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Semana 1 (24/07): Fundamentos do Design Educacional e a produção de materiais pedagógicos digitais Texto-base: Capítulo 1: Conceitos e fundamentos do design instrucional (leia as páginas 03 a 11 da versão em pdf) | Andrea Filatro - Um campo novo do conhecimento; - As tecnologias são apenas um dos elementos que compõe a resposta do design instrucional para necessidades educacionais diversas; O que é design instrucional? - Design: É o resultado de um processo ou atividade (um produto), em termos de forma e funcionalidade, com propósitos e intenções claramente definidos; - Instrução: É atividade de ensino que se utiliza da comunicação para facilitar a aprendizagem; - Então design instrucional é a ação intencional e sistemática de ensino que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de promover, a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos, a aprendizagem humana; - Processo (conjunto de atividades) de identificar um problema (uma necessidade) de aprendizagem e desenhar, implementar e avaliar uma solução para esse problema; - Essa prática de implementar soluções ocorre em diferentes níveis: a) Macro: b) Micro: - O processo de design instrucional mais aceito é o ISD (Instructional System Design), ela divide o desenvolvimento das ações educacionais em fases: Fundamentos do design instrucional - O design instrucional fundamenta-se em diferentes campos do conhecimento: a) Ciências humanas; - Aqui a psicologia prevaleceu, pois ela torna central a ideia de que a aprendizagem pode não apenas ser compreendida, mas também controlada; - Instrução programada: Caracteriza-se pela decomposição do material a ser aprendido em pequenos chunks (pedaços) e pela condução do aluno por meio de um caminho cuidadosamente construído; - A psicologia do comportamento tinha duas limitações: baixa orientação com relação a tarefas mentais mais complexas e considerava a aprendizagem uma atividade passiva; - Depois veio a psicologia cognitiva e aprendizagem ativa: a crianças aqui constantemente organiza, põe à prova e reorganiza suas observações sobre o ambiente. Defendida por Jean Piaget; - Foi trazido então aspectos da psicologia social: reconhecendo a importância da aprendizagem experimental e em grupos. Representantes Jhon Dewey Jerome Bruner b) Ciências da informação; e - Tem suas raízes também nas ciências da informação, sendo: nas comunicações, mídias audiovisuais, gestão da informação e ciência da computação; - Traz a percepção que as características de determinada mídia afetam a percepção do conteúdo e o armazenamento e recuperação das informações pelo aprendiz. c) Ciências da administração. https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314753_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314753_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314753_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314753_1 - Se apoia nas seguintes subáreas: abordagem sistêmica (defende dividir projetos grandes em partes menores, para administrá-los melhor e identificar estratégias mais bem sucedidas), gestão de projetos e engenharia de produção. Uma visão integrada dos fundamentos - Reconhecer a integração de vários campos que fundamentam o design instrucional, considera a prática educacional para recomendar ações de ensino e resultados de aprendizagem. Breve histórico do design instrucional - Não possui eventos e datas bem definidos; - Sua origem se deu à época da Segunda Guerra Mundial, afinal era necessário treinar rapidamente milhares de recrutas para manejar as sofsticadas armas; - Evolução do design instrucional (formação, modernização, consolidação e reestruturação e inovação): - 1950: Formulação de modelos teóricos de ensino/aprendizagem; - 1954: Obra The science of learnig and the art of teaching, ponto de partida do design instrucional moderno; - 1956: Lançamento da Taxonomia dos objetivos educacionais, extremamente útil na especificação e na análise de resultados de aprendizagem; - 1962 e 1965: Publicação de outras obras que se preocupam com diferentes níveis de aprendizagem; - 1960 e 1970: Insights a respeito do modo como os indivíduos adquirem, organizam e retêm a informação. E surgimento de uma séries de modelos de design instrucional (DI); - 1980: Dominação da literatura e a prática do design instrucional por microcomputadores e multimídias; - 1990: Explosão da internet que trouxe conjugação de novas abordagens à instrução e à aprendizagem. O designer instrucional - Esse profissional é responsável por projetar soluções para problemas educacionais específicos; - Esse profissional é bem recente; - As competências deste profissional abrange as três áreas de conhecimentos que fundamentam o design instrucional: a) Fundamentos da profissão: b) Planejamento e análise: c) Design e desenvolvimento: d) Implementação e gestão: - Existem cursos de especialização que formam este profissional; - Os campos de atuação são ilimitados, porém devemos restringir a ação dele às iniciativas educacionais intencionais; - Podemos dividir a atuação do designer instrucional em dois grandes grupos: a) Campos em que a educação é atividade-fim: b) Campos em que a educação é atividade-meio: Videoaula: Fundamentos dos Materiais Pedagógicos Digitais Revisitando Conhecimentos - Revisitar os conceitos aprendidos nessas duas disciplinas, pois os mesmos são importantes para as abordagens que teremos nessa. Vamos refletir? - Sempre foi necessário adaptar os materiais, porém não significa apenas pegar os conteúdos de um livro e transformar em um slide; - A competência 5 da BNCC fala sofre a cultura digital que deve ser trabalhada na escola. Design Instrucional - O que é design instrucional, segundo Ozcinar; - Ele relata que o design instrucional é voltado para o desenvolvimento de algo real/concreto e não fica apenas no nível das ideias; - E qual é a origem do design instrucional? Surgiu na segunda guerra mundial com a necessidade da aprendizagem rápida desses soldados para a montagem e a utilização de armas. O que mudou? - Com a evolução da tecnologia e dos conhecimentos o design instrucional (DI) também sofreu modificações; - Esse termo DI vem do inglês e vem da noção de instruções hoje de aumentar os conhecimentos e não apenas para montagem de algo; - Atualmente, a ideia de instrucional está mais ligada a planejamento, sequência sistemática de conteúdos e atividades com objetivo de construir o conhecimentos; - O termo passou a ser mais abrangente. - Hoje mais do que nunca o design instrucional (DI) tem relevância, pois com o advento do mundo virtual passou-se a ter a necessidade de transferência dos saberes do mundo físico para este mundo e o DI irá auxiliar nessa transição. Design Instrucional ou Design Educacional? - Esses dois conceitos apesar de diferentes eles se relacionam e conversam; - Vamos tratar nesta disciplina os dois de forma sinônima. Andrea Filatro e o livro Design Instrucional e a definição do Design Instrucional Filatro (2008) afirma que as ações do Design Instrucional (DI) podem acontecer em nível macro e/ou micro - Nível macro: Gerenciamento de um projeto, ou seja, algo grande; e - Nível micro: Organização e adequação de um trabalho, algo menor. O que temos neste momento? - Um contexto atual que precisa de adaptação pedagógica de acordo com as características dos alunos atuais; - Temos a questão do planejamento do material didático tanto para a educação remota, híbrida e presencial; - Temos que pensar na criação dos materiais pedagógicos e fazer um produto para o aluno nativo digital. Construir um material instrucional/educacional Semana 2 (31/07): Design instrucional e educacional: dimensões pedagógicas Texto-base: Capítulo 2: Design instrucionalpara o aprendizado eletrônico e Capítulo 3: O modelo ADDIE e o design instrucional fixo, aberto e contextualizado (leia as páginas 13 a 21 e 25 a 32 da versão em pdf) | Andrea Filatro. Capítulo 2: Design Instrucional para o aprendizado eletrônico - O modelo de aprendizado eletrônico é definido do nível macro do design instrucional. Abordagens pedagógicas/andragógicas - O designer instrucional deve considerar que abordagens pedagógicas/andragógicas diferentes atendem a necessidades de aprendizagem também diferenciadas; - É a forma mais apropriada de selecionar a abordagem é analisar os objetivos de aprendizagem; - Os alunos estão iniciando a aprendizagem de algum tema e têm pouco conhecimento ou habilidades anteriores, estratégias mais formalmente estruturadas são mais adequadas, já que permitem aos estudantes formar conceitos que lhes servirão de referência em futuras explorações; - Aprendizagens mais complexas, contextos de aprendizagem mais autênticos convidam os alunos a tomar decisões inteligentes, combinando ação e reflexão; a) Teoria Comportamentalista (Tarefas de aprendizagem mais formalmente estruturadas) a.1) Teóricos-chave a.2) Implicações para a aprendizagem a.3) Implicações para o ensino a.4) Implicações para a avaliação https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314762_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314762_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314762_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314762_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314762_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/blti/launchLink?course_id=_10682_1&content_id=_1314762_1 b) Construtivista (individual) b.1) Teóricos-chave b.2) Implicações para a aprendizagem b.3) Implicações para o ensino b.4) Implicações para a avaliação c) Construtivista (social) c.1) Teóricos-chave c.2) Implicações para a aprendizagem c.3) Implicações para o ensino c.4) Implicações para a avaliação d) Situada (Contextos de aprendizagens mais autênticos) d.1) Teóricos-chave d.2) Implicações para a aprendizagem d.3) Implicações para o ensino d.4) Implicações para a avaliação Tecnologias - No aprendizado eletrônico, mediado por tecnologias, é importante entender como os diversos tipos de tecnologia disponíveis podem atender a necessidades educacionais variadas; - É imprescindível saber que há certo consenso em agrupar as tecnologias de informação e comunicação em três categorias com diferentes aplicações educacionais, sendo: distributivas, interativas e colaborativas. - A web 2.0 é caracterizada pelos seguintes fatores: a) Conteúdo aberto (open content) b) Código livre (free source) c) Aproveitamento de inteligência coletiva d) Compartilhamento - Com a Web 2.0, a internet como conhecemos deixa de ser apenas uma rede de entrega, em que os usuários apenas consomem informações prontas, para tornar-se uma rede de colaboração, na qual os usuários também produzem conhecimentos; Modelos de aprendizado eletrônico - O aprendizado eletrônico pode ser definido como um conjunto de práticas que variam, entre outros aspectos, conforme as abordagens pedagógicas/andragógicas e os tipos de tecnologia empregados; - Essas práticas se distribuem em um continuum, que vai da entrega em rede (net delivery), baseada na auto-instrução, até o trabalho em rede (network), caracterizado pela aprendizagem em grupo, com ênfase acentuada em conteúdo, tarefas ou comunicação; - Continuum, deixa explícitos os modelos de aprendizado, levando em conta a interação entre o aluno e o conteúdo, o aluno e o educador, o aluno e seus colegas, bem como a infra-estrutura tecnológica e as competências digitais requeridas; - Esses modelos podem ser divididos em modelo informacional, modelo suplementar, modelo essencial, modelo colaborativo e modelo imersivo; a) Modelo informacional b) Modelo suplementar c) Modelo essencial d) Modelo colaborativo e) Modelo imersivo Modelos de design instrucional - O modelo de design instrucional adotado não pode ser o mesmo para as diferentes realidades educacionais, temos então: design instrucional fixo, aberto e contextualizado: a) Design instrucional fixo a.1) Ele se baseia na separação completa entre as fases de concepção (design) e execução (implementação), envolvendo o planejamento criterioso e a produção de cada um dos componentes do design instrucional antecipadamente à ação de aprendizagem; a.2) Um especialista em design instrucional começará a trabalhar em uma tela vazia e tomará decisões relacionadas às partes do fluxo de aprendizagem que serão “automatizadas”, às regras de sequenciamento/estruturação; a.3) O resultado deste trabalho é um design instrucional fixo e inalterável; a.4) O produto resultante desse tipo de design instrucional é rico em conteúdos bem estruturados, mídias selecionadas e feedbacks automatizados. Em muitas ocasiões dispensa a participação de um educador durante a execução e é dirigido à educação de massa. b) Design instrucional aberto b.1) Envolve um processo mais artesanal e orgânico, no qual o design privilegia mais os processos de aprendizagem do que os produtos; b.2) Os artefatos são criados, refinados ou modificados durante a execução de ação educacional ; b.3) Esse é o modelo que mais se aproxima da natureza flexível e dinâmica da aprendizagem; b.4) O especialista em design instrucional ou o educador começará a trabalhar a partir de um ambiente virtual de aprendizagem (ou lms) com um conjunto de opções pré-configuradas, mas terá liberdade de configurá-las, adaptando-as no decorrer do percurso a partir do feedback obtido junto aos alunos; b.5) Esse tipo de design instrucional produz um ambiente menos estruturado, com mais links encaminhando a referências externas; b.6) Implica menor sofisticação em termos de mídias, já que estas exigem condições diferenciadas, além de extensos prazos e elevados custos de produção; b.7) Privilegia a personalização e a contextualização. c) Design instrucional contextualizado c.1) Busca o equilíbrio entre a automação dos processos de planejamento e a personalização e contextualização na situação didática, usando para isso ferramentas características da Web 2.0; c.2) Se aproxima bastante do design instrucional aberto; c.3) Considera central a atividade humana, porém não exclui a possibilidade de utilização de unidades fixas e pré-programadas , conforme objetivos, domínio de conhecimento e contextos específicos; c.4) Reconhece a necessidade de mudanças durante a execução levadas a termo pelos participantes, contudo admite que a personalização e flexibilização também podem ter asseguradas por recursos adaptáveis previamente programados; c.5) Implementar uma ação educacional implica, na realidade, lidar com incertezas, agir individualmente e reagir espontaneamente às influências do contexto - fator cuja importância vem sendo cada vez mais reconhecida nas diversas comunidades ligadas ao aprendizado eletrônico; c.6) Considera além dos educadores: c.7) A dinâmica dos processos de aprendizado eletrônico escapa não apenas dos limites de espaço e tempo, mas também extrapola a própria situação didática em si, uma vez que objetivos de aprendizagem, papéis, atores, ambientes, métodos e resultados estão sempre impregnados de influência sociopolíticas, histórico-culturais e tecno-econômicas. Objetivos de aprendizagem, tecnologias e formas de controle Capítulo 3: O modelo ADDIE e o Design Instrucional fixo, aberto e contextualizado - As fases do processo de design instrucional clássico, destacando as particularidades dos modelos de design instrucional fixo, aberto e contextualizado; O processo de design instrucional - Definimos design instrucional como o processo de identificar um problema de aprendizagem e desenhar, implementar e avaliar uma soluçãopara esse problema; - O processo de design instrucional mais largamente aceito é o ISD, que divide o design instrucional em pequenas fases, a saber: análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação: - O modelo Addie é amplamente aplicado no design instrucional clássico, que, na situação didática, separa a concepção (fases de análise, design, desenvolvimento) da execução (fases de implementação e avaliação); - Durante a concepção e a execução, o designer instrucional trabalha com profissionais de diferentes áreas, e uma de suas principais atribuições é assegurar a boa comunicação entre os diferentes membros da equipe, de modo que as ideias iniciais se concretizem em soluções de qualidade; - O designer instrucional também é responsável por apresentar e validar com o cliente e demais interessados os produtos resultantes de cada fase, apresentando relatórios de análise e acompanhamento, documentos de especificação, pilotos e avaliações; - O design instrucional fixo (DI Fixo) ajusta-se muito bem ao modelo Addie, já que sua ênfase está nos modelos informacional, suplementar é essencial; - O trabalho do designer instrucional constitui-se, em grande medida, na elaboração e distribuição de produtos fechados, tais como objetos de aprendizagem e recursos digitais; - Ilustração das fases do processo de design instrucional se distribuem ao longo do tempo no DI fixo: - No design instrucional aberto (DI aberto), a ênfase está na interação entre educadores e alunos individuais ou reunidos em grupos, e a interação social é, na verdade, essencial para o alcance dos objetivos educacionais; - Os materiais são disponibilizados paulatinamente, como resultado da avaliação continuada durante a execução, e as fases de design e desenvolvimento são mais rápidas e menos detalhadas; - A produção dos alunos é considerada conteúdo do curso tanto quando recursos de terceiros; - Fases do processo de design instrucional se distribuem ao longo do tempo no DI aberto: - O design instrucional contextualizado (DIC) baseia-se principalmente no modelo de aprendizado eletrônico imersivo. Sua ênfase está na configuração de ambientes personalizados segundo unidades de aprendizagem específicas; - O designer instrucional estrutura um conjunto de atividades independentes, distintas umas das outras por objetivos de aprendizagem explícitos e pelas relações estabelecidas entre pessoas, conteúdos e ferramentas; - A partir de uma concepção inicial, os processos de design instrucional se repetem recursivamente ao longo da execução; - Fases do processo de design instrucional distribuindo-se ao longo do tempo no DIC: As fases do processo de design instrucional a) Análise - Entender o problema educacional e projetar uma solução aproximada. Isso é feito por meio da análise contextual, que abrange o levantamento das necessidades educacionais propriamente ditas, a caracterização dos alunos e a verificação de restrições; - O quadro mostra como essa fase é considerada pelos diferentes modelos de design instrucional: b) Design - Abrange o planejamento e o design da situação didática propriamente dita, com o mapeamento e sequenciamento dos conteúdos a serem trabalhados, a definição das estratégias e atividades de aprendizagem para alcançar os objetivos traçados, a seleção de mídias e ferramentas mais apropriadas e a descrição dos materiais que deverão ser produzidos para utilização por alunos e educadores; - Reúne-se uma equipe de conteudistas, especialistas em mídia, redatores, revisores, locutores e tutores para criar ou desenvolver elementos; - Os ambientes virtuais de aprendizagem também vêm incorporando funcionalidades de planejamento e edição de unidades de aprendizagem, as quais permitem que o design seja especificado diretamente na ferramenta a ser acessada na implementação; - No quadro abaixo é mostrado como a fase de design é considerada pelos diferentes modelos de design instrucional: c) Desenvolvimento - Compreende a produção e a adaptação de recursos e materiais didáticos impressos e/ou digitais, a parametrização de ambientes virtuais e a preparação dos suportes pedagógicos, tecnológicos e administrativos; - O desenvolvimento pode ser realizado internamente, quando a instituição ou o indivíduo ofertante dispõe de competências multidisciplinares internas, ou pode ocorrer externamente, pela contratação de terceiros (pessoas físicas ou jurídicas) especializados na produção de mídias ou no desenvolvimento e-learning; - Consome boa parte do cronograma e do orçamento de um projeto educacional; - A fase de desenvolvimento exige a adesão a padrões de empacotamento de conteúdos e catalogação de metadados; - No quadro é possível ver como a fase de desenvolvimento é considerada pelos diferentes modelos de design instrucional: d) Implementação - Situação didática propriamente dita, quando ocorre a aplicação da proposta de design instrucional; - No aprendizado eletrônico, ela é subdividida em duas fases: a) A de publicação: Consiste em disponibilizar as unidades de aprendizagem aos alunos. Envolve fazer a carga (upload) de conteúdos, configurar ferramentas, determinar horários de início e fim para as atividades e definir papéis e privilégios para usuários; e b) A de execução: Aqui os alunos realizam as atividades propostas, interagindo com conteúdos, ferramentas, educadores e outros alunos. - No quadro é possível ver como a fase de implementação é considerada pelos diferentes modelos de design instrucional: - O papel do designer instrucional é assegurar que a interação flua na fase de execução, por meio da interface humano-computador, da mediação pedagógica e da participação ativa dos alunos e) Avaliação - Inclui considerações sobre a efetividade da solução proposta, bem como a revisão das estratégias implementadas; - Avalia-se tanto a solução educacional quanto os resultados de aprendizagem dos alunos, que, em última instância refletirão a adequação do design instrucional; - Deve permear todo o processo de DI, desde a fase inicial de análise; - Um dos papéis do designer instrucional é avaliar, revisar e validar, os demais envolvidos, os produtos resultantes de cada fase do DI - relatório de análise, storyboards ou roteiros, interface do curso, relatórios de acompanhamentos e relatórios finais de avaliação; - Os resultados da avaliação diagnóstica podem determinar agrupamentos de alunos de acordo com características comuns ou oferecer caminhos alternativos conforme perfis identificados; - A chamada avaliação somativa, por sua vez, é realizada ao final do processo de ensino/aprendizagem e implica atribuição de conceitos ou notas; - Uma avaliação do tipo formativa, realizada durante a execução, permite uma análise mais completa e oferece subsídios para o aperfeiçoamento da solução proposta a partir dos feedbacks de alunos e educadores; - O papel do designer instrucional durante a execução é acompanhar a interação entre alunos e conteúdo, entre alunos e educador, entre alunos e ferramenta e entre alunos e alunos, bem como os resultados das avaliações diagnóstica, formativa e somativa; - Deve comparar resultados entre turmas ou edições do mesmo curso, consolidando dados e registrando as lições aprendidas para que elas possam ser aplicadas formalmente a novas unidades de aprendizagem, cursos ou programas; - A fase de avaliação e os modelos de design instrucional: Videoaula: Design instrucional e educacional: dimensões pedagógicas Revisitando conhecimentos Vamos refletir? - O material pedagógico não surge do nada e ele não é para nada. Ele é específico, ele tem um objetivo e este objetivo está vinculado ao currículo; - Portanto, o professor precisa conhecer bem o currículo para então introduzir o uso do Design Instrucional; - O professor pode ser o produtor do material, desde que leve em consideração a teoria e os fundamentos do Design Instrucional. Modelo “ADDIE” - Um dos modelos mais utilizado e ele é um acrônimo para as etapas de: A= Analise (Anallysis); D= Projeto (Design); D= Desenvolvimento (Development); I= Implementação(Implementation); e E= Avaliação (Evaluation). - Essas etapas são fundamentais para o desenvolvimento do material. a) Análise (Analysis) e Projeto (Design) - Quando falo de uma análise, falo em algo amplo (macro) que se direciona para o micro, ou seja, ela vai afunilando; - Na etapa do projeto preciso fazer muito bem a etapa anterior para produzir um material condizente com a realidade que ele será aplicado. b) Desenvolvimento (Development), Implementação (Development) e Avaliação (Evaluation) - Estou aqui no desenvolvimento colocando essas ideias em prática, testando, antes de implementar de fato; - Na implementação é de fato (a ação) que o meu público vai fazer o uso deste material; - Na avaliação vou saber de fato se meu material conseguiu atingir o objetivo esperado, caso contrário volto na etapa de análise e começo todo o processo novamente. Nível macro + Nível Micro = Modelo “Addie” - Há a necessidade de conhecer tanto o nível macro, quanto o micro, pois uma conversa com a outra e isso resultará na conclusão de um projeto de sucesso de fato. Como acontece a articulação do currículo no modelo ADDIE? - Tenho uma determinada Perspectiva Pedagógica que contém: a autonomia do aluno, se relaciona com o desenvolvimento de certas competências, ela pressupõe certa socialização e essa perspectiva ainda pressupõe a aplicação em situações práticas; - O modelo ADDIE está ligada de forma orgânica a esse processo e articulada ao currículo e aquilo que deve ser desenvolvido de fato na prática. Na prática Semana 3 (07/08): TPACK e o uso intencional das tecnologias Texto-base: Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK): modelo explicativo da ação docente das autoras Rosária Helena Ruiz Nakashima e Stela Conceição Bertholo Piconez Resumo - Compreender as contribuições e desafios do TPACK, como modelo explicativo da ação docente, nas decisões acerca da integração de tecnologias em práticas pedagógicas: - Dentre as contribuições foram destacadas: a) As investigações e experiências apoiadas pelo TPACK; b) O TPACK como orientador da formação inicial e permanente de professores e a relação do TPACK com outros modelos teóricos. - Alguns desafios foram apontados pelos estudos, como: a) A dificuldade de consenso ao definir cada constructo do modelo; b) A necessidade de definição dos tipos de tecnologias abarcadas pelo TPACK; e c) A fragilidade no processo de avaliação do modelo. - A expectativa deste artigo é apresentar reflexões que possam mobilizar a continuidade e o desenvolvimento da temática investigada. Introdução - Este artigo apresenta revisão dos desafios existentes, em diferentes investigações, sobre a questão dos conhecimentos necessários para ensinar com tecnologias digitais de informação e de comunicação (TDIC); - A integração das TDIC no contexto educacional têm sugerido mudanças nas posturas docente e discente, com a finalidade de potencialização das ações pedagógicas a serem protagonizadas por ambos; - Model of Reasoning and Pedagogical Action (Modelo de Raciocínio e de Ação Pedagógica) envolvendo seis eventos não sequenciais: a) Compreensão dos objetivos, da estrutura dos conteúdos, dos conceitos internos e externos à disciplina; b) Pela transformação subdividida em preparação, ou seja, interpretação e análise crítica de materiais de estudo, com o aclaramento de objetivos didáticos; representação do uso de um repertório, incluindo analogias, metáforas, exemplos, demonstrações; seleção e escolha a partir de um repertório didático, incluindo metodologias e gestão de ensino, e adaptação e ajustes às características do estudante ao considerar suas concepções, pré-concepções, dificuldades de aprendizagem, linguagem, cultura, motivações, gênero, idade, habilidades, atitudes e atenção; o c) O ensino inclui a gestão, interação, trabalho em grupo, disciplina, humor, questionamentos e outras formas observáveis de ensino em sala de aula; a d) Avaliação implica a verificação da compreensão dos estudantes no ensino interativo, exame da compreensão dos estudantes no final das aulas, unidades, avaliação do próprio desempenho docente, ajustando-o de acordo com as experiências; e) Reflexão, revisão, reconstrução, representação, análise crítica da turma e do próprio desempenho docente, com evidências; https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314771-dt-content-rid-14683870_1/xid-14683870_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314771-dt-content-rid-14683870_1/xid-14683870_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314771-dt-content-rid-14683870_1/xid-14683870_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314771-dt-content-rid-14683870_1/xid-14683870_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314771-dt-content-rid-14683870_1/xid-14683870_1 f) Nova compreensão dos objetivos, dos conteúdos da disciplina, dos estudantes e do próprio docente, que consolidam novas formas de ensino e aprendizagem advindas da experiência. - Esses eventos se realizam em processos de transformação e representação do conteúdo que será ensinado aos estudantes; - Modelo PK: um amálgama entre conteúdos específicos e pedagogia, domínio exclusivo de professores e um corpo especializado de conhecimento necessário para ensinar; - Relevante a investigação sobre o “fazer didático” e, dentro dele, o “saber fazer e escolher”, e o suporte das tecnologias digitais no desenvolvimento de propostas pedagógicas contextualizadas; - Mishra e Koehler (2006) propuseram um modelo denominado Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK), a partir da formulação do PCK sistematizado por Shulman, com o objetivo de estendê-lo à integração das TDIC pelos professores em suas ações didáticas; - O presente artigo objetiva compreender as contribuições e os desafios do TPACK, como modelo explicativo da ação docente, nas decisões acerca da integração de tecnologias em práticas pedagógicas. Metodologia - Pesquisa exploratória; - A aprovação da Portaria n. 2.253, de 18 de outubro de 2001, que autorizava 20% do total da carga horária dos cursos superiores, sob a perspectiva semipresencial, envolvendo a utilização de plataformas virtuais, com incentivo à pesquisa sobre seu uso educacional; - Em relação à produção acadêmica nacional, foram realizadas buscas nos periódicos da revista; - No período de 2002 a 2012, não foram encontradas produções acadêmicas sobre o tema. Componentes basilares do Modelo TPACK - O desafio de integrar os conhecimentos sobre a aprendizagem, o pensamento do estudante, os conteúdos específicos e a tecnologia motivaram os pesquisadores na proposição de um quadro conceitual do conhecimento docente, denominado TPACK; - Pode ser utilizado em contextos de ensino e de aprendizagem variados, em múltiplas áreas curriculares; - Considera três áreas distintas e inter-relacionadas: - O modelo TPACK expressa um saber que se diferencia do conhecimento de especialistas em tecnologia, de professores de áreas específicas ou de profissionais da educação que dominam a didática geral; - A estrutura do TPACK, considerada uma complexa interação entre os três corpos de conhecimento, impacta significativamente a pesquisa e a prática na produção de tipos mais integrados de conhecimentos flexíveis, necessários para integrar a tecnologia em sala de aula; - As funções do modelo, como um esquema de classificação, fornecem informações sobre a natureza e as relações dos objetos, ideias e ações pedagógicas; - A fim de esclarecer as fronteiras entre os diferentes tipos de conhecimentos e facilitar o seu estudo na prática; - Definição dos componentes individuais (pedagógico, conteúdo e tecnológico) realizada por Cox e Graham (2009): a) Pedagogical Knowledge (PK) b) Content Knowledge (CK) c) Technological Knowledge (TK) - O TPACK não é uma abordagem completamente nova e o diferencial se concentra na intersecção dos componentes descrita na próxima seção. A intersecção dos componentes no modelo TPACK - Os fenômenos educacionais não acontecem isoladamente; - A compreensão da intersecção dos componentes no modelo pode auxiliar na análise das mudanças atitudinais,procedimentais e conceituais das competências docentes: a) Conhecimento Pedagógico de Conteúdo (PCK) - Intersecção dos conhecimentos de conteúdo e pedagógicos: - Componentes conteúdo e tecnologia ressaltam que a tecnologia tem um conteúdo que envolve o conhecimento do histórico da tecnologia (concepção do produto; lançamento no mercado; adoção pelos usuários; atualização das versões e obsolescência técnica ou funcional); das características da tecnologia (o que é; para que serve e como funciona); e das formas encontradas por professores e estudantes para usarem os recursos tecnológicos com intencionalidade educativa. b) Conhecimento tecnológico de conteúdo (TCK) c) Conhecimento Pedagógico-Tecnológico (TPK) d) A integração dos três componentes (TPACK) - A comunidade científica adotou o modelo rapidamente, fato expresso pelo crescimento dos grupos de estudo sobre TPACK, pelas discussões específicas ocorridas nas conferências “Society for Information Technology and Teacher Education (SITE)” e “American Educational Research Association (AERA)” e pelo lançamento do livro4 patrocinado em 2008 pelo Innovation and Technology Committee of the American Association of Colleges for Teacher Education (AACTE Committee on Innovation and Technology); - Três diferentes entendimentos do conceito TPACK, desenvolvidos ao longo do tempo: a) T(PCK) como PCK ampliado (NIESS, 2005; b) TPACK como um corpo único e distinto de conhecimento (ANGELI; VALANIDES, 2009); e c) TP(A)CK como a interação entre os três domínios do conhecimento e suas intersecções em um contexto específico (MISHRA; KOEHLER, 2006). * As duas primeiras conceituações identificaram o TPCK como um domínio de conhecimento próprio; * O TP(A)CK representou uma visão integradora e enfatizou a relação entre os três conhecimentos e suas intersecções. Contribuições do Modelo TPACK - Foram identificados alguns estudos que expandiram e aprofundaram a compreensão acerca dos domínios de conhecimentos do professor, didaticamente dividida em três categorias: a) as investigações e experiências apoiadas pelo TPACK; b) o TPACK como orientador da formação inicial e permanente de professores; e c) a relação do TPACK com outros modelos. a) Investigações e experiências apoiadas pelo TPACK - Apresentam os resultados de uma investigação sobre o desenvolvimento do TPACK, utilizando a abordagem “learning by doing”; - Uma tarefa autêntica de planejamento, em que as habilidades tecnológicas para uso dos recursos são articuladas aos conteúdos específicos e aos objetivos específicos de ensino; - O desenvolvimento do TPACK é um processo de várias gerações, envolvendo o desenvolvimento de entendimentos mais profundos da complexa teia de relações entre conteúdo, pedagogia, tecnologia e os contextos curriculares específicos; - Apoio para orientar as decisões dos professores, ao planejarem suas práticas com tecnologias educacionais, concentrando-se em abordagens flexíveis para ensinar, que perduram no processo de mudanças de tecnologias, conteúdos ou pedagogias; - Contribui para a compreensão de que forma as tecnologias devem ser utilizadas para inovar as formas de ensinar conteúdos específicos; - A figura ilustra a estrutura de conhecimento linear do discurso docente (sequência de prática) e a estrutura do conhecimento do discurso pedagógico (a rede de entendimento). * Articulação dos componentes pedagógicos para o desenvolvimento de competências docentes: - É a pedagogia (composta de valores, crenças, finalidades, teorias e pressupostos) que impulsiona e apoia a prática de ensino; - A insatisfação com a integração de tecnologias na educação está relacionada às barreiras impostas (falta de confiança, de competência e de acesso aos recursos) ou aos formatos adotados para essa integração (replicação de modelos de transmissão tradicionais de ensino com tecnologias); - O modelo TPACK pode auxiliar na superação desses obstáculos, ao permitir que professores redirecionem um software para uso educacional; - TPACK como um conhecimento docente que orienta a exploração dos recursos pedagogicamente para representar conteúdos específicos e colaborar com a aprendizagem do estudante. b) TPACK como orientador de formação inicial e permanente de professores - As características eficazes para o planejamento da formação inicial e permanente de professores: 1) relação direta com a disciplina, prática pedagógica e crenças do professor; 2) oportunidade de aprendizagem ativa dos professores para que desenvolvam o seu próprio profissionalismo, num período de tempo prolongado, interagindo com os professores da própria e de outras comunidades de prática (espaços para criação de redes colaborativas de aprendizagem, compartilhamento de práticas e reflexões acadêmicas), incluindo tutoria ou coaching no desenvolvimento profissional; 3) coerência com as normas e a política educacional; e 4) apoio institucional, incluindo a oferta de recursos tecnológicos, definição de carga horária para a participação de cursos e estudos e avaliação processual. - Recomendam que a formação de docente para uso das TDIC deve ser projetada para apoiar a evolução de cada professor de forma contextualizada com suas turmas, escola e região; investimento na formação dos formadores de professores em TDIC e incorporação da avaliação da formação de professores em TDIC; - A postura reflexiva é fundamental para o desenvolvimento do modelo. A reflexão é um desafio para melhorar as aulas, as estratégias e as avaliações, e é uma experiência importante na formação do professor para o século XXI; - O TPACK é uma “lente dinâmica” que descreve o conhecimento docente necessário para projetar, implementar, avaliar o currículo e o ensino com tecnologia; - Os programas de formação de professores precisam considerar os conhecimentos, as experiências de ensino, as crenças e as disposições trazidos pelos professores para orientar o desenvolvimento desse conhecimento recém-descrito (TPACK) para o ensino com as tecnologias; - O desafio para os formadores de professores e pesquisadores consiste nas respostas aos questionamentos, tais como: - O TPACK é uma estrutura que enfatiza a importância de preparar os futuros professores para fazer escolhas sensatas das tecnologias utilizadas para ensinar conteúdos, para grupos de estudantes específicos; - Defendem que os professores em formação devem ter a oportunidade de experimentar a integração pedagógica da tecnologia na sala de aula, observando bons exemplos de ação docente apoiada por TDIC, para serem capazes de implementar suas próprias práticas; - As tecnologias envolvem ferramentas que auxiliam na compreensão do conteúdo e implementação de melhores práticas de ensino; - O foco da integração tecnológica deve ser o currículo e a aprendizagem, ou seja, a integração não pode ser definida pela quantidade ou tipo de tecnologia utilizada, mas como e por que ela deve ser usada; - O desenvolvimento de abordagens pedagógicas é um processo aditivo, recursivo e expansivo, ao invés de uma série linear de substituições do “velho” pelo “novo”. c) Relação do TPACK com outros modelos - Kelly (2008): a) necessidade de minimizar a “exclusão digital” para tornar a tecnologia acessível, através de esforços sociais sistêmicos; b) Apresentou um modelo conceitual e de conhecimento pedagógico para atenuar a desigualdade de acesso às TDIC, articulado com o TPACK, ao considerar: as interações como determinantes para o aprendizado; o surgimento de obstáculos e oportunidades de desenvolvimento dos estudantes e o contexto (características dos estudantes, professores e escola) como fator-chave para planejar o uso de TDIC. - Polly e Hannafin (2010): a) abordagem de “Desenvolvimento Profissional Centrada no Estudante” (DPCE) para orientar tanto a formação profissional como o trabalho empírico sobre a aprendizagem do professor; b) essa abordagem acolhe o que recomenda o TPACK. - Davies (2011): a) Letramento tecnológico para auxiliar professores na compreensão, avaliação e promoção da integração de tecnologias em sala de aulade forma eficaz e adequada b) Professores e estudantes devem estar cientes das questões implícitas nas tecnologias que aprendem, utilizam e ensinam, tais como: formas e convenções; logísticas e eficiência; imediatismo e conexão; discernimento; independência e autoridade. - Ronau e Rakes (2012a): a) Comprehensive Framework for Teacher Knowledge (CFTK): a.1) Esse modelo compreende o conhecimento dos professores em um modelo tridimensional (Figura 4), apoiado por seis aspectos inter-relacionados em três eixos ortogonais: 1) Campo, incluindo o conhecimento da Disciplina específica e de Pedagogia; 2) Modo, envolvendo Orientação (crenças, valores, motivações, atitudes e outras qualidades pessoais) e Discernimento (reflexão); e 3) Contexto, referindo-se ao conhecimento do Indivíduo (situação socioeconômica, sexo, idade, origem, estilos de aprendizagem) e do Ambiente. b) O TPACK e outros modelos contribuem significativamente para a compreensão de algumas interações entre os componentes do conhecimento do professor; - Boling e Betty (2012): a) Cognitive Apprenticeship Model (CAM): a.1) Esse modelo pode ser usado para auxiliar na descrição dos processos cognitivos que apoiam a aprendizagem individual de professores e orientar a formação docente em relação aos conhecimentos, habilidades e disposições necessárias para integrar com sucesso as tecnologias na sala de aula. a.2) o CAM pode orientar a formação de professores para integrar a tecnologia no ensino de conteúdos complexos, como uma ferramenta para maximizar o potencial de aprendizagem dos estudantes. Desafios e Avanços do TPACK - Os três principais desafios encontrados se referem à: a) Dificuldade de consenso ao definir cada constructo do modelo; a.1) na simplicidade do modelo se esconde um nível subjacente de complexidade, principalmente em relação à necessidade de definições e entendimentos comuns dos constructos do TPACK e suas fronteiras; a.2) os pesquisadores devem articular cada constructo do modelo ao seu valor potencial para melhor compreensão dos desafios enfrentados, na prática, pelos professores; a.3) embora o modelo TPACK seja útil do ponto de vista organizacional, é difícil separar cada um dos seus domínios na prática e representar a integração eficaz da tecnologia para melhorar o aprendizado dos estudantes; a.4) o modelo também é limitado em sua capacidade de auxiliar os pesquisadores na previsão de resultados ou revelação de novos conhecimentos; a.5) Voogt et al. (2012): A participação ativa no (re)design e implementação de aulas com tecnologias foram encontradas como uma estratégia promissora para o desenvolvimento de TPACK em professores e em futuros professores. b) À necessidade de definição dos tipos de tecnologias abarcadas pelo TPACK; e b.1) intrinsecamente relacionado ao primeiro, ou seja, a falta de clareza das definições dos constructos levou alguns pesquisadores a explicitarem o alcance do “conhecimento tecnológico” em seus estudos; b.2) o modelo TPACK deve ser considerado como um quadro teórico-analítico para orientar e explicar o pensamento dos professores sobre a integração da tecnologia no ensino e na aprendizagem; b.3) o conceito TPACK-TIC, que envolve a especificidade que estava faltando no modelo sobre a relação dinâmica e transacional entre o conhecimento da pedagogia, conteúdo, das características e contribuições das tecnologias; b.4) dois elementos foram adicionados no TPACK-TIC, o conhecimento dos estudantes (suas dificuldades e estilos de aprendizagem) e conhecimento do contexto (consideração dos êxitos e do que foi insatisfatório nas práticas pedagógicas em suas aulas) para auxiliar na compreensão de como determinados temas que são difíceis de serem entendidos pelos estudantes ou difíceis de serem representados por professores, podem ser transformados e ensinados com o apoio da tecnologia; b.5) o modelo TPACK pode não ser suficiente para fornecer informações sobre o que os professores precisam saber a fim de integrar a tecnologia web de forma adequada no ensino; b.6) necessidade de um levantamento das inovações tecnológicas que apresentam resultados positivos no processo de implementação; b.7) A investigação do fator desempenho, isto é, os resultados e a implementação, requerem aprofundamento para evidenciar como o uso de tecnologias traz contribuições para a aprendizagem c) À fragilidade no processo de avaliação do TPACK. c.1) ajuda a responder a pergunta: se uma boa inovação é aquela em que a pedagogia e a tecnologia estão intimamente ligadas, como se pode afirmar se o desempenho da inovação foi bem-sucedido?; c.2) importância dos resultados demonstrarem que a inovação foi bem-sucedida, examinando as consequências, a avaliação, os resultados ou o desempenho da implementação; c.3) o TPACK orienta o aproveitamento dos recursos da web 2.0 de forma criativa e apropriada para atender as metas curriculares e promover a aprendizagem e desenvolvimento de competências ao longo da vida (colaboração, pensamento criativo e construção coletiva do conhecimento); c.4) o movimento em direção à avaliação do TPACK denota uma mudança do modelo conceitual para o modelo empírico, levando os pesquisadores a se concentrarem na captura precisa dos níveis de compreensão do TPACK; c.5) importância da aplicação de procedimentos rigorosos, sistemáticos e objetivos para obtenção de conhecimentos confiáveis e relevantes para as atividades e programas de ensino; c.6) Recomendaram as seguintes direções para futuras pesquisas sobre o desenvolvimento do modelo TPACK: Considerações finais - O modelo explicativo da ação docente apoiada por tecnologias – TPACK; - Auxiliam na identificação de objetos de estudo que merecem atenção no âmbito de fenômenos relevantes investigados. Modelos podem ser considerados como sistemas de classificação ao fornecerem compreensão sobre a natureza e relações dos objetos estudados e, com isto, contribuir para aperfeiçoamento das propostas docentes; - O professor constrói conhecimentos didático-pedagógicos que orientam sua ação docente de forma cognitiva, social, afetiva, permeada de sentidos e significados advindos de seu contexto, experiências, percepções e crenças sobre o processo de ensino e de aprendizagem; - Os estudos constantes da revisão das referências sobre o modelo TPACK apresentam avanço significativo no campo da formação de professores e das pesquisas em educação; - As razões pedagógicas é que orientam a escolha do recurso tecnológico para o ensino de conteúdos e auxílio na resolução de problemas pedagógicos; - Alguns fatores contribuem para a seleção de inovações tecnológicas em contextos pedagógicos, como por exemplo, o papel da tecnologia no apoio à aprendizagem de conteúdos; - A usabilidade tecnológica do recurso e sua consonância com a usabilidade pedagógica e o insubstituível papel do professor nas decisões sobre a ação docente apoiada pelas tecnologias e com intencionalidade educativa; - O TPACK pode orientar a formação do professor ao destacar o desenvolvimento de atividades pautadas na abordagem learning-by-doing, isto é, tarefas de planejamento autênticas, em que as habilidades tecnológicas para uso dos recursos são articuladas aos conteúdos específicos e aos objetivos pedagógicos de ensino; - Uso dos recursos tecnológicos não é uniforme para cada área de conteúdo, o que ressalta a importância de se conhecer as contribuições e restrições de cada recurso para cada conteúdo e abordagem pedagógica adotada pelo docente; - Tornou-se evidente a dificuldade de consenso ao definir cada constructo do modelo e a necessidade de definição dos tipos de tecnologias abarcadas pelo TPACK e a fragilidade no processo de avaliação do TPACK; - O modelo TPACK vem auxiliando os professores no gerenciamento das estruturas de conhecimentos dinâmicos em suas práticas profissionais; - Com o objetivo de desenvolver competências e disposições necessárias à integração de recursos tecnológicos ao ensino de conteúdos e ampliar o potencial de aprendizagem dos estudantes; - Uma das variáveis responsáveis pela dificuldadeem avaliar precisamente o TPACK em contextos educativos é o fato de que a ação docente é um fenômeno multifacetado, complexo e multidimensional. Vídeoaula: TPACK e o uso intencional das tecnologias Revisitando conhecimentos Vamos refletir? Referências de Qualidade para Educação Superior a Distância - Nestas referências temos a qualidade do material didático que precisa; - Em 2007 tivemos a expansão do EAD e para isso tivemos estes referenciais; - Os materiais são diferentes do EAD, a metodologia também, pois o aluno não aprende do mesmo jeito que no presencial; - Para suprir e fazer com que os materiais fossem de qualidade surgiu então o TPACK. O que é TPACK? - Faz a articulação do currículo e o uso da tecnologia; - Existem modelos pedagógicos que não precisam de recursos recursos específicos, como é o caso de uma aula expositiva, já em outros momentos precisamos e daí nasceu o TPACK que faz este diálogo; - Ele agrupa três esferas do conhecimento: Pedagógica, Conteúdo e a Tecnologia. Essas esferas não interagem sozinhos; - O TPK, como na imagem, é a junção destes três elementos. Conhecimento do conteúdo (CK) e Conhecimento pedagógico (PK) - TK: Significa saber o que vou ensinar; - PK: Significa a forma o conhecimento de vários campos do conhecimento da docência, como a didática. Conhecimento tecnológico (TK) e conhecimento pedagógico do conteúdo (PCK) - TK: São as ferramentas e recursos que não foram necessariamente confeccionado para o ensino, mas pode ser transformado para isso; - PCK: Interação da pedagogia com com conhecimento do conteúdo. Conhecimento Pedagógico da Tecnologia (TPK) - TPK: Responda como vou trabalhar com a tecnologia para fazer ela me auxiliar a atingir os objetivos que realmente quero; - Ela é necessária para que a tecnologia seja utilizada com um direcionamento, a aprendizagem, por exemplo, o professor precisa saber até que ponto a tecnologia contribui para o trabalho do professor e a aprendizagem do aluno. O que é o TPACK? - É o processo de interação dos três principais itens e de suas intersecções, com técnicas e metodologias de ensino utilizando a tecnologia de forma consciente; - Acontece uma banalização do uso da tecnologia na sala de aula, sendo isso um desperdício para a aprendizagem. Na prática… Semana 4 (14/08): Teorias pedagógicas para prática educacional mediada pelo digital Texto-base: “O aluno e a sala de aula virtual”. de Luciano Sathler Rosa Guimarães Aluno virtual versus novo aprendente - A demanda por educação informal acompanha o ritmo inebriante em que novos https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314781-dt-content-rid-14683879_1/xid-14683879_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314781-dt-content-rid-14683879_1/xid-14683879_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-1314781-dt-content-rid-14683879_1/xid-14683879_1 conhecimentos são elaborados e sua informação difundida; - Mudanças profundas que estão acontecendo, seja no modo como as pessoas aprendem, no que é preciso que aprendam ou na necessidade de aprender por toda a vida. Educação para a base da pirâmide - Os mais empobrecidos muitas vezes vivem em áreas rurais ou nas periferias das grandes cidades, não têm acesso a serviços básicos, atuam na economia informal, de pouca eficiência e baixa competitividade. Além da baixa renda têm em comum: - Elevar o poder aquisitivo dessa ampla parcela da população muda a expectativa de vida, tanto em termos de busca por reconhecimento perante a sociedade quanto na visão de mundo; - O acesso à educação é considerado fator primordial para que o indivíduo e sua família consigam continuar a galgar degraus em sua escalada social; - Há marcadamente um novo perfil socioeconômico dos estudantes brasileiros, que aprendem de maneira diferente e desafiam o elitismo que sempre marcou a educação superior. Algumas características desse estudante não tradicional, quando logra chegar à educação superior, são: Educação em um mundo saturado de informações - O mundo passou a contar com um novo fosso de desigualdade, entre os incluídos digitais e os não incluídos; - A popularização dos computadores pessoais é apenas mais um fato histórico; - A Internet aumentou a velocidade de criação e o volume de informações disponíveis, chegando ao ponto de cada indivíduo poder ser um autor com presença na Web, seja por meio de produções próprias ou colaborativamente em iniciativas coletivas; - A convergência digital permite ao novo aprendente estarem contato com diferentes contextos, o que praticamente impõe a experiência multicultural que afeta as relações familiares, de vizinhança, religiosas e altera radicalmente a relação que se estabelece no ambiente escolar ou universitário; - Torna-se cada vez mais vital desenvolver estratégias mentais para ajudar a esquecer as coisas que não precisam ser lembradas. É algo importante para manter a sanidade; - Schacter (2003) classifica entre os erros de memória, esquecimento e distorções nas seguintes categorias: 1) Pecados de omissão: a) transitoriedade: está ligada ao enfraquecimento da memória com o passar do tempo; b) distração: é uma ruptura entre a atenção e a memória, quando não se consegue concentrar no que é preciso lembrar; c) bloqueio: é quando ocorre a busca sem resultados de uma informação que se deseja recuperar. 2) Pecados de ação: d) atribuição errada: envolve a confusão entre fantasia e realidade, quando se vincula uma memória a uma fonte equivocada (parece ter ouvido algo de um amigo, mas a notícia estava no jornal, por exemplo). e) sugestionabilidade: é relacionada a lembranças criadas como resultado de comentários ou sugestões quando se está tentando lembrar de uma experiência. f) distorção e persistência: Distorção reflete as influências do conhecimento atual e as opiniões sobre o modo como o passado é lembrado. Persistência é a recordação deformada ou camuflada de informações ou acontecimentos considerados perturbadores, aqueles em que a pessoa deseja que nunca tivessem existido ou que pudessem ser eliminados da memória, como um tipo de defesa psíquica. - As TICs apontam para novas formas de interação entre os seres humanos e a informação, talvez mais naturais e instintivas do que é até o momento; - O mundo do trabalho está profundamente alterado pelas transformações trazidas pela sociedade da informação. Antes o valor da informação derivava de sua raridade, da capacidade de limitar temporariamente sua difusão e de tentar regulamentar o acesso, para ter em mãos os poderes econômico, político e simbólico. Nos tempos de capitalismo cognitivo, digital ou capital imaterial (Gorz, 2005, p. 30), o essencial é poder contar com pessoas capazes de inovar, pois se torna praticamente impossível manter uma posição competitiva baseada no segredo ou no encobrimento; - A crescente substituição do trabalho humano por máquinas, o crescimento da área de serviços e a convergência digital valorizaram o domínio do imaterial como forma de alcançar vantagens estratégicas, seja como indivíduo, empresa ou país; - Considerando que a informação está sendo criada e recriada com velocidade e volume jamais vistos, não é mais possível fugir da necessidade de aprender sempre e de maneira autônoma; - Educação informal, que tem em seu cerne o respeito aos conhecimentos, às habilidades, às crenças e aos conceitos prévios que influenciam significativamente o que as pessoas percebem sobre o ambiente e o modo como organizam e interpretam essa percepção. Sobre o nativo digital - O significado de “conhecer” mudou, pois, em vez de ser capaz de lembrar e repetir informações, é mais importante ser competente na busca e utilização destas; - Trata ‐se de quem nasceu depois de 19881 e cresceu em um contexto em que as tecnologias digitais se tornaram parte do cotidiano, alterando a maneira como pensam, interagem e aprendem; - Um novo paradigma sobre a aprendizagem se estabeleceu a partir das mudanças trazidas pela convergência digital. Isso pode ser sintetizado nas seguintes afirmações: - A construção de conhecimentos valorizados pela sociedade estácada vez menos confinada nas instituições educativas (espaço), nem se limita à formação inicial obtida (tempo); - Principais características do nativo digital quando se trata da sua relação com as TICs e a informação, segundo Oblinger (2005): a) Os nativos digitais são digitalmente alfabetizados: b) Os nativos digitais são conectados: c) Os nativos digitais são imediatistas: d) Os nativos digitais são experimentadores: e) Os nativos digitais são sociais: f) Os nativos digitais são orientados para resultados: g) Os nativos digitais preferem o engajamento e a experiência: h) Os nativos digitais são visuais e cinestésicos: i) Os nativos digitais preferem coisas que importam: Novas demandas e expectativas a) Contexto, emoção e corpo - É preciso reconhecer que o ser humano tem uma dimensão emocional, uma dimensão mental ou linguística e uma dimensão corporal; - É possível aprender experimentando, analisando e com- partilhando. Mais ainda se essas vivências se dão no coletivo, na coexistência significativa; - É preciso ser capaz de articular a informação com o contexto e com a própria pessoa. b) Autonomia - Os novos aprendentes buscam estabelecer seus próprios ritmos para estudar, além de definir quando estão mais disponíveis e dispostos a se dedicar; - As instituições educacionais precisam ser capazes de oferecer currículos abertos à escolha pessoal. c) Aprendendo por pares - É melhor encontrar caminhos alternativos para aprender e, nesse sentido, nada mais confiável que os pares, os que compartilham da mesma idade, estilo de vida ou religião, entre outros denominadores comuns. d) Tecnologia centrada no aluno - Maior diversidade do corpo discente, que chA tecnologia centrada no aluno (Christensen; Horn ; Johnson; 2009, p. 50) pode ser um caminho para evitar a padronização ora imposta pela formação docente, por currículos projetados extemporaneamente e impostos de cima para baixo. e) Personalização - A perspectiva é com base no aprendente individual, sua bagagem cultural, experiências, talentos, habilidades pessoais, interesses, capacidades e necessidades. Considerações finais - Em qualquer sociedade informações, conhecimentos, habilidades, crenças e valores precisam ser transmitidos às gerações mais jovens; - A tecnologia e as mudanças socioeconômicas mudam radicalmente o perfil dos aprendentes, o que pede uma revisão profunda dos papéis dos educadores. - Aprendendo ao longo do tempo: Texto-base: As teorias pedagógicas modernas resignificadas pelo debate contemporâneo na educação”, de José Carlos Libâneo. Introdução - Se de um lado, a pedagogia centra suas preocupações na explicitação de seu objeto dirigindo-se ao esclarecimento intencional do fenômeno do qual se ocupa, por outro esse objeto requer ser pensado na sua complexidade. 1. As exigências da pedagogia em um mundo em mudança - Os educadores, tanto os que se dedicam à pesquisa quanto os envolvidos diretamente na atividade docente, enfrentam uma realidade educativa imersa em perplexidades, crises, incertezas, pressões sociais e econômicas, relativismo moral, dissoluções de crenças e utopias; - Pensar e atuar no campo da educação, enquanto atividade social prática de humanização das pessoas, implica responsabilidade social e ética de dizer não apenas o porquê fazer, mas o quê e como fazer; - O que fazemos quando intentamos educar pessoas é efetivar práticas pedagógicas que irão constituir sujeitos e identidades; - Os sujeitos e identidades se constituem enquanto portadores das dimensões física, cognitiva, afetiva, social, ética, estética, situados em contextos socioculturais, históricos e institucionais; - A pedagogia quer compreender como fatores socioculturais e institucionais atuam nos processos de transformação dos sujeitos mas, também, em que condições esses sujeitos aprendem melhor; - As escolas e as salas de aula têm contribuído pouco para a superação dessas contradições, especialmente estão falhando em sua missão primordial de promover o desenvolvimento cognitivo dos alunos; - Um posicionamento pedagógico requer uma investigação das condições escolares https://ava.univesp.br/bbcswebdav/xid-2091178_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/xid-2091178_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/xid-2091178_1 https://ava.univesp.br/bbcswebdav/xid-2091178_1 atuais de formação das subjetividades e identidades para verificar onde estão as reais explicações do sentimento de fracasso, de mediocridade, de incompetência, que vai tomando conta do alunado; - Escola existe para formar sujeitos preparados para sobreviver nesta sociedade e, para isso, precisam da ciência, da cultura, da arte, precisam saber coisas, saber resolver dilemas, ter autonomia e responsabilidade, saber dos seus direitos e deveres, construir sua dignidade humana, ter uma auto-imagem positiva, desenvolver capacidades cognitivas para apropriar-se criticamente dos benefícios da ciência e da tecnologia em favor do seu trabalho, da sua vida cotidiana, do seu crescimento pessoal; - Três coisas para quem quiser ajudar e não dificultar as condições do agir pedagógico: 1) Práticas pedagógicas implicam necessariamente decisões e ações que envolvem o destino humano das pessoas, requerendo projetos que explicitem direção de sentido da ação educativa e formas explícitas do agir pedagógico; 2) Não é suficiente, quando falamos em práticas escolares, a análise globalizante do problema educativo. A didática; 3) Dada a natureza dialética da pedagogia, ocupando-se ao mesmo tempo da subjetivação e da socialização, da individuação e da diferenciação, cumpre compreender as práticas educativas como atividade complexa, uma vez que encontram-se determinadas por múltiplas relações e necessitam, para seu estudo, do aporte de outros campos de saberes; - A tarefa crucial dos pesquisadores e dos educadores profissionais preocupados com o agir pedagógico está em investigar constantemente o conteúdo do ato educativo, admitindo por princípio que ele é multifacetado, complexo, relacional; - Educamos ao mesmo tempo para a subjetivação e a socialização, para a autonomia e para a integração social, para as necessidades sociais e necessidades individuais, para a reprodução e para a apropriação ativa de saberes; - Práticas educativas, Charlot: - As tarefas mais visíveis do agir pedagógico: a) provimento de mediações culturais para o desenvolvimento da razão crítica, isto é, conhecimento teórico-científico, capacidades cognitivas e modos de ação; b) desenvolvimento da subjetividade dos alunos e ajuda na construção de sua identidade pessoal e no acolhimento à diversidade social e cultural; c) formação para a cidadania e preparação para atuação na realidade. 2. As teorias pedagógicas modernas - São aquelas gestadas em plena modernidade; - Comênio lança em 1657 o lema do “ensinar tudo a todos” e, não por acaso, é considerado o arauto da educação moderna; - As teorias pedagógicas modernas estão ligadas, assim, a acontecimentos cruciais como a Reforma Protestante, o Iluminismo, a Revolução Francesa, a formação dos Estados Nacionais, a industrialização; - Prática educativa assentadas na manutenção de uma ordem social mais estável, garantidas pela racionalidade e pelo progresso em todos os campos, especialmente na ciência; - Teorias fincadas nas idéias de natureza humana universal, de autonomia do sujeito, de educabilidade humana, de emancipação humana pela razão, libertação da ignorância e do obscurantismo pelo saber; - As teorias modernas da educação hoje apresentam-se em várias versões, em relação aos seus temas básicos: a natureza do ato educativo, a relação entre sociedade e educação, os objetivos e conteúdos da formação, as formas institucionalizadas de ensino, a relação educativa; - Conhecidas classificações de teorias da educação ora chamadas de tendências ou correntes, ora de paradigma; - São modernas a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada, o tecnicismo educacional, e todas as pedagogias críticas inspiradas na tradição moderna como a pedagogia libertária, a pedagogia libertadora, a pedagogiacrítico social; - Esquematicamente, essas teorias apresentam como características em comum: - Uma herança comum dessas teorias, vista pelos críticos como negativa, é que em nome da razão e da ciência se abafa o sentimento, a imaginação, a subjetividade e, até, a liberdade, à medida que a razão institui-se como instrumento de dominação sobre os seres humanos; - Grande acumulação de conhecimentos científicos e técnicos produzidos pela modernidade; - Constituição de campos disciplinares isolados, fragmentados, ignorando o conjunto de que faz parte e a perda de significação. 3. O contexto “pós-moderno” e os impactos na educação - O momento histórico presente tem recebido várias denominações: sociedade pós-moderna, pós-industrial ou pós mercantil, sociedade do conhecimento, modernidade tardia; - Alguns traços gerais que caracterizam a condição pós-moderna: - Alguns aspectos que o pensamento e a condição pós-moderna trazem para a educação escolar: - Essas características confrontam-se diretamente com vários princípios das teorias pedagógicas modernas mas, ao mesmo tempo, possibilitam uma reavaliação crítica desses princípios; - A crítica pós-moderna precisa ser examinada pelos educadores e que ela pode dar uma importante contribuição à pedagogia crítica; - McLaren (1993) indica três contribuições do pensamento pós-moderno para uma Pedagogia Crítica: 4. Um esboço das teorias e correntes pedagógicas contemporâneas - Algumas dessas correntes são esforços teóricos de releitura das teorias modernas, outras afiliam-se explicitamente ao pensamento pós-moderno focadas na escola e no trabalho dos professores; - Há ainda posições que deliberadamente defendem o hibridismo cultural; - Os campos se definem por relações de poder, seria injusto e desigual que o professorado desconhecesse a existência desses campos, de suas disputas e de seus conflitos; - Os desconhecem, são presas fáceis de persuasão de um ou outro grupo ou são manipulados pelo mercado editorial que também disputa espaços de poder misturados com comércio; - Há outro argumento a favor das classificações: eles ajudam as pessoas a organizar a cabeça; - Outra razão forte em favor das classificações decorre de um posicionamento teórico segundo o qual as teorias, os conteúdos, os métodos, constituem-se em mediações culturais já constituídos na prática e na teoria e que fazem parte da atividade sócio-histórica do campo pedagógico. 4.1. A corrente racional-tecnológica - Associada a uma pedagogia a serviço da formação para o sistema produtivo; - Formulação de objetivos e conteúdos, padrões de desempenho, competências e habilidades com base em critérios científicos e técnicos; - Busca seu fundamento na racionalidade técnica e instrumental, visando a desenvolver habilidades e destrezas para formar o técnico; - Uma derivação dessa concepção é o currículo por competências, resulta de objetivos assentados em habilidades e destrezas a serem dominados pelos alunos no percurso de formação; - Possui duas modalidades: a) ensino de excelência, para formar a elite intelectual e técnica para o sistema produtivo; e b) ensino para formação de mão-de-obra intermediária, centrada na educação utilitária e eficaz para o mercado. 4.2. A corrente neocognitivista - Incluídas correntes que introduzem novos aportes ao estudo da aprendizagem, do desenvolvimento, da cognição e da inteligência; a) Construtivismo pós-piagetianismo - A aprendizagem humana é resultado de uma construção mental realizada pelos sujeitos com base na sua ação sobre o mundo e na interação com outros; - A faculdade de pensar não é inata e nem é provida de fora; - Incorpora contribuições de outras fontes tais como o lugar do desejo e do outro na aprendizagem, o predomínio da linguagem em relação à razão, o papel da interação social na construção do conhecimento, a singularidade e a pluralidade dos sujeitos; - Estão também envolvidas experiências sociais e culturais que interveêm nas aprendizagens. b) Ciências cognitivas - Estudos relacionados ao desenvolvimento da ciência cognitiva associada à utilização de computadores; - O objetivo é buscar novos modelos e referências para avançar na investigação sobre os processos psicológicos e a cognição. - Surgem duas versões: a) a psicologia cognitiva, que estuda diretamente o comportamento inteligente de sujeitos humanos; e b) ciência cognitiva, que aprofunda as analogias entre mente e computador, visando a construção de modelos computacionais para entender a cognição humana 4.3. Teorias sociocríticas - Teorias e correntes que se desenvolvem a partir de referenciais marxistas ou neo-marxistas; - Educação como compreensão da realidade para transformá-la, visando a construção de novas relações sociais para superação de desigualdades sociais e econômicas; a) A teoria curricular crítica - Acentua os fatores sociais e culturais na construção do conhecimento, lidando com temas como cultura, ideologia, currículo oculto, linguagem, poder, multiculturalismo; - Origem explícita na Sociologia Critica inglesa e norte-americana; - Questiona como são construídos os saberes escolares, propõe analisar o saber particular de cada agrupamento de alunos; - A cultura é um terreno conflitante onde enfrentam-se diferentes concepções de vida social e onde emergem a diversidade cultural e a diferença; - Leva a políticas de integração de minorias sociais, étnicas e culturais ao processo de escolarização, opondo-se à definição de currículos nacionais. b) Teoria histórico-cultural - Apóiam-se em Vygotsky e seguidores; - A aprendizagem resulta da interação sujeito-objeto, em que a ação do sujeito sobre o meio é socialmente mediada, atribuindo-se peso significativo à cultura e às relações sociais; - As funções mentais superiores (linguagem, atenção voluntária, memória, abstração, percepção, capacidade de comparar, diferenciar, etc.); - Focada na estrutura do funcionamento cognitivo em suas interações com as mediações culturais. c) Teoria sócio-cultural - Põe ênfase na explicação da atividade humana enquanto processo e resultado das vivências em atividades socioculturais compartilhadas, mais do que nas questões do conhecimento e apropriação da cultura social. d) Teoria sócio-cognitiva - São postas em relevo as condições culturais e sociais da aprendizagem, visando o desenvolvimento da sociabilidade por meio de processos socioculturais; - Com base nas experiências cotidianas, nas manifestações da cultura popular; - Escola, consistiria em criar situações pedagógicas interativas para propiciar uma formação democrática e inclusiva. e) Teoria da ação comunicativa - Associada à teoria crítica da educação originada dos trabalhos da Escola de Frankfurt; - Teoria da educação assentada no diálogo e na participação, visando a emancipação dos sujeitos; - Exerceu forte influência em autores da Sociologia crítica do currículo de procedência norte-americana, como H. Giroux e M. Apple. 4.4. Correntes “holísticas” - correntes de diferentes vertentes teóricas, que têm como denominador comum uma visão “holística” da realidade, isto é, a realidade como uma totalidade de integração entre o todo e as partes. a) O holismo - Compreende a realidade como totalidade, em que as partes integram o todo, partes como unidades que formam todos, numa unidade orgânica; - A consciência de uma totalidade cósmica leva os holistas a buscarem um equilíbrio dinâmico entre o homem e o seu meio biofísico, a convivência entre as pessoas, a preservação ambiental e a denúncia de todas as formas de destruição da natureza, a união das pessoas e da natureza no todo; - Não rejeita o conhecimento racional e outras formas de conhecimento, mas insiste em considerar a vida como uma totalidade em que o todo se encontra na parte. b) O pensamento complexo (teoria da complexidade) - Apreende a complexidade das situações educativas, em oposição ao pensamento simplificador; - Apreender a totalidade complexa, as inter-relações das partes, de modo a se travar uma abertura, uma diálogo entre diferentes modelos de análise, diferentesvisões das coisas; - Precisamos dialogar com a dúvida, com o inesperado e o imprevisto. Pensar por complexidade é usar nossa racionalidade para juntar coisas separadas, para aumentar nossa liberdade de fazer o bem e evitar o mal. c) A teoria naturalista do conhecimento - compreende que o conhecimento humano está ligado ao plano biológico, bio-individual e bio-social; - a mediação corporal dos processos de conhecimento; - a pedagogia das certezas e dos saberes pré-fixados deve ser substituída por uma pedagogia da pergunta, do melhoramento das perguntas e do acessamento de informações; - O conhecimento humano nunca é pura operação mental. Toda ativação da inteligência está entristecida de emoções”. d) Ecopedagogia - Propõe a recuperação do sentido humano do espaço habitado abrangendo tanto a dimensão biosférica quanto às dimensões sócio institucionais e mentais; - É uma pedagogia que promove a aprendizagem do sentido das coisas a partir da vida cotidiana. e) O conhecimento em rede - Os conhecimentos disciplinares, assentados na visão moderna de razão, devem ceder lugar aos conhecimentos tecidos em redes relacionados à ação cotidiana; - O conhecimento se constrói socialmente, não no sentido de assimilação da cultura anteriormente acumulada, mas no sentido de que ele emerge nas ações cotidianas, rompendo-se com a separação entre conhecimento científico e conhecimento cotidiano. 4.5. Correntes “pós-modernas” - Se constituem a partir das críticas às concepções globalizantes do destino humano e da sociedade, i.e., as metanarrativas, assentadas na razão, na ciência, no progresso, na autonomia individual; - Não há direitos universais abstratos, mas direitos e vozes de cada grupo cultural, de cada comunidade. a) O pós-estruturalismo - O saber está, pois, comprometido com o poder, sendo que essas relações de poder estão onipresentes, exercidos nas mais variadas instâncias como a família, a escola, a sala de aula; - O pós-estruturalismo discute questões como: identidade/diferença, a subjetividade, os significados e as práticas discursivas, as relações gênero-raça-etnia-sexualidade, o multiculturalismo, os estudos culturais e os estudos feministas. b) O neo-pragmatismo - Principal representante é R. Rorty; - Valoriza no processo educativo as experiências pessoais do indivíduo, a interação dialógica numa conversação aberta, contínua, interminável; - Pela experiência, pelo diálogo, pela conversação, que os participantes fazem escolhas racionais, que são pessoais, históricas, vinculadas a uma situação concreta; - O currículo é entendido como processo, em que os sujeitos criam e recriam a si próprios e à sua cultura; - Agir pedagógico assentado nessa corrente rejeita imposições, valorizando as atitudes dos professores em suas ações e interações baseadas no diálogo; - Propõe a discussão de problemas humanos “edificantes”, envolvendo a solidariedade, a diferença, o outro, visando experiências transformativas nas pessoas. 5. Temas emergentes das teorias educacionais contemporâneas em embate com as teorias modernas - o “pensamento pós-moderno” acaba se desdobrando em correntes bastante diversificadas, não havendo nada parecido com uma formulação unitária de conceitos;; - temas e idéias que repercutem fortemente no campo conceitual da educação: a) Crise da noção de totalidade e valores e objetivos da educação - Rejeitam as super teorias e as visões totalizantes que advogam certezas absolutizadas; - A visão pós-moderna recusa essas explicações totalizantes porque não estariam levando em conta a experiência particular das pessoas, a vida cotidiana, a diferença; - A educação implica um comprometimento com uma atividade prática, com alto grau de intencionalidade, implicando um comprometimento moral com a prática educativa. b) A crítica da razão e a consciência individual autônoma - Rejeitam uma razão universal como critério de orientação da conduta humana; - Desconstrução da possibilidade de uma consciência individual autônoma; - A razão precisa ser considerada junto com as dimensões afetivas, morais, estéticas que identificam o sujeito; - Escreve Rouanet: “o homem não é somente um ser pensante, e a consciência neomoderna sabe que o homem integral é uma unidade de razão e sensibilidade; mas se quiser conhecer, não tem outro instrumento que a razão”(1986). c) A noção de ciência e os conteúdos escolares - Desconfia da ciência e da possibilidade objetiva do conhecimento, levando a uma resistência ao saber sistematizado em favor de conhecimentos que emergem das culturas particulares; - Acredita que o mundo da escola é o mundo dos saberes: saber ciência, saber cultura, saber experiência, saber modos de agir; - Interdisciplinaridade, integração entre os saberes contra a fragmentação disciplinar, busca de um saber útil. d) Do paradigma da consciência à filosofia da linguagem - Representa uma mudança provocada pelos estudos lingüísticos que investigam as formas complexas através das quais o sentido se constitui, se transmite e se transforma num conjunto heterogêneo e complexo de universos de sentido ao que se denomina cultura; - A linguagem não apenas reflete significados, mas constitui significados; - O currículo escolar, colocam os saberes experienciais decorrentes da vida cotidiana, da cultura, das subjetividades como base de sua formulação; - Privilegia a ação do sujeito sobre o objeto; - A filosofia da consciência ou do sujeito tende a privilegiar uma única linguagem, a linguagem da razão, o conhecimento organizado, o sistema, o modelo, a visão sistemática da realidade; - As pedagogias modernas são depositárias do paradigma da consciência; - Uma visão aberta em relação ao papel da linguagem e da cultura na educação escolar precisa reconhecer o peso da compreensão das práticas discursivas no interior da escola; - A linguagem é manifestação da subjetividade e de grupos sociais, étnicos, comunidades, mas não é suficiente para o ensino uma interpretação da realidade que se prenda a práticas discursivas; - A questão central da pedagogia é a formação humana; - A educação escolar lida com o conhecimento enquanto constituinte das condições de liberdade intelectual e política. e) Sociedade do conhecimento, novas tecnologias, qualidade da educação - Está ligada à de intelectualização do processo produtivo; - Os profissionais necessitam um alto grau de desenvolvimento das capacidades intelectuais; - O novo paradigma de aprendizagem estaria centrado mais no saber fazer do que no saber, o pensar eficientemente seria uma questão de aprender fazendo, aprender comunicando, aprender a usar; - A formação global do ser humano, continua sendo condição de humanização e tarefa da pedagogia, onde se inclui certamente o desenvolvimento da razão. f) O currículo e sua interface com a cultura, o poder e a linguagem - Ocupa importante lugar entre os conceitos centrais da pedagogia; - O tema da linguagem aparece sob várias modulações; - linguagem como o elemento estruturador da relação indivíduo-realidade, abrem-se diferentes caminhos na interpretação pós-moderna; - As relações de poder, os modos de dominação social e cultural, precisam ser considerados porque efetivamente os processos sociais são controlados pelas relações de poder; - O currículo está imerso em relações de poder implicadas nas relações de classe, etnia, gênero. O próprio currículo constitui relações de poder; - A cultura é um nutriente dos processos cognitivos. g) Totalidade do ser e subjetividade fragmentada - Ideia de interdependência de elementos que constituem um todo, considerando-se que o todo não é a mera soma das partes. h) Relativismo cultural, diferença, universalidade - Os significados que as pessoas dão às coisas sempre são construídos dentro das práticas cotidianas correntes; - O relativismo cultural considera valores e práticas morais como resultantes de uma determinada cultura e de determinadas circunstâncias - Charlot (2000): “uma escola que faça funcionar, ao mesmo tempo, os dois princípios da diferença cultural e da identidade enquanto ser humano;
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