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• Quanto mais avançada a idade, mais possibilidade do animal ser cardiopata • Anestesia X cirurgião X cardiologista • Fisiopatologia de cada doença e o impacto da anestesia Þ Importante saber qual cardiopatia em especifico o animal possui • Interações medicamentosas, exames complementares Þ Como os anestésicos irão afetar o animal diretamente de acordo com a interação com o medicamento de uso contínuo do animal Avaliação pré anestésica • Exames pré operatórios Þ Hemograma Þ Bioquímico – creatinina, ureia, plaqueta, tempo de coagulação, hemoglobina, glicemia Þ Pressão arterial (geralmente cardiopatas e nefropatas são hipo ou hipertensos) Þ Raio-X torácico Þ USG abdominal (avaliação renal) Þ Ecocardiograma Þ ECG • Interação medicamentosa e suspensão de medicamentos Þ Geralmente não há a necessidade de suspensão, mas é sempre bom se atentar e conversar com o nefrologista e cardiologista • Monitoração – usuais + débito urinário + gasometria + PA (invasiva ou não) Cuidados na anestesia • Evitar o aumento do tônus simpático pois aumenta a FC e pode dificultar a oxigenação dos tecidos • Temperatura retal Propofol • Rápido despertar • Vasodilatação – se administrado muito rápido • Queda da pressão arterial – se administrado muito rápido • Depressão respiratória – se administrado muito rápido • Obs.: tempo de administração é de pelo menos 2 minutos • Infusão contínua não recomendada Etomidato • Curto período de recuperação • Mínimas alterações de FC, DC e PA • Depressão respiratória na indução • Atua de forma muito rápida Þ O paciente deve ser imediatamente intubado após a indução e colocado na manutenção anestésica • Associado ao fentanil ou midazolam causa mínima interferência cardiovascular Cetamina • Efeitos simpáticos = atenuados com benzodiazepínicos ou halogenados • Aumento de requerimento de O2 pelo miocárdio – cuidado em cardiopatas • Em doses analgésicas – analgesia pós operatória • Não causa depressão cardiovascular, mas deve ter cuidado com a dose Isoflurano • Rápida indução e recuperação • Vasodilatação periférica Þ Doses altas Þ Consequências de uma MPA e indução fraca • Diminuição do inotropismo (força de contração cardíaca) • Pode entrar com algum analgésico em infusão para evitar que ocorra um efeito colateral das grandes doses Opioides • Indicados no pré, trans e pós operatório • Fentanil + midazolam (mínima alteração cardiovascular) Cardiopatas e Nefropatas - anestesiologia • Fentanil ou remifentanil – infusão contínua • Fentanil – cuidado depressão respiratória, bradicardia, hipotensão • Cuidado morfina e meperidina – metabolitos ativos eliminados pelos rins Observações • Fluidoterapia criteriosa com cristaloides balanceados • Cuidado com hipo e hipertensão Paciente grave Monitoração: • Pressão arterial • Capnografia Þ Noção de perfusão e do débito respiratório • Débito urinário • Débito cardíaco • Perfusão capilar Pressão arterial • Não invasivo Þ Oscilométrico – monitor multiparamétrico (pressão arterial sistólica, diastólica e média) Þ Doppler – som (pressão arterial sistólica e mais fidedigno em pacientes pequenos) Þ Escolha do manguito = não pode ser muito largo pois pode subestimar a PA e o muito apertado pode superestimar a PA • Invasivo Þ Pressão unção da artéria – podal dorsal e femoral Þ Conectado em circuito com transdutor e monitor Þ No paciente crítico geralmente usa-se a invasiva Capnografia • Mensuração do CO2 • Respiração e hemodinâmica • < 35mmHg Þ Baixo metabolismo celular Þ Hipotermia Þ Baixo DC ou coágulo Þ Baixa perfusão pulmonar • > 45mmHg Þ Hipertermia Þ Hipoventilação • Ausência de onda = apneia, parada cardíaca, obstrução ou desconexão PERFUSÃO • Choque = desvio do sangue periférico para órgãos centrais • Choque cardiogênico Þ Hipotensão Þ Baixo débito cardíaco Þ Hipoperfusão Þ Normovolemia • Choque obstrutivo Þ Hipotensão Þ Hipoperfusão Þ Hipovolemia • Choque hipovolêmico Þ Fase 1 = fechamento de shunt Þ Fase 2 = hipotensão, hipoperfusão e hipovolemia • Choque distributivo Þ Hipoperfusão Þ Hipovolemia Como monitorar? • Métodos de PA • Capnometria • Débito cardíaco • Lactato • Ecocardiograma • Hematócrito Como manejar? • Fluidoterapia, inotrópico (aumento da contratilidade cardíaca) e vasopressor (aumento da resistência vascular sistêmica) • Dopamina – atua diretamente nos vasos • Dobutamina – atua na contratilidade cardíaca Þ Em hipotensão por contratilidade cardíaca, a dobutamina auxilia • Norepinefrina – vasoconstrição • Vasopressina – vasoconstrição • Acompanhar perfusão • Obs.: o paciente não pode estar desidratado quando usar medicamentos vasopressores Þ Não utilizar em vasos periféricos pois pode causar necrose Þ Desmamar o vasopressor Pacientes críticos Þ Acompanhar a perfusão e ir diminuindo a dosagem Paciente hipotenso • Doença renal, gravidez, dor ou endocrinopatias • Lesão dos tecidos • Evitar fármacos simpatomiméticos • O2 terapia • Broncodilatadores • Inotrópicos • Ventilação • Cuidado com lesões secundarias Þ Tanto do manejo de fármacos quando fisiológicas Considerações • Menor tamanho = maior chance de erro • Perdas sanguíneas • Excesso de fluido • Hipotermia Þ Reduz a taxa metabólica Þ Prolonga a recuperação Þ Depressão anestésica Þ Consumo de O2 pelo miocárdio • Sensibilidade visual e auditiva • Temperamentais • Estresse > aumenta o tônus simpático > aumenta a FC > aumenta o consumo de O2 e pode promover arritmias e falência renal • Contenção Þ Fugas, excitação, hipoxemia Þ Arritmia, morte Þ Local sempre fechado • Jejum sólido = máximo de 8h • Jejum líquido não é necessário • Fluidoterapia – cuidado com a sobrecarga • Redução de glicuronil-transferase (felinos em geral tem essa redução) Þ Deficiência em metabolização = doses menores Þ Opioides Þ Propofol Þ AINE Þ Dipirona Anestesia local • Lidocaína = 2 a 6mg/kg • Bupivacaína = 2mg/kg • Medula espinhal longa (L7-S3) • Epidural sacrococcígea (melhor via) ou lombossacra MPA • Opioides Þ Excitação quando sem dor (diferente dos cães) Þ Midríase Þ Morfina = 0,1 a 0,3mg/kg IM ou IV Þ Metadona Þ Tramadol Þ Butorfanol (agonista antagonista = cuidado com o uso; não possui efeito total e pode anular o efeito de outro opioide) • Benzodiazepínicos Þ Efeito paradoxal Þ + opióide = boa sedação Þ Relaxamento muscular • Fenotiazínicos Þ Cuidado com hipotermia e hipotensão Þ Potencializa opioide Þ Tranquilização discreta Þ Recuperação tranquila Þ Exemplo = acepromazina • Alfa 2 agonistas Þ Reservados a animais jovens e saudáveis Þ Causa bradicardia e vasoconstrição periférica Þ Sedação, emese, hipertensão, bradicardia Þ Analgesia visceral Þ Reversor = atipamezol Þ Contenção química quando associado a cetamina porem não promove analgesia suficiente se for para procedimento cirúrgico • Tiletamina / zolazepam Þ Zolazepam = maior duração em felinos Þ Despertar tranquilo Þ Pode usar para MPA e contenção química • Cetamina Þ Dissociação Þ Sialorreia Þ Mantem os reflexos protetores após a administração Þ Hipertonia muscular Þ Eliminação inalterada (80%) – em casos de obstrução urinaria evitar o uso ou baixar a dose Indução • Propofol Þ Conjugação glicuronica Pacientes felinos Þ Oxidação de eritrócitos Þ Depressão respiratória Þ Metabolismo mais lento – cuidado com a dosagem Þ TIVA Þ Cuidado com pacientes mantidos em CTI com o uso do Propofol Intubaçãoe vias aéreas • Delicadeza dos tecidos • Tubos menores • Obstrução = hipoxemia, hipercapnia, apneia • Laringoespasmo – abaixar a base da língua Þ Aprofundar plano Þ Nunca encostar na glote Þ Se houver laringoesoasmo: Þ O2 Þ Bloqueadores neuromusculares e traqueostomia em casos de emergência • Bloqueio periglótico Þ Lidocaína a 2% = 0,1 a 0,2mL Þ Cuidado com o tempo de ação pois o estímulo de deglutição pode não voltar rapidamente Þ Não ofertar alimento até o efeito ter passado pois pode causar falsa via • Abridor de boca – isquemia cerebral e cegueira • Máscara laríngea • Extubação Þ Reflexo de orelha Þ Deglutição Þ Tônus da língua Monitoramento • Oscilométrico (acima de 7kg tem maior confiabilidade) • Doppler (abaixo de 7kg já mede) • Oximetria Þ Local ideal = coxim plantar • Avaliação cardíaca Þ Felinos cardiopatas não possuem sintomatologia como cães Þ Sempre realizar a avaliação cardíaca Particularidades do neonato • Neonato é o animal que possui até 6 semanas Þ Imaturidade no sistema cardiovascular e respiratório • Procedimentos emergenciais Þ Alterações congênitas Þ Fraturas etc. • Débito cardíaco depende da FC (> 150 bpm) Þ Manter a FC estável • Barorreceptivos imaturos • Não responsivo a anticolinérgicos • Sistema hepático é imaturo até a 3ª e 5ª semana Þ < metabolismo e excreção de fármacos • Fármacos – sensibilidade, efeito prolongado e pronunciado • < resposta a alterações fisiológicas • 80% de água corpórea (adulto = 60%) Þ Cuidado com desidratações • FC alta (> 150 bpm) • Baixo volume • Baixa RVS • Baixa PA (PAM + 55mmHg) • Baixa complacência ventricular Þ Intolerante a sobrecarga de volume, hipoxia, hipovolemia e taquicardia • FR aumentada (24 a 36 mpm) • Consumo de 02 2 a 3x maior • VC = 10 a 15 ml/kg • Maior complacência torácica • 1/3 da área alveolar • Menos surfactante Þ Cuidado com atelectasia Þ Não deixar o paciente fazer apneia • Intubação dificultosa • Suplementar O2 prévio a indução • Hipoxemia • Hipercapnia • Sistema hepático Þ Biotransformação prolongada dos fármacos Þ Metabolismo reduzido até os 5 meses (CITP450) Þ Hipoalbuminemia até a 4ª semana Þ Alguns fármacos se ligam as proteínas plasmáticas, se o paciente tem hipoalbuminemia a dose desses fármacos deve ser diminuída Þ Hipoglicemia em jejum ou estresse • Sistema renal Þ Imaturo • TR baixa até a 4ª semana de vida (em torno dos 37º) • Suscetíveis a hipotermia – retarda a eliminação de fármacos • Pouca gordura corporal • Incapacidade de tremor • Barreira hematoencefálica é mais permeável • Jejum sólido de no máximo 4h • Sempre aferir a glicemia • Fluidoterapia – não pode ser em excesso pois pode causar edema pulmonar • Avaliar hidratação • Evitar tranquilizantes e sedativos • Agonistas alfa 2 adrenérgicos Þ Evitar Þ Depressão cardiovascular e respiratória Þ Sedação prolongada • Fenotiazínicos Þ Evitar Þ Biotransformação hepática – prolonga a recuperação Þ Acepromazina • Dissociativos Þ Evitar nas primeiras 3 semanas Þ Simpatomiméticos – aumentam as frequências Þ Associação com benzodiazepínicos ou opioides = não exercem muito o efeito simpatomimético • Anticolinérgico Þ DC depende da FC Þ Se necessário utilizar atropina (0,44mg/kg SC, IM ou IV) • Opioides Þ Mínimos efeitos cardiovasculares Þ Cuidado com a depressão respiratória • Indução Þ Injetável X inalatória Pacientes neonatos e geriatras Þ A escolha depende da forma de administração (lenta, dose, via) Þ Sempre usar anestesia multimodal • Manutenção = inalatória • Pós operatório Þ Analgesia Þ Alimentação Þ Ambiente adequado Particularidades do geriatra • Chegaram aos 75% da expectativa de vida • Sistema cardiorrespiratório • Tempo de procedimento • Antagonista • Função renal e hepática • Monitoramento • Alterações cardiovasculares Þ < cronotropismo Þ < elasticidade pulmonar Þ < biotransformação hepática Þ < glomérulos e néfrons Þ Débito urinário 1 a 2 ml/kg/h • SNC • Sistema endócrino • Redução da água corporal • < albumina plasmática (diminuição de doses) • Considerações anestésicas / anamnese • Fluidoterapia = 5 a 10ml/kg/h • Medicações anestésicas Þ Fenotiazínicos – cuidado com vasodilatação Þ Benzodiazepínicos – sozinhos podem causar efeito paradoxal Þ Agonistas alfa 2 adrenérgicos – pode levar a arritmias Þ Opioides - bradipneia Þ Dissociativos – aumento do efeito simpático Þ Propofol – vasodilatação, apneia, hipotermia Þ Etomidato – causa menor alteração no sistema cardiovascular Þ Isoflurano – vasodilatação, depressão do sistema respiratório, hipotermia • Riscos: Þ Hipoxemia e hipercapnia Þ Hipovolemia, hipotensão Þ Arritmias Þ Efeito prolongado de fármacos • Monitorar constantemente • Anestesia local Þ Diminuir o uso de anestésicos gerais e diminuir os efeitos colaterais • Pacientes complexos • Diversas comorbidades • Tratamentos adjuvantes • Dores crônicas • Tipo de célula oncológica • Sistema imune • Manipulação perioperatória – pode aumentar o processo de metástase (cuidado com a manipulação) Propofol • Regulação negativa de oncogenes • Regula os genes de supressão tumoral • Não tem nada que impeça a sua utilização Agentes halogenados • Comprometimento de células imunes • Regulação positiva • Efeito inibitório em alguns carcinomas Þ Principalmente hepáticos • Geralmente usado na manutenção – Isoflurano Opioides • Analgesia • Imunossupressão dose dependente Þ Doses altas por tempo prolongado possuem mais chances de imunossupressão • Previnem inflamação • Inibem o crescimento tumoral Lidocaína • Anti-inflamatório • Imunoprotetor • Anestesia regional – controle álgico • Utilizado + opioides • Diminuição da inflamação Anestesia • Inibe a inflamação, controla a dor, pode influenciar na evolução oncológica • Minimizar estresse peri-operatório, otimizar a recuperação do paciente • Técnica multimodal para não utilizar nenhuma medicação em excesso • Propofol e lidocaína Þ Efeitos antitumorais benéficos • Anestesia X risco de metástase Þ Os artigos que existem atualmente relatam que a anestesia não afeta diretamente o risco de metástase Paciente oncológico
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