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Investigação criminal e publicidade - Congresso Escola Mineira Direito Rafael F M Moraes - 05 Out 22

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Investigação criminal e publicidade
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
Professor da Academia de Polícia de São Paulo (ACADEPOL)
Mestre e Doutorando em Direito Processual Penal (USP)
Delegado de Polícia do Estado de São Paulo
DIGNIDADE HUMANA E DEVIDO PROCESSO LEGAL
Dignidade humana: fundamento da República (CF, art. 1º, III)
 “Princípio-matriz”: cláusula geral; existência do Estado voltada à proteção das pessoas.
 Toda pessoa como sujeito de direitos, sem distinção
 Polícia Judiciária de Estado e independência técnico-jurídica: autonomia intelectual na
interpretação e decisões fundamentadas na presidência da investigação criminal
Devido processo legal: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal (CF, art. 5º, LIV)
 Cláusula geral: evolui e agrega demais garantias processuais
 Devida investigação criminal: etapa preliminar extrajudicial do processo penal
 Dicotomia acusatório-inquisitório? Superação do rótulo inquisitório (concentração de poderes e
ausência de garantias) por apuratório (imparcial, sob regime jurídico processual penal)
 Garantias: legalidade (pública), proibição de provas ilícitas, presunção de inocência (medidas
cautelares como exceção), reserva jurisdicional, motivação, não autoincriminação, juiz natural
(investigante natural), razoável duração, publicidade (restringível?), contraditório (possível; ciência
e participação) e ampla defesa (autodefesa e defesa técnica)? Interdependência entre garantias?
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
PROCESSO PENAL E DEVIDA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E PUBLICIDADE
 Inquérito Policial: sigiloso ou de publicidade restringível?
CF, arts.5º,LX e 37: autoriza restringir princípio da publicidade quando defesa da intimidade ou interesse
social exigirem.
 CPP, art.20: admite autoridade assegurar no inquérito sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo
interesse da sociedade (modulação da publicidade).
 STF, SV 14: Direito do defensor ter acesso amplo aos elementos de prova já documentados em
procedimento investigatório criminal.
 Resolução CNMP 181/2017, art. 15: atos e peças do procedimento investigatório criminal da acusação são
públicos.
Níveis:
1º) Publicidade externa: regra, acesso aos autos (findos ou em andamento e ainda que conclusos) e cópias
físicas ou digitais a interessado e defensor sem procuração (EAOAB-Lei 8.906/1994,art.7º,XIV-Lei
13.245/2016);
2º) Publicidade interna (sigilo externo ou “segredo de justiça”): para autos sujeitos a sigilo, acesso aos
envolvidos e defensores com procuração (EAOAB, art.7º,§10);
3º) Sigilo interno: acesso restrito às autoridades a diligências em andamento ainda não documentadas nos
autos principais, para não comprometer tais medidas, por tempo delimitado (EAOAB, art.7º, § 11).
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E PUBLICIDADE
EAOAB (Lei 8.906/94), art.7º, §12: A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV (publicidade e
acesso aos autos), o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada
de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de
autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa,
sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.
Lei 13.869/2019 (Nova Lei contra o Abuso de Autoridade), art. 32: Negar ao interessado, seu defensor ou
advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a
qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a
obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E PUBLICIDADE
CPP, art. 3º-B (Lei 13.964/2019 – “Pacote Anticrime”)*: O juiz das garantias é responsável pelo
controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja
franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
especialmente:
(...)
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao
seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da
investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento;
* Eficácia suspensa em liminar nas ADIs 6298, 6299, 6300 e 6305, STF, Min. Luiz Fux, em
22/01/2020
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E PUBLICIDADE
Enunciado 3 do Seminário Polícia Judiciária e a Nova Lei de Abuso de
Autoridade (Lei 13.869/2019, art. 32):
O Delegado de Polícia decretará o sigilo externo de procedimento investigatório,
fundamentadamente, para a tutela da intimidade ou do interesse social e, do mesmo modo,
determinará o sigilo interno quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou
da finalidade das diligências a serem realizadas.
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Rafael Francisco Marcondes de Moraes
@rafaelfmmoraes
@rafaelfmarc

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