Buscar

psicologia médica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vítor Contini – ATM 23 
 
TERCEIRA INFÂNCIA 
Introdução 
Período de evolução mais lenta – não é tão rápido como a latência 
Desenvolvimento cerebral 
 Poda dos dendritos – começa a criar ligações pra tudo, começa a reduzir os 
dendritos para melhorar as sinapses 
 Termina por volta de 11 anos 
Brincadeira são comuns no recreio 
 10% são impetuosas – maldosas mas não são intencionais 
 Meninos mais fisicamente, meninas mais verbalmente 
Obesidade infantil 
 Problema de saúde pública 
 Atividades físicas mais elaboradas – interação em grupo pois já superou os 
conflitos de ego – tem que ser mais explorado 
Desenvolvimento cognitivo Piaget 
 Período operatório concreto – criança desenvolve a função executiva 
o Já tem a observação 
o Categorização 
o Operações matemáticas 
o Noção de causa e efeito – raciocínio moral 
o Melhora o pensamento espacial – desenvolver melhor o raciocínio 
de brincadeiras 
 Raciocínio moral 
o Obediência rígida a autoridade – obedece os pais porque são os pais 
– começa a afrouxar e ver formas diferentes de atuar - flexibilidade 
o Crescente flexibilidade 
o Equidade – dar mais pra quem precisa mais e menos pra quem 
precisa menos 
 Habilidades executivas melhoram 
o Tempo de reação 
o Velocidade do processamento 
o Atenção seletiva 
o Metamemória 
o Estratégias mnêmicas 
 Linguagem e alfabetização 
 Aumento gradual do vocabulário (metáfora, sintaxe) 
o Pragmatical 
o Aprendizagem de uma segunda língua 
 Alfabetização 
o Leitura e escrita – decodificação e recuperação baseada na 
visualização 
o Metacognição 
 
 
 
Vítor Contini – módulo 126 – ATM 23 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
Crianças com distúrbio de aprendizagem 
Deficiência intelectual 
 QI menor que 70 
 30-50% de origem desconhecida 
 Muitos se beneficiam de escolarização (adaptada) 
Distúrbios da aprendizagem 
 Dislexia 
 Sem relação com QI 
 Menos focadas, mais desorganizadas e distraídas 
Problemas de aprendizagem – TDAH 
 2 –11% das crianças no mundo (prevalente) 
 Dois grupos de sintomas distintos (déficit de atenção e transtorno de 
hiperatividade – antes eram colocados isoladamente como doenças) 
 Atraso no processo de desenvolvimento cerebral, principalmente no córtex 
frontal – principalmente na dopamina – regulador de pulsos – diminuir 
impulsividade 
 Base genética – gene dopamina 
 Tendem a esquecer as responsabilidades, a falar alto invés de dar a si 
mesmo orientações silenciosas, ficar frustradas ou irritadas facilmente (sabe 
que consegue resolver mas não consegue organizar internamente de 
maneira correta) e desistir quando não conseguem solucionar um problema 
 Alteração ambientais, recompensas e instruções frequentes para o 
tratamento 
o Pessoa sabe que é diferente porém internamente não sabe se 
organizar, então não adianta ficar relembrando a criança 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL 
Desenvolvimento da identidade 
 O autoconceito se torna mais realista durante a terceira infância – criança 
já tem noção maior de causa efeito, então noção maior de si mesma 
 Sistemas representacionais – tem várias representações dentro da cabeça 
então consegue juntar essas informações – até a relação com a memória e 
formas 
 As crianças em idade escolar internalizam a vergonha e o orgulho e podem 
entender melhor e regular as emoções negativas 
 Empatia  comportamento pró-social 
 Regulação emocional é ativa (esforço) – saber que não pode fazer o que 
quer na hora que quer – começam a entender que não é como faziam e se 
esforçam para melhorar 
A criança na família 
 Passam menos tempo com os pais, mas ainda é muito relevante. Essa 
relação é alterada pela cultura. 
 Atmosfera familiar – clima que a família tem dentro de casa, envolve a 
educação dos pais e relacionamento com outros membros da família 
o Comportamentos internalizantes e externalizantes – podem tornar-
se introspectivas ou extropectivas 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
 Corregulação – pais e filhos dividem o poder – crianças começam a se soltar 
e formas diferentes de avaliar a situação – começam a correlacionar os fatos 
– ‘não vou fazer isso porque fulano não fez’ 
 Relacionamento entre irmãos 
o Cultura 
o Laboratório para resolução de conflitos 
 
Família: O que é família? 
 Conceito amplo 
 Não há diferença nenhuma em relação a casais homossexuais – nenhuma 
tendência a transtornos psiquiátricos 
Grupo de pares – coleguinhas 
 Efeitos positivos e negativos 
 Popularidade 
o Populares, rejeitados, negligenciados, polêmicos e medianos 
o Parentalidade, cultura 
 Amizade 
O grupo em si não tem muito significado, mas a interação entre ele sim. 
Agressão e intimidação 
 Mídia 
 Bullying – causam problemas psicológicos e psiquiátricos 
o Intimidações podem ser físicas, verbais, relacionais ou emocionais 
o As vítimas parecem apresentar um padrão: não se ajustam; ansiosas, 
deprimidas, com poucos amigos, ambiente familiar severo, baixo 
auto-estima 
o Comportamentos internalizantes 
o Valentões tem risco aumentado para uso de álcool, crimes e 
delinquência 
Saúde mental – saúde emocional 
 Transtorno de conduta 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
o Acessos de raiva e comportamento desafiador, questionador, hostil 
ou deliberadamente irritante – criança que quer matar o bichinho e 
mata só para ver o que tem dentro, sem se ligar se é um ser vivo 
o Comum em crianças de 4-5 anos 
o Se permanecem até oito anos, normalmente é Transtorno 
desafiador de oposição – brigam, discutem, perdem o controle – faz 
o contrário do que se ordena 
o TC é grave! 
o Padrão antissocial – não se importa com as coisas externas 
 
 Fobias escolares e transtornos de ansiedade 
o Ansiedade de separação 
o Ansiedade social 
o Transtorno de ansiedade generalizada 
o Transtorno obsessivo-compulsivo 
 Depressão infantil 
o 2,8% 
o Anedonia (para de sentir prazer), fatiga, ateração de peso, 
dificuldade de se concentrar, choro, alteração do sono, queixas 
físicas, piora do desempenho escolar) 
 Escola é um marco para observar 
 
 Vida moderna 
o Tudo é fast! 
o Aumento da ansiedade infantil 
o Mais suscetíveis a problemas psicológicos após um trauma 
o 2 estágios: primeiro, luto, tristeza, segundo, semanas após, 
ansiedade, tensão, distúrbios do sono 
 Resiliência 
o Mantém equilíbrio e competência ante a situações de perigo ou 
ameaça 
o Relacionamento familiar e atividade cognitiva – se esforças para 
tornar melhor 
ADOLESCENCIA 
Introdução 
Aspectos históricos 
 “…as crianças não obedecem mais aos seus pais…” inscrição egípcia há 
mais de 2000 anos atrás. 
 Platão(427-347a.C.) paixão e excitabilidade como principais características 
do adolescente 
 Idade Média: crianças e adolescentes sem status na sociedade, adultos em 
miniatura – apareciam nas obras de arte da época 
 Renascença: racionalidade e pensamento abstrato 
 Século XX: período específico do desenvolvimento, reconhecida e estudada 
Limites etários 
 OMS (1977): 10-20a 
 Período inicial: 10-14a 
 Período final: 15-19a 
 Juventude: 15-24a 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
 Puberdade: modificações biológicas – masculino – gonadarca e feminino 
telarca – puberdade quer dizer ‘pêlos’ 
 Adolescência: biológico, psicológico e social (pensar como o adolescente é 
visto hoje) 
Puberdade 
 Faixa ampla de 8-13anos para ambos os sexos. 
 Entre 11-15 anos há indivíduos em diferentes momentos da puberdade… 
entrada na adolescência com ou sem puberdade – muitas vezes alguns 
indivíduos entram na adolescência antes de entrar na puberdade, ou seja, 
modificações psicológicas sem alterações no corpo 
 Puberdade precoce e adolescência tardia? – será que a adolescência termina 
mesmo aos 19 anos? 
 Fim da adolescência: consolidação da identidade (quem ela é), 
independização da família, sexualidade genital madura e afetividade, 
autodeterminaçãoe responsabilidade… – realmente é algo muito amplo mas 
espera-se que no fim haja consolidação que algumas definições 
 Sociedades mais primitivas: marcos de passagem definidos… (exemplo de 
sociedades indígenas, judaísmo...) 
 Sociedades industrializadas: período confuso e contraditório dos papéis… 
(ora esperar como um adulto, ora esperar como uma criança) 
 Classe social, independência econômica e pessoal …. 
O processo adolescente 
 A bela adormecida – sangue no fuso de uma roca – associado com a menarca 
– princesa agora é ‘moça’ – novas pulsões (?), sono profundo (recolhimento 
narcísico, não saber quem é), príncipe desperta… (o quanto contos de fadas 
falam sobre aspectos inconscientes e simbólicos) 
 “Recolhimento narcísico”: devaneios, isolamentos no quarto, diários, 
sentimentos de irrealidade, identificações realizadas no Édipo, consolidadas na 
latência, narcisismo primário (fica retido no ‘eu’) e Narcisismo objetal (está no 
‘objeto’, no outro)… 
 Final da latência: curva do amor objetal elevado aos pais… (latência é um 
período muito bom para os pais, o amor está projetado nos pais e transmite uma 
segurança muito grande) 
 Adolescência: inversão…enxerga os pais de cima para baixo… (realmente no 
sentido físico, de enxergar do alto – estirão) “se meus pais não sabem tudo, eu 
devo saber…” – parte dessa porção está relacionada com o complexo de Édipo 
 Perda dos pais da infância (Aberastury, 1988) – luto que vai ter que lidar; perda 
da crença na oniciência dos pais (Meltzer, 1978) – ‘os meus pais não sabem 
tudo’; 
 Introspecção…quarto…redes sociais… - quarto é como se fosse um 
‘miniuniverso’, as redes sociais são um novo diário 
 Banda de rock, grupos de identificação 
 Limite privado x público – até que ponto deixa público e até que ponto deixa 
privado 
 “Como mudou o status no facebook antes de me contar que sou sua amiga? – 
eu ia te contar hoje…” – trailer do filme ‘confissões de adolescente’. 
 Freud em “o mal estar na cultura” (1930): o homem em troca da segurança abriu 
mão demasiadamente de sua liberdade. – a liberdade seria ‘pegar todo mundo’, 
então abre mão disso por uma segurança de ‘um relacionamento sério’ – 
período de experimentação 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
 Já a geração Y, se perdeu em segurança e estabilidade nos relacionamentos e 
ganhou muito em liberdade. – é uma geração que se preza muito pela liberdade, 
relação com os pais mais horizontalizadas 
 As questões de relacionamento e conflitivas também mudam com o tempo 
 Menarca… 
 Primeiras experiências… - de relacionamentos 
 
1. Criança adormece sua pulsão sexual e vai substituindo por outras coisas 
2. O menino fica com muito medo de se aproximar de mulheres 
3. Surgem vários grupos que funcionam para reforçar o elemento narcísico 
4. O grupo vai transgredir – ‘unidos no crime’ – certa socialização da culpa 
5. Atenua as ideias do superego 
Exemplo: garotos II – Lenine 
 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
1. É mais interessante que reforce isso 
2. Antes se tinha a segurança total, os pais estavam sempre por perto; o fato 
de estar sozinho ajuda 
3. Antes queria só se pegar, e depois vai haver algum tipo de ternura, nesse 
ponto, o clube do bolinha vai se repaginando 
4. Edipo revivido por algumas constâncias objetais 
Exemplo: Hoje eu quero voltar sozinho – filme 
 
1- Psicodimanicamente a menarca é como se fosse um marco para algo que 
está acontecendo dentro dela – sexualidade mais introspectiva 
2- É um novo formado ao complexo de Édipo que está sendo reeditado 
3- Paixões intensas, geralmente distantes, até artistas. E funciona até como 
uma defesa – escolhe alguém mais distante para evitar frustração 
4- Semelhança com a adolescência do menino. Tendência a buscar alguém 
muito parecido com o que é, deixa a menina mais segura para se aproximar. 
5- Primeiras experimentações – dependência, só faz as coisas se estiver com o 
companheiro. Idealização – o parceiro é o melhor. ‘O amor da sua vida’. 
6- As frustações vai amadurecendo para ter escolhas mais maduras 
O grupo 
 Amizades mais recíprocas – busca-se alguém que vai corresponder com o 
indivíduo 
 Capacidade de expressar sentimentos mais privados e de escutar – melhora 
a cumplicidade. Uma criança pequena tem a tendência ao egocentrismo. 
Muda na adolescência, cria um pensamento mais abstrato. 
 Reforço de auto estima, sentimento de pertinência e identidade – vai estar 
fazendo parte de algo, identidade está diluído no sentimento grupal 
 Socialização 
 Continência de projeções de aspectos conflituosos de cada um – continência 
como algo que vai suportar, 'caber’, capacidade de ser continente a algo. 
Aquilo que está difícil em si, pode projetar no grupo. Afrouxamento do 
superego. 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
Crises de identidade 
 Panelinhas e a intolerância com as diferenças são defesas contra a confusão 
de identidade – o grupo sempre vai existir, mas adquire características 
peculiares na adolescência: só entra para o grupo se tiver certas características. 
Esse processo de exclusão fala sobre a crise de identidade do grupo. 
Intensidade da intolerância fala sobre a fragilidade. 
 Resolução de três questões: 
1) Escolha da ocupação – vestibulares 
2) Adoção de valores em que acreditar – antes comprava os valores dos pais, 
agora precisa de se rever e resulta em muita demanda psíquica 
3) Identidade sexual – consolida nessa idade 
 Identificar-se como ser sexual, reconhecer a orientação, conciliar excitação e 
vínculos românticos – geralmente é dissociado, excitação e romantismo é 
dissociado. No final é comum que tenha um amadurecimento 
 Experiências homossexuais antes dos 15 não determinam a orientação sexual 
– ela está se desenhando durante a adolescência, vai acontecer como uma 
tentativa de buscar. Confusão de admiração e excitação 
A família – os pais também ficam confuso com o adolescente 
 O adolescente transita entre seu quarto (isolamento), sua família, seu grupo 
de amigos e o mundo adulto – transita entre esses lugares, tudo muito 
confuso 
 Sai pra o mundo como quem o experimenta e volta pra casa como seu Porto 
Seguro 
 Ambiguidade da família com a autonomia do adolescente: segurá-los e 
protegê-los ou libertá-los? – ambíguo, ora protege ora liberta 
 Pais na meia idade reavaliando sua vida profissional e amorosa e o que 
querem realizar e talvez sem tempo – pais também estão iniciando uma 
nova fase da vida, reviver como foram as primeiras escolhas 
 Sexualidade dos pais – o adolescente tem muita energia sexual, diferente 
dos pais. Entra em choque com pais. Também reativa nos pais como foram 
as experiências dele. 
Lutos da puberdade 
 Luto pela perda do corpo infantil – perdendo o corpo que ocorreu uma 
representação mental. Freud: tudo que ocorre no corpo tem uma 
representação mental. Entende o corpo e vai resinificando ele. Com essa 
perda vai ter que fazer esse processo todo novamente. 
 Perda dos pais da infância (super-protetores) – busca-se outro tipo de pai e 
mãe 
 Perda do status e da segurança infantil – status infantil: ‘ele é só uma 
criança’. Na adolescência essa defesa não é mais útil. 
Exemplo: cara estranho – Los Hermanos 
Busca de tentar entender quem se é. 
Rituais de passagem 
Originam-se quando há intensa mudança de uma condição para outra na vida de 
um indivíduo ou grupo social – são necessários e que precisam acontecer para 
entrar em outra posição 
Maneira de definir identidade semelhante a do grupo 
 Castigos físicos 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
 Mudança no habito de se vestir 
 Maquiagem 
 Baile de debutantes 
 Circuncisão 
 Uso de drogas 
Exemplo: filme – meus 15 anos 
“Eu não queria uma festa de 15 anos… Mas, acho que eu precisava.” 
“…ninguém te explica como faz para amadurecer…” 
“…ninguém te explica, porque você tem que descobrir sozinho…” 
 
 
1- Alteraçõeshormonais – alterações comportamentais 
2- Cérebro ainda em maturação – justifica alguns impulsos por causa da pouca 
inibição cortical 
3- Mudanças psicossociais 
4- Problemas na adolescência 
Adolescência – desenvolvimento físico e cognitivo 
 Aumento do GnRH no hipotálamo  aumenta LH(nos meninos inicia a 
produção de testosterona e dehidroepiandrosterona DHEA) e FSH 
(menstruação) 
 As adrenais aumentam a secreção de DHEA a partir dos 6-8a e aos 10 anos 
já é 10x maior que de 1-4a. A maioria experimenta sua 1ª paixão aos 10a. 
 A menarca pode ser influenciada pelo meio: mais precoce  conflito 
familiar e mães muito severas. 
 Menarca tardia  afeto parental, pai envolvido 
O cérebro do adolescente 
 Rede socioemocional (11-13a) x rede de controle cognitivo (14-17a) – dois 
momentos, um inicial com uma rede socioemocional, toda a questão do papel 
do adolescente e do núcleo que ele está inserido, e outra mais posterior, que 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
haverá uma rede de controle mais evoluída. Ou seja, a rede emocional começa 
antes e não acompanha a parte cognitiva. 
 Amígdala (estrutura subcortical, mais primitiva, relacionada a emoções) x Lobo 
frontal (controle mais frontal, desenvolvendo capacidade de raciocínio e 
julgamentos) 
 Diminuição da substância cinzenta (ligado células nervosas) 
 Início na porção posterior em direção à frontal – cérebro evolui de ‘trás pra 
frente’ em relação a posição anatômica 
 Na metade final da adolescência, temos menos conexões neurais, mas mais 
fortes e eficazes. – perde as conexões mais primitivas, as quais não estão mais 
sendo uteis. 
Desenvolvimento Cognitivo – Piaget – Estágio Operatório Formal 
 Surge a capacidade de pensar abstrações – entender metáfora, ironias, falar sem 
o sentido concreto. 
 Estágio pré-operatório: tentativa e erro – aprendendo através da experiência, 
por volta de 2-6 anos. 
 Operatório concreto: percebe variáveis, mas não consegue testá-las 
separadamente – 7-12 anos 
 Período operatório formal: Raciocínio hipotético-dedutivo: testa variáveis 
isoladamente, considera todas as relações. Maturação cerebral e oportunidades 
ambientais. – consegue testar separadamente para saber ‘o que está mudando’. 
Nem todos vão atingir esse período formal, depende da maturação e das 
oportunidades ambientais 
Raciocínio indutivo x dedutivo 
Raciocínio Indutivo 
 Tiram conclusão geral sobre uma classe pela (sua) observação de determinado 
membro. – ou seja, pela experiência. 
 “Meu cachorro late. Os cachorros de Terry e Melissa também. Portanto, parece 
que todos os cachorros latem”. 
 As conclusões devem ser experimentais. 
 Pensamento egocêntrico. – tem que passar sempre pelo ‘eu’, por isso 
egocêntrico 
Raciocínio Dedutivo 
 Começa com uma premissa sobre uma classe, aplicando-a a um determinado 
membro da classe. 
 Parte do geral para o individual. 
 “Todos os cachorros latem. Spot é um cachorro. Spot late.” 
Mudanças no processamento de informação 
 Mudanças estruturais: maior memória de trabalho e maior quantidade de 
armazenamento na memória de longo prazo; - maturação cerebral, apesar da 
diminuição da substância cinzenta, faz com que as sinapses sejam mais efetivas. 
 Mudança funcional: aumento na velocidade de processamento e 
desenvolvimento da função executiva (atenção seletiva, decisão, 
gerenciamento) – ocorre pelo desenvolvimento do lobo frontal, consegue mais 
prestar atenção a um estímulo e não a outro. 
Desenvolvimento da Linguagem 
 Maior vocabulário  leituras mais adultas e pensamento abstrato; 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
 Linguagem com perspectiva social – consegue distinguir a forma de falar e se 
expressar com as pessoas 
 Adaptação da conversa ao nível de conhecimento do outro; 
 Gírias adolescentes: fortalece a identidade separada dos pais e dos adultos 
Raciocínio Moral: teoria de Kohlberg 
Maior altruísmo, empatia, solucionar problemas sociais, lidar com relacionamentos 
e de verem-se como seres sociais  maior desenvolvimento moral. – todos esses 
ganhos que a adolescência vai dar, relaciona-se com essa moral mais desenvolvida. 
Dilema de Heinz: uma mulher com câncer está próxima da morte. Um farmacêutico 
descobriu um medicamento que pode salvá-la. O farmacêutico cobra 2.000 dólares, 
10X mais do que o preço de fabricação. O marido consegue 1.000 dólares e apesar 
de implorar não convence o farmacêutico. Heinz, desesperado, arromba a loja e 
rouba o medicamento. Ele deveria ter feito isso? Por que? 
Kohlberg analisa não quanto ao julgamento, mas ao tipo de resposta, a mesma ia 
se modificando ao longo da infância-adolescente. 
 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
 
 
Influências sobre o desempenho escolar 
Diferenças de Gênero: 
 As meninas em todos os países (43 países industrializados) se saíram como 
melhores leitoras que os meninos. 
 Os meninos estavam à frente em matemática em metade dos países. 
(OECD, 2004) 
 Biologicamente, os cérebros de homens e de mulheres são diferentes e essas 
diferenças se acentuam com a idade; 
 As meninAs têm mais substância cinzenta (corpos celulares neuronais e 
conexões 
 vizinhas), mas os meninOs têm mais substância branca conectiva (mielina) 
e LCR. 
 Mais mielina ajuda no desempenho espacial e visual ->matemática e 
ciências. 
 O corpo caloso é maior em meninAs que em meninos o que permite melhor 
processamento da linguagem. – facilita a integração dos hemisférios 
Meninos 
 Mais substância Branca conectiva(mielina) e LCR. 
 O crescimento de substância cinzenta continua a aumentar nos meninos 
adolescentes. 
 Melhor desempenho visual e espacial -> matemática e ciências. 
(Halpern et al. 2007) 
Meninas 
 Mais substância cinzenta (corpos celulares neuronais e conexões vizinhas). 
 O crescimento da substância cinzenta atinge ponto máximo mais cedo em 
meninas. 
 Maior corpo caloso, permitindo-lhe maior processamento da linguagem. 
(Halpern et al. 2007) 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
Estilos de Parentalidade 
 Pais Democráticos: estimulam os filhos a examinarem os 2 lados de uma 
questão, aceitam sua participação nas decisões da família, admitem que as 
crianças a vezes sabem mais que eles. – estimula o filho a pensar, fazem 
com que desenvolva o pensamento crítico, desenvolvem a moral mais fácil 
e precocemente. 
 Pais autoritários: não discutem com adolescentes, notas boas = 
advertências para ser melhor, notas ruins= punições. – desempenho tende a 
ser pior 
 Pais permissivos: indiferentes às notas. 
 
ADULTO JOVEM 
Definição 
 Parte mais longa do ciclo vital se considerarmos adultos jovens e 
intermediários. 
 Adultos jovens: 20-40 anos 
 Fase aparentemente tranquila da vida – visto que a adolescência é um 
período de crise vital 
 Grupo de amigos se torna mais refinado, pautado em afinidades de valores, 
filosofia de vida, etc. 
Características 
 Meio de duas crises vitais: final da adolescência e a crise da meia-idade 
(adulto intermediário) 
 Etapa de grandes acontecimentos 
 Também de tragédias, mortes e doenças mentais – faixa etária em que mais 
se procura atendimento psiquiátrico, é uma fase mais tranquila porém o 
indivíduo entra em contato com mais desafios. 
 Criação e morte - Amy Winehouse, Kurt Kobain, Cazuza, Renato Russo… 
 A tranquilidade é só aparente: 
o 20-30 anos idade que as pessoas mais buscam tratamento 
psiquiátrico 
o Alto índice de mortalidade por causas violentas 
 
 
 
 
 
Geração Y 
Resolve 
problemas 
abstratos e 
não práticos 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
Final da adolescência – marcado por uma série de definição de alguns fatores 
 Sair de casa e ser independente 
 Ruptura da dependência emocional com os pais 
 Identidade própria – relativamente mais estável, consegue responder ‘quem 
você é’ 
 Reconhecer a individualidade das pessoas – reconhecer o outro como o 
outro e não de maneira egoístacomo ‘apêndice das minhas necessidades’ 
 Melhor relacionamento com os pais – para de brigar com os pais 
Tarefas evolutivas 
Colarrusso (1999, 2000) descreve sete tarefas evolutivas: 
1) Terceira Individualização 
2) Profissão 
3) Casamento 
4) Paternidade e Maternidade 
5) Capacidade Lúdica 
6) Amizades 
7) Autonomia e Independência (Intimidade X Isolacionismo) 
Primeira tarefa: terceira individualização 
 1ª: A primeira individuação iniciaria a partir do quarto ou quinto mês de vida 
e estaria sendo finalizada por volta do 36º. mês. - 1ª é de 4-5 meses no bebê – 
criança entrando na posição depressiva do bebe, reconhecer o seio bom e o 
seio mal. Klein e a posição esquizoparanoica. 
 2ª:adolescência – ruptura dos objetos internalizados – perda dos pais da 
infância, ter a própria visão de mundo e identidade 
 3ª: solidão intrapsíquica e ainda ausência de outros fortes vínculos 
 Ruptura interna da dependência emocional dos pais 
 Identidade própria 
 Reconhecer a Individualidade das pessoas que o cercam 
Segunda tarefa: profissão 
 “Escolher é dizer não ao resto.” – é sempre algo difícil 
 “Vou prestar medicina porque gosto ou porque é isso que meus pais esperam 
de mim? Será que vou gostar dessa profissão? Serei bem-sucedido? Vou 
passar o resto da minha vida só fazendo isso?” – surge uma série de 
questionamentos 
 Adaptação saudável ao trabalho propicia aumento de criatividade, 
relacionamentos mais satisfatórios com colegas e aumento da auto estima 
 Desajuste pode frustrar a si mesmo e com o emprego, além de gerar 
insegurança e desinteresse pelo trabalho. 
 Conciliar família e trabalho 
Terceira tarefa: casamento 
 A maioria casa até os 30 e se divorcia no transcorrer de até 10 anos 
 Aumento nas últimas 3 décadas de pessoas que vivem com seus parceiros sem 
casar formalmente 
 Persiste o desejo de cumprirem essa etapa – é uma etapa que está inerente, 
mesmo com as mudanças da sociedade 
Wallerstein (1993) fatores responsáveis pela estabilidade e Felicidade conjugal: 7 
metas que recriam condições conflitivas anteriores: 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
1) Separação da família de origem - nova ligação = dessa vez tentar fazer 
da minha forma de ser 
2) Identidade marital com união e autonomia 
3) Vida sexual 
4) Segurança e abastecimento afetivo; = buscar no outro um porto seguro, 
buscar o sentimento primitivo pelos pais 
5) Espaço psicológico pros filhos e privacidade do casal = será sempre algo 
presente no casamento. Ao mesmo tempo terá uma dupla, e o ‘trio’ com o 
filho. Primeira relação é dual – mamãe-bebe. 
6) Relação divertida e interessante 
7) Manter uma visão do outro que combine idealização inicial e 
compreensão da realidade atual. – idealização mantém viva a relação, 
mas a compreensão dá o contraste. Precisamos de ambos. 
Erikson (1963): confusão de papéis inviabiliza a intimidade necessária 
Isolamento como modo de vida 
 Fólico/paranoide: receio de ser prejudicado – impressão de que o 
casamento vai causar algum prejuízo, medo de ‘tirar algo’ da pessoa 
 Esquizóides: retraimento – não tem interesse no outro, em buscar 
intimidade 
 Depressivos: baixa auto estima – não se acha interessante pra dividir a vida 
com alguém 
 Obsessivos: desejar alguém “perfeito” – busca incessável por alguém 
perfeito 
 Narcisistas: não necessitar do outro – focado em si, ‘eu sou alguém 
autossuficiente’ 
 Histéricas: superficiais e infantis – não consegue estabelecer uma relação 
madura 
Motivos conscientes e inconscientes da união: 
 O outro atendendo plenamente a necessidades infantis insatisfeitas 
 Ver o cônjuge como alguém a ser salvo de uma vida infeliz … 
 Escolha edípica… 
Quarta tarefa: maternidade e paternidade 
 Peso econômico e emocional – é caro mas também afeta o emocional, pois 
mobiliza sentimentos profundos. Tem ambivalência. 
 Reacende nos pais conflitos quando pequenos 
 Reviver com os filhos cada etapa de seu desenvolvimento – 
necessariamente, reviver, ainda que inconscientemente. ‘Não quero que 
minha filha passe o que eu passei’. Mas não pode se prender a esse papel. 
 Separação / individuação dos filhos frente aos pais 
 Não podemos esquecer que se caso não for pai ou mãe não estará ‘menos 
evoluído’ na vida. Não necessariamente tem que ser feita sendo 
propriamente mãe e pai, pode elaborar de outra forma... 
Quinta tarefa: capacidade lúdica 
 Formas adultas de brincar – indivíduos nunca param de brincar 
 Relação com o cônjuge, em vários aspectos, incluindo sexual, com os 
filhos, amigos e colegas de trabalho 
 O brincar e a realidade (Winnicott) 
 Objetos transacionais que tem como resquícios a arte e a religião… - não 
brinca mais com ‘carrinho e boneca’ mas transfere isso para outros objetos. 
 Vítor Contini – ATM 23 
 
Sexta tarefa: amizade 
 Amizades adultas com pessoas de idade, profissão, nível socioeconômico e 
cultural diferentes… - amizades adultas tem um ‘colorido’ diferente, pois 
consegue encontrar valores que fazem uma ressonância. 
 Camada protetora 
 Ajuda nos inúmeros desafios da vida – pessoas que servem como ancoras 
 Amizade íntima com abertura mútua, franqueza e troca de apoio emocional. 
Sétima tarefa: autonomia e independência 
 Sentir necessidade de assumir maiores responsabilidades, mais 
Independência e autossuficiência 
 “Transição dos 30” – momento que está saindo de adulto jovem para a crise 
dos 30 
 Erikson (1963): Intimidade x Autoabsorção – precisa dividir o espaço com 
alguém e ter segurança com isso 
 Intimidade é, segundo Papalia, Olds e Feldman (2006, p.561), uma 
experiência de “proximidade afetuosa e comunicativa”, que pode incluir ou 
não contato sexual. 
 “É ajudar a escamar, abrir, retalhar, salgar” o peixe que o parceiro pescou 
enquanto ele conta “como este foi difícil, prateou no ar dando rabanadas…” 
 Senso de afiliação 
 Necessidade de pertencer a alguém – necessidade de segurança

Outros materiais