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Psicofarmacologia

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Estabilizadores de humor
Professora: Ana Cristina Novais
Lítio
O lítio é um cátion monovalente que faz parte da classe dos estabilizadores do humor. Seu efeito psicotrópico foi descoberto em 1949, e desde então é utilizado para o terapia de algumas condições como transtorno maníaco, depressivo e bipolar. 
o Li+ é o único estabilizador do humor com dados eficazes sobre redução de tentativas e de mortes por suicido em pacientes bipolares. Além disso, esse cátion pode apresentar efeitos benéficos em doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
O único estabilizador do humor, cientificamente comprovado é o lítio. o ácido valpróico e carbamazepina, embora possam ser usados, não são primeira linha de tratamento e nem entram primariamente na classe dos estabilizadores do humor.
Bem estabelecido na prevenção do suicídio em paciente com transtornos de humor
Mecanismos de ação
Efeitos sobre os eletrólitos e o transporte de íons: o lítio está estreitamente relacionado com o sódio nas suas propriedades. Pode, inclusive, substituir o sódio na geração de potenciais de ação e na troca de Na+-Na+ através da membrana. O lítio inibe este último processo, isto é, a troca de Li+-Na+ é gradualmente retardada após a introdução de lítio no corpo. 
Esse íon substitui o sódio no compartimento intracelular – tornando a bomba de sódio pouco eficaz para efetuar troca com potássio
O mecanismo de ação proposto para a potencialização do seu efeito antidepressivo refere-se a efeitos na neurotransmissão serotoninérgica. O lítio pode atuar como agonista parcial ou exercer atividade moduladora em autorreceptores 5-HT1B localizados na área cortical, em tratamentos a curto prazo, ou no hipocampo, se o uso for prolongado.5 
O efeito antimania também estaria associado à ação nos receptores 5-HT1B, nesse caso nos pós-sinápticos(heterorreceptores em vias dopaminérgicas).
Seu efeito no sistema de mensageiros secundários tem sido de particular interesse. Por agir em diversos neurotransmissores, especula-se que sua principal ação esteja relacionada com a sinalização pós-sináptica que inúmeros neurotransmissores geram, por exemplo, nas proteínas G e no inositol, que funcionam como transdutores de sinal. 
A depleção do inositol pela inibição da inositol monofosfatase é uma das principais hipóteses do efeito antimania do lítio. 
O inositol é encontrado na dieta, e sua restrição alimentar poderia potencializar a ação do lítio, beneficiando alguns pacientes com TB, o que foi apontado em estudo preliminar
Os principais efeitos, são: 
Efeitos colaterais neurológicos e psiquiátricos: principalmente o tremor essencial.
Diminuição da função da tireoide: o efeito é reversível ou não progressivo, e alguns pacientes desenvolvem aumento franco da tireoide (bócio)ou  um número ainda menor exibe sintomas de hipotireoidismo.
Diabetes insípido nefrogênico e outros efeitos colaterais renais: pacientes queixam-se de polidipsia e poliúria. 
Edema: pode estar relacionado com algum efeito do fármaco sobre a retenção de sódio e consequente acúmulo de líquido. 
Efeitos cardíacos: Na presença da síndrome de bradicardia-taquicardia (doença sinusal) o uso deve ser interrompido.
Erupções acneiformes: quadro transitório e mais pronunciado no início do tratamento.
Ganho de peso: importante avaliar o IMC do paciente periodicamente.
Ácido valproico
Também conhecido como valproato de sódio (ou só valproato). Atua primariamente como um fármaco anticonvulsivante.
Todavia, sabe-se que exerce efeitos antimaníacos também. De modo geral, o ácido valproico apresenta uma eficácia equivalente àquela do lítio durante as primeiras semanas do tratamento, embora não se tenha certeza de que sua eficácia seja equivalente à do lítio como tratamento de manutenção.
Efeitos Colaterais: Comuns: digestivos ( náuseas, anorexia, vómitos, dor abdominal ); sedação, incoordenação motora, aumento de peso ou perda de peso; não aparecem se começarmos a dose por 15 mg/kg. 
Raros: tremor, queda de cabelo, toxicidade hepática que pode ser fatal ( Professor M. DAM, 1991, p ).
Carbamazepina:
Trata-se de um anticonvulsivante, que surge como o alternativa razoável
para o lítio quando ele não tem eficácia ideal.
 Entretanto, devido às interações da carbamazepina é mais difícil usar esse fármaco quando comparado com outras opções terapêuticas disponíveis para o transtorno bipolar.
A carbamazepina foi descoberta na Suíça, em 1953, mas só chegou ao mercado em 1963. Na época, o remédio Tegretol tinha a finalidade de tratar neuralgia do trigêmeo. Mas o remédio se mostrava mais potente. Então, passou a ser usado como antiepilético no Reino Unido, em 1963, e nos Estados Unidos, em 1968. Assim, no início da década de 1970, essa substância começou a ser estudada no Japão para o tratamento de transtorno bipolar.
A CBZ é um bloqueador neuronal dos canais de sódio voltagem dependentes. A CBZ atua estabilizando a hiperexcitação das membranas das células nervosas.
Age também inibindo as descargas neuronais repetitivas e reduzindo a propagação dos impulsos excitatórios sinápticos dos neurônios despolarizados via bloqueio dos canais de sódio voltagem dependentes
A CBZ pode exercer efeito potencializador da ação neuronal GABAérgica, por meio da inibição da geração dos potenciais de ação. A ação do GABA inibe diversos sistemas de neurotransmissão, funcionando como um depressor do SNC.
As ocorrências mais comuns de efeitos colaterais:
Tontura
Dor de cabeça
Agitação ou tremor
Sonolência
Cansaço
Náusea e vômito
Reações alérgicas
Quetiapina
Em adultos, Quet (hemifumarato de quetiapina) é indicado para o tratamento da esquizofrenia, como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar, no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódios maníaco, misto ou depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato, e como monoterapia no tratamento de manutenção no transtorno afetivo bipolar (episódios de mania, mistos e depressivos).
Em adolescentes (13 a 17 anos), Quet (hemifumarato de quetiapina) é indicado para o tratamento da esquizofrenia. 
Em crianças e adolescentes (10 a 17 anos), Quet (hemifumarato de quetiapina) é indicado como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar.
Mecanismo de ação A quetiapina é um agente antipsicótico atípico. A quetiapina e seu metabólito ativo no plasma humano, a norquetiapina, interagem com ampla gama de receptores de neurotransmissores. A quetiapina e a norquetiapina exibem afinidade pelos receptores de serotonina (5HT2) e pelos receptores de dopamina D1 e D2 no cérebro. 
Acredita-se que esta combinação de antagonismo ao receptor com alta seletividade para receptores 5HT2 em relação ao receptor de dopamina D2 é o que contribui para as propriedades antipsicóticas clínicas e reduz a suscetibilidade aos efeitos colaterais extrapiramidais (EPS) da quetiapina em comparação com os antipsicóticos típicos.
A quetiapina não possui afinidade pelo transportador de norepinefrina (NET) e tem baixa afinidade pelo receptor de serotonina 5HT1A, enquanto a norquetiapina tem alta afinidade por ambos. A inibição do NET e a ação agonista parcial do receptor 5HT1A pela norquetiapina podem contribuir para a eficácia terapêutica do hemifumarato de quetiapina como um antidepressivo.
A quetiapina e a norquetiapina têm também alta afinidade pelos receptores histamínicos e alfa1-adrenérgicos, e afinidade moderada pelos receptores alfa2-adrenérgicos. A quetiapina também possui baixa afinidade pelos receptores muscarínicos enquanto que a norquetiapina tem afinidade moderada à alta por vários subtipos de receptores muscarínicos, o que pode esclarecer os efeitos anticolinérgicos (muscarínicos).
REAÇÕES ADVERSAS
Boca seca 
Sintomas de abstinência por descontinuação
 Investigações Elevações dos níveis de triglicérides
Elevações do colesteroltotal (predominantemente LDLcolesterol)
Diminuição de HDL-colesterol
Ganho de peso
Diminuição da hemoglobinas 
Tontura
 Sonolência
Haloperidol 
Agente antipsicótico: em delírios e alucinações na esquizofrenia aguda e crônica. Na paranoia, na confusão mental aguda e no alcoolismo.
Como um agente antiagitação psicomotor: mania, demência, alcoolismo, oligofrenia. Agitação e agressividade no idoso. Distúrbios graves do comportamento e nas psicoses infantis acompanhadas de excitação psicomotora.
Mecanismo de ação
s haloperidol é um antipsicótico do grupo das butirofenonas. Ele é um bloqueador potente dos receptores dopaminérgicos centrais, classificado como um antipsicótico muito incisivo..
Como consequência direta do bloqueio dopaminérgico, o haloperidol apresenta uma ação incisiva sobre os delírios e alucinações (provavelmente a nível mesocortical e límbico) e uma ação sobre os gânglios da base (via nigro-estriatal).
O haloperidol causa sedação psicomotora eficiente, o que explica seus efeitos favoráveis na mania, agitação psicomotora e outras síndromes de agitação.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Distúrbios do sistema nervoso: distúrbios extrapiramidais; hipercinesia (movimentação excessiva e atípica do corpo e membros).
Distúrbios do sistema nervoso: tremor, hipertonia (rigidez muscular), distonia, sonolência, bradicinesia (movimentos lentos).
Distúrbios oftalmológicos: distúrbios visuais.
Distúrbios gastrintestinais: constipação, boca seca, hipersecreção salivar.
Bibliografia
Stahl, Stephen M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficas e aplicações práticas / Stephen M. Stahl; tradução Patricia Lydie Voeux; revisão técnica Irismar Reis de Oliveira. – 4. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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