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TOXIOLOGIA
PROFESSOR: JEMERSON NASCIMENTO
O LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA NAS INTOXICAÇÕES
O Laboratório de Análises Toxicológicas constitui elemento de grande importância nos centros de assistência toxicológica, pois auxilia o clínico no diagnóstico da intoxicação, fornecendo subsídios para a utilização de uma terapêutica específica, monitorização de intoxicações mais graves e avaliação da terapêutica. Desta forma, para atingir estes objetivos necessita dispor de uma infra-estrutura apropriada, métodos analíticos específicos e analistas treinados. Entretanto, a sua instalação requer recursos financeiros elevados. Por este motivo, poucos são os laboratórios de toxicologia existentes, principalmente que atendam em regime de emergência. A integração entre o clínico e o analista é um fator essencial para se obter bons resultados, permitindo direcionar a análise e dispor no menor tempo possível, o resultado esperado: confirmando, estabelecendo ou excluindo a suspeita de intoxicação.
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
Nos casos de intoxicação onde não existem dúvidas em relação ao agente tóxico envolvido e quando o resultado da análise não modificaria a terapêutica, os pacientes podem ser tratados sem a realização de nenhuma análise toxicológica, bastando exames simples de rotina como hemograma e testes bioquímicos. Por outro lado, sempre que se torna necessário esclarecer ou confirmar uma intoxicação, avaliar o grau de agressão que o agente tóxico está causando no organismo ou auxiliar na avaliação do tratamento do paciente, estas análises são requeridas. Fornecendo, assim, importantes subsídios ao clínico para um diagnóstico e acompanhamento mais seguros destes pacientes, principalmente quando a terapêutica requer o uso de substâncias com toxicidade elevada, como o dimercaprol, que é nefrotóxico.
Estas finalidades são atingidas através da realização de uma série de procedimentos ou técnicas (amostragem, tratamento da amostra, identificação qualitativa e quantitativa dos analitos).
A este conjunto denominamos método analítico, que deve ser orientado em função da concentração do agente tóxico, na sua forma inalterada e/ou biotransformado, numa determinada amostra. A característica fundamental da análise toxicológica reside no fato da substância química de interesse se apresentar, quase sempre, na ordem de traços (p.p.m.- partes por milhão, por exemplo) e ligada a uma matriz biológica (saliva, vômito, lavado gástrico, urina, sangue ou ar expirado). Esta ligação, muitas vezes, não é uma simples mistura, mas sim um complexo de componentes que podem interferir no processo, mascarando ou alterando o resultado.
O máximo de informações colhidas durante os exames clínicos deve ser repassado ao analista a fim de eliminar etapas analíticas, permitindo que a obtenção do resultado se faça de forma mais rápida. A troca de informações entre o médico e o analista deve ser a mais perfeita possível, pois dela depende a segurança diagnóstica e o êxito terapêutico.
Quatro perguntas, obrigatoriamente feitas antes do trabalho analítico, definem outras caracte-rísticas: Para quê? (finalidade), O quê? (agente tóxico), Onde? (amostra) e Como? (método).
 
FINALIDADE 
Questão inicial a ser respondida, pois a finalidade orienta o planejamento analítico. As análises podem ser solicitadas para esclarecer ou confirmar intoxicações agudas ou não. No primeiro caso, elas são chamadas “análises toxicológicas de urgência” e sua principal característica é a exigência de ser realizada num prazo de 4 a 24 horas, no máximo. No segundo caso, quase sempre o pedido se prende a um diagnóstico diferencial; a suspeita de que os sinais e sintomas manifestados pelo paciente possam ser de etiologia exógena fundamenta o pedido da análise. Nos dois casos a análise pode ser dirigida para a pesquisa de substância conhecida ou para a confirmação e/ou quantificação de um agente tóxico. Além da análise do agente químico propriamente dito e/ou de seus produtos de biotransformação, a avaliação de indicadores bioquímicos ou biológicos, também é, muitas vezes, solicitada.
AGENTE TÓXICO 
É necessário saber se a análise deve ser dirigida apenas ao agente químico precursor e/ou a um de seus produtos de biotransformação, ou também, se há necessidade de avaliar algum indicador que aponte o efeito do agente tóxico no organismo, ou seja o indicador de efeito. Para isto, é necessário conhecer a toxicocinética e toxicodinâmica do agente tóxico. Teremos, portanto, três classes de objeto de análise ou avaliação: substâncias químicas inalteradas, produtos do metabolismo do agente tóxico e parâmetros bioquímicos e hematológicos. É importante ressaltar que, no organismo, os agente tóxicos se encontram ligados às proteínas e, na maioria das vezes, presentes em quantidades diminutas (mg/g e mg/mL).
AMOSTRA 
Uma vez definida a finalidade da análise e a natureza da substância ou indicador que se pretende reconhecer ou quantificar, é necessário selecionar a amostra que melhor represente a biodisponibilidade, a eliminação ou o efeito do agente tóxico no organismo. Se a solicitação da análise for para esclarecimento de intoxicação letal, a matriz será proveniente do material de necrópsia (tecidos, fluidos e órgãos). Nas intoxicações agudas, o sangue (soro e plasma) e/ou a urina são as amostras mais usadas; líquido de lavagem gástrica, vômitos, restos de alimentos e medicamentos encontrados junto ao paciente também são importantes. Amostras de líquido de diálise são indicados para acompanhar o tratamento do intoxicado. Algumas vezes, amostras alternativas são utilizadas para a pesquisa de um agente tóxico específico: ar expirado (etanol), unha (As e Pb), cabelo (As, Pb e Hg), tecido adiposo (pesticidas organoclorados), tecido do septo nasal (Cr) e leite materno (pesticidas organoclorados e hipnóticos) são exemplos. As amostras utilizadas para o controle da exposição ambiental e ocupacional a agentes químicos são, principalmente, o sangue e a urina; para o controle terapêutico, o soro ou o plasma. A urina é empregada como amostra de escolha tanto para o controle da dopagem quanto para o da dependência a drogas.
Grande atenção deve ser dada à amostra quanto ao horário e vasilhames da coleta; quanto ao uso de conservadores, ao tempo e à temperatura de conservação; e ainda, quanto ao tipo de anticoagulante usado, no caso de se tratar de sangue. A quantidade ou o volume da amostra é determinado pela concentração nela esperada do agente tóxico e deve representar, quantitativamente, uma porção média do universo considerado. A não observância destas condições pode inviabilizar o procedimento analítico.
MÉTODO
O conjunto das respostas anteriores direcionará à escolha do método mais indicado em cada tipo de análise. Três exigências são necessárias a qualquer método de análise toxicológica: exatidão (propriedade que se refere à concordância entre a natureza e o valor real de um composto e o encontrado), precisão (regularidade na execução verificada pela concordância entre medidas replicadas) e alta sensibilidade (devido à baixa concentração do agente tóxico ou de seu produto de biotransformação na amostra).
Os métodos analíticos em hospitais de poucos recursos, para que possam atender à emergência, precisam ser rápidos, simples e de baixo custo. Geralmente, não levam a um diagnóstico específico e sim a um grupo ao qual pertence o agente (p. ex.: benzodiazepínicos). Não há necessidade de serem muito sensíveis, uma vez que as concentrações dos agentes tóxicos, ou seus metabólitos, são significativas. São os chamados métodos. Para confirmar e/ou quantificar agentes tóxicos e avaliar indicadores são usados métodos especiais.
A identificação e a quantificação do analito, depois de extraído do material biológico, devem ser feitas por meio de uma técnica cuja sensibilidade seja compatível com o seu teor na amostra. As técnicas cromatográficas sobre camada delgada (CCD) e a gás (CG, detetor de ionização de chama) são as mais usadas em métodos qualitativos; a espectrofotometria na região doultravioleta também é bastante empregada. Em métodos quantitativos, a cromatografia a gás (detetor de captura de elétrons) e a cromatografia a líquido de alto desempenho (HPLC) são largamente utilizadas e de grande sensibilidade.
As técnicas espectrofluorimétricas e as de imunoensaio também encontram largo emprego nos laboratórios de análises toxicológicas.
CUIDADOS COM A AMOSTRA
Alguns cuidados devem ser tomados com relação à coleta e conservação das amostras. A coleta deve ser feita em frascos limpos, secos e devidamente identificados. Quando não for possível proceder a análise imediatamente após a coleta, a amostra deve ser conservada em refrigerador, evitando-se a sua deterioração ou perda da substância que se deseja pesquisar ou quantificar.
É importante se registrar a data e hora da coleta, de forma a permitir uma melhor interpretação dos resultados, considerando-se a cinética de cada substância.

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