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Aula 10 - Resp Civil pelo Fato da Coisa e do Animal

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REPONSABILIDADE 
PELO FATO DA COISA 
E DO ANIMAL
INTRODUÇÃO
O assunto Responsabilidade 
pelo fato da coisa, cuida da 
inobservância do dever de 
guarda sobre as coisas.
NOTÍCIA HISTÓRICA
• - A responsabilidade civil subjetiva mostrou-se 
insuficiente para resolver os problemas advindos 
da revolução industrial.
• - Nos acidentes de trabalho era impossível a 
demonstração do dolo ou da culpa dos patrões.
• - Doutrina e Jurisprudência francesa 
encontraram no CÓDIGO DE NAPOLEÃO – art. 
1384 – que estabelecia a responsabilidade do 
guardião da coisa, uma possível solução. 
• - Evolução por meio da interpretação 
doutrinária e jurisprudencial sobre o 
conceito de guarda.
• - Teoria desenvolvida com base na ideia 
de que deferia ser responsabilizado que 
tivesse a guarda intelectual sobre a coisa
“ Poderíamos, historicamente – sobretudo nos países
de filiação romano-germânica –,conectar a
responsabilidade pelo fato da coisa ao Código de
Napoleão (art. 1.384, parágrafo I). Lembremos que,
durante séculos, a responsabilidade civil existente era
apenas subjetiva, fundada na culpa. Por isso os
autores buscavam modos e formas de
responsabilizar (sobretudo os patrões) por danos
relacionados a máquinas, motores, aos primeiros e
rudes veículos motorizados. A doutrina francesa,
portanto, construiu a teoria da guarda da coisa a
partir do art. 1.384, I, do Código de Napoleão. Aliás,
o art. 1.384, I, do Código Civil francês, é um bom
exemplo a ser lembrado para aqueles que
desconfiam dos poderes (imensos) da interpretação.
(Braga Netto, Felipe Peixoto Novo tratado de responsabilidade civil / Felipe Peixoto Braga
Netto, Cristiano Chaves de Farias, Nelson Rosenvald. – 4. ed. – São Paulo : Saraiva
Educação, 2019).
GUARDA INTELECTUAL
- Guarda intelectual é poder de direção sobre a
coisa.
- Esse poder tem como consequência o dever
jurídico de evitar que a coisa cause dano a terceiros
“Guarda é aquele que tem a direção intelectual da
coisa, que se define como poder de dar ordens,
poder de comando, esteja ou não em contato
material com ela (Caio Mário da Silva Pereira, ob. cit.,
p. 103). Guardar a coisa implica, em última instância,
a obrigação de impedir que ela escape ao controle
humano”. (FILHO, C., Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 13ª
edição. São Paulo; Atlas, [2019. 9788597018790. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018790/.
Accesso em: 31 Mar 2020
RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO
A responsabilidade surge por que o
responsável pela guarda intelectual não
controla adequadamente a coisa, fato
que ocasiona o dano a terceiro.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
“ E note-se que essa atribuição de
responsabilidade não exige necessariamente
perquirição de culpa. Ou seja, a depender
do sistema legal consagrado, o guardião
poderá ser chamado à responsabilidade,
mesmo que não haja atuado com culpa ou
dolo, mas pelo simples fato de haver
exposto a vítima a uma situação de risco”
(GAGLIANO, Stolze, P., FILHO, P., Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 3 -
responsabilidade civil. São Paulo; Saraiva, 2019. 9788553609529. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553609529/. Accesso em: 31
Mar 2020
PROPRIETÁRIO – GUARDA 
PRESUMIDO DA COISA
- Presunção relativa, pode ser afastada por meio 
de prova da transferência jurídica do poder de 
direção
“Por guardião entenda-se não apenas o 
proprietário (guardião presuntivo), mas, até 
mesmo, o possuidor ou o mero detentor do bem, 
desde que, no momento do fato, detivesse o seu 
poder de comando ou direção intelectual”. 
(GAGLIANO, Stolze, P., FILHO, P., Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 3 -
responsabilidade civil. São Paulo; Saraiva, 2019. 9788553609529. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553609529/. Accesso
em: 31 Mar 2020
RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO NO
CASO DO FURTO OU ROUBO DE VEÍCULO
- Perda do poder de direção sobre a 
coisa
– Inexistência de responsabilidade, 
salvo e a perda do objeto se deu com 
culpa do proprietário.
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. 
VEÍCULO FURTADO. DANOS CAUSADOS PELO 
CONDUTOR, AUTOR DO DELITO. RESPONSABILIDADE 
DO PROPRIETÁRIO E DO GUARDIÃO DO AUTOMÓVEL. 
NECESSIDADE QUE A OMISSÃO DO GUARDIÃO 
EQUIVALHA À CULPA GRAVE OU AO DOLO.
1. Não se pode exigir daquele que guarda automóvel, 
seu ou de outrem, mais cuidados do que se exigiria 
da média das pessoas.
2. Só responde por culpa in vigilando aquele cuja
omissão na guarda do veículo equivalha à culpa
grave ou dolo. Não age com culpa in vigilando quem
guarda veículo na garagem de sua casa e coloca as
respectivas chaves em outro cômodo, na parte
íntima da residência.
3. Afastada a culpa in vigilando do guardião do
automóvel, também se afasta a culpa in eligendo do
proprietário.
4. Declarada pelo acórdão recorrido a circunstância
de que o veículo causador do dano - guardado em
garagem - fora furtado por terceiro, não há como
cogitar-se em culpa in vigilando.
(REsp 445.896/DF, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES
DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/02/2006, DJ 10/04/2006, p. 169)
VEÍCULO EMPRESTADO
- A despeito de o proprietário ter
transferido de forma jurídica válida o 
poder jurídico sobre a coisa, entende o 
STJ que o proprietário responde
solidariamente pelo acidente causado
pelo veículo que emprestou.
• CIVIL. RESPONSABILIDADE. ACIDENTE 
DE TRÂNSITO. O proprietário 
responde solidariamente pelos danos 
causados por terceiro a quem 
emprestou o veículo. Agravo 
regimental não provido.
• (AgRg no REsp 233.111/SP, Rel. 
Ministro ARI PARGENDLER, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ 
16/04/2007, p. 180)
RESPONSABILIDADE CIVIL PELA GUARDA DO
ANIMAL
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal 
ressarcirá o dano por este causado, se 
não provar culpa da vítima ou força 
maior.
RESPONSÁVEIS 
-PROPRIETÁRIO
-DETENTOR
“O dispositivo em exame não atribui a
responsabilidade exclusivamente ao dono porque,
como já visto, pode ele ter transferido juridicamente
a guarda do animal a outrem, como no caso de
locação, comodato etc., ou tê-la perdido em razão de
furto e roubo. Por isso o Código atribui também
responsabilidade ao detentor do animal, isto é,
àquele que, embora não sendo o dono, tinha o
efetivo controle dele, o poder de direção, podendo,
assim, guardá-lo com o cuidado necessário e preciso
para que ele não cause dano a outrem”. (FILHO, C.,
Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 13ª edição. São Paulo; Atlas, [2019.
9788597018790. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018790/. Accesso em: 31
Mar 2020)
RESPONSABILIDADE OBJETIVA POR OMISSÃO
“Nessa hipótese, haverá 
responsabilidade sem que a vítima 
precise provar a culpa do dono do 
animal (responsabilidade objetiva, 
portanto)” (Braga Netto, Felipe Peixoto Novo 
tratado de responsabilidade civil / Felipe Peixoto Braga 
Netto, Cristiano Chaves de Farias, Nelson Rosenvald. –
4. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019).
EXCLUDENTES
- CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
- FORÇA MAIOR
REPONSABILIDADE PELA RUÍNA DE EDIFÍCIO
Art. 937. O dono de edifício ou
construção responde pelos danos que
resultarem de sua ruína, se esta provier
de falta de reparos, cuja necessidade
fosse manifesta.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
(...)em nosso entendimento, essa regra
consagra indiscutivelmente a
responsabilidade civil objetiva do dono
do edifício ou construção”. (GAGLIANO, Stolze,
P., FILHO, P., Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 3 -
responsabilidade civil. São Paulo; Saraiva, 2019.
9788553609529. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885536
09529/. Accesso em: 31 Mar 2020
RESPONSÁVEL - PROPRIETÁRIO
- Em regra o proprietário será 
responsabilizado
- Possibilidade de responsabilização solidária 
do empreiteiro.
“À luz do art. 937 do Código Civil, portanto, só o
proprietário é o responsável pelos danos
resultantes da ruína do edifício. O máximo que a
jurisprudência tem admitido, já que não acarreta
prejuízo algumpara a vítima – antes, pelo
contrário, maior garantia no recebimento da
indenização –, é a condenação solidária do
empreiteiro ou construtor, se ingressou no
processo como litisconsorte”.(FILHO, C.,
Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 13ª edição. São
Paulo; Atlas, [2019. 9788597018790. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885970
18790/. Accesso em: 31 Mar 2020)
RUÍNA
“Vale salientar, ainda, que a “ruína” do
edifício ou construção pode significar a sua
destruição tanto total quanto parcial. A
jurisprudência, aliás, tem sido maleável ao
interpretar esse conceito, admitindo a
subsunção nessa categoria de hipóteses tais
como: desprendimento de revestimentos
de parede, queda de telhas e de vidros,
soltura de placas de concreto etc.” .”(GAGLIANO,
Stolze, P., FILHO, P., Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 3 - responsabilidade civil.
São Paulo; Saraiva, 2019. 9788553609529. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553609529/. Accesso em: 31
Mar 2020)
RESPONSABILIDADE PELAS COISAS
CAÍDAS DE PRÉDIO
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou 
parte dele, responde pelo dano 
proveniente das coisas que dele caírem 
ou forem lançadas em lugar indevido.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
“Indiscutivelmente, cuida-se de
responsabilidade civil objetiva, pois o agente só
se exime provando não haver participado da
cadeia causal dos acontecimentos”.(GAGLIANO, Stolze,
P., FILHO, P., Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 3 -
responsabilidade civil. São Paulo; Saraiva, 2019. 9788553609529.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553609529/.
Accesso em: 31 Mar 2020)
RESPONSÁVEL – HABITANTE DO
PREDIO
“Aquele que habita o prédio é o guardião das coisas que o
guarnecem, e cabe ao guardião o dever de segurança por
todas essas coisas. Não importa a que título a habitação é
exercida, se como proprietário, locatário, comodatário ou
mero possuidor: a responsabilidade será do morador.
Não seria justo atribuir essa responsabilidade ao dono do
prédio, como no caso do art. 937, porque o proprietário
não tem a guarda das coisas que guarnecem o prédio
quando este está locado ou na posse de outrem.
Eventualmente o morador terá que responder pelo fato de
outrem se pessoas estranhas à sua família lançarem ou
deixarem a coisa cair quando estiverem na casa, como
visitas, amigos numa festa etc.”
(FILHO, C., Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 13ª edição. São Paulo; Atlas, [2019. 
9788597018790. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018790/. Accesso em: 31 Mar 2020)
IMPORTANTE
- No caso de condomínios edilícios, não
sendo possível identificar de onde partiu
o objeto, todos os moradores
responderão de forma solidária
RESPONSABILIDADE CIVIL. OBJETOS LANÇADOS
DA JANELA DE EDIFÍCIOS.
A REPARAÇÃO DOS DANOS É
RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO.
A impossibilidade de identificação do exato
ponto de onde parte a conduta lesiva, impõe ao
condomínio arcar com a responsabilidade
reparatória por danos causados à terceiros.
Inteligência do art.
1.529, do Código Civil Brasileiro.
Recurso não conhecido.
(REsp 64.682/RJ, Rel. Ministro BUENO DE
SOUZA, QUARTA TURMA, julgado em
10/11/1998, DJ 29/03/1999, p. 180)
FIM

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