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Nematódeos em Equinos

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Nematodeos em Eqüinos 
Rita Aurnheimer 
PARASITOS ... 
“....vivem no hospedeiro dos quais 
obtém alimento e abrigo, sendo que 
este não se beneficia desta 
associação e freqüentemente sofre 
prejuízos em função dela.” 
PARASITOS DOS CAVALOS 
• 75 diferentes espécies. 
• Potencialmente presentes em grande 
número. 
• Infecções parasitárias afetam cavalos desde 
seu nascimento. 
• Parasitos lesionam diferentes partes do 
corpo. 
• Parasitos são muito resistentes. 
• Podem ser resistentes a alguns vermicidas. 
 
Podem Causar... 
• Perda de peso 
• Redução do vigor 
físico 
• Pobre estado geral 
• Cólicas 
• Morte 
 
Ciclo de Vida Parasitário 
• Cada parasito apresenta seu ciclo de vida 
específico. 
• Larvas sobreviventes ao inverno podem infectar 
os animais na primavera seguinte. 
• A velocidade de desenvolvimento das larvas no 
ambiente é dependente da temperatura e 
umidade. 
• Muitos parasitos são hospedeiro-específicos. 
 
A contaminação ocorre no próprio 
ambiente em que vivem. Podem 
estar presentes formas 
microscópicas de parasitas 
resistentes ao meio vivendo no 
capim, feno ou mesmo cama. 
 
Os ovos ou larvas ingeridas pelos 
cavalos evoluem em adultos no 
intestino dos animais e lá se 
reproduzem, originando milhares 
de ovos expelidos com as fezes. 
 
 
PRINCIPAIS Nematodeos DOS POTROS 
Infectante a partir das pastagens 
ou construções contaminadas 
 
Adultos reduzem a taxa de 
crescimento dos potros. Em 
grande número podem obstruir o 
intestino 
 
Migração larval pelos pulmões 
pode causar tosse e 
sintomatologia respiratória 
 
Parascaris equorum 
•Infectante a partir do leite materno, penetração pela 
pele ou ingestão. 
•Causa perda de apetite, apatia e diarréia. 
•Potros desenvolvem imunidade após 6 meses. 
 
 
Strongyloides westeri 
Larva filariforme-forma infectante 
Principais Nematodeos de Eqüinos em 
Regime de Pastagem 
•Grandes estrôngilos 
•Pequenos estrôngilos 
•Oxiuris equi 
•Dictiocaulus arnfieldi 
Principais Parasitos 
Grandes Estrongilos => Strongylus vulgaris 
• São os mais 
perigosos 
• Estágios Larvais 
– Obstruem artérias 
– Lesionam artérias 
– Produzem trombos 
– Reduzem o fluxo 
sanguíneo 
– Cólica 
– Morte 
 
 
Strongylus vulgaris 
Ciatostomídeos 
(Pequenos Estrongilos) 
Fase Parasitária 
Ciclo dos Ciatostomideos 
Fase de Vida Livre 
Ovos nas fezes 
L1 nas fezes 
L2 nas fezes 
L3 infectantes movem-se para a 
pastagem adjacente 
Ingestão pelo animal 
Ciclo de Inverno 
Desenvolvimento de L3 a L4, mas as 
larvas permanecem na mucosa por 4 
meses para então emergirem à mucosa 
Ciclo de Verão 
Desenvolvimento de L3 
a L4 na mucosa 
intestinal Emergência massiva ao 
TGI no final do verão e 
início da primavera 
Emergem à 
luz intestinal 
Desenvolvem-se em 
adultos 
Pequenos estrongilos => 
Ciatostomídeos 
• Estágios larvais são os mais patogênicos 
Larva encistada no colon maior 
Letargia; Perda de peso; Cólica; 
Diarréia crônica; Morte 
 
Enterite granulomatosa associada a larvas de 
ciatostomíneos em eqüinos no Rio Grande do 
Sul – parede do colon maior. 
Habronema muscae 
• Habronemose => helmintose (Musca domestica; Stomox calcitrans) 
– quatro formas: cutânea, conjuntival, pulmonar (larvas erráticas) e 
gastrica 
• Diagnóstico => identificação das larvas nas lesões 
– Habronemose gástrica: diagnóstico difícil; ovos e larvas raramente são 
encontrados no exame rotineiro. 
• Xenodiagnóstico: fezes do equino suspeito são colocadas junto com ovos de mosca. 
Após 1 semana quando as moscas estão adultas, as anestesiamos com éter e 
dissecamos no microscópio a procura do Habronema. 
• Lavagem gástrica com solução salina e exame do lavado. 
• Necrópsia: achado de parasitas adultos, larvas e ovos. 
– Habronemose pulmonar: achado de necrópsia. 
• (migração: boca traqueia pulmão x infestação: sangue ou linfa) 
– Habronemose conjuntival: presença de larvas na conjuntiva e necrópsia. 
– Habronemose cutânea: clínico: granulomas não cicatrizante. 
• Raspado: encontro de larvas. 
• Biopsias da área de lesão. 
 
Habronema 
Habronema muscae 
• Tratamento 
– Cirúrgico - feridas que não cicatrizam e nódulos calcificados que 
causem transtornos estéticos 
– Sistemico - Triclorfon 22 mg/kg via intravenosa (diluir em 5% de 
dextrose ou solução salina, repetir em duas semanas) + Triclorfon 2 mL 
em partes distintas das lesões durante 15 dias; ou Dietilcarbamazine 
6,6 mg/kg duas vezes ao dia, durante 2 a 3 semanas; ou Fenthion 
aplicado 5 mL/5cm de lesão, por via subcutânea. 
• IVERMECTINA 0.2 mg/kg IM. 
– Tópico - limpeza da lesão, aplicação de albocresil, triclorfon. 
– Gástrica: É indicado antes do uso do anti-helmíntico o uso de uma solução a 
2% de NaOH para dissolver o "plug mucoso" e abrir o nódulo de Drachia spp, 
aumentando o efeito da droga antihelmíntica (Levamizole-piperazina, Diclorvós). 
– Conjuntival: Limpeza com solução salina estéril. Pomada oftálmica com 
antibiótico e corticoíde (BID). Podem ser utilizadas também pomadas com 
organofosforados (BID). Por exemplo: 9 g triclorfon + 224 g nitrofurazona líquida 
+ 56 g dimetil sulfoxide. 
 
 
 
• HABRONEMOSE GÁSTRICA: HABRONEMOSE CONJUNTIVAL: 
Oxiuris equi 
• Prurido anal => ovos 
na região perianal 
• Ovos leves => poeira, 
contaminação 
• Ingestão dos ovos 
embrionados 
• L3 liberada no 
estomago 
• Adultos no ceco 
 
 
Dictiocaulus arnfieldi 
 
• “vermes do pulmão” (traqueia e 
bronquios) 
• intolerância ao exercício e 
enfermidades pulmonares nos 
hospediros 
• Eqüinos jovens (+ patogênico), 
asininos e muares. 
• Em áreas endêmicas manter 
em pastos separados. 
 
Principais Parasitos de 
Eqüinos Estabulados 
Principais Parasitos de Eqüinos 
Estabulados 
• Oxiuris equi; 
• Parascaris; 
• Estrongilóides; 
• Habronema; 
• Pequenos estrôngilos 
 
Eu disse 
intervalo!!! 
O que você 
disse? 
Controle Parasitário 
• Os objetivos da utilização de um produto 
vermicida é reduzir ou eliminar a carga 
parasitária dos animais e evitar as graves e 
irreversíveis seqüelas da passagem dos 
parasitas pelo organismo animal. 
• O Programa de Controle Parasitário visa o 
emprego do vermicida em épocas estratégicas, 
na tentativa de reduzir o nível de infestação 
ambiental, pois é no ambiente que encontramos 
a maior quantidade de parasitas. 
 
Controle Parasitário 
Programa de Vermifugação Estratégica 
 
Manejo de Pastagens 
Programa de Vermifugação 
Estratégica 
•Vermifugação rotineira. 
•Baseada no peso dos animais. 
•Tratar todos os cavalos ao mesmo tempo. 
•Tratamento de todos com o mesmo produto. 
•Vermifugação de todos os animais recém-
chegados à propriedade 48 horas antes de 
anexá-los ao plantel. 
•Anotação das datas de vermifugação. 
•Acatar as recomendações do fabricante. 
Vermífugo X Vermicida 
• Controle de diferentes espécies de parasitos. 
• Controle de diferentes estágios de ciclos 
parasitários. 
• Alguns vermífugos são apenas efetivos após 
múltiplos tratamentos ou elevadas doses. 
• Requerem diferentes intervalos de 
tratamentos. 
• Podem não controlar pequenos estrôngilos 
resistentes. 
 
Famílias de Vermicidas 
Avermectinas 
 
Milbemicinas 
Pirimidinas Benzimidazóis 
IVERMECTINA 
MOXIDECTINA 
PRAZIQUANTEL 
PIRANTEL 
FEBENDAZOLE 
Resistência Parasitária 
Resistência Parasitária 
•Reconhecida há 30 anos, presente na 
Inglaterra, por exemplo, desde 1965. 
•Pequenos estrôngilos são resistentes em 
todo o mundo aos benzimidazóis, assim 
como ao pirantel em alguns lugares do 
mundo (EUA). 
•Parasitos resistentes podem se espalhar 
facilmente entre animais pastejando juntos. 
Resistência Parasitária 
•A resistência parasitária é um fenômeno pelo qual 
uma droga não consegue manter a mesma eficácia 
contra os parasitas, se utilizada nas mesmas 
condições, após um determinado período de 
tempo.•A eficácia das drogas diminui consideravelmente 
devido ao caráter seletivo, favorecendo a 
permanência de organismos resistentes e a 
eliminação de indivíduos susceptíveis. 
VERMES ADULTOS 
Ivermectina 
0.2 mg/kg 
Moxidectin 
0.4 mg/kg 
Fenbendazole 
7.5 mg/kg 
Pirantel 
17.5 mg/kg 
Grandes Estrôngilos     
Pequenos Estrôngilos   *  
Oxiúros     
Parascaris equorum     
Vermes Pulmonares   
Tricchostrongylus axei   
Habronemas   
Strongyloides Intestinais    
Gasterófilos 
L1 L2 
L3 
L1 L2 
L3 
 G. intestinalis      
 G. nasalis      
 G. haemorrhoidalis    
 G. pecorum    
Vermes Chatos  
*somente para cepas susceptíveis 
Espectro de atividade 
Vermes Imaturos Ivermectina Moxidectin Fenbendazole Pirantel 
Grandes Estrôngilos   * 
Ciatostomíneos 
 No TGI   ** 
 Encistados   
 Hipobióticos 
 Oxiúros    
 Grandes Estrôngilos    
 Vermes Pulmonares  
Microfilárias  
* Efetivo à doses múltiplas **Somente para cepas susceptíveis 
Espectro de atividade 
INTERVALOS DE 
TRATAMENTO ANTI-
PARASITÁRIO COM 
DIFERENTES VERMICIDAS 
Recomendações dos Fabricantes para 
Controle Parasitário 
• Cavalos Adultos 
– Fenbendazole: 6 - 8 semanas** 
– Pirantel: 4 - 6 semanas 
– Moxidectina: 13 semanas 
– Ivermectina: 8 - 10 semanas 
• Potros 
– De 4 - 6 semanas de idade com ivermectina 
– A cada 8 semanas até os 18 meses de idade 
– Moxidectina não pode ser utilizada em potros com 
menos de 4 meses de idade 
**Apenas para cepas susceptíveis 
Intervalos de tratamento 
• Fenbendazole - Uso abandonado, 
indicativo de resistência 
 
• Pirantel - 5 tratamentos/ano 
 
• Ivermectina - 3 tratamentos/ano 
 
 
 
Manejo de Pastagens 
 
• Destino correto das fezes 
• Não permita superlotação de pastagens 
• Os animais devem ser e everminados 48 horas 
antes de entrarem em pastagens “limpas” 
• Promover “descanso” periódico de pastagens 
• Promover pastoreio múltiplo com aves (galinha 
d’angola, galinha caipira), coleopteros (bezouro 
“rola bosta”) 
 
Considerações Finais 
• Cavalos estão sob risco mesmo durante os 
meses de inverno 
• Estabulados ou em regime de pasto, os 
cavalos devem ser vermifugados durante o 
inverno 
• Observar o intervalo de tratamento com os 
produtos comerciais para uma maior 
economia e melhor relação custo x benefício 
 
Obrigada!!! Até Breve!!!

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