% (um por cento) do imposto devido. Lei nº 12.213/2010 PRONON (PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À ATENÇÃO ONCOLÓGICA) A partir do ano-calendário de 2013 até o ano-calendário de 2016, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, na qualidade de incentivadoras, poderão deduzir do imposto sobre a renda devido, em cada período de apuração, trimestral ou anual, os valores correspondentes às doações e aos patrocínios diretamente efetuados em prol de ações e serviços de que trata o PRONON. É vedada a dedução como despesa operacional do valor total das doações e dos patrocínios. O limite máximo de dedução permitida a título de doações aos PRONON - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica é de 1% do imposto devido. Os benefícios do PRONON não excluem outros benefícios, abatimentos e deduções em vigor. A dedução a este título não pode exceder, isoladamente, 1% do IRPJ sem o adicional e Não há limite de dedução cumulado com outros incentivos fiscais. Fundamento Legal: Art. 1º ao 13 da Lei nº 12.715/2012 arts. 16 a 19 do Decreto nº 7.988/2013. PRONAS/PCD (PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À ATENÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA) A partir do ano-calendário de 2013 até o ano-calendário de 2016, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, na qualidade de incentivadoras, poderão deduzir do imposto sobre a renda devido, em cada período de apuração, trimestral ou anual, os valores correspondentes às doações e aos patrocínios diretamente efetuados em prol de ações e serviços de que trata o PRONAS/PCD. É vedada a dedução como despesa operacional do valor total das doações e dos patrocínios. O limite máximo de dedução permitida a título de doações ao PRONAS/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência é de 1% do imposto devido. Os benefícios do PRONAS/PCD não excluem outros benefícios, abatimentos e deduções em vigor. A dedução a este título não pode exceder, isoladamente, 1% do IRPJ sem o adicional. Não há limite de dedução cumulado com outros incentivos fiscais. Fundamento Legal: Art. 1º ao 13 da Lei nº 12.715/2012 e Artigos 16 a 19 do Decreto nº 7.988/2013. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) (BENEFÍCIOS DO PROGRAMA) PARA OS TRABALHADORES Melhorias de suas condições nutricionais e de qualidade de vida; Aumento de sua capacidade física; Aumento de resistência à fadiga; Aumento de resistência à doenças; Diminuição dos acidentes de trabalho. PARA AS EMPRESAS Aumento da produtividade; Maior integração entre trabalhador e empresa; Redução de faltas e atrasos ao serviço; Redução da rotatividade de trabalhadores; Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida; Incentivo fiscal (dedução de até 4% no imposto de renda devido). PARA O GOVERNO Redução de despesas e investimentos na área da saúde; Crescimento da atividade econômica; Bem estar social. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) (ADESÃO) A inscrição implica a sujeição voluntária as regras do PAT, inclusive aquelas relativas às infrações e respectivas sanções, e está condicionada à efetivação de inscrição ou registro junto ao MTE. De acordo com a Portaria Interministerial nº 05/99, uma vez efetivada a adesão ao PAT esta será por prazo indeterminado, não havendo mais necessidade de qualquer procedimento junto ao Órgão Gestor do Programa de Alimentação, no sentido de apresentar anualmente seus formulários de inscrição (Início de efeitos em janeiro de 2000). Portanto, a adesão ao PAT terá validade enquanto a empresa nele desejar permanecer (ressalvada a hipótese de ser excluída por ato do Ministério do Trabalho e Emprego, em virtude de execução inadequada do Programa). PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) (IMPEDIMENTOS DE FRUIÇÃO DO INCENTIVO) O art. 129 da IN SRF 267/2002, não poderão gozar dos incentivos relativos ao PAT: As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido; As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitrado; As pessoas jurídicas instaladas em Zona de Processamento de Exportação (ZPE); As microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), optantes pelo Simples Nacional. CÁLCULO DO INCENTIVO FISCAL A pessoa jurídica beneficiário do PAT poderá deduzir, diretamente do imposto devido, valor correspondente ao menor dos seguintes valores: a) 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas, no período de apuração, em programas de alimentação do trabalhador; Nota: sobre a abrangência das despesas de custeio ver o PN CST nº 25/1978. b) O resultado da multiplicação do número de refeições fornecidas no período de apuração pelo valor de R$ 0,2985; Nota: o valor de R$ 0,2985 é o resultado da multiplicação de R$ 1,99 por 15%, conforme IN SRF 267/2002. GASTOS COM ALIMENTAÇÃO DO EMPREGADO (DEDUTIBILIDADE DA DESPESA) O incentivo dos 15% sobre as despesas de custeio não prejudica a dedutibilidade dessas despesas, custos ou encargos do lucro líquido. De acordo com o artigo 290 e 369 do Decreto 3000/1999, os gastos com alimentação do trabalhador ligado diretamente à produção, ainda que a pessoa jurídica não tenha o Programa, deverão ser considerados como custo pela pessoa jurídica. Os demais gastos com alimentação deverão ser deduzidos como despesa. A dedutibilidade desses gastos, todavia, seja como custo ou despesa, somente é admissível quando a pessoa jurídica fornecer alimentação, indistintamente, a todos os seus empregados. ADICIONAL DO IRPJ PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (CASO PRÁTICO) De acordo com o art. 125 da IN SRF 267/2002 sobre o valor do adicional do imposto (10%) não serão permitidas quaisquer deduções a título de incentivos fiscais. CASO PRÁTICO 1) Valor do Custo R$ 25.500,00 2) 15% x Valor do Custo = 1º Limite R$ 3.825,00 3) Número de RefeiçõesServidas 10.090 refeições 4) Valor máximo do incentivo por refeição R$ 1,99 x 15% = R$ 0,2985 5) Número de Refeições x Valor máximo por refeição (3 x 4) = 2º Limite R$ 3.011,86 6) Valor a prevalecer (o menor entre o 1º e o 2º Limite) R$ 3.011,86 1) Valor do Custo R$ 50.900,00 2) 15% x Valor do Custo = 1º Limite R$ 7.635,00 3) Número de Refeições Servidas 26.400 refeições 4) Valor máximo do incentivo por refeição R$ 1,99 x 15% = R$ 0,2985 5) Número de Refeições x Valor máximo por refeição (3 x 4) = 2º Limite R$ 7.880,40 6) Valor a prevalecer (o menor entre o 1º e o 2º Limite) R$ 7.635,00 7) IRPJ Devido (sem o adicional) x 4% Limite Incentivo = R$ 104.000 x 4% R$ 4.160,00 8) Excesso a ser utilizado posteriormente (6 - 7) R$ 3.475,00 PROGRAMA DE ALIMENTAÇAO DO TRABALHADOR-PAT LIMITAÇÃO DE VALOR A R$ 1,99 PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 326/77 E IN SRF Nº 267/2002 OFENSA. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA HIERARQUIA DAS LEIS Superior Tribunal de Justiça Decisão no Recurso Especial nº 990.313 - SP Entendimento do TRF da 3ª Região RECURSO ESPECIAL Nº 990.313 - SP (2007/0224318-0) EMENTA TRIBUTÁRIO. PROGRAMA DE ALIMENTAÇAO DO TRABALHADOR-PAT. IMPOSTO DE RENDA. INCENTIVO FISCAL. LEI Nº 6.321/76. LIMITAÇAO. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 326/77 E INSTRUÇAO NORMATIVA Nº 143/86. OFENSA. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA HIERARQUIA DAS LEIS. 1. A Portaria Interministerial nº 326/77 e a Instrução Normativa nº 143/86, ao fixarem custos máximos para as refeições individuais como condição ao gozo do incentivo fiscal previsto na Lei nº 6.321/76, violaram o princípio da legalidade e da hierarquia das leis, porque extrapolaram os limites do poder regulamentar. Precedentes. Denota-se que a lei e o decreto regulamentar estipularam que, para a concessão do incentivo, seriam exigíveis: a existência do PAT aprovado pelo Ministério do Trabalho e o atendimento aos requisitos legais, sem contemplar a fixação de custos máximos para as refeições. Essas limitações estabelecidas por normas hierarquicamente inferiores restringiram a própria lei ordinária, portanto, são ilegais, uma vez que inovaram ao prever condições não previstas na Lei 6.321/76 ou no Decreto nº 78.676/76. É verdade consabida que ato infralegal não pode restringir, ampliar ou alterar direitos decorrentes de lei. A lei é que estabelece as diretrizes para a atuação administrativa- normativa regulamentar. Daí, a violação dos princípios da legalidade e da hierarquia das leis. [...] VOTO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): COSIT – PACIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) VALORES MÁXIMOS PARA REFEIÇÕES Diante do atual cenário tributário os profissionais envolvidos em áreas tributárias, tais como: contadores, gestores de tributos, tributaristas e outros precisam estar atentos à formação continuada, de modo a se adaptarem as constantes mudanças econômico – tributárias. Nos dizeres de Charles Darwin, “não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que melhor se adapta às mudanças” Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade... Elmer Letterman Prof. Esp. Marciel Augusto R. Lima marciel@objetivaedicoes.com.br OBRIGADO!
Compartilhar