Buscar

Fisiologia_do_Trabalho_-_apostila-2007

Prévia do material em texto

Fisiologia do Trabalho 
 
 
Professor: Alison Alfred Klein 
 
 
 
Material de apoio 
 
 
ÍNDICE 
HERANÇA BIOLÓGICA:..................................................................................................... 2 
FISIOLOGIA DO TRABALHO ............................................................................................... 4 
TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO.................................................................................... 6 
CONTRAÇÃO MUSCULAR ............................................................................................... 13 
RELAXAMENTO MUSCULAR............................................................................................ 15 
RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE DE CONTRAÇÃO E A CARGA................................................ 16 
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES..................................................................................... 16 
INTRODUÇÃO À TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA ................................................................. 16 
ATP: A MOEDA CORRENTE DA ENERGIA ........................................................................ 16 
CONTRAÇÃO MUSCULAR ............................................................................................... 20 
ALONGAMENTO MUSCULAR............................................................................................ 21 
ADAPTAÇÃO AO TRABALHO............................................................................................ 22 
ADAPTAÇÃO MUSCULAR AO TRABALHO PESADO............................................................... 22 
DISTRIBUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO .............................................................................. 23 
ATROFIA POR DESUSO .................................................................................................. 24 
DISPÊNDIO DE ENERGIA NO TRABALHO ........................................................................... 24 
FADIGA MUSCULAR ....................................................................................................... 25 
FADIGA NAS INDÚSTRIAS ............................................................................................... 27 
ANÁLISE DA FADIGA MUSCULAR COM A ANÁLISE FUNCIONAL DA ATIVIDADE ........................ 27 
FADIGA CENTRAL ......................................................................................................... 29 
FADIGA CRÔNICA .......................................................................................................... 29 
FADIGA POR MONOTONIA............................................................................................... 30 
FADIGA PSÍQUICA ......................................................................................................... 31 
FISIOLOGIA DA VISÃO:................................................................................................... 32 
CICLO CIRCADIANO ....................................................................................................... 34 
CONFORTO TÉRMICO .................................................................................................... 36 
RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS EM ALTAS TEMPERATURAS....................................... 38 
VIBRAÇÃO.................................................................................................................... 39 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
2
 
Herança Biológica: 
 
 
 O sistema solar data de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, nesta época a 
atmosfera que circundava nosso planeta não continha oxigênio, elemento pré-requisito 
pára a existência de vida. Esta ausência gerava também a não existência da camada 
de ozônio, desta forma uma grande quantidade de raios ulta-violeta bombardeavam a 
terra diariamente. Esta radiação proporcionou a fotossíntese de compostos orgânicos 
apartir de moléculas como água, dióxido de carbono e amônia. O processo 
fotossintético que tornou os organismos vivos capazes de capturar energia solar para a 
síntese de moléculas orgânicas como a glicose poderia ser claramente traçado em 
fósseis datados em torno de 3,5 bilhões de anos. A glicólise anaeróbica provavelmente 
é a via de extração de energia mais antiga encontrada na vida sobre a terra. 
 
 Estes organismos dividiam a água por fotossíntese e gradualmente liberavam 
oxigênio, estima-se que foram necessários cerca de 2 bilhões de anos para a criação 
de uma atmosfera onde uma em cada 5 moléculas fosse oxigênio. 
 
 Com a formação desta nova atmosfera, os organismos tiveram que se adaptar a 
um ambiente rico em oxigênio, outra mudança foi o surgimento da camada de ozônio, 
que diminuiu a quantidade de raios ultra-violeta reduzindo-se assim a síntese não 
biológica de oxigênio. 
 
 Cerca de 1,5 bilhão de anos atrás surge na terra o organismo unicelular, com 
núcleo e com funções metabólicas simples como excitabilidade, locomoção e 
reprodução. Seu sistema de absorção de energia era muito semelhante ao sistema 
ATP (adenosina trifosfato), o que demonstra que os processos atuais são meramente 
repetições de eventos ocorridos há anos. 
 
 O ATP é o principal meio de armazenamento e transferência de energia em 
quase todos os organismos vivos. Grande quantidade de energia é liberada quando o 
ATP é hidrolisado em difosfato de adenosina (ADP), além de um íon de fosfato. Na 
medida em que consiste em um combustível pesado, o suprimento de ATP é muito 
limitado. Dependendo do quanto fisicamente ativo esteja determinado indivíduo, em 24 
horas, pode gastar uma quantidade de energia equivalente a 50 a 100% mais que sue 
próprio peso em ATP. Conseqüentemente, a ressíntese muito rápida de ATP torna-se 
essencial, desta forma o processo anaeróbico, como vários milhões de anos é 
suplementado pelo processo aeróbico - nas mitocôndrias. 
 
 Em resumo: Durante bilhões de anos, o organismo vivo unicelular evoluiu. Por 
meio do método de tentativa e erro, os princípios biológicos fundamentais para a 
manutenção da vida foram desenvolvidos; esses processos ainda operam 
eficientemente. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
3
 
- O aparecimento dos mamíferos: 
 
 Depois de garantir a eficiência da função das células, a evolução estava pronta 
para o próximo grande passo: desenvolver animais maiores. 
 
 
 Cerca de 700 milhões de anos atrás, e este processo foi impossível com apenas 
o crescimento das células, exigindo o aparecimento de organismos multicelulares onde 
cada célula tem uma função e estrutura diferenciada, estima-se que o corpo humano é 
formado pr cerca de 200 tipos distintos de células. 
 
 A construção de organismos com bilhões de células fez com algumas delas não 
mais tivessem contato com o meio ambiente, fato que exigiu mais algumas alterações 
como a confecção de bolsas de água, assim como dos oceanos primitivos, ou seja cada 
célula do corpo esta envolvida em liquido intersticial o que é alimentado, e mantido pelo 
sistema de circulação. Desta forma o ambiente para a célula é controlado a níveis de 
grande exatidão, pois de outra forma não conseguiria sobreviver. Um grande exemplo 
é o suprimento de oxigênio e a retirada do CO2, assim como o pH que permite 
variações muito pequenas. 
 
 Algumas células desenvolver aptidão para determinados tecidos é o que 
acontece com as que formam os tecidos musculares, o sistema nervoso, a pele e os 
órgãos. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
4
 
Fisiologia do trabalho 
 
 A Fisiologia do Trabalho é um ramo das Ciências Fisiológicas, portanto, pertence 
ao campo da Medicina Humana pois para seu entendimento necessita do conhecimento 
da Fisiologia Humana. Esta orientada para investigar os ajustes fisiológicos às 
condições de trabalho das diferentes atividades profissionais, enfocando, sob distintos 
aspectos fisiológicos, os órgãos e sistemas que, em condições de esforço físico, 
executem ou limitem a atividade física. 
 
 Sendo uma ciênciaque serve de base para todas as demais. E busca humanizar 
os locais de trabalho. 
 
-Breve histórico 
 
 A importância do estudo das condições de trabalho e suas interferências no 
corpo humano datam do século 19, no ano de 1882 falece Wojciech Jastrzebowski que 
segundo a Sociedade Polonesa de Ergonomia foi um dos primeiros estudiosos da 
fisiologia do trabalho. O primeiro Instituto de estudos em Fisiologia do Trabalho foi 
fundado por Max Rubner, em Berlin – 1913. Foi conhecido como Inst. de Fisiologia do 
trabalho Max Planck. Dando início a escola Escandinava de Fisiologia 
 
 Neste período inicial a fisiologia do trabalho incluía tanto o estudo do trabalho 
físico, em atividades profissionais, quanto a fisiologia do exercício, relacionada com o 
desempenho atlético. 
 
 No período entre guerras foi criado nos EUA o primeiro instituto de estudo da 
fadiga, o principal foco de estudo destes institutos foi a adaptação do corpo humano ao 
frio e ao calor, e sua regulação. Durante a 2ª Guerra Mundial, iniciou-se o estudo da 
engenharia humana, com equipes formadas por fisiologistas, antropólogos e 
psicólogos, atuavam nos projetos das cabines dos aviões 
 
 No inicio dos anos 50 a engenharia humana passou a ser chamada de 
ERGONOMIA e com a guerra fria, investiu-se muito em estudos sobre a adequação do 
ser humano em situações de frio extremo, em especial pelo interesse dos EUA de 
invadir seu inimigo número da época – A União Soviética, utilizando-se da menor 
distância entre as superpotências - Oceano Ártico. 
 
 A relação com a Fisiologia do Exercício é direta e sempre foi buscada. Desta 
forma pode-se considerar o trabalhador um atleta. O estudo da força aplicada no 
trabalho, do consumo energético, muito aproximam estas duas áreas, porém a 
diferença de focos, investimentos e interesses, tornou a fisiologia do exercício muito 
mais avançada, servindo de base para a fisiologia do trabalho. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
5
 No final dos anos 50 com a corrida espacial, foram desenvolvidos inúmeros 
aparatos que facilitaram e muito o estudo da fisiologia do trabalho, alguns exemplos até 
hoje são utilizados nas avaliações e ganharam o dia-a-dia das pessoas e em especial 
dos profissionais da saúde, estas novas tecnologias são capazes de mensurar e 
registrar em pequenos equipamentos o ECG, a freq. Respiratória, consumo de 
oxigênio, a temperatura corpora, etc. 
 
 Outro fato importante de se observar quanto a fisiologia do trabalho e o seu 
ponto de apoio no trabalhadores, nota-se que os estudos publicados até o final dos 
anos 40 visavam principalmente os trabalhos físicos pesados. E logo após já aparecem 
grandes estudos relacionando os problemas psicofísicos, e atualmente o estudo da 
monotonia decorrente da inexistência de trabalhos físicos principalmente em escritórios. 
 
 É importante ressaltar que nesta fase de transição o ambiente laborativo 
causava de forma estrondosa acidentes de trabalho e vitimas muitas vezes fatais. 
Assim a atuação mesclada com a higiene do trabalho, estudando também as 
influências do meio ambiente, foi buscada e acompanha todos os profissionais 
envolvidos nestas áreas de atuação. Direcionando a fisiologia do trabalho a 
investigação de formas de solucionar as questões fisiopatológicas decorrentes do 
exercício laboral, levando a fisiologia do trabalho a se direcionar nas áreas da medicina 
do trabalho e saúde ocupacional. 
 
 A Fisiologia do Trabalho ocupa-se com o homem trabalhador em atividade, 
cabendo aos profissionais da saúde estudar e solucionar os problemas relacionados 
com o os efeitos da interação entre trabalho especializado e doenças profissionais. No 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
6
 
Tecido muscular Esquelético 
 
 
 
 
 O corpo humano é uma eficiente máquina de transformação de energia, o 
movimento por exemplo depende da conversão de energia química em energia 
mecânica, esta força é conseqüência da ação dos mais de 430 músculos existentes no 
corpo humano, vale ressaltar que a estrutura muscular do homem teve poucas 
alterações nestes últimos 100.000 anos. Este fato comprova que o corpo humano esta 
apto para exercer o trabalho físico. Pode-se compreender o movimento como uma 
culminação de pequenos movimentos celulares que juntos podem mover grandes 
músculos e com o apoio das articulações mover os membros. 
 
 De todos os tecidos do corpo humano, o tecido muscular é o único que pode 
variar amplamente sua taxa metabólica, chegando até a 50 vezes em relação ao 
repouso, quando em exigência máxima. As quatro principais características dos tecidos 
musculares são: 
a) Excitabilidade - responde ao estímulo 
b) Condutibilidade – transmite o estado de excitação 
c) Contratibilidade - capacidade de se encurtar 
d) Elasticidade – consegue recuperar a forma após ter sido deformado. 
 
 Cerca de 40 % do corpo do homem é formado por músculos esqueléticos e 
aprox. 10% por músculo liso e cardíaco. Já na mulher a musculatura estriada 
corresponde a aproximadamente 25 a 30% do peso corporal. 
 
- Anatomia funcional do músculo esquelético 
 
 Os músculos são formados por feixes musculares contráteis que se unem por um 
tendão à sua inserção. Cada feixe ou fascículo consiste de milhares de fibras 
musculares, individualmente envolvidas por uma fina camada de tecido conjuntivo, o 
endomísio. Uma camada de tecido conjuntivo, o perimísio, recobre cada fascículo. 
Estes fascículos que costumam apresentar aproximadamente a espessura de um 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
7
fósforo são fáceis de distinguir. O músculo está envolvido em uma bainha de tecido 
conjuntivo, o epimísio. Na maioria dos músculos, o epimísio forma uma superfície 
suave, permitindo que o músculo se movimente livremente em relação aos músculos 
vizinhos ou as outras estruturas durante a contração muscular. Em tais casos, o 
epimísio recebe a denominação de fáscia. 
 
 A fibra muscular recebe este nome por aparentar com uma fibra, com um 
impressionante comprimento (15 cm) em relação ao seu diâmetro (50 µm). Apresenta 
as características de uma célula básica, com exceção de não ser mais capaz de 
promover mitose. É de fato uma celular muscular multinucleada. 
 
 
 Estas células altamente alongadas surgem na vida fetal pela fusão de mioblastos 
mononucleados. Cada célula muscular multinucleada resultante é envolvida pela sua 
própria lâmina basal, limitada diretamente pelo tecido conjuntivo endomisial. Os 
mioblastos remanescentes que não se fundem com a fibra muscular são encontrados 
na vida adulta como células satélites entre a membrana e a fibra muscular – o 
sarcolema e a lâmina basal. 
 
 Estas células satélites representam uma reservar de mioblastos , são as únicas 
células que miogênicas que mantém a capacidade de reentrar no ciclo celular e dividir-
se, originando os mioblastos capazes de se fundir-se com a fibra muscular durante a 
hipertrofia, ou de reparar-se. 
 
 
- A membrana celular do músculo. 
 
 A membrana celular da fibra muscular é assim como as outras, capaz de criar 
ou manter um potencial de ação, esta estreitamente justaposta a membrana basal e 
envolve cada fibra muscular, juntas as duas são chamadas de sarcolema. Abarca 
várias funções como realizar a junção neuromuscular e miotendíneas e os túbulos 
transversos (T). 
 
- Sarcolema 
 
 Membrana celular da fibra muscular, formado pela membrana plasmática e por 
um revestimento externo composto de material polissacarídeo e que contém numerosas 
fibrilas de colágeno, se estendem por toda a fibra muscular e se fundem juntamente aos 
tendões para se inserir nos ossos 
 
 
- Túbulos T 
 
 Constituído por uma rede de invaginações tubulares da membrana (sarcolema) 
da fibra muscular, cujos ramos envolvem ambas as junções do sarcômero. É 
responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular. 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison AlfredKlein 
 
8
 
 Em cada lado do túbulo T existe ou cisterna terminal do retículo 
sarcoplasmático, este complexo recebe o nome de tríade. 
 
 Justamente na tríade, a despolarização dos túbulos T, derivados do sarcolema, é 
transmitida ao retículo sarcoplasmático. 
 
 
- Placa motora 
 
 A contração normal das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos 
motores. Estes nervos ramificam-se dentro do tecido conjuntivo do perimísio originando 
novas terminações. No local de inervação, o nervo perde a bainha de mielina e forma 
uma dilatação que se coloca dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular. 
Esta estrutura recebe a denominação de Placa Motora. 
 
 Neste local o axônio é recoberto por uma delgada camada de citoplasma das 
células de Schwann. 
 
 O terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e vesículas sinápticas. 
Estas contém o neurotransmissor acetilcolina. Entre o axônio e a superfície da fibra 
muscular existe uma fenda sinaptica, contendo material amorfo, que forma uma lâmina 
basal. Na junção, o sarcolema forma as dobras juncionais. O sarcoplasma abaixo 
destas dobras contém núcleos musculares, numerosas mitocôndrias, ribossomas e 
grânulos de glicogênio. 
 
 
Representação da estrutura funcional do músculo estriado 
 
 Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou então ramificar-se e 
inervar até 160 ou mais fibras musculares. A fibra nervosa e as fibras musculares por 
ela inervadas formam uma unidade motora. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
9
 A fibra muscular é incapaz de graduar sua força, ou seja, ou contrai ou não 
contrai; de modo que o que gradua o movimento é a quantidade de placas motoras 
envolvidas no movimento. Um exemplo são os músculos oculares que são inervados 
individualmente, resultando em movimento precisos, já os músculos da perna são 
inervados por poucas fibras nervosas, isso resulta em movimentos menos delicados. 
 
- Sarcoplasma 
 
 Grande reservatório de glicogênio, e mioglobina, esta última é um pigmento 
análogo à hemoglobina, é responsável pela reserva de oxigênio no interior do músculo, 
confere cor avermelhada ao músculo. Em animais que normalmente mergulham existe 
em grande quantidade assim como nos músculos que se mantém em atividade por 
longos períodos de tempo, dando a estes músculos a aparência vermelho escura. 
 
 Estas fibras vermelhas são adaptadas para a contração lenta e continuada, já as 
brancas são de contração rápida e de curta duração. 
 
 
 
 
- Miofibrilas 
 
 AS miofibrilas são cilíndricas, apresentam diâmetro de 1 a 2 µm e correm 
longitudinalmente à fibra muscular, preenchendo quase todo o seu interior. Ao 
microscópio ótico aparecem estriações transversais, pela alternância de faixas claras e 
escuras, estas estriações são devidas a repetições de estruturas iguais, as unidades 
morfofuncionais – os Sarcômeros. 
 
 Cada sarcômero é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z 
sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas I. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
10
 
 
 
 As fibras musculares são formadas por centenas ou até milhares de miofibrilas 
que são formadas por filamentos de miosina e actina, que são responsáveis pela 
contração muscular. 
 
 Os filamentos grossos são os de miosina e os finos a actina 
 
 A interligação dos filamentos de actina e miosina ocorre de modo parcial, 
formando faixas escuras e claras nas fibras musculares: 
 
 Faixas claras (faixas I): presença de actina 
 Faixas escuras (faixas A) contém os filamentos de miosina além das 
extremidades dos filamentos de actina 
 
 Quando observamos a actina percebemos pequenas projeções laterais 
chamadas de pontes que estão presentes em toda sua extensão, exceto na parte 
central. 
 
 O local onde se fixam as extremidades da actina, é chamado de disco Z, é 
formado por proteínas filamentosas que se estendem por entre todas as miofibrilas, 
auxiliando no aspecto estriado do músculo. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
11
 
 
Actina 
 
 O filamento da Actina é formado por polímeros longos (Actina F) constituídos por 
duas cadeias de monômeros globulares (Actina G), torcidas uma sobre a outra, em 
hélice dupla. Somada a Molécula de Tropomiosina e a Troponina. 
 
 Cada monômero de actina contém cerca de 5,6 nm de diâmetro. Uma 
característica importante das moléculas de actina G é a sua assimetria estrutural. 
Quando elas se polimerizam para formar a actina F, a frente de um monômero 
combina-se com a parte posterior do outro, produzindo um filamento polarizado. Os 
filamentos de actina ancorados perpendicularmente em cada lado da linha Z exibem 
polaridades opostas, em cada lado desta linha. 
 
Tropomiosina 
 
 É uma molécula longa e fina, com cerca de 40 nm de comprimento, contendo 
duas cadeias polipeptídicas, uma enrolada na outra. As moléculas de tropomiosina 
unem-se umas as outras pelas extremidades, para formar filamentos longos que se 
localizam ao longo do sulco existente entre os dois filamentos de actina F. 
 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
12
Troponina 
 
 É um complexo de três subunidades: TnT – que se liga fortemente a 
tropomiosina; TnC, que tem grande afinidade pelos íons cálcio; e TnI – que cobre o sítio 
ativo da actina onde ocorre a interação entre a actina e a miosina. Cada molécula de 
tropomiosina tem um local específico onde se prense um complexo de troponina. 
 
 
 
Miosina 
 
 A molécula de miosina é grande. Tem forma de bastão com 20 nm de 
comprimento e 2 a 3 nm de diâmetro, sendo formada por dois peptídeos enrolados em 
hélice. Numa das extremidades a miosina apresenta uma saliência globular ou cabeça, 
que possui locais específicos para combinação com ATP, é dotada de atividade 
APTásica. Assim como possui um local de combinação com a Actina. 
 
 Pode ser dividida em dois fragmentos a meromiosina leve e a pesada, a leve 
corresponde a porção bastão e a pesada contém a cabeça da miosina. 
 
 As moléculas de miosina são dispostas nos filamentos de modo que as partes 
em bastão se sobrepõem e as cabeças situam-se para fora, a parte central do 
sarcômero, que corresponde a banda H representa uma região de sobreposição da 
miosina , constituída exclusivamente pela parte em bastão das moléculas. 
 
 As cabeças de miosina estão organizadas em pares, significando que, para cada 
cabeça saindo do filamento de miosina, outra esta saindo no mesmo plano para o lado 
oposto. Cada par é rodado 60º em relação ao par precedente. Nesse caso cada 
terceiro par fica no mesmo plano. A distância entre duas cabeças vizinhas no mesmo 
plano é de 43 nm. 
 
 Numa secção da banda A pode-se notar que cada filamento de miosina é 
circundado por seis filamentos de actina, formando um hexágono. Esta formação 
favorece o contato da actina com a miosina. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
13
 
Contração Muscular 
 
 Ocorre um potencial de ação que percorre um axônio motor até suas 
terminações nas fibras musculares 
 
 Em cada terminação, há secreção de pequena quantidade de acetilcolina; 
 
 A acetilcolina atua sobre a área localizada da membrana abrindo numerosos 
canais protéicos acetilcolina-dependentes, ao se abrirem permitem a difusão dos íons 
sódio pelo seu gradiente eletroquímico do fluido extracelular para a celular muscular. 
Levando a despolarização da membrana, gerando um potencial de ação na fibra 
muscular. 
 
 Este potencial de ação muscular espalha-se na placa motora, geralmente 
localizada em algum lugar próximo ao terço médio da fibra muscular, contra ambas as 
pontas, ao mesmo tempo penetrando, por meio dos Túbulos T, no interior da fibra 
muscular. Quando este potencial atinge as cisternas e o reticulo sarcoplasmático libera 
os canais de cálcio, liberando grande quantidade deste íon no citosol, o cálcio se 
difunde na grademiofibrilar, onde são capturados pela troponina C (TnC). Isso inicia 
uma mudança conformacional no complexo troponina – tropomiosina, expondo os sítios 
ativos de ligação da actina com a miosina, o que permite interação entre elas, 
ocorrendo o movimento de deslizamento de uma sobre a outra com a quebra do ATP. 
 
 De certa forma o complexo troponina-tropomiosina pode ser considerado uma 
barreira que previne a interação precoce entre a actina e a miosina. Quando o 
complexo é distraído pelo cálcio, sua função de barreira é temporariamente 
interrompida, permanecendo assim até que os níveis de cálcio voltem aos níveis de 
repouso. 
 
 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
14
 
 
 
 Após uma fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o 
retículo sarcoplasmático ficando armazenados até um novo potencial de ação, 
terminando este ciclo de contração muscular 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
15
 
Relaxamento Muscular 
 
 Terminada a contração o Cálcio deverá ser recaptado de volta para o reticulo 
sarcoplasmático ativamente por ATPases Ca/Mg dependentes. Como a afinidade dessa 
bomba pelo cálcio é maior do que do íon pela troponina, o recolhimento ativo 
predomina. Enquanto não houver PA no sarcoplasma, a formação de novas pontes 
cruzadas não será possível e o músculo ficará no estado de relaxamento ou de 
repouso. 
 
 
 
Resumindo: 
 
 A contração de uma fibra musculo-esquelética ocorre graças ao movimento de 
actina e miosina relacionados um ao outro. Nenhum dos filamentos muda de 
comprimento durante a contração. Sob circunstâncias normais, a atividade contrátil da 
fibra muscular é iniciada por uma seqüência de impulsos nervosos na sua fibra nervosa 
motora. Cada impulso nervoso inicia a geração de um potencial de ação na membrana 
da célula muscular. Esses potenciais de ação espalham-se da placa motora em direção 
a ambas as extremidades da fibra muscular, penetrando ao mesmo tempo no interior da 
célula muscular pelos túbulos T. Estes últimos estão em contato próximo com as 
cavidades laterais do reticulo sarcoplasmático, formando uma ligação estrutural entre o 
potencial de ação e a liberação de íons cálcio do reticulo sarcoplasmático. Os íons 
cálcio ligam-se a troponina C (TnC), removendo a inibição imposta pelas proteínas 
reguladoras do processo contrátil. 
 
 O relaxamento da fibra muscular é o resultado da redução na concentração de 
cálcio no citosol devido a transferência ativa do cálcio para o reticulo sarcoplasmático. 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
16
Relação entre velocidade de contração e a carga 
 
 Sem carga o músculo leva em média 0,1 s para se contrair totalmente 
 Este tempo diminui progressivamente de acordo com a carga 
 
Tipos de Fibras Musculares 
 
 Atividades de longa duração: 
 Predominância em fibras lentas oxidativas ou seja - vermelhas 
 Atividades de força 
 Predominância de fibras rápidas – brancas 
 
 
Introdução à Transferência de Energia 
 
 Energia Potencial 
 Energia de posição 
 (ex: Hidrelétrica – água no lago) 
 Energia Cinética 
 Energia do movimento 
 Trabalho mecânico 
 Ação muscular 
 Trabalho Químico 
 Síntese de moléculas celulares 
 Trabalho de Transporte 
 Concentração de substâncias 
 Ativo e por difusão 
 
 
ATP: A moeda corrente da energia 
 
 Infelizmente a energia presente nos alimentos não pode ser transferida 
diretamente as células. (gasolina x petróleo) 
 
Fontes de energia para contração muscular 
 
 Energia básica: ATP 
 Função principal realizar a ponte cruzada e possibilitar o deslizamento da 
actina com a miosina 
 Bombear cálcio do sarcoplasma para o reticulo sarcoplasmático 
 Bombear sódio e potássio através da membrana da fibra muscular 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
17
Concentração de ATP 
 
 Na fibra muscular existe cerca de 4 mmol, suficiente para 1 a 2 s 
 Fonte primária: Fosfato de creatina – 5 a 8 s 
 Glicólise – cerca de 1 minuto 
 Metabolismo oxidativo – 2 a 4 horas 
 A ATP armazena energia em potencial (hidrelétricas) 
 Esta energia depende de dois ciclos: 
 Formação do ATP rico em energia 
 Utilização desta energia no trabalho biológico 
 Durante o trabalho muscular que utilizou da quebra da molécula de ATP, utiliza-
se somente 25% de energia em trabalho o restante é dissipado em forma de 
calor 
 Fontes de ATP 
 Reservas de ATP-CP (adenosina trifosfato-fosfato de creatina) 
 Glicólise (metabolismo anaeróbio) 
 Metabolismo Oxidativo 
 
 
ATP-CP ou anaeróbico alático 
 
 É o primeiro a agir. Pois o organismo quando inicia uma atividade, primeiramente 
lança mão de suas reservas de emergência. 
 Mecanismo independente de O2 e não forma acido lático 
 Baixa concentração celular 
 Sua concentração pode ser consumida em até 2 segundos de trabalho muscular. 
 
Principais características desse sistema: 
 
 Alta potência, produz grande quantidade de energia por pouco tempo 
 Baixa capacidade 
 Metabolismo Glicolítico ou anaeróbico Lático 
 Quando há a necessidade de disponibilidade energética, o glicogênio volta a 
forma de glicose ( glicose - 6 – fosfato) 
 Sofre a ação da fosfofrutoquinase, e se torna o acido pirúvico. 
 O Ácido pirúvico pode ser metabolizado com pouco ou muito oxigênio 
 
Metabolismo Glicolítico ou anaeróbico Lático 
 
 Quando há a necessidade de disponibilidade energética, o glicogênio volta a 
forma de glicose ( glicose - 6 – fosfato) 
 Sofre a ação da fosfofrutoquinase, e se torna o acido pirúvico. 
 O Ácido pirúvico pode ser metabolizado com pouco ou muito oxigênio 
 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
18
 
Metabolismo anaeróbico Lático 
 
 Pouco oxigênio, o ácido pirúvico é metabolizado e forma 2 unidades de ATP e 
acido lático, tornando esta via conhecida como anaeróbica lática 
 Predominante até os 30-40 segundos do exercício intenso segundo sua 
contribuição fundamental para eventos como corridas de 400 metros. 
 Menor potência e de maio capacidade. 
 
Aeróbico 
 
 Sistema oxidativo ou aeróbico: 
 Na presença de oxigênio, o acido pirúvico formado pela glicose, vai até acetil-
coenzima A, que através das etapas do ciclo de Krebs, dando origem a 38 
moléculas de ATP, água e gás carbônico. 
 Este sistema é de capacidade ilimitada e em termos de potência produz 18 
vezes mais ATP que o sistema anaeróbico lático 
 
 
 
Principais características dos sistemas energéticos 
Mecanismo Combustível Uso de O2 Produção Atividades 
Sistema 
Alático 
Creatina- 
Fosfato Não 
Pouca 
Limitada 
0 – 10 seg. 
Corridas de 
50 a 100 m 
 
Natação 25 m
 
Saltos em 
altura 
 
Levantament
o e arremesso 
de peso 
A
n
a
e
r
ó
b
i
c
o 
Sistema 
Lático Glicogênio 
Não 
Limitada Pouca 
20 a 90 seg. 
 
corridas de 
100 a 800 m 
 
natação de 
100m 
 
A
e
r
ó
b
i
c
o 
Sistema 
Oxidativo 
Glicogênio; 
Lipídeos sim 
Muita 
ilimitada 
A partir de 3 
min. 
 
Maratona 
 
Corridas de 
fundo 
 
Eventos de 
longa duração
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
19
 
 
Consumo de Oxigênio após o Exercício 
 
 Ressintetizar ATP e CP 
 Ressintetizar lactato para o glicogênio 
 Oxidar lactato no metabolismo energético 
 Restaurar oxigênio no sangue 
 Efeitos termogênicos da temperatura central elevada 
 Efeitos termogênicos dos hormônios (catecolaminas, adrenalina e noradrenalina) 
 Efeitos da freqüência cardíaca elevada 
 
Recuperação ótima 
 
 Exercícios em ritmo estável 
 Até 50 % da VO2 máx 
 Pode ocorrer com repouso simples 
 Exercícios sem ritmo estável 
 Ultrapassa 60, 75% da VO2 máx 
 Indica-se a continuidade de um exercício aeróbico leve, para auxiliar na retirada 
do lactato. 
 
Medidas do Consumo Energético 
 
 Calorimetria direta 
 Necessita uma câmara onde o individuo entra e realiza um determinado 
esforço 
 Mede a mudança da temperatura da câmaraCalorimetria Indireta 
 Todas as reações que liberam energia no corpo dependem de oxigênio 
 São liberadas em média 4,82 kcal com a queima de carboidratos, proteínas e 
gorduras com 1 litro de O2 
 Considera-se que para cada 5,0 kcal consome-se 1 litro de O2 
 
Calorimetria Indireta 
 Espirômetro portátil 
 Técnica com bolsa 
 Instrumentação computadorizada 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
20
 
Contração Muscular 
 
Contração Muscular X Irrigação 
 Os capilares dos músculos possuem cercar de 0,007 mm2 
 PA próximo ao coração – 120 mmHg 
 PA nos capilares cerca de 30 mmHg 
 Na contração muscular estrangula os capilares 
 O sangue deixa de circular com contrações maiores de 60% 
 Se a contração atingir 15 a 20 % da força máxima, o músculo continua 
funcionando normalmente 
 Contrações mantidas por 1 a 2 minutos levam a fadiga aguda 
 Causando queimação e perda de força 
 Contrações dinâmicas seguidas de relaxamento, de forma alternada levam a 
um aumento de até 20 vezes na circulação sanguínea 
 Levando mais oxigênio ao músculo 
 Aumenta a resistência a fadiga 
 Cuidar da repetitividade 
 
Esforço estático 
 
As fibras vermelhas têm como função à sustentação da postura (estática) e são 
menores em tamanho, localizando-se na região profunda do sistema esquelético. 
Possuem alta resistência à tensão e a baixa deformação (plasticidade) 
Se adaptam à postura estática, tendendo ao encurtamento do sistema muscular 
 
Conseqüência
Pouca Nutrição
(Contração Isométrica)
+
Aumento de Tensão
+
Aumento do Ácido Lático
(metabolismo Anaeróbio)
Irritação das terminações nervosas livres
DOR 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
21
Esforço Dinâmico 
 
O músculo trabalha com uma alternância entre contração e descontração. Nos 
músculos intactos, a tensão por eles gerada ao encurtarem-se é influenciada por 
vários fatores, como: 
comprimento inicial das fibras musculares 
ângulo de tração do músculo sobre o esqueleto ósseo 
a velocidade de encurtamento. 
 
Alongamento muscular 
 
Os encurtamentos funcionam como limitantes da amplitude articular 
Encurtamentos podem ser gerados pela imobilização prolongada 
Uso da tala na digitação 
Pela deposição de tecido denso fibroso em resposta às agressões 
O alongamento muscular diminui a tensão no local 
Alinha as fibras fibrosas no sentido da tensão muscular 
Aumenta a absorção de edema 
 
Modos de alongamentos 
 
Passivo manual 
Se aplicado de forma lenta, diminui a ação dos órgãos de Golgi, 
possibilitando levar até o estiramento muscular 
Possibilita o distanciamento dos discos Z 
 
Sustentar e relaxar 
Favorece o alongamento por atuar no momento de relaxamento após 
contração mantida 
 
Alongamento passivo 
Semelhante ao ativo porém em menor amplitude 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
22
Adaptação ao Trabalho 
 
 Características cognitivas 
 Capacidade do trabalhador 
 Ritmo circadiano 
 Suscetibilidade fisiológica 
 Perfil de sono 
 Conteúdo do trabalho (qual, o que, como é) 
 Condições 
 Fatores motivacionais 
 Desempenho e satisfação no trabalho 
 
Adaptação muscular ao trabalho pesado 
Tamanho e nº de fibras 
Hipertrofia muscular 
Pode ocorrer hipertrofia seletiva de acordo com o tipo de atividade 
desempenhada 
Hiperplasia 
Aumento do nº de fibras 
A hipertrofia contribui mais que a hiperplasia para o aumento da área de secção do 
músculo 
 
Ativação do SNC 
 
Existe um aumento do recrutamento das unidades motoras – maior sincronismo 
Daí a importância do treinamento concêntrico e excêntrico 
Densidade capilar 
Existe um aumento do número dos capilares por área muscular 
Principalmente ao redor das fibras lentas 
 
Adaptações metabólicas 
 
 nº de mitocôndrias 
 taxa de respiração mitocondrial 
 capacidade de oxidar carboidratos 
 oferta de O2 
 da atividade das enzimas do ciclo de Krebs 
 capacidade oxidativa 
 da concentração de glicogênio 
 tempo para atingir exaustão 
 da atividade da glicólise 
 capacidade glicolítica 
 capacidade de normalizar lactato sangüíneo e muscular 
 da acidose 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
23
 
Adaptação cardiorrespiratória ao trabalho pesado 
 
 da capacidade dos pulmões 
 da troca gasosa 
 do fluxo sanguíneo 
 da permeabilidade dos capilares 
 
 
Adaptação circulatória ao esforço 
 
 da permeabilidade capilar 
 da freqüência cardíaca 
 do débito cardíaco 
Constrição dos vasos não envolvidos na atividade 
 da PA 
 do retorno venoso 
 
 
Distribuição do débito cardíaco 
 
Distribuição do débito cardíaco
Repouso
Músculos esqueléticos
20% = 1 L/M
Rins 
20% = 1 L/min 
Cérebro
15 % = 0,75 L/min
Atividade
Músculos esqueléticos
85 % = 21 - 25 L/M
Rins 
3 % = 0,75 L/min 
Cérebro
4 % = 1 L/min
 
 
Adaptação respiratória ao esforço 
 
 do volume inspirado 
 da freqüência respiratória 
 da luz das vias 
 da permeabilidade da membrana 
 velocidade da difusão 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
24
 
Atrofia por desuso 
 
 metabolismo das mitocôndrias 
Apresenta alterações no tipo de fibra muscular, passando de fibras lentas para 
glicolítica ou oxidativa glicolítica 
 
 
Dispêndio de energia no trabalho 
 
Metabolismo basal 
 aprox. 1600 cal/dia 
Calorias do Lazer 
Aprox. 600 cal/dia 
Calorias do trabalho 
Pode chegar a 2500 cal/dia 
 
 
 
 
Fatores que interferem no dispêndio de energia 
 
Base energética 
Condicionamento físico 
Treinamento 
Carga de trabalho físico 
Carga de trabalho mental 
Estresse 
Estado de saúde 
FORMA DE ATIVIDADE CALORIAS POR HORA 
Durante o sono 0065 
Acordado, porém deitado, imóvel 0077 
Sentado, em repouso 0100 
Em pé, relaxado 0105 
Vestindo-se e despindo-se 0118 
Digitado rapidamente 0140 
Exercício leve 0170 
Caminhando lentamente (4,80 km por hora) 0200 
Carpintaria, trabalho em metal, pintura industrial 0240 
Exercício moderado 0290 
Exercício intenso 0450 
Nadando 0540 
Correndo (9,80 km por hora) 0570 
Exercício muito intenso 0600 
Caminhando rapidamente (9,80 km por hora) 0650 
Subindo escadas 1100 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
25
 
Trabalho fisicamente pesado 
 
Alta exigência física geral 
Em altas temperaturas 
Carregamento de cargas 
 
 
Fadiga muscular 
 
A fadiga é uma condição temporária 
em que a força muscular não pode 
mais ser gerada pelo músculo por 
problemas metabólicos 
 
Sua origem depende do tipo de atividade desempenhada, das fibras musculares 
envolvidas, do nível de aptidão física e da base energética do individuo. 
 
Importante: Fadiga é mecanismo de defesa do corpo a agressões maiores. 
Prevenindo lesões celulares maiores 
 
Fadiga é uma alteração do processo excitação – contração – relaxamento 
Fadiga Central: afeta o sistema neurológico 
 
Fadiga Periférica: Deterioração dos processos bioquímicos da contração – fadiga 
do mecanismo contrátil. 
 
A fadiga se divide de acordo com o período de aparecimento em aguda, sub-
aguda e crônica 
 
Fadiga Aguda – falha no sistema excitação – contração – relaxamento, causando 
diminuição da freqüência da contração, pode ocorrer por diversos fatores 
 
Fatores da Fadiga Aguda 
Hipoglicemia 
Presença de substâncias tóxicas - Amônia 
Deficiência de acetilcolina 
Deficiência do sistema Sódio – Potássio – Cálcio – Magnésio 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
26
 
Fadiga muscular 
 
RF (brancas) fadigam-se muito rapidamente 
L (vermelhas) são muito resistentes. 
Fadiga no mecanismo contrátil 
Acúmulo de ác. Lático 
 pH 
reduzindo a quantidade de Ca++ 
Reduz a glicólise anaeróbica, diminui a quantidade de ATP 
Fadiga no mecanismo contrátil 
Depleção das reservas de ATP 
Por conseqüência do ac. Lático 
Pelo aumento súbito do consumo 
Pela dificuldade circulatória 
 
 
Fadiga no mecanismo contrátil 
 
Fadiga no mecanismo contrátil
Exigênciasda Ocupação
Dano mecânicomúsculos
CãimbraFadiga muscular
Recuperação
inadequada
recuperação DOR
Alterações 
degenerativas
Capacidade 
sustentada 
 
Fadiga 
 
Indivíduo
Intensidade do trabalho
ambiente
ritmo alimentação
Doenças e dores
pscicológico
Recuperação
Grau de fadiga
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
27
Fadiga nas Indústrias 
 
 Causado por jornadas muito longas 
 Poucas pausas embutidas no ciclo de trabalho 
 Ritmo de trabalho ditado pelas máquinas 
 Quanto maior o ritmo e o tempo de trabalho maior a ocorrência de erros 
 
Análise da fadiga muscular com a Análise Funcional da atividade 
Handbook of Human Factors and Ergonomics, Gabriel Salvendy, Pg. 274 
 
 Intensidade Tempo Frequência 
Região anatomica Nível do 
esforço 
Tempo em 
esforço 
(contínuo) 
Esforços por 
minuto 
Prioridade 
Pescoço 
Ombro esquerdo 
Ombro direito 
 
Costas 
Braço e cotovelo esquerdo 
Braço e cotovelo direito 
 
Punho, dedos e mão 
esquerda 
 
Punho, dedos e mão 
direita 
 
 
Perna e joelho esquerdo 
Perna e joelho direito 
 
Tornozelo e pé esquerdo 
Tornozelo e pé direito 
 
1. Nível do esforço 
Utilizar método psicofisiológico para avaliar o nível de esforço.. 
1 - Esforço ligeiro – 3 seg 
2 - Esforço moderado – 4-8 seg 
3 - Esforço elevado > 9 seg 
 
 
 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
28
2. Tempo em esforço (contínuo) 
Cronometrar o tempo em que a região anatomica se encontra em esforço contínuo 
(sustentado). 
1 - Até 6 segundos (exc.) 
2 - Entre 6 (inc.) e 20 (inc.) segundos 
3 - Acima de 20 (exc.) segundos até 30 segundos (exc.) 
 
 
 
3. Esforços por minuto 
Quantificar o número de esforços por minuto na região anatómica em estudo 
1 - até 1/minuto (exc.) 
2 - Entre 1/minuto (inc) a 5/minuto (inc.) 
3 - Entre 5/minuto (exc.) a 15/minuto (inc.) 
 
Análise de resultados: 
 
A previsão da fadiga muscular em cada região anatomica é efetuada com base nas 
pontuações de Nível de esforço - Tempo em esforço - Esforços por minuto. 
 
Fadiga moderada: 123 - 132 - 213 - 222 - 231 - 232 - 312 
Fadiga Elevada: 223 - 313 - 321 - 322 
Fadiga muito elevada: 323 - 331 - 332 
 
O tempo necessário para recuperar da fadiga é expresso por cada 5 minutos de tempo 
de atividade: 
 
Fadiga moderada: 30 segundos a 90 segundos / 5 minutos de atividade 
Fadiga Elevada: 90 segundos a 3 minutos / 5 minutos de atividade 
Fadiga muito elevada: Acima de 3 minutos / 5 minutos de atividade 
 
As tarefas de fadiga moderada são normalmente aceitas para duração contínua até 1 
hora, podendo ser rodadas com tarefas de fadiga ligeira. As tarefas de fadiga elevada 
ou muito elevada devem ser alvo de melhorias, por forma a reduzir o seu nível de 
fadiga. 
 
Por exemplo, considere a seguinte tarefa: 
Esforço elevado: 3 
Durante mais de 6 segundos contínuos: 2 
Com uma cadência de 3 esforços/minuto: 2 
 
Uma pontuação 322 significa um esforço de fadiga elevada, necessitando entre 1.5 
minutos a 3 minutos para recuperação de fadiga, por cada 5 minutos de atividade. 
Se a atividade decorre durante 20 minutos (5 minutos x 4), necessitamos de 6 minutos 
a 12 minutos para recuperação da fadiga. Assim, se a tarefa seguinte não for fatigante, 
deverá permitir a recuperação da fadiga sem o repouso por inactividade do operador. 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
29
 
 
Fadiga Central 
 
 da capacidade de trabalho 
Presença de cansaço, esgotamento 
Geralmente acompanhado de depressão e ansiedade 
 do sistema límbico 
Pode levar ao alcoolismo, consumo de drogas. 
Fadiga central 
Favorecida: 
Chefia insegura 
Responsabilidade mal delegada 
Bloqueio da carreira 
Falta de motivação no trabalho 
Dificuldade nos relacionamentos 
É potencializada por: 
Calor 
Umidade 
Altura 
Sedentarismo 
Falta de gravidade 
Vibração 
Trabalho em turnos 
Passagem por fusos horários 
Fadiga crônica 
 
Principal sintoma: cansaço generalizado 
 glicose no sangue 
 PA 
 adrenalina 
Metabolismo em geral 
 
Fadiga crônica 
 
Causada pelo desequilíbrio entre dispêndio e recuperação de energia 
Potencializada pelo estresse 
Causa com facilidade: 
Distensão 
Distúrbios osteomusculares 
Tendinites 
Propensão a doenças 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
30
 
Fadiga crônica – Diagnóstico 
 
Diagnóstico: 2 critérios maiores e 6 menores 
Maiores: 
Inicio ou retorno de uma fadiga debilitante, que não é solucionada 
com repouso ao leito, ou com uma redução da carga a metade do 
usual, por 6 meses. 
Exclusão de outras causas conhecidas 
Critérios Menores 
Irritação da garganta 
Fraqueza muscular 
Mialgias 
Artralgias 
Cefaléias 
Sintomas neuropsicológicos 
 
 
Fadiga por monotonia 
 
Reação do organismo a uma situação pobre de estímulos 
 
Sintomas 
 
Cansaço 
Sonolência 
Falta de disposição 
Diminuição da atenção 
 
Favorecida por: 
 
Atividades de longa duração 
Pobreza de estímulos 
Trabalho com grau mínimo de dificuldade 
Ciclos de trabalho curtos 
Trabalho repetitivo 
Pobreza do gestual 
Trabalho noturno 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
31
 
Fadiga Psíquica 
 
Redução da capacidade do sistema psíquico em função da exposição a cargas 
psíquicas acima do limiar de adaptação do indivíduo 
Sobrecarga: 
Sensorial 
Ruídos,... 
Cognitiva 
Sobrecarga de informações 
Emocional 
Relacionamentos interpessoais tensos 
Intrapsíquica 
Conflitos interiores 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
32
 
Fisiologia da Visão: 
 
 
 
 
Percepção visual 
 
 Os olhos são órgãos de percepção da luze estímulos visuais 
 
 A energia captada é transformada em impulso bioelétrico 
 É objetivo e subjetivo 
 Captação e química da visão 
 Interpretação do visualizado 
 
 
Campo de visão 
 
Parte do ambiente que pode ser abarcado com a visão 
 
Nítido: ângulo de 1º 
Médio: ângulo de 1 a 40º 
Periférico: ângulo de visão de 41 a 70º 
 
 
Adaptação da retina à iluminação 
 
A adequação a claridade é mais rápida 
Ocorre uma perda súbita da sensibilidade 
Os processos adaptativos de um olho afetam o outro 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
33
 
Acomodação 
 
Capacidade do olho de focalizar objetos em diferentes distâncias 
Quanto mais acomodada a visão, melhor a nitidez da imagem 
 
Ponto próximo e distante 
 
16 anos – 8 cm 
32 anos – 12,5 cm 
44 anos – 25 cm 
50 anos – 50 cm 
60 anos – 100 cm 
 
Ofuscamento 
 
Relativo: 
Excesso de contrate das superfícies iluminadas 
Absoluto: 
claridade é tão alta que a adaptação não é possível 
De Adaptação 
Acender a luz do quarto durante a noite 
 
O poder da Visão 
 
Foco: 
 
Poder de resolução do olho 
O máximo da acuidade visual ocorrem em 1000 Lux 
A acuidade aumenta de acordo com o contrate 
A acuidade é maior para objetos escuros em fundo claro 
 
Sensibilidade a contrastes 
 
Melhor em superfícies grandes 
Melhor em limites nítidos 
Cresce com a densidade luminosa 
E maior quando as bordas do campo visual foram mais escuras que o 
centro 
 
Velocidade de percepção 
 
Esta velocidade esta intimamente ligada ao contrate e a densidade 
luminosa 
Sendo maior quanto maior forem o contraste e a densidade luminosa 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
34
 
Ciclo circadiano 
 
SONO 
 
Dormir mal leva a doenças, infecções e envelhecimento precoce, além de 
alterações humorais e perda da capacidade laborativa 
 
 
Trabalho em turnos 
 
Maioria tem distúrbios do sono 
Os trabalhadores mais velhos tem maior dificuldades para se adaptar 
As pessoas que trabalham no turno da noite em média 1,5 h a menos 
O turno da meia noite é o que mais exige do individuo 
Trabalhos em turnosA quebra do clico circadiano leva a perda de atenção e ao aumento de tempo 
de resposta 
Trabalhadores que fazem rodízios de turnos estão mais predispostos a 
acidentes de trabalho 
+- 20% da população atua em turnos não diurnos 
 
 
Insônia 
 
Brasil 40 % da população 
USA 20 % 
Japão 4% 
 
 
Ritmo Circadiano 
 
As funções orgânicas oscilam durante as 24 horas 
Depende da alternância dia/noite 
Contatos sociais 
Trabalho 
Conhecimento da hora do dia 
Pico da melatonina – das 2 as 4 horas da madrugada 
 
 
Sono normal 
 
Principal forma de descanso e recuperação de reservas 
A duração é influenciada pela idade e decai na velhice 
Principal critério é a sensação de bem estar. 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
35
 
 
Recomendações para troca de ciclo 
 
Iluminação adequada 
Evitar trabalhos monótonos 
Propiciar a movimentação 
Jornada máxima de 6 horas para trabalhos pesados e 8 para trabalhos leves 
Iniciar a jornada após as 6 horas da manhã 
Sistemas de turnos contínuos devem ter numerosos finais de semana com 2 
dias de folga 
Trabalhadores noturnos devem ter mais de 25 anos e menos de 50 anos 
Oferecer uma alimentação balanceada 
 
Contra indicações 
 
O trabalho em turnos é contra-indicado para pessoas com predisposição a 
distúrbios psicossomáticos, labilidade emocional, insônia diurna, má adaptação 
ao trabalho noturno. 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
36
 
Conforto térmico 
 
 A sensação térmica que sentimos é a combinação da temperatura obtida com o 
bulbo seco, velocidade e umidade relativa do ar 
 
 Legislação do Brasil 
 Temperatura de bulbo seco 
 
 20 a 23º C 
 Velocidade do ar 
 0,5 metro /segundo 
 Umidade relativa do ar 
 40 a 60 % 
 
Adaptação ao ambiente térmico 
 
 Aceitamos variações externas de –30 a 70º C 
 A temperatura interna quando ultrapassa 42º graus, pode levar a desnaturação 
de proteínas e abaixo de 33º C inibe a ação enzimática 
 
Equilíbrio térmico 
 
 O controle da temperatura corpórea ocorre pela produção e perda de calor: 
 Músculos produção 
 Pele perda 
 Capilares: grande rede de serpentinas 
 
Trocas de calor 
 
 Condução 
 Convecção 
 Evaporação 
 Irradiação 
 
Trabalho no calor 
 
 Ajustes Circulatórios 
 Exigência de oxigênio 
 Retirada do calor dos músculos 
 
 Constrição e Dilatação vasculares 
 Vasodilatação epitelial 
 Vasoconstrição renal 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
37
 Manutenção da PA 
 Com a vasoconstrição das vísceras e a vasodilatação periférica tende-se 
a manter a PA. 
 Leva a uma maior acumulo de ác. Lático 
• Pela diminuição da captação no fígado 
• Pela diminuição da circulação muscular 
 
 
Perdas de água no trabalho em alta temperatura 
 
 Até 3 l/hora de sudorese 
 Pode alcançar 12 l/hora 
 Maratonistas experimentam 5 l/hora 
 Conseqüências: 
 Desidratação 
 Diminui volume plasmático 
 Diminui o fluxo sangüíneo, diminuindo o débito cardíaco em até 
30% 
 
 
Fatores que modificam a tolerância ao Calor 
 
 Aclimatação 
 A maior parte ocorre até o 10º dia 
 Bastam apenas 2 a 4 h/dia 
 No inicio devem ser de 10 a 15 minutos 
 
 Treinamento 
 Respostas em 8 a 12 semanas 
 È mais fácil para atletas 
 
 Idade 
 Pouca diferença nas reações 
 
 
 Sexo 
 Transpiração 
 Mulheres possuem mais glândulas sudoríparas 
 Mulheres transpiram depois 
 Mulheres se utilizam mais dos mecanismos circulatórios 
 Mulheres suam menos 
 Mulheres possuem maior área por massa (área/volume) 
 Menstruação 
 Durante o período menstrual a temperatura da mulher 
é mais alta 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
38
Recomendações para trabalhos em altas temperaturas 
 
 Permitir que haja tempo para aclimatação (10 a 14 dias) 
 Praticar exercícios durante a parte menos quente do dia 
 Limitar ou impedir o exercício se for detectado índice térmico na zona de alto 
risco 
 
Complicações do estresse Térmico 
 
 Câimbras pelo calor 
 Desequilibro das concentrações de líquidos e eletrólitos 
 Exaustão pelo calor 
 Estagnação sangüínea nos vasos periféricos, edema de extremidades 
 
Complicações do estresse Térmico 
 
 Choque Térmico 
 A mais séria 
 Temperatura corpórea > 41º C 
 Pele seca e quente 
 Ocorre por falha no sistema termorregulador 
 
 
Recomendações 
 
 Estabelecer plano de ingestão de líquidos 
 Moderar a intensidade do treinamento 
 Monitorar diariamente o peso corpóreo 
 Observar a reposição de sais minerais 
 
 
Efeitos da vestimenta 
 
 Vestimenta para clima frio 
 Proporciona isolamento 
 Aprisiona o ar formando uma barreira térmica 
 Quando úmida perde em média 90% da capacidade isolante 
 A água é melhor condutor térmico que o ar 
 
 Vestimenta para clima quente 
 Roupa seca retarda a permuta de calor, a úmida acelera 
 Deve ser folgada para permitir o deslocamento de ar entre o tecido e a 
pele 
 Devem ter cores claras 
 
 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
39
Vibração 
 
 Observar: 
 Pontos de aplicação no corpo (localizada ou geral) 
 Freqüência das oscilações: 
 Abaixo de 150 Hz – mais lesivas 
 Acima de 200 Hz – mais toleráveis 
 
 Efeitos 
 Perda da sensibilidade 
 Distúrbios de visão 
 Diminuição da destreza 
 Potencialização de distúrbios osteomusculares 
 Aumento da fadiga pela manutenção de tônus elevado 
 
Disciplina de Fisiologia do Trabalho 
Prof. Alison Alfred Klein 
 
40
 
Alison Alfred Klein 
 
Fisioterapeuta registrado no CREFITO – 8 sob n.º 29.723-F 
- Mestrando em Engenharia Mecânica – Ergonomia - UFPR 
- Graduado pela UTP - Universidade Tuiuti do Paraná 
- Com estágio na Universidade de La Coruña - Espanha 
- Especialista em Fisioterapia do Trabalho - CBES 
- Presidente da ABRAFIT - Associação Brasileira de Fisioterapia do 
Trabalho 
- Perito em Saúde do Trabalhador – IBRAFA/ COFFITO 
- Perito Judicial da 11ª Vara do Trabalho de Curitiba 
- Coordenador do Curso de Perícia Judicial do Trabalho – PR, RS, SP 
- Professor - Pós Graduação em Fisioterapia do Trabalho – PR, RS, SP, 
PE, MS, MG. 
- Professor - FIES – Faculdades Integradas Espírita 
 
 
 
e-mail: alison@sefit.com.br 
web: www.sefit.com.br 
Telefones: (41) 3022-0200 e (41) 8416-9061

Continue navegando