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Nome: Carla de Moura Alves Curso: Serviços Jurídicos e Notariais Disciplina: Direito da Família e Sucessões Tutor/a: Tatiane Aparecida de Oliveira Paternidade responsável? A Síndrome da Alienação Parental (SAP) é um tema complexo que envolve questões jurídicas, psicológicas e sociais. Ela ocorre quando um dos genitores manipula a criança ou adolescente para que este rejeite o outro genitor, causando danos emocionais e psicológicos. E é portanto uma violação aos princípios constitucionais da paternidade responsável, da função social da família e da dignidade da pessoa humana, pois desrespeita o direito da criança ou adolescente de conviver com ambos os genitores. O princípio da paternidade responsável está previsto no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Assim, a alienação parental viola o direito do genitor alienado de exercer sua paternidade ou maternidade de forma responsável e participativa na vida do filho. Além disso, a SAP também fere o princípio da função social da família, que é garantir a convivência harmoniosa e saudável dos membros da família, em especial dos filhos. A família é a base da sociedade, e tem como função social garantir o bem-estar e o desenvolvimento dos seus membros. Prejudicando o desenvolvimento emocional e psicológico da criança ou adolescente, já que impede o convívio saudável com ambos os pais. Por fim, a SAP viola o princípio da dignidade da pessoa humana, que é um valor fundamental da Constituição Federal. A dignidade da pessoa humana é um princípio que norteia todo o ordenamento jurídico brasileiro, e é o fundamento para a proteção de todos os direitos fundamentais. O psicólogo brasileiro Sérgio Telles reforça que a SAP fere a dignidade da pessoa humana ao privar a criança ou adolescente do direito de conviver com ambos os genitores, causando prejuízos emocionais e psicológicos. Diante do exposto, é fundamental que o Poder Judiciário esteja atento à SAP e adote medidas para prevenir e combater essa prática nociva. É preciso que haja uma atuação efetiva dos profissionais da Psicologia e do Direito para que as crianças e adolescentes possam desfrutar do convívio saudável e pleno com ambos os pais, em consonância com os princípios constitucionais da paternidade responsável, da função social da família e da dignidade da pessoa humana. Conforme aponta a pesquisadora brasileira Maria Cristina Garcia, é fundamental que o Poder Judiciário esteja atento à SAP e adote medidas para prevenir e combater essa prática nociva. Para tanto, é necessário que sejam realizados esforços para conscientizar a sociedade sobre a importância de se respeitar a convivência saudável entre os membros da família, em especial os filhos. Nesse sentido, é necessário que ações de prevenção e conscientização sejam promovidas, como palestras e campanhas publicitárias, visando informar a população sobre os danos causados pela SAP e como evitá-la. Além disso, é fundamental que os profissionais da psicologia e do direito sejam capacitados para identificar a SAP e atuar de forma adequada.
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