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RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Relações Públicas 
De forma simples, a PRSA (Sociedade Americana de Relações Públicas) definiu as Relações Públicas 
como um processo estratégico de comunicação que constrói relações de benefício mútuo entre as 
organizações e seus públicos. 
Vamos destrinchar isso para facilitar o entendimento e conhecer melhor os elementos definidores de 
RP. 
• Organizações: um agrupamento de pessoas em torno de uma causa comum. Uma organização 
pode ser uma empresa, um governo, um partido, ou seja, pode assumir várias formas. 
• Públicos: assim como as organizações, os públicos são múltiplos e abarcam em si diversos 
recortes sociais. Podemos pensá-los como agrupamentos de pessoas que interagem com uma 
determinada organização. 
• Processo comunicacional: como toda forma de comunicação, a atividade de RP envolve pelo 
menos duas partes (na prática, são múltiplas partes). Essas partes, que são as organizações 
e os públicos, se relacionam de formas diversas para estabelecer processos de troca. 
• Processos não lineares: muito pelo contrário: eles acontecem de forma espontânea e multila-
teral. As relações públicas surgem como uma forma de compreendê-los e otimizar o relaciona-
mento entre os vários agentes envolvidos. 
• Relações de troca: organizações e públicos se relacionam o tempo todo por diversas dinâmicas 
que podem agregar valor a ambas as partes. 
Nesse sentido, as Relações Públicas surgem como forma de organizar as relações e processos de 
troca entre organizações e públicos, gerando benefício e valor para ambas as partes. 
As organizações se beneficiam na medida em que conseguem transmitir sua mensagem e gerar uma 
percepção positiva de marca e serviços. 
Já os públicos conseguem ter uma visão mais transparente das organizações e cobrá-las pelos serviços 
oferecidos e posicionamentos feitos. 
Um dos maiores estudiosos de relações públicas, James E. Grunig, aponta que a aristocracia chinesa 
já praticava uma forma rudimentar de relações públicas há cinco mil anos. 
Mas as relações públicas como campo profissional são estudadas a partir do início do século XX, ou 
seja, há cerca de 100 anos. 
Como podemos ver, esse campo de estudo é relativamente recente. 
Ele surgiu nos EUA a partir da necessidade que as empresas viram de se comunicar com seus públicos 
para gerar uma imagem positiva. 
Naquela época, estava em andamento uma era acelerada de crescimento, marcada pela mecanização 
dos processos e exploração dos trabalhadores. 
O movimento operário estava cada vez mais articulado e se manifestando contra as grandes empresas. 
Com isso, essas empresas sentiram a necessidade de comunicar uma imagem melhor aos públicos. 
O primeiro profissional de relações públicas que os estudiosos em comunicação consideram é Ivy Lee. 
De fato, ele é considerado o pai das relações públicas. 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Ivy Lee fundou seu próprio escritório de relações públicas e trabalhou para grandes corporações para 
melhorar sua imagem e aumentar seus lucros. Ele reinventou a forma como as organizações se colo-
cavam no mundo. 
Ele pregava a humanização dos modelos de negócio e defendia a transparência, pregando a máxima: 
“O público deve ser informado”. 
Isso sedimenta até hoje a forma como as relações públicas são vistas pelos estudiosos em comunica-
ção: uma atividade para otimizar a relação entre públicos e empresas, com o objetivo de melhorar a 
experiência desses públicos. 
Por ser uma área nova — não existia o curso nas faculdades e nenhuma forma de especialização — 
as relações públicas foram construídas a partir da prática. 
Pelo mesmo motivo, os profissionais que trabalhavam para empresas nessa função tinham outras for-
mações, principalmente relacionadas com as áreas de administração e gestão. 
Assim, as relações públicas — que nem recebiam esse nome — surgiram como um cargo técnico e 
focado num aspecto gestacional. 
O que é Relações Públicas no Marketing 
Um trabalho de relações bem-feito é aquele que ajuda o público a entender uma empresa, seus valores, 
seus objetivos e o que ela tem a oferecer. 
Mas qualquer bom profissional de marketing pode ler essa frase e se identificar com ela. 
De fato, essas duas atividades se aproximam. Ambas têm o objetivo de estabelecer relações de confi-
ança e troca entre empresa e públicos através do encantamento. E o mais importante: elas proporcio-
nam benefícios duradouros. 
Mas cada uma delas tem sua própria lógica de funcionamento. 
As relações públicas funcionam de forma mais direta, logística e estratégica. Já o marketing atua prin-
cipalmente com o novo e o arriscado, e com elementos indiretos. Mas o importante é que ambos são 
importantes para uma empresa e é fundamental que as equipes trabalhem juntas. 
Podemos pensar que, enquanto um RP trabalha de forma direta com os colaboradores, o profissional 
de marketing está preocupado com estratégias de endomarketing, por exemplo. 
James Grunig sintetiza a Função Administrativa das RPs ao afirmar que a área é caracterizada como 
a administração da comunicação entre a organização e seus públicos. Essa atribuição é fundamental, 
pois considera gerenciar o processo comunicativo dentro das organizações. Na prática, as RPs buscam 
estabelecer e manter relações harmoniosas ou formas de credibilidade entre as organizações e os 
públicos com os quais se relacionam. Para tanto, é realizado o processo de relações públicas, que 
conta com pesquisa, planejamento, execução, controle, avaliação, coordenação e assessoramento. 
Para exercer a Função Estratégica as Relações Públicas precisam ajudar a organização a atingir seus 
objetivos institucionais, contribuindo para a organização se posicionar perante a sociedade e com Res-
ponsabilidade Socioambiental. 
Na função estratégica o RP assessora os gestores da organização, propondo soluções, apontando 
ações proativas, identifica forças, fraquezas, ameaças e oportunidades relacionados à comunicação e 
imagem institucional. Evidentemente, o desempenho da função estratégica dependerá do posiciona-
mento que a área ocupa na estrutura organizacional e da formação do executivo responsável pela 
comunicação. 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Como Função Política, as relações públicas lidam basicamente com as relações de poder dentro das 
organizações e com a administração de controvérsias, crises e conflitos sociais. Para desempenhar 
essa função, é fundamental compreender como se processa o poder nas organizações e as relações 
com a cultura organizacional. Existe o poder que ocorre no interior das organizações e o poder advindo 
das forças externas, pressões sociais, políticas e econômicas. O gerenciamento de crises com a opi-
nião pública é um exemplo de situação do que está sendo exposto. Simões (1995) considera que a 
função política é essência da atividade de RP. 
A Função Mediadora está relacionada ao estabelecer a interlocução entre as organizações e seus pú-
blicos, sendo uma função precípua de relações públicas. A comunicação é um instrumento vital e im-
prescindível para que as relações públicas possam mediar relacionamentos organizacionais com a di-
versidade de públicos. A organização precisa estabelecer canais diversificados de comunicação a fim 
de conseguir mediar os interesses existentes. A utilização dos veículos de comunicação massiva, diri-
gida e virtual torna-se imprescindível. É importante ressaltar que a função mediadora pressupõe não 
somente divulgação, mas sim o estabelecimento de diálogo. 
As origens das relações públicas no Brasil remontam ao início do século XX (M. Kunsch, 1997; W. 
Kunsch, 2009). 
Mais precisamente, o marco fundador pode ser definido como o dia 30 de janeiro de 1914, quando foi 
criado o Departamento de Relações Públicas da empresa canadense The São Paulo Tramway, Light 
and Power Company Limited, atual AES Eletropaulo, tendo como seu primeiro engenheiroEduardo 
Pinheiro Lobo, sob o comando do canadense Alexander Mackenzie, um personagem a ser mais bem 
estudado pelas relações públicas brasileiras, em suas verificações de origem, principalmente de sua 
paternidade (Nassar, Furlanetto e Flynn, 2015; Nassar, 2015). 
Outra iniciativa importante ocorreu em 1926, quando a General Motors, recém-chegada ao Brasil, co-
meçou a publicar o boletim mensal do empregado, o General Motors, a primeira revista industrial publi-
cada no Brasil (Torquato, 1987). Isso ilustra que “desde o início do século XX, entre as décadas de 
1910 a 1940, a prática de atividades de relações públicas estava restrita a poucas corporações inter-
nacionais e a alguns setores de informação pública em departamentos governamentais e instituições 
(Fernandes, 2011 p. 39). 
A primeira empresa brasileira a criar um departamento de Relações Públicas foi a Companhia Siderúr-
gica Nacional (CSN), em 1951 (M. Kunsch, 1997), com o objetivo de promover a indústria siderúrgica 
e sua importância simbólica para a nação. 
Essa empresa surgiu por iniciativa do então presidente do país, Getúlio Vargas (1882-1954), como 
resultado do chamado Acordo de Washington, assinado pelos governos do Brasil e dos Estados Uni-
dos. 
Essa iniciativa político-militar incluía a construção de uma usina de laminação de aço que forneceria a 
matéria para os aliados durante a Segunda Guerra Mundial e simbolizaria o desenvolvimento e o cres-
cimento do Brasil.O caso da Companhia Siderúrgica Nacional mostra que as atividades de relações 
públicas, no Brasil, tiveram início efetivamente na década de 1950, graças à combinação de vários 
fatores. Um era que a democracia havia estimulado uma política de desenvolvimento industrial, à qual 
se seguiu a abertura e o crescimento do mercado interno. 
Grandes multinacionais estrangeiras vieram para o Brasil, criaram departamentos de Relações Públi-
cas, replicando a estrutura e características de setores congêneres de suas matrizes (M. Kunsch; Nas-
sar, 2009, p. 655). Esse ambiente ajudou a reforçar e valorizar a atividade no Brasil. Além disso, na-
quele momento também se formavam os grandes conglomerados de jornais, revistas e rádio, se faziam 
as primeiras transmissões de televisão no país. Em tal cenário, as relações públicas estabeleceram 
sua posição como uma atividade empresarial. Em resposta às demandas que surgiam, em 1953 foi 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
ministrado o primeiro curso de formação, organizado pelas instituições Fundação Getúlio Vargas, Ins-
tituto de Administração da Universidade de São Paulo, Instituto de Organização Racional do Trabalho 
(Idort) e Organização das Nações Unidas. Ele foi conduzido pelo professor norte-americano Eric Carl-
son. 
Mais tarde, em 1955, o professor Harwood Childs, da Universidade de Princeton, apresentou em São 
Paulo um curso para introduzir a teoria contemporânea das relações públicas. Iniciativas para a profis-
sionalização e organização da área foram simbolizadas pela criação da Associação Brasileira de Rela-
ções Públicas (ABRP) por líderes profissionais, em 1954 (W. Kunsch, 2009).Quatro anos depois, em 
1958, foi realizado o I Seminário Brasileiro de Relações Públicas, como uma plataforma para a conso-
lidação da atividade no Brasil. 
Os trabalhos apresentados no seminário são indicativos dos imperativos do tempo: “Normas e padrões 
para o trabalho de relações públicas”, por Ney Peixoto do Valle; “As comunicações das relações públi-
cas”, por João Firminiano da Silva; e “Treinamento e formação de pessoal para relações públicas”, por 
Francisco Gomes de Matos e Cel. Terêncio M. Porto. Esse evento mostrou que o ambiente era propício 
para o desenvolvimento da atividade no Brasil. Nos anos seguintes, uma série de outros eventos foi 
levada a efeito em todo o país, como o I Congresso Paranaense de Relações Públicas (Curitiba, 1959) 
e o I Congresso Mineiro de Relações Públicas (Belo Horizonte, 1962). 
Também digna de nota foi a IV Conferência Interamericana de Relações Públicas, em 1963, realizada 
no Rio de Janeiro, organizada pela ABRP. Os delegados vieram de Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, 
Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Antilhas Holandesas, México, Porto Rico e Estados Unidos (Fer-
nandes, 2011). 
O IV Congresso Internacional de Relações Públicas, da International Public Relations Association 
(Ipra), teve lugar no Rio de Janeiro, em outubro de 1967 (M. Kunsch, 1997). As principais iniciativas 
empreendedoras também alavancaram a profissão de relações públicas, notadamente a criação da 
AAB, a primeira consultoria brasileira da área, em 1962. Até então, o trabalho era realizado por agên-
cias de publicidade. 
O primeiro livro sobre relações públicas, no Brasil e na América Latina, foi Para entender relações 
públicas, de Cândido Teobaldo de Souza Andrade, em 1962 (W. Kunsch, 2009). Com isso, Andrade foi 
o primeiro autor brasileiro na área, sendo ele considerado por muitos como o verdadeiro pioneiro e “pai” 
das relações públicas no Brasil. Escreveu sete livros sobre teorias e práticas, tendo sido dele a primeira 
tese de doutorado da área no Brasil, Relações públicas e o interesse público, defendida na Escola de 
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), em 1973. E ainda foi, em 1967, um 
dos professores fundadores do programa de bacharelado de Relações Públicas da então Escola de 
Comunicações Culturais (ECC), nome inicial da Escola de Comunicações e Artes. 
Relações Públicas Contemporâneas 
Ao longo da década de 1980 foram feitas as primeiras tentativas para alcançar uma comunicação em-
presarial estratégica e integrada no Brasil. A primeira empresa a operar dentro desse novo âmbito 
institucional foi a francesa Rhodia SA, que em janeiro de 1985 lançou sua política de comunicação 
social. 
Intitulada Portas abertas, essa política logo se tornou referência para outras empresas que procuravam 
estabelecer canais de comunicação abertos com seus públicos de relacionamento. 
Durante o mesmo período, Margarida Kunsch defendia sua dissertação de mestrado, que daria origem 
ao livro Planejamento de relações públicas na comunicação integrada (1986) – e, mais tarde, com seu 
doutorado, ao livro Planejamento de relações públicas na comunicação integrada (1997). 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Essas obras se tornaram referências para a prática da área no país, já que oferecem uma abordagem 
passo a passo e preconizam a prática das relações públicas a partir de uma perspectiva da comunica-
ção integrada. É nesse contexto que entra Gaudêncio Torquato, já mencionado. Ele e Margarida podem 
ser considerados os pioneiros da comunicação integrada no Brasil. 
Outra contribuição importante para a teoria brasileira das relações públicas foi, em 1984, o livro Rela-
ções públicas: função política, de Roberto Porto Simões, que aplicou uma perspectiva crítica à teoria, 
aos currículos acadêmicos, ao perfil profissional, à prática, à ética e à estética desse campo. A partir 
dessa década de 1980 houve um aumento na produção e publicação de livros, dissertações de mes-
trado e teses de doutorado com foco em relações públicas. Em 1989, a Aberje mudou seu nome para 
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, mantendo sua sigla, hoje conhecida como uma 
marca. 
O novo nome foi uma tentativa de expressar a transformação em curso na comunicação empresarial e 
em nosso relacionamento com empresas, que estavam tomando seus primeiros passos em direção a 
uma grande reestruturação em um país que foi mais uma vez respirar o ar da democracia (Nassar, 
2009, p. 30).Desde a sua fundação, a Aberje tem contribuído para o fortalecimento das relações públi-
cas e da comunicação empresarial através do compartilhamento de conhecimento, programas de edu-
cação, cursos, conferências, seminários, publicações, reuniões e pesquisa. 
A Aberje tem como objetivo ser uma fonte de referênciapara a produção e difusão de conhecimentos 
sobre práticas de comunicação que orientam as estratégias de gestão dentro das organizações (...), a 
fim de reforçar o papel estratégico das comunicações no mundo dos negócios (M. Kunsch; Nassar, 
2009, p. 658). A entidade desempenhou um papel importante para reforçar e aperfeiçoar a atividade 
de relações públicas nos campos profissional e educacional, oferecendo a base para a prática das 
modernas relações públicas no Brasil. Como exemplo, ela lançou, em 1991, Comunicação Empresarial, 
a primeira revista brasileira voltada para a comunicação corporativa e as relações públicas, com circu-
lação ininterrupta até hoje, sendo a segunda mídia especializada mais lida pelos executivos de comu-
nicação no país. 
Na década de 1990, o Sistema Conferp organizou um amplo debate sobre a profissão, com seu Parla-
mento Nacional de Relações Públicas (1997), destinado a rever alguns aspectos da lei de regulamen-
tação da profissão, especialmente os requisitos para o registro profissional. Após cinco anos de discus-
são (1992-1997), o documento final foi apresentado ao mercado durante o Congresso Brasileiro de 
Relações Públicas realizado na cidade de Salvador (BA). As principais decisões foram: a) manutenção 
da exigência de registro profissional para exercer a profissão; e b) aceitar registro profissional de prati-
cantes que tivessem outra formação que não a de relações públicas, tais como administração de em-
presas, jornalismo, publicidade e outros cursos de graduação, mas que tivessem uma pós-graduação 
específica em relações públicas (Athaydes et al., 2014, p. 156).Em 2002, foi criada a Associação Bra-
sileira de Agências de Comunicação (Abracom), para representar as agências que prestam serviços 
ligados à gestão de relações estratégicas de comunicação. 
Ela se propõe embasar as normas operacionais e profissionais para o segmento de comunicação cor-
porativa e de negócios no seu relacionamento com clientes, fornecedores, entidades representativas, 
governo e comunidades locais. Ela também tem como objetivo fortalecer a participação de agências de 
comunicação no mercado privado e expandir sua presença no setor público (Abracom, 2012). No 
campo científico, uma importante contribuição foi o surgimento da Associação Brasileira de Pesquisa-
dores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp), em 2006. 
Sob a liderança de Margarida M. Krohling Kunsch, a entidade foi criada por um grupo de pesquisadores 
brasileiros que atuam em universidades e no ambiente de comunicação corporativa. Desde o começo, 
a Abrapcorp vem realizando seminários científicos anuais com a presença de estudiosos de destaque 
na investigação e no desenvolvimento de trabalhos relacionados com a comunicação organizacional e 
as relações públicas, publicando seus resultados em obras lançadas anualmente.Além de Cândido 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Teobaldo de Souza Andrade, Margarida K. Kunsch, Roberto Porto Simões e Gaudêncio Torquato, po-
demos citar, entre muitos outros, os seguintes autores que que exerceram influência sobre pesquisa-
dores e profissionais: Roberto de Castro Neves – Imagem empresarial (1998); Waldyr Gutierrez Fortes 
– Relações públicas: processo, funções, tecnologia e estratégias (2003); Carlos Eduardo Mestieri – 
Relações públicas: arte de harmonizar expectativas (2006); Paulo Nassar – Relações públicas na cons-
trução da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações (2007); 
Lalá Aranha – Cartas a uma jovem relações-públicas (2010); Luiz Alberto de Farias (organizador) – 
Relações Públicas estratégicas: técnicas, conceitos e instrumentos (2011); Fabio França – Públicos: 
como identificá-los em nova visão estratégica (2012); Marlene Marchiori – Coleção “Faces da cultura e 
da comunicação” (2014 – dez volumes). 
Em 2010, foi convocado pelo Ministério da Educação um comitê de especialistas, para formular a Pro-
posta de Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Relações Públicas. 
A comissão trabalhou de maio a outubro desse ano, focada nos seguintes temas: a) perfil desejado do 
profissional de relações públicas em face das mudanças política, cultural, social e tecnológica contem-
porâneas; b) habilidades profissionais a serem ensinadas no ensino superior em termos de conheci-
mentos, técnicas, atitudes e valores; e c) instrumentos de aprendizagem e mecanismos utilizados pela 
academia para ensinar seus alunos. A nova proposta foi aprovada em 2013, devendo todos os cursos 
de graduação em Relações Públicas seguir as novas diretrizes (Brasil, 2010). 
Públicos em Relações Públicas 
Os públicos em Relações Públicas são a razão de ser de qualquer relação, pois estabelecem os diver-
sos modos de interação entre uma organização e seus públicos de interesse. 
Um dos maiores desafios dessa área é encontrar um conceito que determine as normas do relaciona-
mento, já que as organizações apresentam ações e posições que determinam novos processos de 
conduta em relação ao cliente, aos colaboradores, aos fornecedores, a comunidade local, imprensa e 
até em relação à concorrência (com o advento da globalização econômica, surgiram alianças estraté-
gicas e fusões entre organizações, antes concorrentes ferozes). 
Esse estudo aborda as diversas contradições habituais encontradas no tratamento dos públicos, per-
mitindo determinar as mensagens e os veículos que devem ser dirigidos a cada público de interesse, 
para que as empresas de moda se beneficiem de um processo que valorize, acima de tudo, a excelên-
cia na comunicação. 
Relações Públicas: um processo para determinar os interesses dos públicos As Relações Públicas são 
entendidas como uma função de administração estratégica dos contatos e do relacionamento entre 
uma organização e os diferentes públicos que a constituem ou que com ela se relaciona e interage. Em 
termos legais, a Resolução Normativa n° 43 do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públi-
cas – CONFERP ratifica a função da área através do parágrafo 3°, inciso IV: “(1) criar, apresentar, 
implantar, gerar, propor, coordenar, executar e desenvolver políticas e estratégicas que atendam às 
necessidades de relacionamento da organização com seus públicos”. (Resolução Normativa n° 43, 
2002). 
Na sua essência, a atividade de Relações Públicas é comunicação, pois transmite e interpreta as infor-
mações de uma organização para seus diferentes públicos; é, ainda, uma função administrativa, ao 
trazer à organização informações quanto ao interesse público, “para que a administração possa ajustar-
se, como um todo, e surja um sólido programa de ação que conte com a inteira compreensão, aquies-
cência e apoio público” (Pinho, 2001). 
No desenvolvimento das suas atividades, o profissional de Relações Públicas utiliza diversos instru-
mentos para ajudar a solucionar e minimizar conflitos ou, de maneira proativa, promover a aproximação 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
e a interação entre a organização e seus públicos, contribuindo para o alcance dos objetivos mercado-
lógicos. A nova realidade empresarial (globalização, competitividade, redução de custos, novas tecno-
logias, consumidores mais exigentes e conscientes, responsabilidade social e ambiental) induz as or-
ganizações à modernização, flexibilidade e respostas mais rápidas ao mercado. Essas transformações 
impactam diretamente na forma como se relacionam com seus públicos: colaboradores, fornecedores, 
clientes, governo, imprensa, etc. 
Sendo assim, Ferrari (2003) reforça o papel estratégico que a área de Relações Públicas desempenha 
nas organizações, por meio da implantação de estratégias de comunicação que consolidem o relacio-
namento com os públicos que afetam ou podem ser afetados pela organização. 
Públicos: a matéria-prima das Relações Públicas Quando se fala em Relações Públicas, obrigatoria-
mente estamos falandode relacionamentos estratégicos com muitos públicos. Porém, o que significa 
“relacionamentos estratégicos” com “muitos públicos”? Para França (2004), são aqueles relacionamen-
tos corporativos inteligentes, onde os públicos são os grupos ou setores que estão em relação, perma-
nente ou não, com a organização. 
Inicialmente, é preciso definir o conceito de público e, a partir desse conceito, determinar os públicos 
estratégicos de uma organização. Público é todo grupo que influencia ou é influenciado pela instituição, 
em algum grau, direta ou indiretamente. Segundo França (2003), “não se pode conceituar público como 
apenas um agrupamento de pessoas, mas é preciso especificidade ao determinar os níveis de interesse 
de cada um, nas suas relações com a instituição”. O autor acrescenta que “cada instituição tem seus 
públicos específicos que devem ser pensados particularmente, quando da realização do seu planeja-
mento de comunicação”. 
Diversos autores estudam esses relacionamentos e analisam os papéis e os laços que os diferentes 
públicos constroem com as organizações. Para facilitar o reconhecimento dos públicos, esses autores 
classificam e sistematizam os públicos principais e prioritários para a ação das organizações, conside-
rando ainda os motivos institucionais desses relacionamentos. Numa visão tradicional, Andrade (2001) 
identifica os públicos de uma organização em três categorias: internos, externos e mistos: 
Público interno: 
• É aquele que apresenta claras ligações sócio-econômicas e jurídicas com a empresa onde 
trabalha, vivenciando suas rotinas e ocupando o espaço físico da instituição. 
• São as pessoas ligadas a uma organização e com as quais ela se comunica no dia-a-dia do 
trabalho. 
• Os públicos internos típicos de uma indústria são os empregados, acionistas, fornecedores, 
revendedores, clientes e a comunidade próxima à empresa. 
• Em um estabelecimento escolar são públicos internos os vários tipos de empregados, estudan-
tes, pais, fornecedores, e o público geral dividido em vários subgrupos. 
Público externo: 
• É aquele que não apresenta claras ligações sócio-econômicas e jurídicas com a empresa, mas 
que interessam à instituição por objetivos mercadológicos, políticos e sociológicos. 
Público misto: 
• É aquele que apresenta claras ligações socioeconômicas e jurídicas com a empresa, mas não 
vivencia as rotinas da empresa, e não ocupa o espaço físico da instituição. 
 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
As transformações do mercado demonstram que essa sistematização é insuficiente. Cada vez mais é 
preciso que a comunicação nas organizações seja direcionada a segmentos específicos de públicos e 
como a organização influencia e se liga a outros sistemas – públicos e outras organizações – no seu 
contexto ambiental. 
O mapeamento de públicos proposto por França (2003) propõe um conceito de caráter lógico e único, 
que defina o tipo e as interações com esses públicos, atendendo aos seguintes objetivos: 
• Identificação dos públicos; 
• As formas de relacionamento; 
• Designações dos públicos; 
• Objetivos da relação; 
• A importância da relação; 
• Duração/temporalidade da relação; 
• Prioridades; e 
• Expectativas da relação por parte dos públicos e por parte da organização. 
Percebe-se, aí, a existência de públicos que contribuem para a constituição da organização, sua viabi-
lização e a realização de negócios, bem como outros que complementam as ações da organização, 
divulgando-a ou promovendo seus produtos e/ou serviços. Esses públicos podem ser classificados em: 
• Públicos essenciais: divididos em constitutivos e não constitutivos, estão ligados juridicamente 
à organização e são fundamentais para sua constituição, manutenção, estrutura, sobrevivência 
e execução das atividades-fim, como investidores, acionistas, sócios, empregados, fornecedo-
res, clientes e/ou consumidores, etc.; 
• Públicos não-essenciais: divididos em públicos de consultoria, setores associativos, setoriais 
sindicais e setoriais da comunidade, não estão ligados aos fatores produtivos da organização, 
mas aos de prestação de serviços, podendo atuar externamente na promoção institucional e 
mercadológica da organização ou intermediando relacionamentos políticos ou sociais, como as 
agências de publicidade e propaganda, de relações públicas, conselhos profissionais, sindica-
tos, associações da comunidade, partidos políticos, escolas, universidades, etc.; e 
• Públicos de redes de interferência: divididos em concorrentes e os de comunicação de massa 
(mídia impressa e mídia eletrônica), são representados por públicos especiais do cenário ex-
terno das organizações e podem exercer fortes influências (negativas ou positivas) junto ao 
mercado e à opinião pública – o que pode favorecer ou prejudicar a organização – tendo em 
vista seu poder de liderança operacional ou representativa. 
Para conhecer o quanto e em que grau esses determinados públicos contribuem para a constituição 
da organização e sua viabilização, França (2004) apresenta os seguintes critérios de relacionamento: 
• Grau de dependência: para constituição, existência e sobrevivência da organização, como os 
acionistas, colaboradores, clientes e fornecedores (públicos essenciais); 
• Grau de participação: menor ou maior, dos públicos nos negócios da organização, na defesa 
de seus interesses e na sua promoção institucional ou mercadológica (públicos não essenci-
ais); e 
• Grau de interferência: dos públicos sobre a organização e os seus negócios. Esses públicos 
não participam nem da constituição nem da manutenção da empresa. Porém, podem interferir 
no desenvolvimento de seus negócios e até na sua sobrevivência (públicos de redes de inter-
ferência). 
 
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Percebe-se, portanto, que a classificação proposta por França permite que as organizações construam 
relacionamentos estratégicos e esclareçam a razão de ser da relação e o que se pretende alcançar 
com ela. Não há interesse em saber se o público é interno, externo ou misto; o foco é o tipo da relação 
e o seu objetivo. 
Dicas para Desenvolver um Planejamento 
Um planejamento de relações públicas impecável deve ser feito a partir das questões internas, consi-
derando o mercado e também pensando no público. 
Afinal, a comunicação está diretamente ligada à forma como se conduz a relação com quem é alvo da 
empresa. Da captação à fidelização, tudo precisa ser pensado de forma estratégica. 
O planejamento deve ser feito em etapas, seguindo uma cronologia de desenvolvimento sólida e que 
se encerre com um plano pronto. 
Entenda O Cenário Da Empresa 
Primeiramente, é preciso entender em qual estágio está a sua empresa. Todo trabalho de planejamento 
começa internamente, ou seja, avaliando a organização. 
Não há um manual, mas sim dicas que valem para todas as companhias; no entanto, em cada uma a 
execução é própria. 
Se a sua empresa ainda não tem uma comunicação sólida com o público, o trabalho precisa começar 
do zero, e isso exige um outro nível de esforços. Há também os casos em que essa relação com o 
público já acontece, mas nunca partiu de um planejamento de relações públicas sólido. 
A partir dessa percepção, será possível ter uma compreensão interna para que os próximos passos 
sejam mais estratégicos. 
Defina As Metas De RP 
Uma vez que você já entendeu sua empresa, naturalmente sabe do que ela precisa no que diz respeito 
à comunicação. Cada companhia lida com as relações públicas de uma forma, tendo em vista que o 
segmento, o público e o mercado são fatores que influenciam essas questões. 
Ao observar o status atual da comunicação da sua empresa, certamente será possível definir quais 
caminhos devem ser seguidos. Entre as metas mais comuns de relações públicas estão algumas como: 
• estabelecer um bom relacionamento com o público; 
• estruturar estratégias de atendimento em diferentescanais; 
• gerar leads e conversões; 
• divulgar um novo serviço ou produto no mercado; 
• gerar conteúdo para desenvolver uma boa imagem da empresa; 
• reposicionar a imagem da companhia após períodos de crise. 
Conheça O Público Com O Qual Sua Empresa Se Relaciona 
Quem é o público da sua empresa? Bem, a resposta é um tanto quanto complexa, mas você pode 
saber qual é o perfil do seu consumidor. 
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Mais do que quem já é cliente, é fundamental entender qual é o seu público-alvo, ou seja, quem tem 
interesse no seu negócio e pode vir a consumir futuramente. 
A partir disso, sua empresa estará capacitada a se comunicar de forma adequada com essas pessoas. 
Conhecer seu público permitirá o uso do tom adequado, a segmentação das campanhas, a criação de 
ofertas que atendam às necessidades da sua audiência, além de muitos outros ganhos estratégicos. 
Saiba Onde Está O Seu Público Na Web 
Mais do que saber o que essas pessoas esperam do seu negócio, é fundamental saber também onde 
elas estão na web, ou seja, por quais canais costumam se comunicar. 
Nessas plataformas, seu público verá seus conteúdos, buscará atendimento e estará pronto para inte-
ragir com a sua empresa, seja de maneira positiva, seja para reclamações. 
Quando sua companhia entende onde o público está, ela pode ter um plano de RP ainda mais estraté-
gico, focado em ações e atendimento nessas plataformas. 
Atualmente, as redes sociais são extremamente importantes, sendo o Facebook, o Instagram e o Twit-
ter as favoritas do consumidor. Posicionar-se por meio delas é fundamental, especialmente se sua 
audiência está lá. 
Defina Estratégias Para Cada Meta 
Sua empresa já sabe o que precisa e as metas já estão definidas. Agora é hora de desenvolver planos 
de ação estratégicos para que elas sejam alcançadas. 
Todo esforço dedicado em prol do que se pretende conquistar deve ser feito com o máximo de precisão, 
por meio de ações que estejam alinhadas com o que se espera. 
Se a sua empresa pretende gerar leads, por exemplo, uma boa estratégia é trabalhar com a oferta de 
conteúdos, gerando o interesse e captando seu público-alvo. 
Se a proposta é inserir um novo produto no mercado, campanhas precisam ser desenvolvidas dentro 
de parâmetros relacionados à sua audiência, sem esquecer de usar os canais certos. 
Determine Um Orçamento Para RP 
O planejamento de relações públicas deve ser feito com base em um orçamento, já que muitas ações 
demandam investimentos. É fundamental, primeiramente, entender quanto a empresa pode dedicar 
para a comunicação, sem esquecer que o setor é primordial para o sucesso da companhia. 
A partir disso, além de bem definido, esse orçamento também deve ser gerido com um acompanha-
mento contínuo e dedicado. Isso garante que o capital disponibilizado seja utilizado da melhor forma, 
já que haverá algumas campanhas e diversas necessidades e custos. 
Estabeleça Parâmetros De Gerenciamento De Crise 
Ninguém quer que problemas aconteçam dentro de uma empresa, mas eles precisam ser esperados. 
É um grande erro não pensar nisso durante um planejamento de relações públicas, justamente porque 
a empresa deve estar pronta para esses momentos. 
Durante crises, independentemente da origem delas, é fundamental agir de maneira certa, seja no 
posicionamento, seja na interação com o público. 
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Diariamente é possível ver casos de gerenciamento de crises feitos no improviso por pequenas, gran-
des e médias empresas. Para evitar isso, estabeleça posicionamentos que devem ser adotados em 
diversos cenários, determine como será o tom nas interações e debata sobre diferentes questões. 
É importante também usar exemplos a fim de definir orientações para o caso de a empresa se envolver 
em algum cenário de crise. 
Escolha Canais De Comunicação 
Ponto fundamental, os canais de comunicação levarão todo o trabalho do seu planejamento até o pú-
blico. Por lá, além de fazer a parte ativa, gerando campanhas e tentando se aproximar e manter um 
relacionamento, a empresa também verá solicitações, comentários e reclamações. Os melhores canais 
são aqueles em que sua audiência está! 
A partir disso, defina os que mais se alinham com sua empresa e seu mercado. Se o seu negócio é um 
escritório de advocacia, talvez o Instagram não seja uma plataforma interessante. Agora, se você tra-
balha com moda ou audiovisual, é impossível não ter esse canal na sua estratégia. 
Desenvolva Campanhas, Ações E Conteúdos Estratégicos 
Seu público está pronto para consumir conteúdos, portanto, sua empresa precisa deles para fazer com 
que suas ideias, produtos e posicionamento cheguem até essa audiência. 
Com os canais definidos, é hora de estabelecer essa comunicação concreta e usá-los em prol da com-
panhia. Mostre o que sua empresa tem e como ela pode ajudar o consumidor e siga captando mais 
público. 
O Marketing de Conteúdo é uma excelente estratégia para gerar interesse, envolver o leitor e ainda 
posicioná-lo dentro de um funil de compra. Uma vez interessado pelo que consumiu nesses conteúdos, 
é possível que ele se torne um lead e então se envolva em possíveis conversões. 
Mensure e Acompanhe Resultados 
O planejamento de relações públicas é composto por várias etapas que mostram como o trabalho é 
extenso, árduo e dedicado. No entanto, os resultados virão, desde que haja o acompanhamento do 
desenvolvimento de todos esses esforços. Mensurar e acompanhar é indispensável para entender se 
o que foi planejado está realmente dando certo. 
Do contrário, é preciso agir e mudar a rota. Em alguns casos, simples ajustes são suficientes para que 
a estratégia da empresa realmente traga frutos. Defina indicadores de performance relacionados aos 
objetivos e acompanhe-os permanentemente. Só assim a sua empresa saberá se está no caminho 
certo! 
O planejamento de relações públicas é fundamental para companhias que querem ter sucesso no mo-
mento atual. Com as novas tecnologias e a internet, as formas de se comunicar mudaram. Para ter 
sucesso, é preciso adotar uma postura estratégica. 
Técnicas e Instrumentos Relações Públicas 
Com boas técnicas, qualquer startup está preparada para construir uma boa imagem e estabelecer o 
relacionamento com seus públicos de interesse. 
O grande desafio de qualquer empresa é desde o início traçar estratégias para desenvolver uma ima-
gem institucional e reputação que representam o negócio. Isso se torna ainda mais complexo quando 
se trata de startups em um cenário competitivo com empresas maiores e mais experiência. 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
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Esse dilema pode ser sanado quando a solução é baseada nas relações públicas e suas variadas 
técnicas. 
Por que as relações públicas? 
As relações públicas apresentam formas eficazes de contar a história de uma marca ou organização a 
seus públicos. Com as RP, é possível construir opiniões sobre a empresa e, principalmente, perceber 
como suas informações chegam aos stakeholders. 
Este trabalho faz com que a reputação seja alinhada a imagem desenvolvida pela organização, sem 
distorções ou ruídos. Este “alinhamento” é o que fortalece o relacionamento com investidores, clientes 
e fornecedores de uma startup desde o início. 
Muitas empresas e startups optam por trabalhar com as técnicas de relações públicas apenas em mo-
mentos de crise. A decisão pelas RP deve ser prioritária para que a organização tenha seu discurso 
sempre ajustado aos seus serviços e produtos. 
Desde a comunicação interna a assessoria de imprensa, diferentes técnicas conduzem a startup para 
um caminho sólido e de fluidez. As relações públicas podem demonstrar resultados a longo prazo, mas 
que impactam diretamente na importância da startup em seu ecossistema. 
Quanto mais uma startup sabe sobre si, mais confiança é estabelecida junto a seus públicos. 
1 – Uma história 
A história de umastartup começa desde o desenvolvimento do modelo de negócio juntamente com sua 
missão, visão e valores. Esses fatores comunicam o propósito de uma marca e seu posicionamento no 
mercado. 
Uma organização que não sabe o que representa, dificilmente passará alguma imagem ou criará uma 
reputação positiva. Para escrever a história de sua startup é essencial responder perguntas, como: 
O que minha startup oferece? 
Qual o diferencial do meu produto ou serviço? 
O que torna minha startup única no mercado? 
São essas respostas que evidenciam o real valor e propósito do seu negócio dentro do ramo de atua-
ção. Startups nascem para solucionar problemas e sanar necessidades, não para fazer o que já vem 
sendo feito. 
2 – Proatividade 
Como dito antes, as relações públicas não são apenas para gerenciamento de crise. Quando a startup 
já tem uma história e preocupação com o relacionamento junto a seus públicos, o caminho é proativo. 
Os momentos de crise, que podem acontecer, serão reativos a todo esse cenário já construído anteri-
ormente. É importante estar preparado para situações delicadas, mesmo em um momento otimista em 
seu negócio. 
A empresa que se prepara num relacionamento estável e engajado com seus stakeholders tem mais 
facilidade num momento de crise. Isso se dá pela confiança já estabelecida entre organização e público, 
que dificilmente cede aos problemas. Mas este efeito é dependente da reação da empresa diante da 
dificuldade. 
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Quanto mais próxima de seus públicos, mais eficaz se torna o monitoramento de opiniões e dúvidas 
relacionados a marca e organização. Assim, é possível prever e identificar melhorias e até inícios de 
crises. 
Esteja atento ao mercado e opinião de consumidores, investidores e fornecedores para antever crises 
e mudanças. 
3 – Construa relacionamentos 
Desde o início é essencial buscar construir uma rede de possíveis parceiros e clientes. Pode levar 
tempo para que contatos se tornem algo contreto, mas é importante estabelecer o networking em dife-
rentes oportunidades. 
Não é necessário marcar reuniões com todos os investidores que conhece, muitos menos fazer follow 
up com toda a imprensa. Analise perfis e faça contato com pessoas que podem agregar a seu negócio 
ou se interessar pela sua startup. 
É um trabalho a longo prazo, mas com resultados significativos durante o processo. Desde uma indi-
cação a uma real parceria, diferentes possibilidades podem nascer de um contato. 
4 – Seja um bom ouvinte 
Construir relacionamentos exige uma comunicação com via de mão dupla. Startups que apenas emitem 
informações, mas não ouvem seus públicos estão fadadas ao fracasso. 
Do seu público podem vir críticas duras, mas também soluções criativas e inovação. Essa troca enri-
quece qualquer organização e, principalmente, sua marca. 
5 – Compreenda tendências 
Encarar as novidades do mercado e adjacentes é essencial para a evolução de uma startup, que deve 
se mover junto à inovação. 
Não feche os olhos para as novidades ao seu redor. Esteja ciente sobre o que há de mais novo e 
descubra o que pode ser incorporado ao seu negócio para crescimento. Ande a frente do seu próprio 
tempo e tenha atitudes proativas. 
6 – Busque por especialistas 
O trabalho das relações públicas é minucioso e estratégico, portanto deve ser realizado por profissio-
nais da área. Com cautela e conhecimento necessário, sua estratégia será eficaz desde o início do 
negócio. 
O relacionamento com seus públicos, desde investidores a imprensa, será pensado de forma persona-
lizada de acordo com o segmento e propósito da startup. Para as relações públicas não existem pa-
drões no momento do planejamento e suas demandas, apenas ações bem pensadas e canais adequa-
dos. 
Organização de Eventos e Promoção Institucional 
A Origem dos Eventos 
Evento é sinónimo de acontecimento ou de ação, como o deslocamento de pessoas a determinada 
localidade para assistir, participar ou palestrar determinado acontecimento. 
Possivelmente, um dos mais antigos eventos da epopéia humana na terra tenha ocorrido há milhões 
de anos quando um primitivo grupo de humanos se reuniu para comemorar uma caça. Os eventos 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
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possuem suas origens na antiguidade e vivenciaram diversos períodos da história da civilização hu-
mana chegando até nossos dias. 
O evento vem da capacidade do homem de criar, nasce da idéia, muitas vezes simples, e vai ganhando 
contornos chegando a atingir proporções internacionais. Hoje, é um veiculo de comunicação de forte 
apelo em todas as camadas sociais. É conceituado e amplamente aceito pela sociedade. 
"a reunião caracteriza-se como o embrião de todos os tipos de eventos. Trata-se do encontro de duas 
ou mais pessoas, a fim de discutir, debater e solucionar questões sobre determinado tema relacionado 
com suas áreas de atividade". (MEIRELLES, 1999, pág.30). 
Evento é um acontecimento previamente planejado, com objetivos claramente definidos. Tem um perfil 
marcante: esportivo, social, comercial, cultural, filantrópico, religioso, entre outros. Sua realização obe-
dece a um cronograma e uma de suas metas é a interação entre seus participantes, público, persona-
lidades e entidades. 
Uma outra definição é: Evento é um conjunto de ações profissionais previamente planejadas, que se-
gue uma sequência lógica de preceitos e conceitos administrativos, com o objetivo de alcançar resul-
tados que possam ser qualificados e quantitativos junto ao público alvo. 
Provavelmente a existência do Evento tenha vindo da necessidade do homem se socializar com outras 
pessoas, viver em grupos, compartilhar emoções, comemorar vitórias, homenagear feitos memoráveis, 
entre outros. 
Os eventos sempre fizeram parte da sociedade, desde as mais antigas até as atuais, reuniões nomea-
das de eventos, com a finalidade de ampliar seus relacionamentos e o convívio em família, no trabalho, 
na escola ou no lazer, e de quebrar a rotina do dia a dia. De uma maneira geral, o evento tem uma 
característica básica - propiciar uma ocasião especial para o encontro de pessoas, que se reúnem com 
um objetivo específico. 
O primeiro Evento registrado na história foram os Jogos Olímpicos da Antiguidade, realizados pela 
primeira vez em 776 A.C., em Olímpia, Grécia. Devido ao sucesso, o evento passou a ser realizado de 
quatro em quatro anos, durante mil anos, expandindo-se para outras cidades gregas. A mobilização 
das pessoas era tamanha que havia até trégua das guerras, muito comuns naquela época. Com o fim 
da era conhecida como Antiguidade, o evento foi suspenso até 1896, ano que marcou a primeira versão 
dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas. 
O Carnaval é outro evento que surgiu na Antiguidade, em 500 A.C., com as Festas Saturnálias. Além 
de lazer, permitiam representações de desejos, esperanças e folclore das cidades greco-romanas. 
O primeiro evento com caráter informativo aconteceu em 377 A.C., em Corinto, Grécia, e foi denomi-
nado Congresso. 
Tratava-se de uma reunião de todos os delegados das cidades gregas para discutir questões de inte-
resse público, a Era Antiga contribuiu para o embrião dos eventos de hoje, com a difusão do espírito 
de hospitalidade, de organização, da necessidade da infra-estrutura logística e segurança nas estradas. 
A Idade Média, por sua vez, deu pouca importância aos eventos, sendo que 3 tipos deles marcaram 
aquela época: os de caráter religiosos, os teatrais e os de caráter comercial (feiras). 
- O concílio – nome que se dá até hoje à reunião eclesiástica – era a reunião de membros do clero com 
o objetivo de estudar, debater e discutir temas relacionados à doutrina e aos dogmas da Igreja Católica. 
- As representações teatrais – que deram origem ao teatro atual, foram produzidas visando quebrar a 
monotonia dos rituais da missa. A encenação de uma passagem bíblica facilitava a compreensão dopúblico. Com o passar do tempo, o teatro religioso foi ganhando fama e atraindo pessoas. As Igrejas 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
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tornaram-se pequenas para sua apresentação. Daí, a encenação em ruas, praças públicas e anfitea-
tros. 
- As feiras foram os eventos mais importantes da Idade Média e tinham o mesmo conceito das atuais 
– a exposição de produtos cultivados ou manufaturados pelos expositores, visando a conquista de 
clientes. A feira mais antiga data de 427, em Champagne, França. 
A Revolução Industrial alterou completamente o quadro dos eventos – a economia manual foi substitu-
ída pela mecanizada, o vapor e outras fontes de energia substituíram o trabalho humano e animal, 
desenvolveram-se os meios de transportes e de comunicação. Toda essa evolução demandava estu-
dos e pesquisas, acarretando o aparecimento dos eventos técnicos, ligados às ciências exatas e soci-
ais, e científicos, ligados à área da saúde e da natureza. 
Os avanços do século XX – meios de transporte, comunicação – foram a mola propulsora do desen-
volvimento dos eventos, transformando-os em uma fonte econômica e social capaz de gerar empregos 
e movimentar a economia. Os macro ou megaeventos começam a se sobressair cada vez mais, des-
tacando-se as Olimpíadas e a Copa do Mundo. 
Tipos de Eventos 
Os eventos podem ser classificados de acordo com os seguintes critérios: 
- Por Categoria: Institucional ou promocional. 
- Por área de interesse: Esportivo, cultural, social, empresarial, educacional, turístico etc. 
- Por Tipo: Congressos, convenções, palestras, feiras, conferências, tele-conferências, leilões etc. 
É importante lembrar que devido à abrangência dos eventos, não devemos observar apenas esta clas-
sificação, mas também sua categoria e áreas de interesse. Quanto à classificação por categoria, 
(NETO. 1999, p. 25), retrata uma gama de eventos, podendo assim ser resumido: Eventos especiais, 
de participação, permanentes, esporádicos, únicos, de oportunidade, de massa, de nicho, promocionais 
de marca, promocionais de produtos e serviços, locais, regionalizados e globais. 
Concurso - sua principal característica é a competição, podendo ser aplicado a diversas áreas, tais 
como: artística, cultural, desportiva, científica e outras. Deve ser coordenado por uma comissão orga-
nizadora que estabelecerá o regulamento, a premiação e o júri; se pela apresentação de um tema pré-
determinado a um grupo pequeno, que já possui noções sobre o assunto. É coordenado por um mode-
rador. Na palestra, os participantes podem intervir durante a exposição; 
Inauguração - solenidade de curta duração com poucos discursos e que devem pautar-se pela objeti-
vidade, mostrando a importância do que está sendo inaugurado. Na inauguração fazem-se agradeci-
mentos aos que colaboram; 
Assembleia - Reunião da qual participam delegações representativas de grupos, estados, países etc. 
Sua característica principal é colocar em debate assuntos de grande interesse de grupos, classes ou 
determinadas regiões. O desenvolvimento dos trabalhos tem como peculiaridade à colocação das de-
legações em lugares pré-estabelecidos. As conclusões são submetidas à votação, transformando-se 
em recomendação da assembléia. Apenas as delegações oficiais têm direito a voto, o que não impede 
de serem aceitas inscrições de observadores interessados na matéria, mas que funcionem unicamente 
como ouvintes; 
Debate - é a discussão entre dois oradores, onde cada um defende um ponto de vista, moderado por 
um coordenador. Pode ser aberto ao público ou transmitido por veículo de mídia, entretanto, nunca a 
platéia participa com perguntas. 
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Na realidade o mais importante destas classificações é ter a informação correta para se planejar um 
evento de acordo com o objetivo, por exemplo, se o objetivo é atrair pessoas para discutir um assunto 
de uma determinada área, chamar este encontro de conferência, ao invés de fórum, ou então não 
identificar a área de interesse, ou não saber distinguir um evento competitivo de um expositivo. 
Os Eventos no Brasil 
Em 1840 aconteceu, no Rio de Janeiro, o primeiro evento realizado em espaço especial – o Baile de 
Carnaval, no Hotel Itália. Era o início dos bailes de carnaval. Em 1922, aconteceu a Exposição Interna-
cional do Centenário da Independência, no Palácio das Festas, Rio de Janeiro, tornando esse Estado 
o precursor dos eventos no Brasil e sendo essa Exposição o marco decisivo e inicial para a era atual 
dos eventos. 
No entanto, o turismo de negócios e, consequentemente, o evento como produto da comunicação direta 
só é reconhecido pelo empresariado no Brasil a partir de meados da década de 60. O investimento no 
setor inicia-se e surgem as primeiras entidades de classe, objetivando consolidar o segmento – em 
1977, a Associação Brasileira das Empresas de Eventos – ABEOC – 
“O ser humano sempre foi ávido por viver situações de descobertas e de grandes acontecimentos. 
Podemos verificar isso, desde a civilização antiga, em que encontramos os primeiros registros de des-
locamentos de pessoas de uma localidade a outra, em que se reuniam para tratar de assuntos de 
interesses de todos. Os primeiros registros que indicaram esses deslocamentos, mais especificamente 
do turismo de eventos, foram nos primeiros Jogos Olímpicos da Era Antiga, datados de 776 a.C. O 
primeiro evento realizado, denominado congresso, aconteceu em 377 a.C., em Corinto. Esse con-
gresso reuniu todos os delegados das cidades Gregas, que elegeram Felipe o generalíssimo da Grécia 
nas lutas contra a Pérsia. 
Com a queda do império Romano, o triunfo do cristianismo e o estabelecimento de reinos germânicos 
em terras que haviam sido romanas marcaram o inicio da Idade Média. Os eventos que aconteceram 
nesse período retrataram bem essas características, como também tendências futuras. 
Sem dúvida o advento da Revolução Industrial foi o grande impulso na área dos eventos, onde propor-
cionou grandes transformações na sociedade, transformando a economia manual em mecanizada. 
O trabalho humano ou manual foi substituído por outros tipos de energia, como a máquina a vapor ou 
de combustão. Essas mudanças causaram transformações nas comunicações e nos transportes e re-
fletiram nos tipos de eventos realizados, causando o surgimento dos eventos técnicos e científicos.” 
(MATIAS, 2002). 
Há um ano, a pandemia do novo coronavírus impactou todos os setores da sociedade. Com os eventos 
foi não foi diferente e o desafio fez com que profissionais buscassem souluções inovadoras, assim não 
precisando paralisar a estratégia das empresas. 
Neste cenário, os eventos online se consolidaram no mercado e se posicionam como uma tendência 
que veio para ficar – afinal, eles permitem a realização de eventos de sucesso em meio à pandemia, 
possuindo valor estratégico e ótimos resultados. 
Com o combate à COVID-19 ainda presente no nosso cotidiano, o setor ainda vislumbra algumas in-
certezas – e muitas empresas ainda estudam como organizar eventos neste ano. Você quer saber 
como será o mercado de eventos em 2021? 
Panorama Do Mercado De Eventos Durante A Pandemia 
Antes da pandemia do novo coronavírus chegar ao Brasil, o mercado de eventos tinha perspectivas 
muito positivas. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (ABEOC), a estima-
tiva era que o setor teria crescimento de 14% em 2020. 
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Com a chegada da COVID-19 ao país em no início do ano, a realização dos eventos presenciais pre-
cisou ser interrompida. Como se pode imaginar, a situação afetou 98% das empresas do setor – dados 
fornecidos pelo Sebrae. 
Mas se engana quem pensa o mercado de eventos parou durante a pandemia. Soluções digitais como 
os eventos online se mostraram rentáveis e escaláveis, permitindo que o setor não parasse durante o 
período de isolamento social. 
Alémde incentivar o uso da criatividade para adaptar características dos eventos físicos para o online, 
a situação fez com que empresas utilizassem o formato pela primeira vez. Segundo pesquisa realizada 
pela Endless Events, 70% das empresas nunca tinham planejado um evento digital antes da pandemia. 
Este formato continuará no cotidiano das empresas independentemente da situação da pandemia. Se-
gundo o mesmo estudo, somente 5% das empresas não pretendem organizar um evento online em 
2021. 
Mercado de eventos em 2021: quais os cenários possíveis? 
Falamos sobre como o setor de eventos lidou com os desafios da pandemia, mas qual é o cenário 
deste mercado para 2021? Segundo pesquisa do portal Feiras do Brasil, as perspectivas são positivas: 
75,5% dos respondentes pretendem organizar feiras e eventos e 55,4% acreditam que será um ano de 
crescimento gradual e estabilidade. 
São números promissores e que justificam entidades como o Sebrae e a ABEOC já estarem desenvol-
vendo ações para iniciar a retomada dos eventos presenciais. No entanto, é necessário ter em mente 
o fato de que o mercado ainda precisará ficar de olho na situação da pandemia. 
Pensando nisso, juntamos as principais tendências para o mercado de eventos em 2021 considerando 
dois cenários: caso tenhamos uma vacinação em grande escala ou caso a pandemia continue sendo 
um desafio. 
Como serão os eventos com uma vacinação em grande escala? 
Vamos começar falando do cenário mais otimista para o setor de eventos neste ano? Caso o Brasil 
consiga vacinar a população em grande escala, o mercado terá o seguinte cenário em 2021: 
1. Micro-eventos presenciais 
Com uma menor circulação do novo coronavírus, será possível retomar os eventos presenciais. Este 
retorno será gradual e para um número menor de participantes, o que chamamos de micro-eventos. 
Desta forma, o formato presencial será usado para experiências exclusivas. Mesmo sendo destinados 
a um grupo menor de pessoas, é possível fazer eventos para nichos específicos e potencializar a ex-
periência dos participantes. 
2. Manutenção dos protocolos de segurança 
Quer dizer que a vacinação fará com que a vida volte a ser o que era antes de conhecermos o novo 
coronavírus? Negativo. Precisaremos manter os protocolos de segurança a longo prazo – e isso será 
decisivo para as pessoas decidirem ir a um evento. 
Por isso, deve-se procurar espaços bem ventilados e que impeça aglomerações. Além disso, a dispo-
nibilização de álcool em gel nas áreas do evento, higienização dos espaços e uso de máscaras conti-
nuarão presentes – além dos testes para saber se o participante está infectado. 
3. Eventos híbridos 
RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
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Para completar a lista, vale apontar para o que os especialistas apontam como a principal tendência: 
os eventos híbridos. Este formato mistura características do presencial com o online e será cada vez 
mais utilizado pelo mercado. 
Segundo esutdo da VM Consulturia e da SSK Análises, o formato híbrido é atrativo para 83% dos 
organizadores de eventos. Além disso, 76% dos entrevistados acreditam que o modelo será cada vez 
mais usado. 
Por que apostar nos eventos híbridos? Além de oferecerem economia nos custos logísticos e de espaço 
físico, eles permitem maior alcance, uso estratégico do conteúdo e são mais sustentáveis. 
E se a pandemia durar mais tempo? 
Falamos do cenário otimista para o setor de eventos neste ano, mas e se a campanha de vacinação 
contra a COVID-19 demorar mais para ter resultados? Caso a pandemia se prolongue por mais tempo, 
os eventos de 2021 precisarão de: 
1. Retransmissão de videoconferências 
Com todo mundo à distância devido ao isolamento social, os softwares de videoconferência se torna-
ram essenciais para a comunicação pandêmica. Estas chamadas de vídeo e áudio se tornaram essen-
ciais para a realização de eventos remotos graças ao que chamamos de retransmissão de videoconfe-
rência. 
Como funciona? Com o uso de um encoder profissional, é possível incorporar a videoconferência à tela 
de transmissão e transmiti-la ao vivo no software de transmissão ao vivo de sua preferência. 
2. Produção de vídeo profissional 
Aplicativos de videoconferência como o Zoom são importantes para organizar eventos digitais, mas 
não são o único elemento necessário. Afinal, é imprescindível dar uma cara profissional ao evento e 
isso é possível graças à produção de vídeo ao vivo. 
Seja com todos os palestrantes nas próprias residências ou com a presença de alguns ou todos num 
estúdio, contratar produção audiovisual trará a qualidade e o expertise que o seu evento precisa – sem 
isso, ele corre o risco de não ter imagem e conteúdos de qualidade. 
A produção de vídeo profissional também permite maior acessibilidade ao evento, com recursos como 
tradução simultânea, Closed Caption e libras. Outros benefícios são Motion Graphics, vinhetas, Chroma 
Key, trilha sonora e até o uso de mais de uma câmera. 
3. Eventos online 
Para concluir esta lista, incluiremos uma tendência que se fortaleceu e veio para ficar: os eventos on-
line. Claro, eles continuarão a ser bastante realizados caso a imunização coletiva tenha sucesso – no 
entanto, os deixamos nesta parte da lista porque eles serão a única alternativa do mercado caso a 
pandemia continue impedindo outros formatos. 
Segundo a já citada pesquisa da Endless Events, 90% das empresas consideram os eventos online 
uma solução que veio para ficar. Isso acontece porque é uma solução que zera os cursos de logística 
e locação de espaço, oferecendo melhor alcance e uso do conteúdo de maneira estratégica. 
Neste formato é necessário usar todos os recursos de maneira criativa para engajar o público – existem 
estratégias de evento online efetivas para cumprir este objetivo. Este modelo é escalável e, ao poten-
cializar a experiência do público, ele gera resultados ainda mais impressionantes. 
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A Evolução Do Setor De Eventos A Partir Da Tecnologia 
O setor de eventos sempre foi um dos mais aquecidos do mercado, tanto pela sua criatividade em 
utilizar diversos elementos tecnológicos a seu favor, quanto pela diversidade de opções que oferece, 
agradando a todos os gostos. 
De fato, segundo os dados da ABEOC Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), em 
2018 o segmento já contava com R$ 210 milhões movimentados em eventos corporativos e R$ 16 
bilhões em sociais, representando 4,3% do PIB nacional. 
Mas, como não poderia deixar de ser, em tempos de pandemia, esse cenário teve as suas modifica-
ções. Devido ao isolamento social, foi preciso se reinventar e, apesar de muitos eventos terem sido 
suspensos, a tecnologia vem ao auxílio do setor. 
É possível contar, atualmente, com diferentes tipos de recursos, que estão sendo utilizados como uma 
ferramenta eficaz para que as pessoas ainda possam desfrutar de momentos de lazer, mesmo que os 
padrões tenham sido alterados. 
O maior exemplo disso são os shows ao vivo pela internet, também chamados de lives, onde uma 
cenografia para eventos é montada normalmente, mas os espectadores acompanham a apresentação 
diretamente dos seus lares. 
Outro elemento tecnológico que vem conquistando o seu espaço é o de shows com holografia, que não 
dependem da presença física do apresentador para acontecer. 
Vale mencionar também que os drive-ins para shows, e até mesmo para cinema, que foram destaque 
em épocas passadas, voltam como uma possibilidade interessante para quem deseja acompanhar um 
evento nos momentos atuais. 
Tudo isso tem sido possível graças à tecnologia, que traz uma série de elementos que contribuem para 
a implementação de melhorias no setor, e que vai trazer cada vez mais novidades, tornando a experi-
ência das pessoas cada vez mais interessante e agradável. 
Se você quer saber mais sobre esse cenário, entendendo os benefícios e os recursos que vem ga-
nhando espaço no setorde eventos, siga na leitura deste conteúdo e amplie os seus conhecimentos 
acerca do assunto. 
Os Benefícios Da Tecnologia No Setor De Eventos 
A tecnologia vem sendo empregada nos mais diversos nichos do mercado. Ela pode ser fundamental 
para empresas de automação industrial, do mesmo modo que se torna indispensável para um cinema 
ou teatro. 
Ao se considerar como eram feitos os eventos em tempos passados, hoje é possível projetar verdadei-
ros espetáculos, com efeitos inimagináveis anteriormente. De fato, o céu é o limite quando se idealiza 
uma apresentação artística. 
O próprio show com holograma é um exemplo disso, já que tem sido comum que uma produtora de 
audiovisual “traga” os grandes ídolos que já não estão mais entre nós. Tudo isso é feito de maneira 
cada vez mais aperfeiçoada e idêntica ao real. 
Esses elementos só são possíveis atualmente devido ao uso da tecnologia, que pode ser vista em 
telões cada vez mais definidos e elaborados, aos itens de iluminação, à computação gráfica, etc. 
Mas os benefícios não param por aí. Vale ainda mencionar que existem vantagens como: 
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Automatização de processos; 
Aumento do engajamento do público; 
Otimização e organização de tempo; 
Divulgação do evento na internet; 
Entre outros pontos. 
01. Automatização de processos 
A tecnologia trouxe vantagens simples, mas que tornaram várias atividades muito mais eficientes por 
serem automatizadas. 
A venda online de ingressos é um exemplo disso, já que dispensa a ida de um interessado no evento 
até a bilheteria do local. 
Para eventos que dependem de lista de inscritos, a tecnologia também é uma grande auxiliar, de modo 
que permite o cadastramento dos convidados via internet. 
Outro processo que foi automatizado e trouxe melhorias e agilidade é o credenciamento dos partici-
pantes, que ao chegarem no espaço do evento podem ser liberados de modo rápido ao apresentar um 
QR code que, ao ser escaneado, fornece todas as informações sobre ele. 
02. Aumento do engajamento do público 
As redes sociais são plataformas indispensáveis para o setor de eventos, sendo utilizadas de forma 
positiva no compartilhamento de informações sobre uma apresentação, e podendo ser utilizada para o 
engajamento do público. 
Assim como uma empresa de comunicação visual pode promover os seus produtos nas redes, uma 
produtora de eventos pode estimular os participantes de uma ocasião a publicarem as fotos, com o 
intuito de promover o espetáculo. 
Esse tipo de ação também ajuda a empresa a entender mais sobre os seus clientes, já que ao ser 
marcada em uma postagem, ou mesmo ao ter acesso aos seus seguidores, ela poderá conhecer me-
lhor o público-alvo, gerando maior engajamento nos seus anúncios. 
03. Otimização e organização de tempo 
Os bastidores de um evento podem ser bastante agitados, seja para os ajustes técnicos ou durante a 
montagem das tendas para eventos. Muitas vezes, é preciso se comunicar com diferentes membros 
da equipe, tornando o processo movimentado e turbulento. 
Até mesmo nesse aspecto a tecnologia traz pontos positivos. Isso porque é possível utilizar recursos e 
aplicativos que tornam a dinâmica mais simples e eficiente. 
O uso do WhatsApp para se comunicar com outro organizador que está em um setor diferente pode 
agilizar grande parte do trabalho, do mesmo modo que as chamadas de vídeo ajudam a visualizar 
algum elemento importante na montagem de palco, etc. 
04. Divulgação do evento nas redes sociais 
Assim como uma empresa de segurança para eventos pode promover os seus serviços na internet, 
uma produtora pode utilizar o seu site próprio, blog, anúncios e as redes sociais para divulgar um es-
petáculo que acontecerá em breve. 
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Se antes isso só era possível por meio de panfletagem, cartazes e por indicação, hoje é possível falar 
sobre um evento será realizado com um simples anúncio virtual, e que certamente terá muito mais 
visibilidade. 
Esses são apenas alguns benefícios que a tecnologia trouxe para o setor de eventos, mostrando uma 
evolução gradual e eficaz, que oferece diferentes vantagens para que uma empresa da área consiga 
ter melhores resultados nas suas atividades. 
Tecnologias úteis para o setor de eventos 
A quantidade de soluções que podem ser aplicadas para potencializar a qualidade dos eventos é cada 
vez mais surpreendente. 
Assim como o uso de painel de led para TV torna a experiência de quem participa de um show muito 
mais real e integrativa, há ainda outros elementos que podem surpreender. 
Chatbots 
A inteligência artificial (IA) é um dos recursos mais interessantes da atualidade, possibilitando uma série 
de vantagens para as empresas. 
No caso de eventos, a IA pode ser aplicada nos chatbots, que serão responsáveis por tirar dúvidas dos 
clientes em plataformas online, automatizando atendimentos, respondendo questões específicas e for-
necendo informações. 
Criptomoedas 
As moedas digitais são cada vez mais conhecidas, e se tratam de um tipo de dinheiro virtual, que 
poderá ser utilizado, futuramente, para o recebimento de compras online de ingressos em shows e 
espetáculos. 
Clonagem virtual 
A clonagem virtual é um recurso bastante interessante, que tem como base a criação de um cenário 
digital, tal como no mundo real. 
O seu uso tem como objetivo diminuir a necessidade de altos investimentos na compra de materiais 
para construir um palco, que poderá ser muito mais simples e fácil com o desenvolvimento de uma 
cenografia completa via computação gráfica. 
Tecnologia de reconhecimento facial 
Os celulares são os maiores exemplos do uso da tecnologia e, não à toa, o reconhecimento facial já é 
um dos elementos presentes em diferentes aparelhos. 
Para o setor de evento, essa mesma tecnologia pode trazer maior rapidez no pagamento de ingressos, 
no check-in, na identificação de convidados, etc. 
QR code para entrada em eventos 
Como mencionado, o QR code é tecnologia que traz maior agilidade nos eventos. Ela já utilizada em 
diversos setores, pois permite o acesso a vários dados com a simples leitura de um código. 
Essa facilidade pode ser comunicada por meio de um display promocional na recepção, de modo que 
a leitura de ingressos ou a verificação de um convidado que se inscreveu na lista pode ser feita em 
poucos segundos. 
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Tipologia de Eventos 
Entenda mais sobre a classificação de eventos e suas tipologias! 
Definir qual tipo de evento é o primeiro passo para o planejamento do mesmo. 
Os eventos não consistem apenas espaços e momentos de descontração para as pessoas, mas repre-
sentam, cada vez mais, uma estratégia importante de divulgação, aprendizados e forma de contato 
com um público determinado. 
Por isso existe uma grande variedade de eventos, de sorte que um acaba prevalecendo para ser apro-
veitado conforme as necessidades daqueles que estão envolvidos diretamente com o projeto, não só 
os organizadores, mas também os apoiadores e patrocinadores do feito. 
Por isso, é importantíssimo entender as diferenças entre os muitos tipos de eventos, a fim de que acerte 
a mão na hora de elaborar o seu. 
Você sabia que existem diversas classificações para eventos? Para cada “tipo” existe um formato, es-
trutura e especificação que corresponda à tipologia. 
Classificar os eventos é definir classes e especialmente de qual grupo esse evento fará parte. Será 
público ou privado? Será aberto ou fechado? Qual sua área de interesse? Geral ou dirigido? De qual 
região? Nacional ou internacional? Pequeno, médio ou grande porte? Ele é fixo, móvel ou esporádico? 
Os profissionais que lidam com planejamento e cerimonial em eventos precisam estar atentos com 
estas diferenças. Ao pesquisar tipologias de eventos encontraremos infinitas possibilidades. Muitos 
“tipos” são semelhantes em seu formatoe constituição, fazendo com que pertençam a um mesmo 
grupo, como eventos sociais, corporativos, religiosos, profissionais etc. 
Para inserir corretamente o evento na tipologia e na classificação adequada, cerimonialista ou profissi-
onal capacitado, responsável pela organização e comunicação do evento, pode seguir alguns passos, 
como os sugeridos a seguir: 
1 Receber o briefing do contratante; 
2 Planejar o evento atendendo às expectativas do contratante e público esperado; 
3 “Enquadrá-lo” corretamente em uma tipologia e classificação e, aí sim, trabalhar a comunicação/di-
vulgação. 
Dessa forma, é possível comunicar corretamente ao público-alvo a partir do formato do evento. É co-
mum encontrarmos erros em divulgações de eventos, como no caso de tipologias trocadas. 
Ex.: mesa redonda x painel, encontro x semana, convenção x exposição, entre outros. 
Existem erros que podem passar despercebido pelo realizador, mas que pode ser grave para quem 
espera um determinado formato, mais participativo como uma mesa redonda, por exemplo, e ficar frus-
trado ao perceber que se trata de um painel, onde a plateia somente assiste aos participantes debate-
rem. 
Cabe ao gestor de eventos ou assessor analisar com cautela o que o cliente deseja e alerta-lo caso 
haja alguma confusão ou erro na escolha da tipologia do evento em questão. 
1.Eventos Sociais: 
Sem caráter comercial Foco no network, celebrações, encontros divertidos e de lazer. 
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Almoço banquete 
Café da manhã 
Brunch 
Chás 
Coquetel 
Festas ao ar livre 
Festas beneficentes 
Festa de debutante 
Jantar banquete 
Noivados 
Open House 
2.Eventos Profissionais: 
De caráter comercial, promovido por empresas ou entidades. 
Coffe break 
Colóquio 
Desfiles 
Leilões 
Visitas institucionais 
Condecorações 
3. Eventos Oficiais: 
Cerimonial sempre com base em normas de precedência. 
Homenagens e premiações 
Inaugurações 
Assinaturas 
Posses de diretoria 
4. Eventos Técnico-Científicos: 
Eventos ligados a áreas específicas. 
Ciclo de palestras 
Conferências 
Congressos 
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Fórum 
Mesa redonda 
Painel 
Reunião 
Semana 
Seminário 
Simpósio 
Workshop 
Convenção 
Feira 
5. Eventos Artísticos 
Exposição 
Mostra 
Vernissages 
Shows 
6. Eventos Culturais 
Concursos 
Entrevista coletiva 
Formaturas 
Tarde de autógrafos 
Shows e festivais de música e cultura 
7. Eventos Religiosos 
Batizados 
Casamentos 
Primeira comunhão 
O mais importante ficar claro nesta postagem é a importância de entender bem o objetivo do evento e 
suas características. Ao compreender este passo tudo fica mais simples, pois está pré determinado a 
característica dominante do evento. Vale a pena entender bem o objetivo do evento para analisar onde 
ele se encaixa. 
Após definição da classificação e tipologia do evento todos os demais detalhes serão fáceis de serem 
iniciados, tais como escolha do local, melhor decoração, perfil das equipes, tipo de alimentação que 
será oferecida bem como possíveis atrações, palestras e temas. 
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Seja qual for a classificação, o gestor de eventos deve ter aptidão para escolher a equipe certa para 
atuar e a forma correta de conduzir as negociações junto aos fornecedores. Cada evento tem seu perfil 
e para cada perfil de evento temos profissionais adequados. 
Em breve teremos também uma postagem falando de tipologias, lembrando que para entender assun-
tos como estes são necessários meses e até anos para compreensão, após prática e estudos detalha-
dos e minuciosos sobre os temas e cada tipo separadamente, é possível ser um profissional compe-
tente. 
O importante mesmo é tornar o evento inesquecível pelos motivos certos e cumprir com o protocolo de 
cada tipologia mesmo que tenham detalhes personalizados! 
A palavra evento tem sua origem no latim eventu, que significa acontecimento. O evento é uma ativi-
dade que reúne pessoas e que possui um objetivo específico de realização por uma organização. Está 
presente na sociedade com contextos específicos, seja em área institucional (de organização pública 
ou privada), área sociocultural ou área promocional. Os eventos abrangem ações de comemorações, 
festividades, divulgação, capacitação, troca de informações, promoção, integração, educação, entre 
outras. Tem como finalidade atrair a atenção do público, como também da imprensa, utilizando meios 
de comunicação na divulgação. 
Existem vários conceitos de evento. 
Evento é qualquer acontecimento (festa, espetáculo, comemoração, solenidade, etc.) organizado por 
especialistas, com objetivos institucionais, comunitários ou promocionais (HOUAISS, 2009, p. 851). 
Acontecimentos programados visando a divulgação, a comercialização e o desenvolvimento de ativi-
dades científicas, culturais, desportivas, assistências, etc. Servem como instrumento de incentivo ao 
turismo. (BENI, 1998). 
Evento é um instrumento institucional e promocional, utilizado na comunicação dirigida, com a finali-
dade de criar conceito e estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, ideias e pessoas, 
por meio de um acontecimento previamente planejado, a ocorrer em um único espaço de tempo com a 
aproximação entre os participantes, quer seja física, quer seja por meio de recursos da tecnologia. 
(MEIRELES, 1999, p. 21) 
Em uma democracia, a morte de cada soldado é um evento público. (notícia do jornal O Estado de São 
Paulo de 28 de setembro de 2008) “Evento – atividade dos mais diferentes tipos reunindo pessoas” 
(ANDRADE, 1999, p. 117). 
Para a realização de um evento, é preciso ter um espaço, que pode ser físico ou virtual, neste caso, é 
preciso utilizar os equipamentos tecnológicos necessários. 
Classificando Eventos 
A classificação dos eventos é importante, pois a partir dela se aprende a identificar o evento que será 
executado para pôr sua ideia em prática. 
Como os eventos são classificados? Os eventos são classificados de acordo com o porte, a abrangên-
cia, o perfil dos participantes ou período de realização, dentre outras categorias de análise. A classifi-
cação vai depender da forma que o evento é analisado, pois poderá ter outras classificações. No as-
pecto geral, podem ser classificados como: 
Privados: são eventos que fazem parte da vida pessoal dos organizadores. Ex.: aniversários, casamen-
tos, batizados, etc. 
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Públicos: são eventos que fazem parte da vida social de uma comunidade. Ex.: cerimoniais de posse 
de autoridades, debates, comícios, carnaval de rua. 
Empresariais: são eventos que fazem parte de realizações de uma ou mais empresas. Ex.: feiras, con-
venções, etc. 
Técnico–científico: são eventos com caráter de estudo, com contribuição para o campo do saber de 
determinado assunto. Ex.: seminários, congressos, jornadas, etc. 
Sociais: são eventos que trazem benefícios de desenvolvimento social, sejam beneficentes ou não. 
Ex.: coquetéis, desfiles, leilões, etc. 
De uma forma mais detalhada e considerando as diversas formas de classificação de eventos, vamos 
a algumas categorias: 
a) Categoria: institucional; promocional ou mercadológica 
• A categoria institucional se refere a eventos que visam criar ou fixar conceito, imagem e identidade 
de uma organização ou de uma pessoa. Se a empresa realiza um evento institucional, não necessari-
amente ela precisa convidar os clientes. Ela pode convidar parceiros, empregados, fornecedores, por 
exemplo. 
• Um evento de categoria promocional ou mercadológica objetiva promover um produto ou serviço, 
reforçando as ações de marketing e divulgação, tendo como finalidade, portanto, vender ou realizar 
processo comercial, negociação. Para um evento mercadológico, a empresa pode avaliar a necessi-
dade de convidar os empregados, priorizando a participação de

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