Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Primeiro Passo: 
 Exame Físico Completo 
 Estado geral do animal (estabilização do paciente) 
 Dispnéia, hipotermia, hipovolemia, etc... 
 Exame físico do local acometido 
 Edema, dor, hematomas, lacerações 
 Claudicação, impotência funcional 
 Propriocepção, dor profunda, etc... 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Identificado o local de possível fratura 
 Pelo menos duas projeções, 90º entre elas 
 Assim evitamos falhas devido à sobreposição / 
 posicionamento 
 Caso o local acometido seja próximo a articulação, 
 radiografar envolvendo os dois lados desta articulação 
 p.e. distal de fêmur e proximal de tíbia 
 Sedação / anestesia caso seja necessário – auxilia no 
 posicionamento 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Causas mais comuns de fratura(s): 
 traumas externos (atropelamentos, quedas, etc...) 
Esta energia externa pode ser transferida pelo osso e fraturar 
outro ponto que não o de impacto (local mais frágil) 
 Exemplo: animal jovem pula do carro e a força muscular 
exercida no contato com o solo acaba por causar uma 
fratura por avulsão da tuberosidade da tíbia 
Outras causas de fratura: 
 “Stress” repetido em um mesmo osso ou grupo ósseo 
(animais de trabalho, p.e.) 
 Alterações ósseas primárias levando à fragilidade óssea 
 (fratura patológica em casos de neoplasias ósseas, p.e.) 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Reconhecimento da Fratura 
 
A fratura é uma descontinuidade do osso 
Achados radiográficos: 
 linha(s) radiotransparente(s) 
 linha(s) de esclerose(s) 
 região(ões) de somação de imagens 
Alterações ósseas associadas: 
 tamanho 
 forma 
 posicionamento 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Reconhecimento da Fratura 
 
Existem fraturas que não serão vistas no Rx 
 neste caso, recomenda-se repetir após 1-2 semanas 
 detecção de alterações ósseas secundárias, como 
 calo ósseo 
Em alguns casos: 
 cintilografia 
 ressonância 
 tomografia 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Avaliação da Fratura 
 
1. Descrição da linha de fratura 
 (quantidade, local, osso acometido) 
2. Presença de esquírola(s) óssea(s) 
3. Presença de desvio do eixo ósseo 
4.Possibilidade de comprometimento de estruturas adjacentes 
(canal pélvico, canal vertebral, articulação) 
5. Avaliação dos tecidos moles adjacentes 
 (aumento de volume, atrofia, conteúdo gasoso, etc...) 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Tipos de Fratura 
 
Existem várias propostas de descrição 
O importante é que seja efetiva e clara, auxiliando o clínico 
ou cirurgião 
a) Fraturas expostas 
 lesão muscular e cutânea exposição dos bordos da fratura 
 existe maior chance de complicações 
 (osteomielite, lesão em nervos e tendões, etc...) 
b) Fraturas não expostas 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Tipos de Fratura 
 
c) Completas 
 a linha de fratura se estende através do 
osso todo 
 deve-se classificá-las em relação à sua 
direção, levando-se em conta o sentido 
maior do osso acometido: 
 transversas 
 longitudinais 
 oblíquas 
d) Cominutiva 
 identificação de múltiplas linhas de 
fraturas, que se comunicam em um mesmo 
ponto 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Tipos de Fratura 
 
e) Múltiplas 
 várias linhas de fraturas isoladas em um mesmo osso 
f) Incompletas 
 envolvem somente a cortical óssea ou parte do osso 
 - fissuras: linhas longitudinais sem desvio ósseo 
 - “galho verde”: ocorre em animais jovens 
 
g) Compressivas: forte impacto no eixo longitudinal 
 mais freqüente no corpo vertebral e linha fisária 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Tipos de Fratura 
 
h) Depressivas: identificado no crânio e seios nasais 
 deslocamento do fragmento ósseo, causando depressão 
i) Fraturas por Avulsão: 
 devido à tração excessiva de tendões, músculos, cápsula 
 articular ou ligamentos 
 podem gerar fragmentos periarticulares ou intrarticulares 
j) Fraturas com Luxações 
 algumas fraturas envolvem luxações de articulações 
 próximas (luxações sacro-ilíacas, p.e.) 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Tipos de Fratura 
 
k) Grau de envolvimento da Linha Fisária: 
 classificação de Salter-Harris: 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Tipos de Fratura 
 
L) Fraturas Patológicas: 
espontâneas devido à alterações 
 ósseas primárias 
 
 (neoplasias, osteomielites, 
hiperparatireoidismos etc...) 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea 
 
Existem três padrões histológicos diferentes de cicatrização 
óssea: 
 
 - cicatrização primária 
 
 - cicatrização secundária (formação de calo ósseo) 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea Primária 
 
Cicatrização derivada diretamente de fonte 
óssea 
 
Acontece nos casos de ausência total de 
mobilidade 
 
O que acontece: deposição óssea sobre 
matriz óssea 
 
Não há formação de calo ósseo 
 
Pequena reação periostal 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea Secundária 
 
Envolve a proliferação de tecido fibroso e/ou 
fibrocartilagíneo, com posterior calcificação 
Modo de cicatrização mais freqüente 
As células locais são pluripotentes, sofrer diferenciação para 
osteoblastos, fibroblastos ou condroblastos 
Ocorre processo inflamatório intenso, assim como 
angiogênese 
Como o osso não pode se formar nos casos de instabilidade 
de fratura, o processo envolve a formação de um calo 
fibroso ou fibrocartilagíneo para estabilizar o foco de 
fratura, podendo assim ocorrer a angiogênese 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea Secundária 
 
O tamanho do calo vai depender de vários fatores: 
 - tipo de fratura 
 - estabilidade da fratura 
 - tamanho do espaço entre o fragmento proximal e distal 
 - vascularização do tecido adjacente 
 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
União Óssea 
 
Refere-se ao momento em que podemos retirar o instrumento 
de fixação / imobilização 
 
Cicatrização óssea total 
 
Não mais identificamos a linha de fratura 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Fatores que Modificam a Cicatrização Óssea 
 
Integridade Vascular 
Os vasos sanguíneos chegam ao foco de fratura por vários 
meios 
Não existe como avaliarmos o aporte sangüíneo pelo Rx 
Porém podemos julgar em determinadas situações 
 (fraturas múltiplas, cominutivas, com grande perda de 
material ósseo e conjuntivo/muscular – menor irrigação 
sanguínea) 
O novo aporte sangüíneo ocorre em até 10 dias após o 
trauma 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Fatores que Modificam a Cicatrização Óssea 
 
Integridade Vascular 
No Rx, esta neo-vascularização pode ser avaliada pela perda 
da delimitação dos bordos fraturados (desmineralização 
discreta das regiões de extremidade do fragmento ósseo) e 
perda da definição da definição da cortical óssea 
A quantidade de vasos sanguíneos também influenciam no 
tipo de calo ósseo que será formado: 
 - tecido em hipóxia prejudica a diferenciação celular em 
osteoblastos, favorecendo condroblastos e fibroblastos 
 - tecido com bom aporte sanguíneo favorece a 
diferenciação para osteoblastos 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Fatores que Modificam a Cicatrização Óssea 
 
Integridade Vascular 
Nos casos de hipóxia, haverá então primeiro a formação de 
calo cartilagíneo radiotransparente, com início da 
mineralização nos locais de maior oxigenação 
O calo cartilagíneo estabiliza o foco de fratura, ajudando a 
manter os novos vasos íntegros e assim um melhor aporte 
de oxigênio, evoluindo para formação de osteoblastos e 
sua conseqüente mineralização 
Quanto maior a quantidade de tecidos moles adjacentes ao 
foco de fratura, melhor será a angiogênese 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Fatores que Modificam a Cicatrização Óssea 
 
Localização da Fratura 
A localização anatômica da fratura pode influenciarna 
cicatrização óssea 
P.e., fraturas metafisárias sofrem mineralização mais rápido 
que as diafisárias 
Fraturas em diáfise de rádio/ulna/tíbia/fíbula em animais de 
porte pequeno tendem a sofrer consolidação mais lenta 
uma vez que esta região é pobre em tecidos moles (menor 
aporte sangüíneo) 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Fatores que Modificam a Cicatrização Óssea 
 
Grau de Mobilidade 
Estabilidade e aporte sangüíneo são os fatores mais 
importantes para uma consolidação adequada 
Uma fratura não estabilizada acaba por destruir os novos 
vasos sanguíneos 
Achados radiográficos: 
 os bordos dos fragmentos ósseos permanecem pontiagudos 
 calo ósseo com mineralização discreta 
 formação de calo ósseo longe do foco de fratura 
 formação de grande calo ósseo cartilagíneo 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Fatores que Modificam a Cicatrização Óssea 
 
Grau de Mobilidade 
 Quanto maior a instabilidade, maior o calo ósseo 
 Quanto menor a instabilidade, menor o calo ósseo 
Tipo de Fratura e Posicionamento Pós-redução 
Fraturas oblíquas e cominutivas tendem a cicatrizar mais 
lentamente se comparadas a transversas 
Fraturas por projétil balístico, com grande perda de tecidos 
moles, também cicatrizam com maior dificuldade 
Alinhamento dos fragmentos é muito importante 
Quanto maior a distância entre os fragmentos, maior será o 
calo ósseo 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações 
 
Cicatrização Óssea e Complicações

Mais conteúdos dessa disciplina