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Fundamentos da saúde coletiva

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Fundamentos da saúde coletiva
Hugo Braz Marques
Descrição
Aplicação de fundamentos da Saúde Coletiva como escopo para o desenvolvimento de ações de
alimentação e nutrição.
Propósito
Reconhecer os fundamentos da Saúde Coletiva, de modo a subsidiar ações de alimentação e nutrição na
assistência e na gestão da Atenção Primária à Saúde.
Objetivos
Módulo 1
Saúde Coletiva na con�guração da Atenção Primária à Saúde
Identificar a influência de fundamentos da Saúde Coletiva na configuração da Atenção Primária à Saúde.
Módulo 2
Saúde Coletiva em ações de alimentação e nutrição
Reconhecer a aplicabilidade de fundamentos da Saúde Coletiva em ações de alimentação e nutrição na
Atenção Primária à Saúde.
Introdução
Constituída pelos campos disciplinares inerentes às Ciências Sociais, à Epidemiologia e ao Planejamento em
Saúde, a Saúde Coletiva pretende incorporar o conceito ampliado em saúde por meio da análise da
determinação social da distribuição de eventos em saúde em uma dada população, com vistas à formulação
de linhas de cuidado e políticas públicas.
A Promoção da Saúde busca fomentar o controle social para transformar a realidade local com o
enfrentamento dos determinantes sociais. Ela tem como cenário precípuo de práticas a Atenção Primária à
Saúde, que é norteada pelos seguintes atributos: atenção no primeiro contato, longitudinalidade,
integralidade, coordenação, orientação familiar e comunitária, e competência cultural.
Em virtude da transição epidemiológica e nutricional, a população brasileira tem sido predominantemente
afetada por doenças crônicas não transmissíveis, pelo excesso de peso e obesidade, requerendo ações de
promoção da alimentação saudável que considerem o direito humano à alimentação adequada, o conceito
de segurança alimentar e nutricional, a valorização da comida-patrimônio e o desenvolvimento de
capacidade crítica da população quanto à configuração do sistema alimentar hegemônico, subsidiada pelas
diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira (2014). Neste conteúdo, veremos a aplicabilidade de
fundamentos da Saúde Coletiva em ações de alimentação e nutrição, tanto na assistência quanto na gestão
da Atenção Primária à Saúde.

1 - Saúde Coletiva na con�guração da Atenção Primária
à Saúde
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a in�uência de fundamentos da Saúde
Coletiva na con�guração da Atenção Primária à Saúde.
Saúde Coletiva
Em um contexto de luta pela democratização, a Saúde Coletiva emergiu no Brasil como crítica ao campo da
Saúde Pública, a qual tinha caráter original de regulação moral de comportamentos, por meio de
intervenções em campanhas de massa baseadas em pedagogia tradicional e impositiva.
A Saúde Coletiva é constituída por três principais campos disciplinares, como as Ciências Sociais, a
Epidemiologia e o Planejamento em Saúde. Tais campos consideram a compreensão da construção social
do processo saúde-doença; o estudo de fatores que determinam a frequência e a distribuição dos eventos em
saúde na coletividade; a revisão sobre a organização e a gestão dos serviços para formulação de linhas de
cuidado, vigilância em saúde e políticas públicas de saúde.
Comentário
A Saúde Coletiva pretende superar o paradigma da centralidade na doença por meio da análise da realidade
da coletividade com enfrentamento dos determinantes sociais, o que suscita a intermediação entre
diferentes campos disciplinares e setoriais para construção de um conceito ampliado em saúde.
Os determinantes sociais da saúde representam os fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais,
psicológicos e comportamentais que condicionam a vida das pessoas. Eles podem proteger ou aumentar o
risco de eventos negativos à saúde e são objeto da Promoção da Saúde, que compreende um conjunto de
valores, como qualidade de vida, justiça social, universalidade e participação popular democrática. Suas
estratégias devem ser adaptadas às necessidades locais, por meio da criação de ambientes favoráveis,
reforço na ação comunitária, desenvolvimento de atitudes pessoais de empoderamento e reflexão crítica
sobre a realidade, com vistas ao tensionamento do Estado para a consecução da proteção social prevista na
Constituição Federal, que promova o acesso cada vez mais universal a condições de vida condizentes com
saúde.
O conceito ampliado de saúde tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida
de forma difusa, que extrapole a necessidade de mudanças comportamentais para
a prevenção e o controle de doenças.
Também é meta a transformação de condições de vida que constituem a estrutura usualmente encoberta
dos problemas de saúde pelo viés biomédico, o que suscita a prática da intersetorialidade.
Promoção da Saúde
A Reforma Sanitária Brasileira foi notavelmente influenciada pelas estratégias centrais da Promoção da
Saúde, veiculadas na Carta de Ottawa, produto da 1ª Conferência Internacional inerente à temática, em 1986.
Inspirada no modelo de Estado de bem-estar social, a formulação do Sistema Único de Saúde (SUS) teve
como princípios organizacionais:
Universalidade 
A universalidade relaciona-se ao direito social e coletivo à saúde, resultante do contexto econômico e
social brasileiro, transcendendo a concepção biomédica do processo saúde e doença. Por isso, o SUS
requer o desenvolvimento de ações intersetoriais para o alcance desse princípio, que representa a
universalidade do acesso às ações e serviços de saúde, assim como a universalidade das condições
de vida que possibilitem boas condições de saúde.
Ao afirmar que o atendimento integral deve priorizar as ações preventivas, sem prejuízo das
assistenciais, a Constituição Federal amplia o espectro da atenção à saúde em todos os níveis do
processo saúde e doença, incluindo prevenção, tratamento e reabilitação. O princípio da integralidade
também representa uma extrapolação da concepção estritamente biomédica, incorporando o
conceito ampliado de saúde que deve ser compreendido por múltiplas dimensões determinantes em
saúde, simbólicas, sociais, ambientais. Para tanto, deve ser estimulada a escuta qualificada, o
acolhimento e a humanização nas práticas de saúde, de modo que necessidades silenciosas, não
somente biológicas, sejam expressas pelo usuário em sua relação com o profissional inserido no
SUS.
O princípio da equidade vai ao encontro da justiça social, com vistas à minimização das
desigualdades no acesso, gestão e produção dos serviços de saúde. Não significa igualdade, mas
direcionar-se para o equilíbrio de necessidades coletivas, procurando investir onde a iniquidade é
maior.
Equidade
A equidade consiste na regulação das diferenças por meio da distribuição justa de recursos, insumos e
serviços de saúde.
Ao afirmar que o atendimento integral deve priorizar as ações preventivas, sem prejuízo das assistenciais,
amplia-se o espectro da atenção à saúde em todos os níveis do processo saúde-doença, incluindo prevenção,
tratamento e reabilitação. O princípio também representa uma extrapolação da concepção estritamente
biomédica, incorporando o conceito ampliado de saúde, que deve ser compreendido por múltiplas dimensões
Integralidade 
Equidade 
determinantes em saúde, simbólicas, sociais, ambientais. Para tanto, deve ser estimulada a escuta
qualificada, o acolhimento e a humanização nas práticas de saúde, de modo que necessidades silenciosas,
não somente biológicas, sejam expressas pelo usuário em sua relação com o profissional inserido no SUS.
As diretrizes de articulação do SUS com os princípios organizacionais incluem:
Com vistas ao controle social e à perspectiva de transformação da realidade local, coloca-se em evidência o
caráter emancipatório da educação em saúde, que teve como principal influência na América Latina e no
Brasil a pedagogia de Paulo Freire, baseada fundamentalmente na troca de reflexões críticas estabelecidas
por meio do diálogo entre educador e educando sobre a realidade vivenciada.
Saiba mais
Assim, a educaçãoem saúde problematizadora é estabelecida por meio de uma relação dialógica que
respeite a vivência e o saber popular acerca do cuidado em saúde, na busca pela intermediação com o saber
Descentralização
A descentralização corresponde à distribuição de poder político, responsabilidades e recursos
da esfera federal para a estadual e a municipal.
Regionalização e hierarquização
A ideia de regionalização e hierarquização relaciona-se à noção de território, para que o
planejamento de ações em saúde se baseie em perfis epidemiológicos e sociais
regionalizados, pautado na lógica de que a proximidade da população favorece a
identificação de necessidades em saúde e sua gestão.
Participação da comunidade
A participação da comunidade é um instrumento importante para a democracia, pela inserção
popular em tomadas de decisão em instâncias, como os conselhos e conferências de saúde.
científico, de maneira reflexiva, promotora de autonomia e de sensação de pertencimento político enquanto
cidadão.
Nesse sentido, a Política Nacional de Promoção da Saúde tem por objetivo promover a qualidade de vida e
reduzir vulnerabilidade e riscos relacionados aos determinantes da saúde relacionados a diversos setores,
como trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. De modo
específico, pretende:
( A )
Implantar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica.
( B )
Ampliar a autonomia dos indivíduos em corresponsabilidade com o Poder Público para a produção de
cuidado integral à saúde e mitigação de iniquidades.
( C )
Divulgar o conceito ampliado de saúde.
( D )
Contribuir para a resolubilidade do SUS.
( E )
Fomentar a inovação e inclusão social no âmbito das ações de Promoção da Saúde.
( F )
Valorizar o uso dos espaços públicos de convivência e de produção de saúde.
( G )
Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais seguros e saudáveis.
( H )
Contribuir para formulação de políticas públicas intersetoriais e integradas.
( I )
Ampliar os processos de integração baseados na cooperação, solidariedade e gestão democrática.
( J )
Prevenir determinantes de agravos à saúde – entre outros objetivos.
Paulo Freire e a educação em saúde
O especialista Hugo Braz abordará a importância de Paulo Freire para a Saúde Coletiva e a educação em
saúde.

Atenção Primária à Saúde
A Atenção Primária em Saúde (APS) corresponde ao ponto da Rede de Atenção à Saúde (RAS) elegível para
responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada às necessidades de saúde, com perspectiva
interdisciplinar e intersetorial, que fomente a participação popular de caráter emancipatório sobre processos
de gestão e controle. Trata-se da porta de entrada para o SUS e centro de comunicação e ordenador do fluxo
de serviços em toda a RAS, dos mais simples aos mais complexos em termos de tecnologias.
A APS concretiza-se em local próximo da vida das pessoas e se constituindo por
equipamentos como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da
Família (USF) e Academias da Saúde.
Os atributos derivados compreendem orientação familiar e comunitária, assim como competência cultural.
Os essenciais que devem guiar a APS incluem:
Atenção no primeiro contato
Implica na frequência de utilização dos serviços de saúde pelos usuários a cada nova
situação de saúde manifestada, o que representa não somente acessibilidade física, mas
também a consolidação de referência e impressão favorável sobre o estabelecimento de
saúde.
Longitudinalidade
Implica na constituição de uma fonte regular de atenção e sua utilização ao longo do tempo
para continuidade do cuidado em saúde, o que é capaz de mensurar o vínculo estabelecido
fi i i
Norteada por todos os atributos essenciais e derivados, congregados em seu escopo de ações, a Estratégia
Saúde da Família (ESF) visa à expansão, qualificação e consolidação da APS, de modo a ampliar
resolutividade em saúde. De modo geral, a equipe de Saúde da Família (eSF) é composta minimamente por
médico generalista ou especialista em Saúde da Família, enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da
Família, auxiliar ou técnico de enfermagem, agentes comunitários de saúde, podendo ser acrescidos por
odontólogo e auxiliar ou técnico em saúde bucal.
Conforme o perfil epidemiológico de cada território, é possível que se dê o apoio matricial por meio de
equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), constituídas por
profissionais de diferentes áreas de conhecimento.
Seu propósito é ampliar a abrangência e o escopo das ações da APS com vistas à integralidade do cuidado e
otimização da capacidade de análise e intervenção sobre os determinantes sociais em saúde. As ações do
NASF-AB, que se dão a partir dos limites encontrados pelas eSF diante das situações de saúde, consistem
com os profissionais.
Integralidade
Abarca a atenção nos três níveis de complexidade da assistência à saúde, com articulação em
ações de promoção, proteção e prevenção, e a abordagem integral do indivíduo e sua família.
Pressupõe a incorporação de um conceito ampliado em saúde que extrapole o enfoque do
risco de adoecimento em função do enfrentamento das iniquidades sociais. Requer
humanização de práticas, acolhimento e escuta qualificada com vistas à valorização de
subjetividades e necessidades singulares dos sujeitos.
Coordenação do cuidado
Compreende a articulação entre os diversos serviços, ações em saúde e níveis assistenciais,
em compartilhamento sincronizado e integrado de projetos preventivos e/ou terapêuticos, por
meio da comunicação sem hiatos entre a referência e a contrarreferência da regulação de
encaminhamentos.
em educação permanente com as equipes, discussão ampliada de casos com elaboração de projeto
terapêutico singular, consultas interdisciplinares, visitas domiciliares, educação em saúde com a população e
articulações com a RAS ou outros setores sociais.
Saiba mais
O NASF-AB é considerado um suporte especializado para as eSF, nas dimensões clínico-assistencial e
técnico-pedagógica.
A Epidemiologia é o campo que analisa a distribuição de eventos e agravos à saúde de uma população, que,
complementado pela articulação crítica com as Ciências Sociais, pode permitir a triangulação de dados
sobre a determinação social desses eventos e agravos, subsidiando o planejamento, gestão e avaliação das
ações de saúde. Desse modo, indicadores epidemiológicos que retratem a incidência e a prevalência
relacionadas à morbidade podem ser cruzados com análises sobre desigualdades sociais; questões
inerentes aos ambientes, qualidade de vida, conceitos, visões e medidas em saúde; monitoramento e escolha
de intervenções.
O planejamento e a gestão em saúde podem abarcar recursos humanos, processos
de trabalho, informação em saúde, unidades de saúde e vigilância em saúde.
Embora dentro do campo da Saúde Coletiva haja hegemonia da Epidemiologia e de pesquisas quantitativas
em detrimento daquelas qualitativas articuladas às Ciências Sociais, a intenção por uma maior
resolutividade está na homogeneidade entre os campos. A hegemonia tem a ver com persistência do
domínio do ideário positivista e quantitativo sobre a abstração e subjetividade.
Sobre a Epidemiologia, é sabido que a medida de prevalência consiste no número de casos acumulados de
uma doença em uma população durante um período específico, ao passo que a incidência se refere
exclusivamente a casos novos, mensurada a partir do surgimento da doença. Sendo assim:
Prevalência
A taxa de prevalência é calculada pela razão entre o número de indivíduos acometidos pelo agravo em
uma determinada população ao longo de um dado período e o número total de habitantes daquela
população.
Incidência

A taxa de incidência é calculada pela razão entre o número de casos novos de certo agravo em uma
determinada população em um dado momento e o número total de habitantes daquela população.
Confira essas taxas no quadroa seguir:
Indicador Definição Fórmula
R
p
Prevalência
Casos existentes da
doença em um
determinado
momento dividido
pela população em
risco de ter a
doença.
Casos totais de
COVID-19 do início
até o dia
16/07/2021 ÷
População
brasileira
19.300.000 ÷
211.000.000
0
Incidência
Novos casos da
doença em uma
população definida
durante um período
específico (um dia,
por exemplo)
dividido pela
população em
risco.
Novos casos de
COVID-19 na
semana de 9 a
15/07/2021 ÷
População
brasileira
52789 ÷
211.000.000
0
Tabela: Indicadores epidemiológicos, prevalência e incidência.
Hugo Braz Marques.
Dados epidemiológicos são disponibilizados com competências mensais pelo Departamento de Informática
do SUS, o DATASUS. Tais informações podem subsidiar análises objetivas sobre a situação de saúde de
uma dada população, a fim de que sejam estabelecidas tomadas de decisão em termos de planejamento e
gestão em saúde baseadas em evidências.
Indicadores epidemiológicos costumam ser adotados para o planejamento de ações programáticas
estratégicas em saúde, incorporadas de modo a organizar a produção do cuidado de grupos específicos ou
vulneráveis. Cada município ou unidade de saúde pode incorporar outras estratégias conforme o diagnóstico
situacional local e sensibilidade para necessidades subjetivas dos usuários e da população.
Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde
A Carteira de Serviços é considerada instrumento norteador sobre as ações de saúde da APS que contempla
o reconhecimento da clínica multidisciplinar. Por meio dela, pretende-se descrever para a população, para
gestores e profissionais inseridos na APS, uma lista de ações e serviços clínicos e de vigilância em saúde,
disponíveis nesse nível de atenção da RAS.
No que tange à Vigilância em Saúde, estão discriminadas as seguintes ações na Carteira de Serviços da
APS:
Análise epidemiológica da situação de saúde local.
Discussão e acompanhamento intersetorial de casos de violência.
Emissão de atestados e laudos médicos.
Identificação e monitoramento de saúde de beneficiários do Programa Bolsa Família e outros
programas de assistência social.
Sobre a Promoção da Saúde, incluem-se estratégias, como: aconselhamento para introdução da alimentação
complementar da criança; acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança; acolhimento e
respeito étnico-racial, à diversidade religiosa e sexual; promoção de hábitos de vida saudáveis, como
alimentação adequada e saudável, práticas corporais e atividade física, controle do uso de álcool, tabaco e
outras drogas; oferta de práticas integrativas e complementares de cuidado; promoção da paternidade
responsável e ativa; promoção do envelhecimento saudável e ativo; promoção e apoio ao aleitamento
materno exclusivo até 6 meses e continuado até 2 anos ou mais; aconselhamento sobre saúde sexual e
reprodutiva.
Mapeamento de riscos relativos ao controle de vetores no território.
Imunização conforme o calendário vacinal nas diversas fases do ciclo da vida.
Investigação de óbitos em mulheres em idade fértil, além de óbitos infantis e fetais.
Rastreamento sobre uso abusivo de medicamentos.
Notificação de doenças de notificação compulsória.
Vigilância do recém-nascido de risco com base em informes concedidos pelas maternidades.
Os cuidados centrados nas específicas fases do ciclo da vida estão elencados na Carteira de Serviços da
seguinte maneira:
Assistência ao pré-natal; assistência ao puerpério; assistência ao climatério; abordagem sexual e
reprodutiva; manejo de problemas ginecológicos mais comuns; manejo de problemas mamários
comuns relacionados à lactação; rastreamento de neoplasia de colo de útero e de mama; prevenção e
acolhimento de situações de violência à mulher.
Atendimento domiciliar para idosos com mobilidade reduzida ou acamados; identificação de idosos
vulneráveis, em risco de declínio funcional; prevenção e acolhimento de situações de violência ao
idoso; prevenção de acidentes domésticos; prevenção e tratamento de distúrbios nutricionais no
idoso.
Acompanhamento de adultos e idosos em cuidados integrados e continuados, incluindo paliação;
atendimento de adultos e idosos em situação de vulnerabilidade social; atendimento às demandas
espontâneas com avaliação de risco nos serviços de saúde; acompanhamento de pessoas com
doenças ocupacionais; atendimento domiciliar de pessoas restritas ao leito; prevenção, busca ativa,
diagnóstico e tratamento da hanseníase e da tuberculose; aconselhamento quanto ao uso abusivo de
álcool, tabaco e outras drogas; prevenção, rastreamento e tratamento de infecções sexualmente
transmissíveis; rastreamento de neoplasia de cólon e reto em pessoas com idade a partir de 50 anos;
rastreamento e acompanhamento de diabetes mellitus, hipertensão arterial e risco cardiovascular;
manejo e acompanhamento de pessoas com doenças cardiovasculares; manejo e acompanhamento
de condições endocrinológicas permanentes; manejo de parasitoses intestinais; manejo de
arboviroses (dengue, zika e febre amarela); manejo de condições mais prevalentes no trato
gastrointestinal; manejo de doenças crônicas respiratórias; manejo de condições genitourinárias e
renais mais prevalentes; identificação e manejo de pessoas em sofrimento psíquico e com
transtornos mentais mais prevalentes; entre outras.
Saúde da mulher 
Saúde do idoso 
Saúde do adulto e do idoso 
Prevenção, identificação e tratamento de situações relacionadas a distúrbios nutricionais; triagem
neonatal; suplementação nutricional quando oportuna; prevenção, busca ativa e tratamento de
crianças e adolescentes com hanseníase, tuberculose, arboviroses, infecções sexualmente
transmissíveis; aconselhamento quanto ao tabagismo e uso de álcool e outras drogas; acolhimento
em situações de violência; atendimento domiciliar a crianças e adolescentes restritas ao leito;
identificação e acompanhamento de crianças e adolescentes com dificuldade de aprendizado;
identificação e acompanhamento de crianças e adolescentes com deficiências; identificação e
manejo de problemas comuns no recém-nascido e lactente; entre outras.
Haja vista a cronificação de agravos à saúde da população brasileira, a APS não tem podido se restringir a
ações estritamente preventivas, até mesmo pela insuficiência e investimentos regressivos na atenção
secundária ambulatorial nos últimos anos. Contudo, existem críticas sobre o predomínio da concepção
biomédica e foco em patologias, assim como o risco de exclusão de determinadas situações de saúde e/ou
sociais, sugerindo uma APS seletiva e caminho contrário à universalidade. Por outro lado, apesar da previsão
de coordenação de cuidados pela APS, a discriminação de um rol tão vasto de situações clínicas sob seu
espectro (que não necessariamente possa ser excludente) pode estrangular o primeiro nível de atenção à
saúde, comprometendo sua resolutividade nas intervenções ou regulação para a RAS, assim como trazer a
dialética entre a longitudinalidade x acolhimento de casos novos.
Saúde da criança e do adolescente 
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Três são os principais campos disciplinares abarcados pela Saúde Coletiva: as Ciências Sociais, a
Epidemiologia e o Planejamento em Saúde. Embora interdependentes, cada um deles apresenta sua
particularidade. Qual das seguintes assertivas relaciona-se especificamente ao campo referente ao
Planejamento em Saúde?
Parabéns! A alternativa A está correta.
A tríade que conforma a Saúde Coletiva é constituída pelo campo das Ciências Sociais, que pretende
analisar a construção social do processo saúde-doença, a partir do enfrentamento dos determinantes
sociais; pelo campo da Epidemiologia, que consiste no estudo da distribuição dos eventos em saúde
dentro de uma comunidade em termos de incidência de casos novos e prevalência de casos
acumulados; e pelo campo do Planejamento em Saúde, que compreendem aspectos relativos à
organizaçãoe à gestão dos serviços de saúde, com vistas à definição de linhas de cuidado, vigilância
em saúde e formulação de políticas públicas.
Questão 2
Porta de entrada do Sistema Único de Saúde, a Atenção Primária à Saúde é norteada por atributos
essenciais que incluem atenção no primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação.
Assinale a definição mais adequada a esse último atributo:
A Revisão sobre a gestão dos serviços de saúde para estruturação de linhas de cuidado e
vigilância em saúde.
B Concentração nos determinantes sociais envolvidos no processo saúde-doença.
C Construção de indicadores de prevalência dos principais agravos à saúde.
D Incentivo à participação popular para transformação da realidade local.
E Esforços para a regulação moral de comportamentos em saúde.
A Percepção do estabelecimento de saúde como principal referência para o usuário.
B
Exprime o vínculo estabelecido na continuidade do cuidado junto aos profissionais de
saúde.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Os atributos essenciais norteadores da APS são atenção no primeiro contato, longitudinalidade,
integralidade e coordenação. Esse último significa a adequada articulação com outros níveis de atenção
à saúde, em compartilhamento de informações terapêuticas por meio da referência e a contrarreferência
claras na regulação de encaminhamentos.
2 - Saúde Coletiva em ações de alimentação e nutrição
C Demonstra abordagem integral à saúde do indivíduo e de sua família.
D
Êxito na regulação de encaminhamentos e monitoramento da situação de saúde dos
usuários mesmo quando assistidos em outro nível de atenção.
E
Requer humanização de práticas e valorização de necessidades simbólicas dos
usuários.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a aplicabilidade de fundamentos da
Saúde Coletiva em ações de alimentação e nutrição na Atenção Primária à Saúde.
Epidemiologia nutricional
Em virtude da rápida transição nutricional vivenciada pela população de países em desenvolvimento, tem
ocorrido a manifestação simultânea de desnutrição (deficiências de micronutrientes, baixo peso e baixa
estatura) e de excesso de peso, que é definida como dupla carga de má nutrição. Isso significa que, ao longo
da vida, uma proporção crescente de indivíduos é exposta a diferentes formas de má nutrição.
Na população brasileira adulta, o principal agravo nutricional em todas as fases do ciclo da vida é o excesso
de peso, que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como
hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias e câncer, assim como o excesso de peso e a obesidade, sendo, por
vezes, acompanhado por deficiências de micronutrientes.
Comentário
A Vigilância Alimentar e Nutricional consiste na descrição contínua e predição de tendência das condições de
alimentação e nutrição da população, incluindo seus fatores determinantes. A consolidação de resultados
antropométricos e de consumo alimentar serve ao planejamento e articulação de ações locais ou
desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a melhoria do perfil alimentar e nutricional da
população.
Os parâmetros para avaliação antropométrica variam segundo fases do ciclo da vida, sendo adotados os
seguintes indicadores:
Para crianças menores de 5 anos
Peso para idade, estatura para idade, peso para estatura, IMC para idade.                                                          
        
Para crianças entre 5 e 10 anos incompletos
Peso para idade, estatura para idade, peso para estatura, IMC para idade.                                                         
        
Para adolescentes
IMC para idade, estatura para idade.                                                                                                                           
        
Para gestantes
IMC por idade gestacional.                                                                                                                                    
Para adultos
IMC, perímetro da cintura.                                                                                                                                    
Para idosos
IMC para idoso, perímetro da panturrilha.                                                                                                                   
                
A classificação do estado nutricional pode ser realizada por meio da utilização de referências disponíveis na
Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e dos gráficos disponíveis nas
cadernetas da criança, do adolescente, da gestante ou do idoso.
No que se refere ao consumo alimentar, métodos como anamnese alimentar, recordatório alimentar de 24h,
questionário de frequência de consumo alimentar e registro alimentar podem ser empregados.
Dados do SISVAN indicam que 63% da população brasileira adulta que frequentou unidades da Atenção
Primária à Saúde em 2019 apresentava excesso de peso e 28,5%, obesidade. O universo amostral
considerado compreendeu 12.776.938 pessoas (BRASIL, 2020).
Já o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel) mostra frequência de excesso de peso de 55,4% e de obesidade de 20,3%, na população adulta
brasileira, também em 2019. O número total de indivíduos entrevistados correspondeu a 52.443 (BRASIL,
2020).
Atenção!
Cabe esclarecer que uma epidemia corresponde à elevação brusca e acima do esperado de um agravo à
saúde em uma determinada população. Quando a pandemia é extrapolada em nível global, configura-se
como pandemia, como é o caso da obesidade. Na contemporaneidade, a pandemia do novo coronavírus tem
sido conjecturada como uma sindemia por conta de interações biológicas e sociais com a obesidade,
levando à maximização da carga de complicações das duas condições de saúde com características
epidêmicas. A exacerbação do estado inflamatório em pessoas com obesidade tem sido associada à
maximização de complicações respiratórias, cardiovasculares e metabólicas e uma menor sobrevida na
COVID-19.
Atualmente, também tem se considerado a interação sinérgica de determinantes sociais sobre três
pandemias associadas à configuração do sistema alimentar hegemônico, configurando-se a chamada
Sindemia Global:
Obesidade
Desnutrição
Mudanças climáticas
No Brasil, o sistema alimentar hegemônico tem sido marcado pela produção em larga escala de
commodities (mercadorias de baixo valor agregado) de origem agrícola caracterizadas por monoculturas de
milho, soja e cana, destinadas à exportação, mas, ao mesmo tempo, dependentes de insumos, como
sementes transgênicas, agrotóxicos e maquinaria, provenientes das grandes potências.
Internamente, consome-se cada vez mais produtos alimentícios agregados de aditivos químicos, com alta
densidade calórica e pobre valor nutricional, provenientes de indústrias de alimentos que foram oligopólios,
junto a grandes redes de hipermercados que têm definido o abastecimento alimentar nas cidades grandes.
Somado ao consumo exacerbado de proteínas de origem animal, o impacto das monoculturas e dos
alimentos industrializados sobre a pegada de carbono e pegada hídrica demandadas da natureza têm
contribuído para o aquecimento global.
Metodologia NOVA
Com vistas ao enfrentamento dos efeitos deletérios da indústria de alimentos sobre o estado nutricional, a
cultura alimentar e a sustentabilidade ambiental, as diretrizes alimentares nacionais vigentes incorporaram
uma nova categorização de alimentos, com base no grau de processamento industrial – a metodologia
NOVA. Esta divide os alimentos em:
In natura ou minimamente processados
Obtidos diretamente de plantas ou animais sem qualquer adição de substância.
Ingredientes culinários
Como óleos, gorduras, sal e açúcar, extraídos de alimentos in natura por processos como
prensagem, moagem, trituração e refino.
Processados
Produzidos com adição de sal, açúcar ou óleo para prolongar validade ou aumentara
palatabilidade.
Ultraprocessados
Produzidos industrialmente, derivados de constituintes alimentares agregados de aditivos
químicos, como corantes, conservantes, emulsificantes, realçadores de sabor, que fazem com
que a matriz do alimento de origem seja ínfima.
A regra de ouro consiste em preferir alimentos in natura ou minimamente processados e preparações
culinárias a alimentos ultraprocessados.
De forma qualitativa, estratifica grupos de alimentos em:
Feijões ou leguminosas;
Cereais;
Raízes e tubérculos;
Legumes e verduras;
Frutas;
Castanhas e nozes (oleaginosas);
Leite e queijos;
Carnes e ovos; e
Água.
Atenção!
Por trazer uma classificação de vanguarda e de enfrentamento direto ao sistema alimentar hegemônico, o
Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB; 2014) deve ser o norteador contemporâneo para as
diversas frentes da Nutrição em Saúde Coletiva.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE (2020) referente ao período de 2017-2018 expressa que,
para o total da população brasileira com idade igual ou superior a 10 anos, 53,4% das calorias consumidas
provinha de alimentos in natura ou minimamente processados, 15,6% de ingredientes culinários
processados, 11,3% de alimentos processados e 19,7% de alimentos ultraprocessados.
Políticas públicas de alimentação e nutrição
No que se refere à área de alimentação e nutrição, destacam-se duas políticas públicas brasileiras que
consideram diversos pontos do sistema alimentar e condicionam a situação de saúde e nutrição da
população por levantarem dois direitos constitucionais – o direito à saúde e o direito humano à alimentação
adequada (DHAA).
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN; BRASIL, 2012) pretende reorganizar, qualificar e
aperfeiçoar as ações de alimentação e nutrição no SUS. Essa política leva à melhoria das condições de
alimentação, nutrição e saúde da população brasileira mediante a promoção de práticas alimentares
adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos
relacionados.
A PNAN está estruturada em nove diretrizes que indicam linhas prioritárias para promoção da saúde. São
elas:
( 1 )
Organização da atenção nutricional na Rede de Atenção à Saúde, guiada pelo perfil epidemiológico do
território.
( 2 )
Promoção da alimentação adequada e saudável, vista como um conjunto de estratégias que fomentem
práticas alimentares apropriadas aos aspectos biológicos e socioculturais, além de ambientalmente
sustentáveis.
( 3 )
Vigilância alimentar e nutricional, com integração de dados antropométricos e sobre consumo alimentar
derivados de sistemas de informação em saúde, inquéritos populacionais e produções científicas, para
subsidiar o planejamento de ações.
( 4 )
Gestão das ações de alimentação e nutrição, de responsabilidade tripartite (federal, estadual e municipal),
por meio da articulação intra e intersetorial.
( 5 )
Participação e controle social, que pressupõe o protagonismo da população na militância pelo direito à
saúde e à alimentação adequada e saudável, com inserção em conselhos e conferências de saúde.
( 6 )
Qualificação da força de trabalho, por meio de educação profissional em saúde que suscite a promoção da
alimentação saudável para a população.
( 7 )
Controle e regulação de alimentos para proteção à saúde.
( 8 )
Fomento à pesquisa, inovação e conhecimento em alimentação e nutrição.
( 9 )
Cooperação e articulação para segurança alimentar e nutricional.
A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) foi criada pelo Decreto nº 7.272, de 25 de
agosto de 2010 (BRASIL, 2010), com objetivo geral de garantir a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN),
por meio das seguintes estratégias:
a. Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, tendo como prioridade famílias e
pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional (IAN);
b. Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base
agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos;
c. Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e formação nas
áreas de SAN e do DHAA;
d. Promoção, universalização e coordenação das ações de SAN voltadas para quilombolas e demais povos e
comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária;
e. Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde, de modo
articulado às demais ações de SAN;
f. Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente, com prioridade para as
famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de alimentos da agricultura familiar, da
pesca e aquicultura;
g. Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, SAN e do DHAA em âmbito internacional e a
negociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e
Nutricional (LOSAN); e
h. Monitoramento da realização do DHAA.
De modo transversal às diretrizes e estratégias de ambas as políticas, ressalta-se a importância da educação
alimentar e nutricional para Promoção da Saúde, com potencial para contribuir para a valorização da
cultura alimentar, o fortalecimento de hábitos regionais, a redução do desperdício de alimentos, bem como a
promoção do consumo alimentar saudável e sustentável.
Atenção!
Enquanto a orientação nutricional tradicional se constitui pela prescrição com necessidade de seguimento de
uma dieta indicada por um profissional detentor de saber e autoridade para mudança imediata de hábitos
alimentares, a educação alimentar e nutricional concerne na construção dialogada em torno de um processo
gradativo de revisão de práticas alimentares, por um sujeito ativo e autônomo sobre sua própria vida e
saúde.
Para uma educação alimentar e nutricional efetiva, espera-se que a comunicação estabelecida entre
profissional e usuário seja realizada por meio de escuta ativa e próxima, que valorize o conhecimento, a
cultura e o patrimônio alimentar, reconheça os simbolismos e a linha tênue entre prazer e restrições ligadas à
alimentação, de modo que se alcancem soluções contextualizadas e críticas em um processo longitudinal de
mudança.
Como visto anteriormente, o ponto de atenção da RAS elegível para Promoção da Saúde, com vistas ao
desenvolvimento de postura emancipatória e crítica dos usuários para controle social sobre seus direitos
inerentes ao campo da alimentação e nutrição, é a Atenção Primária à Saúde, onde existe uma
multiplicidade de cenários de práticas para o nutricionista, tanto na assistência quanto na gestão em saúde.
Cenários de práticas de nutrição na Atenção Primária à
Saúde
No que se refere a cenários assistenciais para inserção do nutricionista na APS, destacam-se, principalmente,
as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Saúde da Família (USF), embora também possam
atuar de modo interdisciplinar nas Academias da Saúde e de modo intersetorial em equipamentos da
Educação, Assistência Social e outros setores.
Nas UBS, a linha de atuação do nutricionista costuma se efetivar em nível ambulatorial, em ações
programáticas em saúde definidas conforme a especificidade epidemiológica daquele território e por
meio de ações educativas em saúde, alimentação e nutrição.
Nas USF ou no NASF-AB, o potencial para o exercício da interdisciplinaridade e intersetorialidade é
expandido, ampliando-se também as possibilidades do alcance dos atributos da APS.
Orientado pelo referencial do apoio matricial, a prática de trabalho no NASF-AB acontece a partir da
integração de eSF, reconhecidas como equipes de referência para os usuários de um território adscrito com
profissionais com outros núcleos de conhecimento distintos e complementares. A justificativa para essa
integração concerne necessidade, dificuldade ou limitações das eSF diante de demandas e do perfil
epidemiológico daquela população.O NASF-AB configura-se como uma retaguarda especializada para as eSF, desenvolvendo atividades
matriciais divididas em duas vertentes: clínico-assistenciais e técnico-pedagógicas. O matriciamento clínico-
assistencial relaciona-se a uma ação clínica direta sobre os usuários e suas famílias, ao passo que o técnico-
pedagógico consiste em processo educativo com e para as próprias eSF. Os atributos essenciais da APS
mais diretamente ligados à atuação do NASF-AB compreendem longitudinalidade e integralidade.
Elementos constituintes da agenda do NASF-AB incluem:

Reuniões de matriciamento com as equipes;
Atendimentos individuais e interdisciplinares;
Projeto Terapêutico Singular
Destaca-se ainda sua participação na elaboração de Projeto Terapêutico Singular, que é o instrumento de
organização do cuidado em saúde construído entre equipe e usuário, por meio da identificação de
necessidades em saúde, discussão sobre o diagnóstico e definição do cuidado e autocuidado, o que
favorece o fortalecimento do vínculo, a corresponsabilização e a emancipação do usuário. De modo
específico, as ações do nutricionista na APS minimamente incluem:
Visitas domiciliares;
Grupos educativos em saúde e atividades coletivas; e
Elaboração de materiais de apoio, rotinas e protocolos para educação permanente das
equipes.
Realizar diagnóstico alimentar e nutricional da população, com a identificação de áreas
geográficas, segmentos sociais e grupos populacionais de maior risco aos agravos
nutricionais, bem como identificação de hábitos alimentares regionais e suas potencialidades
para Promoção da Saúde;
Diversas estratégias podem ser empregadas para educação alimentar e nutricional, adaptadas aos
interesses e habilidades do público-alvo. As possibilidades de vivência e experimentação por meio do
desenvolvimento de hortas comunitárias e oficinas culinárias, por exemplo, têm grande potencial para
promoção da alimentação adequada e saudável.
Além de despertarem ou rememorarem afetividade e subjetividade no contato sensorial com os alimentos, ao
compartilhar o exercício de habilidades culinárias com uma referência profissional de saúde em um contexto
leve, permite-se a abstração técnica do “nutricionismo” e a humanização de práticas de saúde.
Desenvolver ações alternativas de alimentação e nutrição voltadas às famílias beneficiárias do Programa
Bolsa Família e de outros programas sociais. Dentre as condicionalidades a serem monitoradas para
inclusão e permanência nos benefícios sociais, estão:
A Vigilância Alimentar e Nutricional periódica dos integrantes das famílias beneficiárias.
As alternativas como oficinas que contemplem o aproveitamento integral de alimentos, alimentos in natura
dentro da safra e incentivo à produção local de alimentos são interessantes.
A identificação dos indivíduos com agravos relacionados à alimentação e nutrição, como, por exemplo,
doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão arterial, obesidade, entre outras), desnutrição
infantil, má nutrição por micronutrientes e baixo peso.
Realizar a Vigilância Alimentar e Nutricional em todas as fases do curso da vida,
desenvolvendo e apoiando ações voltadas para os agravos relacionados; e
Por meio de ações de educação alimentar e nutricional, promover a alimentação adequada e
saudável.
De um modo geral, a obesidade acaba sendo abordada de modo transversal às demais doenças crônicas
não transmissíveis, mas requer enfrentamento por meio de linha de cuidado específica, com o entendimento
de que se trata de patologia. Cabe destacar que estratégias moralizantes e culpabilizantes sobre excesso de
peso e obesidade não são resolutivas, demandando empatia e valorização das necessidades subjetivas dos
usuários na Promoção da Saúde. Por este motivo é preciso:
Identificar distúrbios associados à alimentação (anorexia, bulimia, compulsão alimentar e
outros transtornos alimentares);
Contribuir na construção de estratégias para responder às principais demandas assistenciais
quanto aos distúrbios alimentares, deficiências nutricionais, desnutrição e obesidade;
Realizar orientações para valorização e apoio ao aleitamento materno;
Articular a intersetorial dos serviços de saúde com instituições e entidades locais, escolas e
ONGs para desenvolvimento de ações de alimentação e nutrição;
Apoiar as equipes no planejamento e realização de atividades do Programa Saúde na Escola,
relativas à alimentação e nutrição; e
Acompanhar, com apoio do Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso, pessoas com
necessidades alimentares especiais e indivíduos com via alternativa de alimentação.
Com relação às fases do ciclo da vida, as ações clínicas destacadas na Carteira de Serviços da APS
diretamente relacionadas à alimentação e nutrição salientam a prevenção e tratamento de distúrbios
nutricionais, com suplementação nutricional quando necessário. Diante da vulnerabilidade social de muitas
famílias, em caso de baixa acessibilidade financeira, existem mecanismos de suporte na rede municipal
associados à judicialização, como as Câmaras de Resolução de Litígios de Saúde, que podem autorizar a
dispensação de suplementos ou dietas enterais mediante laudo interdisciplinar bem fundamentado.
No que se refere a cenários gerenciais para inserção do nutricionista na APS,
destacam-se as Coordenações de Áreas de Planejamento em Saúde e as Áreas
Técnicas em Alimentação e Nutrição.
O monitoramento das condições laborativas, como a compatibilidade no dimensionamento de recursos
humanos atuantes na APS, seu número de atendimentos e sua carga horária com a Resolução CFN nº
600/2018 para a área de Nutrição em Saúde Coletiva, assim como a disponibilidade de equipamentos
antropométricos e consultórios em condições adequadas e ergonômicas, faz parte do rol de atividades da
gestão nutricional. Em caso de insuficiência, relatórios devem ser apresentados ao titular da Pasta,
Secretaria Municipal de Saúde, para ajuste.
Curiosidade
Ações de educação permanente do corpo de nutricionistas e equipes de APS por meio de notas técnicas e
metodologias ativas descentralizadas são importantes ferramentas gerenciais, seja sobre o processo de
trabalho, seja sobre a especificidade técnica.
O monitoramento contínuo sobre a produtividade dos nutricionistas inseridos na APS, que, no caso particular
do NASF-AB, deve valorizar atividades coletivas e em território em detrimento das ambulatoriais, que cabem
à gestão nutricional da APS. Paralelamente, a consolidação de resultados sobre VAN deve ser permanente,
para o planejamento e revisão de ações estratégicas.
A elaboração de materiais educativos em alimentação e nutrição destinados à população pode ser mediada
pela gestão nutricional da APS a partir de discussões longitudinais estabelecidas em GTs (Grupos Técnicos)
com participação representativa de profissionais dos diversos territórios, com a possibilidade de realização
de pré-testes com os usuários e profissionais das eSF que poderiam empregá-los.
Parcerias com instituições acadêmicas e de pesquisa para diagnósticos situacionais, revisão de linhas de
cuidado e intervenções são valiosas para o planejamento em saúde. Cabe à Área Técnica de Alimentação e
Nutrição a formulação de políticas públicas locais inerentes à área, assim como a resposta por parecer
técnico a projetos de leis relacionados.
Atendimento nutricional nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF)
O especialista Hugo Braz abordará o atendimento nutricional nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e
Unidades de Saúde da Família (USF).

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O trabalho do nutricionista no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) pode
apresentar duas vertentes junto aos usuários e aos profissionais das equipes: a clínico-assistencial e a
técnico-pedagógica. Qual das seguintes opções contempla práticas específicas do matriciamento
técnico-pedagógico?
A Visitasdomiciliares
Parabéns! A alternativa C está correta.
Enquanto a vertente clínico-assistencial incide sobre ação clínica direta sobre os usuários, a técnico-
pedagógica volta-se para as equipes. Desse modo, estão mais diretamente relacionadas à vertente
técnico-pedagógica ações como reuniões de matriciamento com as equipes e formulação de protocolos
para educação permanente, o que não exclui o efeito de aprendizado compartilhado estabelecido com a
interdisciplinaridade por meio do lado clínico-assistencial.
Questão 2
Como se denomina o instrumento de organização do cuidado em saúde construído de modo dialogado
entre profissional de saúde e usuário para definição do cuidado e autocuidado em saúde, importante
ferramenta para inserção do nutricionista no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica
(NASF-AB)?
B Educação alimentar e nutricional
C Educação permanente
D Elaboração de Projeto Terapêutico Singular
E Atendimentos individuais
A Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde
B Relatórios de Vigilância Alimentar e Nutricional
C Programa de Atenção Domiciliar
Parabéns! A alternativa E está correta.
Dentre os elementos constituintes da agenda do NASF-AB, destaca-se o Projeto Terapêutico Singular,
cuja construção é compartilhada entre membros do NASF-AB, das eSF e usuários, para definição de
estratégias para o cuidado e autocuidado em saúde, fortalecendo a autonomia do usuário e o vínculo
com o profissional de saúde.
Considerações �nais
A Saúde Coletiva pretende a construção de um conceito ampliado em saúde especialmente mediado pela
articulação com o campo das Ciências Sociais. A análise da realidade por meio dos determinantes sociais é
o cerne da Promoção da Saúde, voltada para a capacitação da comunidade para intervir sobre a melhoria de
sua qualidade de vida e justiça social.
Na Atenção Primária em Saúde (APS), porta de entrada para o SUS, localiza-se o ponto da Rede de Atenção à
Saúde elegível para responder de forma regionalizada e contínua às necessidades de saúde. Seus atributos
incluem: atenção no primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação, orientação familiar e
comunitária, assim como competência cultural. As principais políticas públicas de alimentação e nutrição
estão baseadas no conceito de Promoção da Saúde, justificando a presença do nutricionista na APS, de
modo a fomentar o despertar crítico e a emancipação da população quanto à configuração vigente do
sistema alimentar hegemônico e correlacioná-la a indicadores epidemiológicos que revelam prevalência do
excesso de peso, obesidade e doenças crônicas no país, promovendo a cidadania e o exercício político de
luta pelo direito humano à alimentação adequada e à segurança alimentar e nutricional.
A atuação do nutricionista na APS pode se concretizar tanto na assistência quanto na gestão, subsidiada por
tais políticas públicas, por diretrizes alimentares nacionais, pela Carteira de Serviços da APS, por indicadores
epidemiológicos e de vigilância alimentar e nutricional.
D Nota técnica de alimentação e nutrição
E Projeto Terapêutico Singular
Podcast
Agora, o especialista Hugo Braz abordará as estratégias dos nutricionistas nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF).

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1. Acesse a Biblioteca do Portal da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde
para complementar a fundamentação sobre atuação do nutricionista em Saúde Coletiva, em especial na
APS.
2. Para se aprofundar sobre as principais referências de diretrizes alimentares nacionais, que devem
subsidiar a atuação do profissional de Nutrição em Saúde Coletiva, acesse o Guia Alimentar para a
População Brasileira e o Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos, publicados pelo
Ministério da Saúde.
3. Dados epidemiológicos são disponibilizados com competências mensais pelo Departamento de
Informática do SUS, o DATASUS, disponível na aba Informações de Saúde (TABNET) do site do DATASUS,
onde também consta um tutorial para sua utilização.
4. A classificação do estado nutricional pode ser realizada por meio da utilização de referências disponíveis
na Norma Técnica do SISVAN e dos gráficos disponíveis nas cadernetas da criança, do adolescente, da
gestante ou do idoso. Para saber mais, acesse as Orientações para a coleta e análise de dados
antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional –
SISVAN, do Ministério da Saúde.
5. Com relação ao Programa Saúde na Escola (PSE), assista a três vídeos interessantes da Secretaria de
Atenção Primária à Saúde, no seu canal do YouTube, que podem servir como instrumentos para disparar
ações de educação alimentar e nutricional com alunos, famílias e comunidade escolar:
Caminhos da comida
Caminhos da comida
Sem cantina!
6. Confira ainda os relatórios públicos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, disponíveis no site
SISVAN, cujos filtros são ainda mais refinados para os gestores formalmente credenciados à Plataforma
Sisvan Web.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014a. 156p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política
Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 84p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações
para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional – Sisvan. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família.
Carteira de serviços da Atenção Primária à Saúde (CaSAPS): versão profissionais de saúde e gestores.
Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 83p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Situação alimentar e nutricional no
Brasil: excesso de peso e obesidade da população adulta na Atenção Primária à Saúde. 1. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2020a. 17p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e
Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para
doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. 1. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2020b. 137p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política
Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 60 p.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Publicado em: 25 ago. 2010. Consultado na internet em: 20 jul. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. CFN. Resolução CFN nº 600/2018. Dispõe sobre a definição das
áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência,
por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências.
Brasília: CFN, 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-
2018: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. IBGE, 2020. 120p.
ROUQUAYROL, M. Z.; GURGEL, M. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: Medsi, 2018. 719p.
STARFIELD, Bárbara. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia.
Brasília: UNESCO Brasil, Ministério da Saúde, 2002.
SWINBURN, B. et al. The Global Syndemic of Obesity, Undernutrition, and Climate Change: The Lancet
Commission Report. The Lancet, v. 393, n. 1, p. 791-846, 2019.
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