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1. Como você define o conceito de Stress: O conceito de esforço está relacionado a deformação ,contudo é mais abstrato pelo fato de não poder ser visto diretamente. De modo que é necessário observar as feições de deformação para poder fazer interpretações acerca do esforço. O termo esforço,na geologia, só deve ser empregado em matéria que ofereçam o mínimo de resistência ao cisalhamento,como as rochas. Quando falamos em esforço em uma superfície,pensamos em força aplicada sobre uma área. Podemos pensar em exemplos como uma contato entre grão ou uma fratura. Definimos o esforço numa superfície como um vetor ( tensor de primeira ordem), temos que o esforço é dado por σ= F/A. Isso nos mostra que que numa mesma superfície o esforço pode ser variar. Importante ressaltar que na quando temos um esforço compressivo ele é considerado positivo e o esforço extensivo é considerado negativo. 2. Qual a diferença entre pressão(pressure) e esforço(stress): Na geologia estrutural não devemos utilizar pressão e esforços como sinônimos. De modo que é necessário levar em conta a resistência ao cisalhamento, um bom exemplo sugerido pelo livro de geologia estrutural do Haakon Fossen, e colocar uma amostra entre as suas duas mãos e fazer um movimento de compressão, a resistência que você sentir e o esforço de cisalhamento. Para concluir o pensamento, temos que o termo pressão é usada para fluido que são meios que oferecem muito pouca ou nenhuma a resistência ao cisalhamento. Enquanto o termo esforço, usado para rochas , é necessário que tenha um mínimo de resistência ao cisalhamento. 3. O que são: esforço normal (normal stress) e esforço cisalhante(shear stress): Os vetor esforço pode ser decomposto em esforço normal(σn) e esforço de cisalhamento(σs), já que em geral os vetores esforço agem obliquamente sobre os planos. O esforço normal é um vetor de esforço orientado perpendicular em relação a uma superfície, enquanto o esforço cisalhante é um vetor de esforço que age paralelamente à superfície(fig 1). O vetor de esforço não pode ser decomposto da mesma que os vetores de força(F),pois eles dependem da área,temos de modo simplificado que : σn=σ Ө e σs=(σ 2Ө)/2𝑐𝑜𝑠2 𝑠𝑒𝑛 O Ө é o ângulo entre o vetor de esforço e a normal à superfície de referência, ou o mergulho da superfície caso seja a normal. O vetor força é decomposto da seguinte maneira:Fn=F cosӨ e Fs= F senӨ. Importante ressaltar que o esforço cisalhante tem o valor máximo de Ө em 45° em relação à superfície. Graficamente se compararmos os vetores de Fn e σn a medida que aumentamos Ө, os dois vetores se comportam de maneira semelhante(fig 2). Já os vetores Fs e σs quando aumentamos o Ө eles se comportam igualmente até chegar a 45° em relação à superfície, e é o valor máximo do σs enquanto a força de cisalhamento máxima está em uma direção paralela ao plano de referência. Fig 1: Decomposição dos vetores de esforço e estresse. Fonte:Geologia estrutural(Haakon Fossen) Fig 2: Relação gráfica entre os vetores de esforço e força. Fonte:Geologia estrutural(Haakon Fossen) 4. O que é um tensor de segunda ordem : Tensores de segunda ordem são, essencialmente, um certo produto de dois vetores. Tensores de ordem são produtos de vetores. Essas quantidades aparecem naturalmente na física. Por exemplo, a curvatura do espaço-tempo, que, segundo Einstein, é o campo gravitacional, é um tensor de quarta ordem. No caso geral, onde não se usam coordenadas cartesianas ortogonais, um tensor de segunda ordem pode ser covariante, contravariante ou misto. Contudo em mecânica das rochas o termo tensor é aplicado geralmente em matrizes. Pode-se considerar as grandezas escalares como tensores de ordem zero, vetores como tensores de primeira ordem e matrizes como tensores de segunda ordem. Assim para geologia estrutural os tensores de 2 ordem e matriz são iguais.Uma propriedades dos tensores é independência de qualquer contorno de referência, de modo que independente do valor que ele represente,permanece a mesma independente da coordenada. Importante ressaltar que o vetor terá o mesmo comprimento e magnitude em dois sistema de coordenadas diferentes. O tensor pode representar um ponto, um conjunto de pontos ou ate ao longo de um contínuo de pontos sob a forma de campos, sendo seus elementos funções de posição, ele forma o campo de tensor, isso mostra que o tensor é definido em cada ponto do uma região do espaço. A descrição do estado de esforço em um dado volume de rocha é dado por um campo de tensor, isso porque os valores de do estado de esforço irão variar dependendo do ponto escolhido na litosfera. 5. O que é representado no “elipsóide de esforços” (stress ellipsoid): Considerando o estado de esforço em um dado ponto de uma rocha,como um ponto dentro de um grão mineral, acreditasse que através desse ponto um número infinitos de planos em diferentes orientações espaciais possam passar. Na direção perpendicular a esses planos,temos dois vetores de esforço ou tração de mesmo tamanho e direção opostas. Os diferentes pares de vetores podem ter comprimentos diferentes, o fato é que se ilustrados todos os vetores em torno de um ponto de referência ,obteremos uma elipse de duas dimensões e um elipsoide em tres dimensoes. No livro geologia estrutural de Haakon Fossen ele define que o elipsóide de esforços e suas orientações espaciais contém todas as informações sobre os estado de esforço de uma dado ponto em uma rocha,ou de um volume de rocha onde os esforços sejam homogêneos. O elipsóide apresenta três eixos principais σ1, σ2 e σ3 ,sendo o primeiro o eixo mais longo é a direção de máximo esforço e o eixo mais curto é normal ao plano imaginário, de modo que há menos tração comparado com os outros plano. Os eixos principais da elipsóide de esforço podem ser representadas pelas componentes de esforço que agem sobre cada uma das três faces de um cubo infinitesimal,constituídos de vetores de esforço normal e vetores de esforço cisalhante,sendo 3 vetores de esforço normal e 6 de esforço cisalhantes. Se orientamos o cubo de modo que todos os vetores de esforço cisalhante sejam iguais a zero. Nesse caso, os únicos componentes não nulos serão o vetores de esforço normal( σn) que serão os eixos principais do elipsóide de esforço. 6. O que você entende por esforço desviatório(deviatoric stress) e esforço médio(mean stress): Entendemos que o tensor de esforço pode ser decomposto em duas matrizes simétricas ,de modo que a primeira representa o esforço médio e a segunda o esforço desviatório. O esforço médio é a componente isotrópica e o esforço desviatório é a componente anisotrópica. O esforço médio(σm) é dado pela soma aritmética dos três esforços principais, ou seja, σm=(σ1+σ2+σ3)/3. O esforço desviatório é a diferença entre o esforço médio e o esforço total(σtot) é dado por: σdev = σtot - σm ou σtot = σm + σdev. O tensor de esforço desviatório representa a componente anisotrópica do esforço total ,e o esforço desviatório é considerado menor que o esforço isotrópico médio. De modo geral, o esforço isotrópico causa dilatação(inflação e deflação), enquanto o esforço anisotrópico causa deformação. 7. Descreva alguma utilidade para o diagrama de Mohr: No livro geologia estrutural de Haakon Fossen ele define que o círculo de Mohr descreve os esforços normal e de cisalhamento que agem sobre o planos com todas as orientações possíveis que passam por um ponto de referência em uma rocha. Para a geologia o diagrama tem sinal positivo quando temos compressão e a tensão com sinal negativo. Possivelmente o exemplo mais simples seria utilizado no estado de referência hidrostático/litostático. Se baseia em uma situação ideal no qual a rocha não apresenta resistência ao cisalhamento(σs=0). Assim um dado volume de rocha não sofreria esforços diferenciais no tempo geológico nessa situação(σ1 - σ3 =0). Esse estado corresponde a um ponto no eixo horizontal no diagrama de Mohr,assim o esforço independe de direção( fig 3). Podemos definir então que o estado de referência litostático correspondea um estado isotrópico de esforços, em que os esforços horizontais e verticais são iguais. Os esforços são controlados ,somente,pela espessura e densidade das rochas sobrejacentes. Fig 3: Representação do diagrama de Mohr para o estado de referência hidrostático/litostático. Fonte:Geologia estrutural(Haakon Fossen) 8. Como se mede esforços: Os esforços não podem ser observados diretamente, apenas seus efeitos sob a forma de deformação elástica ou permanente. Diferente tipos de rochas reagem diferentemente aos esforços. Porém como as deformações usadas nas medições dos atuais campos de esforço normalmente são pequenas , a conexão entre as ambas(esforço e deformação) é próxima é possível obter estimativas sobre os esforços. Existem vários métodos de coleta de dados dos esforços,depende de onde será feito. Alguns são aplicadas em furo de sondagem,como ruptura de furos de sondagem e fraturamento hidráulico. Outros são mais comuns em superfície ou em túneis(sobrefuração) e ainda há os mecanismo focais que está relacionado ao primeiro movimento gerado pela liberação de esforços durante a ruptura de falhas. 9. escreva sobre mecanismos focais: Mecanismo focal de terremoto fornecem informações sobre a resposta imediata da terra a esforços liberados em novas fraturas ou já preexistente. Fornecem informações sobre o regime de esforço,como também sobre a magnitude do esforço principal. A maior falha desse método é os eixos P e T não serem necessariamentes paralelos aos eixos do esforço principal.Isso pode ser minimizado pelo mecanismo focais de falhas de diferentes orientações. A solução de planos de falha pode ser encontrado pelo mapeamento das ondas P e S em torno do hipocentro de um terremoto. O plano de falha e seus planos de cisalhamento complementares ortogonais teóricos, denominados planos nodais, são lançados em projeções estereográficas baseadas no sentido de rejeito(normal,reverso,etc) de uma falha controla a distribuição de ondas sísmicas. Os planos nodais são observados pela observação das primeiros movimentos das ondas P em várias estações sísmicas ,determinando se elas são ondas compressionais ou extensionais. O nome da projeção feita é “bola de praia”(projeção estereográfica). As informações acerca da primeira chegada de ondas, compressivas P e extensionais T ,em várias estações sísmicas são utilizadas para delimitar as orientações dos planos nodais e de seus sentidos de movimento,conhecidas como movimento focal. Os quadrantes são separados plano de falha e o plano nodal complementar, os eixos T e P estão localizados no meio do quadrante. As diferentes bolas de praia indicam diferentes mecanismos focais ou sentido de movimento da falha(fig 4). Vale ressaltar que o planos P e T são desconhecidos e não são idênticos à σ1 e σ3, porém elas devem estar localizada nos respectivos lugares , σ1 deve esta localizado no campo de P e σ3 no campo de T. Fig 4:Projeção “bola de praia”. Fonte:Geologia estrutural(Haakon Fossen) 10. escreva o modelo de Anderson : Foi proposto em 1951 por Anderson, uma classificação de regime de esforço tectônico com o regime normal, de cavalgamento e rejeito direcional(transcorrente). Anderson considerou que não poderia haver esforço de cisalhamento na superfície,um dos esforços principais deve ser o vertical , então os outros dois devem ser horizontais. Essa classificação é somente válida para rochas que quando sofrem a deformação são isotrópicas, e em deformações coaxiais,onde as linhas paralelas aos ISA e aos eixos principais de deformação não são rotacionados. O esforço vertical pode ser associado ao peso e a densidade da rocha sobrejacente: σv=pgz. Um dos estados de esforço de referência deve ser escolhidos para o calculo dos esforços horizontais. O esforço tectônico depende da escolha do estado de referência de esforços. Fig 5: Relação entre o regime tectônico e a orientações do esforços principais.Fonte:Geologia estrutural(Haakon Fossen) Bibliografia: Haakon Fossen. Geologia estrutural. 4° edição. Oficina do Livro,2013. Salumi Eduardo. Aula 2 Análise da tensão(stress) análise da Deformação(strain). Disponivel:http://www.neotectonica.ufpr.br/aula-geologia/aula2.pdf Flaming H. Tensores (2002). Disponivel:http://www.fma.if.usp.br/~fleming/tensor/node7.html http://www.neotectonica.ufpr.br/aula-geologia/aula2.pdf