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184 Fundamentos da Biologia Celular núcleo, de maneira que os diferentes cromossomos não se enrosquem uns com os outros (Figura 5-17). Além disso, alguns cromossomos estão associados com determinados locais do envelope nuclear, o par de membranas concêntricas que envolve o núcleo, ou com a lamina nuclear subjacente, uma rede proteica que sustenta o envelope (discutido no Capítulo 17). O exemplo mais óbvio de organização cromossômica no núcleo interfásico é o nucléolo (Figura 5-18). O nucléolo é onde estão agrupadas as regiões contendo os genes que codificam os RNAs ribossômicos dos diferentes cromossomos. Aqui, os RNAs ribossômicos são sintetizados e combinados com proteínas para formar os ribossomos, a maquinaria de síntese proteica das células. Como discutimos no Capítulo 7, os RNAs ribossômicos desempenham funções estruturais e cata- líticas no ribossomo. O DNA nos cromossomos é sempre muito condensado Como vimos, todas as células eucarióticas, seja em interfase, seja em mitose, compactam seu DNA em cromossomos. O cromossomo humano 22, por exem- plo, contém cerca de 48 milhões de pares de nucleotídeos. Estendido de ponta a ponta, o seu DNA mediria aproximadamente 1,5 cm. No entanto, durante a mito- se, o cromossomo 22 mede apenas 2 μm de comprimento, isto é, cerca de 10.000 vezes mais compacto do que o DNA seria se estivesse esticado. Essa caracterís- tica marcante de compressão é realizada por proteínas que torcem e enovelam o DNA em níveis cada vez mais altos de organização. O DNA dos cromossomos interfásicos, embora cerca de 20 vezes menos condensado do que o DNA dos cromossomos mitóticos (Figura 5-19), é ainda fortemente compactado. Figura 5-17 Os cromossomos interfá- sicos ocupam territórios distintos no núcleo. Foram usadas sondas de DNA ligadas a diferentes marcadores fluores- centes para destacar cromossomos inter- fásicos específicos em uma célula humana. Quando observados no microscópio de fluorescência, cada cromossomo interfásico se localiza em territórios distintos no nú- cleo, em vez de estar misturado com outros cromossomos como um espaguete em uma tigela. Observe que os pares de cromos- somos homólogos, como as duas cópias do cromossomo 9 indicadas, geralmente não estão localizados na mesma posição. (De M.R. Speicher e N. P. Carter, Nat Rev. Genet. 6:782-792, 2005. Com permissão de Macmillan Publishers Ltd.) 10 μm Cromossomo 9 Envelope nuclear Célula interfásica Núcleo Figura 5-18 O nucléolo é a estrutura mais evidente no núcleo interfásico. Micrografia eletrônica de uma fina secção do núcleo de um fibroblasto humano. O nú- cleo é circundado pelo envelope nuclear. No interior do núcleo, a cromatina apare- ce como uma massa difusa, com regiões especialmente densas, denominadas he- terocromatina (coloração escura). A hetero- cromatina contém poucos genes e situa-se, principalmente, na periferia do núcleo, logo abaixo do envelope nuclear. As grandes re- giões escuras são os nucléolos, que contêm os genes para os RNAs ribossômicos, os quais estão localizados em vários cromosso- mos que se agrupam no nucléolo. (Cortesia de E.G. Jordan e J. McGovern.) 2 μm Nucléolo Envelope nuclear Heterocromatina Alberts_05.indd 184Alberts_05.indd 184 16/01/2017 09:42:3416/01/2017 09:42:34
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