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Resumo Farmacologia do Sistema Nervoso Central

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1 Lucas Moreira – 73C 
Resumo – Farmacologia Aplicada 
 
1. Aula Introdução: 
 
1.1. Sinalização do SNC: em questão de ms há a condução elétrica, a liberação do neurotransmissor 
(induzido por Ca2+) e a conexão sináptica do neurotransmissor com seu receptor (sua função depende 
de seu receptor) → existem transmissões sinápticas rápidas e lentes, que, por sua vez, dependem do 
tipo de fibra, tempo de ligação e afinidade com o receptor, tipo do receptor → transmissões rápidas são 
mediadas, na maioria dos casos, por receptor via canal (reação rápida ao estímulo), enquanto as 
transmissões lentas são via receptor metabotrópico (reação mais lenta por ter que criar via de segundos 
mensageiros). Ainda existem: neuromodulação, plasticidade sináptica, efeitos farmacológicos 
retardados (interação de fármacos com receptores que não são seu alvo inicial), tolerância 
farmacológica, remodelação estrutural e degeneração, regeneração e reparo. 
 
1.2. Mediadores: são de curta duração e de curta distância. Mediadores possuem funções diferentes no 
SNC, no SNP e no resto do organismo em geral, uma vez que sua ação depende do seu receptor. Os 
neuromoduladores (modulam os mediadores), por sua vez, possuem ação difusa, efeitos de curta ou 
longa duração e longa distância do local de liberação → estão relacionados à síntese de 
neurotransmissores, expressão de receptores, etc. Fatores neurotróficos (modulam além da sinapse): 
são liberados por neurônios e astrócitos, possuem efeitos de longa duração e estimulam o crescimento 
neuronal. Os Principais neurotransmissores: 
• Glutamato: estimulação → receptor do tipo canal que permite a passagem de Na+ e Ca2+; 
• GABA → inibidor → receptor do tipo canal (GABAa) que permite a passagem de Cl-; 
• Serotonina (5-HT); 
• Glicina: estimulatória e inibitória; 
• Dopamina; 
• Acetilcolina: estimulatória; 
• Noradrenalina; 
• Endorfina; 
• Substância P; 
• Prostaglandinas; 
• Histamina; 
• NO; 
 
1.3. Alvos: os principais alvos para ação de fármacos são: receptores, transportadores, moléculas de 
sinalização, canais de recaptação, síntese, enzimas degradadoras e a própria vesícula. 
 
 
2 Lucas Moreira – 73C 
 
1.4. Receptores: receptores ionotrópicos, ou seja, canais iônicos possuem vários sítios, deste modo, 
possuindo vários tipos de moduladores → pode-se trabalhar com agonistas, antagonista e moduladores 
alostéricos (positivos ou negativos). O GABAa é um receptor para o Cl- (BZN estimulam alostericamente 
a abertura deste canal) → inibitório, enquanto os receptores para glutamato são para Ca2+ e o Na+ → 
excitatório. Receptores metabotrópicos, por sua vez, geram segundos mensageiros, como, por exemplo, 
Gq → ativa PLC → DAG e IP3 → aumento de Ca2+ →excitatório; Gs → ativação de AC → aumento de 
Ca2+ e diminuição de K+ → excitatório; Gi → inibitório. Além disso, receptores do tipo tirosina-quinase 
desencadeiam cascatas de fosforilação → transcrição gênica. 
 
1.5. Ação dos Fármacos: os fármacos podem: inferir na síntese de neurotransmissores, competir 
metabolicamente com sua via de síntese, bloqueando transporte de membrana, estimulando a liberação 
de neurotransmissores de suas vesículas de estocagem, evitando a liberação do neurotransmissor, 
mimetizando a ação do neurotransmissor pela ação agonista sobre seu receptor, bloqueando a ação do 
neurotransmissor à nível de receptor, inibindo enzimas que inibem os neurotransmissores. As principais 
classes são: anestésicos gerais, analgésicos centrais (pregabalina, um gabaérgico, é utilizado em casos 
de dor neuropática), ansiolíticos e hipnóticos/ sedativos, antipsicóticos (clozapina, clorpromazina, 
haloperidol, risperidona), antidepressivos, psicomotores/ psicoestimulantes, psidisléticos e que atuam na 
cognição (ritalina). 
 
2. Ansiolíticos, Sedativos e Hipnóticos: 
 
2.1. GABA: o GABA ou ácido gama-aminobutírico é um neurotransmissor inibitório do SNC. Há dois 
receptores para o GABA: GABAa e GABAb, sendo o do tipo a um canal iônico e o b metabotrópico. O 
GABAa é um receptor do tipo iônico que, ao ser ativado, permite a entrada de Cl- e, portanto, determina 
inibição celular. Classes farmacológicas tais como benzodiazepínicos (modulador positivo), barbitúricos 
(agonista), zolpidem (modulador positivo), álcool (modulador positivo) e flumazenil (modulador negativo 
específico para benzos) possuem sítios de ligação com os receptores para GABA. 
 
 
 
3 Lucas Moreira – 73C 
 
2.2. Benzodiazepínicos: os benzos são uma classe farmacológica que atua modulando positivando e 
alostericamente o receptor GABAa, deste modo, podendo atuar, dependo da dose e do fármaco, como 
ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, indutores de anestesia e, em casos de overdose, podendo ocasionar 
coma e até óbito. 
 
 
• Principais: clonazepam (mais potente), alprazolam (também muito potente), bromazepam (maior risco 
associado à perda de memória), diazepam (mais seguro), lorazepam, midazolam (anestésico e indutor 
de sono → alternativa para o zolpidem) e flunitrazepam. No geral, considera-se os benzos de ação curta 
como hipnóticos (midazolam); os de ação média como ansiolíticos e hipnóticos/ sedativos; e os de ação 
longa como ansiolíticos e anticonvulsivantes. 
• Principais efeitos: redução da ansiedade e agressividade; anticonvulsivante; sedação e indução de 
sono; redução do tônus muscular e da coordenação; 
• Habitualmente, o benzos sustentam o sono no estágio II, o que não permite um descanso adequado → 
não devem ser usados para o tratamento de insônia → também causam dependência, tolerância e 
comprometimento do sono REM. 
• Superdosagem: tolerância (alteração de receptor e não indução enzimática) e dependência (física e 
psíquica), depressão sensória sem interação com o sistema respiratório e cardiovascular → pode 
ocorrer em associação; sonolência, fadiga, fraqueza muscular, depressão, secura na boca, ataxia, 
confusão mental, efeito amnésicos: diminuição da memória distante (cuidado com idosos!) e da 
aquisição de novos conhecimentos (uso prolongado). Efeito paradoxal: inquietude, agitação, 
irritabilidade, agressividade e insônia → interações com outros sistemas. A interrupção abrupta da 
administração provoca síndrome de abstinência, com confusão, ansiedade, agitação, inquietação, 
insônia e tensão. 
 
• A dose letal dos benzos é 1000x maior que a dose terapêutica utilizada → um pouco mais segura que 
os barbitúricos → em casos de superdosagem por benzos, na maioria dos casos, não há interação com 
 
4 Lucas Moreira – 73C 
os sistemas respiratório e cardiovascular. Assim sendo, podem ser prescritos, por exemplo, de 3 em 
3 horas ou de 4 em 4 horas. 
 
• Os benzos são lipofílicos → rápida e completamente absorvidos após administração oral (pico 
plasmático após 1 hora), eliminados na urina na forma de metabólitos: alguns são catabolizados em 
nordazepam, outros em compostos hidroxilados e todos posteriormente são conjugados com 
glicuronídeo. 
 
• Em comparação com os barbitúricos, os benzos são muito “melhores” em virtude das seguintes 
razões: maior índice e janela terapêutica, menor gravidade em casos de superdosagem, menor 
potencial de dependência física e psíquica (mesmo que cause) e não produz indução enzimática. 
 
• Flumazenil (Lanexat): antídoto para intoxicação por benzodiazepínicos → modulador negativo 
GABAa específico para o sítio dos benzos. Para casos de intoxicação por barbitúricos o ideal é 
bicarbonato. 
 
 
5 Lucas Moreira – 73C 
• Álcool - Benzos/ Zolpidem/ Barbitúricos: não associar → interação a nível hepático (reduz ação 
do CITp450) e neurológico → o álcool também é um modulador alostérico positivo do GABAa, deste 
modo, havendo sua associação há chance de uma grande depressão sensória. 
 
2.3. Zolpidem: o zolpidem é um medicamento modulador alostérico positivo de GABAa da classe das 
imidazopiridinas (não é um benzo). Este fármaco possui rápidaação e curto tempo de meia-vida (mais 
seguro), deste modo, sendo muito utilizado como hipnótico (não é utilizado como ansiolítico). Em alguns 
casos, pode determinar alucinações por conta de interação com via dopaminérgica. 
 
2.4. Barbitúricos: os barbitúricos são uma classe de medicamentos que atuam como agonista direto 
de GABAa, deste modo, possuindo uma ação muito mais potente que a de benzodiazepínicos e do 
zolpidem. Assim sendo, seu uso como ansiolítico se tornou obsoleto e suas utilizações terapêuticas, 
atualmente, são: sedativo, hipnótico e anticonvulsivante. Os barbitúricos podem ser administrados 
por via oral e IV. 
 
• Principais Representantes: fenobarbital (tempo de meia-vida longo → mais utilizado), alobarbital, 
pentobarbital e tiopental (tempo de meia vida curto → utilizado em algumas anestesias). 
 
• Os barbitúricos em superdosagem possuem interação com os sistemas respiratório e 
cardiovascular, deste modo, sendo muito mais perigosos quanto ao seu risco de óbito → possuem 
efeito exponencial com aumento de dosagem. Além disso, causam indução enzimática → maior risco de 
interação farmacológico → diminuição do efeito de outros fármacos; e tremor (inibição de via 
mesolímbica). Os barbitúricos também possuem grande potencial de indução de dependência física e 
psíquica, e de tolerância (necessidade de doses cada vez maiores). 
 
 
 
 
6 Lucas Moreira – 73C 
3. Antidepressivos: 
 
• Depressão: do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos mais 
salientes o humor triste e, na esfera volitiva, o desânimo, mais ou menos marcantes. Tal tristeza e 
desânimo são, na depressão, desproporcionalmente mais intensos e duradouros do que nas respostas 
normais de tristeza que ocorrem ao longo da vida. Os quadros depressivos caracterizam-se por uma 
multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à 
autovaloração, à vontade e à psicomotricidade. Também podem estar presentes, em formas graves de 
depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora (geralmente 
lentificação ou estupor), assim como fenômenos biológicos (neuronais ou neuroendócrinos) associados. 
Comumente os principais sintomas são: (1) humor depressivo, ruminação excessiva de pensamento 
negativo, infelicidade, apatia e pessimismo; (2) autoestima baixa: sentimentos de culpa, inadequação e 
sentimento de feiura; (3) indecisão, perda de motivação; (4) anedonia, perda da sensação de 
recompensa. Os sintomas biológicos incluem: retardo do pensamento e da ação; perda de libido; e 
distúrbios do sono e perda de apetite. 
 
• Teoria das Monoaminas: a teoria das monoaminas da depressão, que foi primeiramente proposta por 
Schildkraut em 1965, afirma que a depressão pode ser causada por déficit funcional de transmissores 
de monoaminas (dopamina), norepinefrina e 5-hidroxitriptamina (5-HT), em certos locais do cérebro, 
enquanto a mania resulta de excesso funciona. Esta teoria se baseou na ação de três fármacos: 
Imipramina → bloqueia 5HT (respostas negativas) e dopaminérgicos → ação antidepressivas; a 
Iproniazida → inibe MAO → ação antidepressiva; e a reserpina → inibe a captação de nora em vesículas 
→ ação depressiva 
➢ Sintomas de atenção, motivação, prazer e recompensa → noradrenalina; 
➢ Estado de alerta → dopamina; 
➢ Ansiedade: dopamina e serotonina; 
➢ Sintomas obsessivos e compulsivos, embotamento afetivo e anedonia → serotonina; 
➢ Sintomas depressivos → os três. 
 
 
7 Lucas Moreira – 73C 
 
• Efeitos antidepressivos clínicos em geral são apenas observados depois de 3 semanas ou mais de 
tratamento contínuo → geralmente, 2 a 3 meses. Pacientes em tratamento agudo podem ter ideação 
suicida → acompanhamento próximo! 
 
• Os antidepressivos, no geral, buscam atuar sobre o receptor 5-HT1A, que está localizado nos corpos 
celulares serotoninérgicos dos núcleos da rafe e neurônios pós-sinápticos no hipocampo; e é 
considerado como responsável por regular humor e comportamento. O receptor 5-HT1D é um 
autorreceptor inibitório, sendo importante no tratamento de enxaqueca (uso de tricíclicos). Todavia, como 
os fármacos antidepressivos não são drogas tão seletivas, elas acabam ativando receptores 5-HT nas 
mais diversas áreas do cérebro e determinando efeitos colaterais como: irritação (5-HT2 - núcleos da 
base), vômitos e náuseas (5-HT3 – centro do vômito no bulbo), ansiedade (5-HT2 – sistema límbico) e 
disfunções sexuais – disfunção precoce ou tardia (5-HT2 – medula espinhal). 
 
3.1. Classes de Antidepressivos: 
 
I. Inibidores da Monoamino-Oxidase (IMAO’s): são fármacos que atuam inibindo, de forma 
reversível ou não, as enzimas MAO-A e MAO-B e, deste modo, aumentando as concentrações de 
NA e serotonina nas fendas sinápticas. 
 
• Principais Representantes: fenelzina, isocarboxazida, iproniazida, moclobemida e seleginina. 
• Efeitos Adversos: tremores, excitação, insônia e hiperidrose; agitação e comportamento 
hipomaníaco; alucinações, confusão e convulsões (raras ocasiões); ganho de peso (apetite 
aumentado); lesão hepática (compostos hidrazínicos); tontura vertigem, cefaleia, inibição da ejaculação, 
fraqueza, fadiga, boca seca, visão turva, retenção urinária, rashes cutâneos e constipação 
• Síndrome Seratoninérgica: ocorre pela administração concomitante de fármacos que aumentam a 
serotonina (p, ex. IMAO e ISRS) → hipertemia, agitação, delirium, ansiedade, colapso 
cardiovascular e rigidez muscular. 
 
II. Antidepressivos Tricíclicos (ATC): são os primeiros antidepressivos criados. Estes fármacos 
atuam inibindo SERT e NET, e, deste modo, aumentando as concentrações de serotonina e NA na 
fenda sináptico. São utilizados em casos de depressão maior ou refratária. Ademais, são drogas 
“sujas”, ou seja, atuam de forma não específica em vários receptores → SERT, NET, antagonismo 
H1, antagonismo alfa-1 e antagonismo M1. 
 
• Principais representantes: imipramina, desipramina, amitriptilina, nortriptilina, clomipramina, 
 
8 Lucas Moreira – 73C 
• Efeitos Colaterais: ganho de peso e sonolência (H1); tontura, hipotensão e sonolência (Alfa-1); 
constipação, visão turva, boca seca e sonolência (M1); e síndrome seratoninérgica (associação de 
antidepressivos). 
 
III. Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS’s): são fármacos que 
atuam inibindo seletivamente SERT e, deste modo, aumentando as concentrações de serotonina na 
fenda sináptica. São muito utilizados também em transtornos como síndrome do pânico, TOC, 
TEPT e TAG. 
 
• Principais Representantes: fluoxetina (crianças e gestantes), paroxetina, citalopram, sertralina (idosos) 
e escitalopram (um dos melhores fármacos da atualidade, mas não disponível no SUS). 
• Efeitos Colaterais: irritação, náuseas, vômitos, alterações na função sexual, sono e ansiedade. Caso 
associado com outros antidepressivos, pode determinar síndrome seratoninérgica. 
 
IV. Antidepressivos Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Serotonina (IRSN’s): são a 
classe de antidepressivos mais recentes, sendo, caso o paciente tenha condição, os fármacos de 
primeira escolha para o tratamento de depressão. Atuam inibindo NET e SERT. Além da depressão, 
também são utilizados para tratar autismo, compulsão alimentar, ondas de calor, síndromes 
dolorosas, transtorno disfórico pré-menstruais, fibromialgia, dor neuropática e incontinência urinária. 
 
• Principais Representantes: desvenlafaxina, venlafaxina (efexor; acima de 100mg efeito dual), 
trazodona e duloxetina (cymbalta). 
• Efeitos Colaterais: ativação motora (tremores), agitação psicomotores, aumento da PA (centro 
cardiovascular no tronco), aumento da FC, boca seca, constipação e retenção urinária (alteração 
parassimpática). 
 
V. Antidepressivos Atípicos: são fármacos que não se encaixam em nenhuma das classes anteriores 
 
• Mitrazapina:atua inibindo o autorreceptor inibitório Alfa-2. Muito utilizado em idosos; 
• Trazodona: bloqueia os receptores 5-HT2A e 5- HT2C e também os receptores H1. Utilizado no 
tratamento de depressão maior com ou sem episódios de ansiedade; e dor neurogênica (neuropatia 
diabética) e outros tipos de dores crônica. 
• Bupropriona: agonista direto de 5-HT1A. Utilizado em pacientes em tentativa de abandono do 
tabagismo. 
 
VI. Outras Drogas: 
 
9 Lucas Moreira – 73C 
I. Metilenodioximetanfetamina (MDMA)/ Ecstasy: inibidor seletivo do armazenamento da serotonina 
e ligante do receptor de 5HT. 
II. Metilfenidato/ Ritalina: inibidor da recaptação da dopamina e da noradrenalina. Além disso, atua 
como agonista sobre os receptores alfa e beta adrenérgico. 
 
 
4. Esquizofrenia e Antipsicóticos: 
 
• Esquizofrenia: a principal forma de psicose ou síndrome psicótica, por sua frequência e sua importância 
clínica, é, certamente, a esquizofrenia (Tsuang; Stone; Faraone, 2000; Tandon; Keshavan; Nasrallah, 
2008). A proposta de se recortar uma entidade nosológica que incluiria formas distintas de “loucura” 
(paranoide, catatônica e dos jovens ou hebefrênica) foi feita pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin (1856-
1926), em 1896, que a nomeou dementia praecox (“dementia” pela noção de que a maior parte dos 
pacientes teria evolução muito ruim e “praecox” pelo seu início frequente em jovens e adultos jovens). 
Já o psiquiatra suíço Eugen Bleuler (1857-1939) propôs, em 1911, o termo esquizofrenia, dando ênfase 
à desarmonia interna do funcionamento mental e à quebra radical do contato com a realidade que ele 
notava nesse transtorno. 
I. Sintomas Positivos: diferentemente dos sintomas negativos, que se manifestam principalmente 
pelas ausências e pelos déficits psíquicos e comportamentais, os sintomas ditos positivos são 
manifestações novas, salientes, do processo esquizofrênico. Os principais sintomas positivos da 
esquizofrenia são: alucinações → o tipo de alucinação mais frequente é a auditiva (alucinações 
áudio verbais, ou seja, “vozes” que o paciente ouve, geralmente com conteúdos de acusação, 
ameaça ou pejorativos), mas também pode haver alucinações/ilusões visuais, táteis, gustativas 
(gosto de veneno nos alimentos) e/ou olfativas (auto-ósmicas, sentir cheiro de pus ou de algo 
apodrecido dentro do abdome, sentir cheiro de podre); e delírios → frequentemente de conteúdo 
persecutório, autorreferentes ou de influência, mas pode haver delírios com outros conteúdos ou de 
outra natureza ⇒ hiperativação de receptor dos tipos D2, D3 e D4 nas vias nigroestriatal e 
mesolímbica → inibe uma via inibitória (GABA) → gera excitação (glutamato) no resultante final. 
 
II. Sintomas Negativos: os sintomas negativos das psicoses esquizofrênicas caracterizam-se pela 
perda de certas funções psíquicas (na esfera da vontade, do pensamento, da linguagem, etc.) 
e pelo empobrecimento global da vida afetiva, cognitiva e social do indivíduo. Os principais 
sintomas ditos negativos nas síndromes esquizofrênicas são: embotamento afetivo, associabilidade, 
alogia, avolição e anedonia ⇒ hiperatividade de receptores dos tipos D1 e D5 na via 
mesocortical → excita uma via inibitória (GABA) → gera inibição (inibe via serotoninérgica) no 
resultante geral. 
 
 
10 Lucas Moreira – 73C 
III. Sintomas Psicomotores: não é incomum pacientes com esquizofrenia apresentarem lentificação e 
empobrecimento psicomotor com restrição do repertório da esfera gestual e motora. Alterações 
psicomotoras também são verificadas na forma de estereotipias de movimentos (atos, gestos, 
atitudes mais complexos que os tiques, repetidos de forma mecânica, sem finalidades), maneirismos 
(gestos complexos, repetidos, que parecem ter um objetivo e significado para o indivíduo, mas que 
são percebidos pelo observador como algo excessivo, excêntrico e muito bizarro) e posturas bizarras. 
Alguns pacientes fazem caretas (que não se sabe por que), vestem roupas e usam adornos bizarros. 
A síndrome catatônica ou catatonia é a manifestação psicomotora mais marcante na 
esquizofrenia. Na catatonia, embora os pacientes apresentem o nível de consciência preservado, 
podem revelar sintomas de estupor (diminuição marcante até ausência de atividade psicomotora, 
com retenção da consciência, mutismo e negativismo; o paciente fica no leito, parado, sem fazer 
nada, sem responder a solicitações, sem se alimentar e às vezes sem sair para urinar ou defecar). 
A catatonia é gerada por uma projeção da hiperatividade da via D2, D3 e D4. 
 
IV. Sintomas de Humor: há redução da experiência e da expressão emocional em muitos pacientes 
(vista também como uma dimensão dos sintomas negativos). Em contraste com tal redução, os 
indivíduos apresentam com frequência aumento da reatividade emocional (sobretudo quando 
também apresentam sintomas positivos, quando expostos a muitos estímulos). Essa combinação de 
redução da expressão emocional com maior reatividade emocional tem sido denominada de 
“paradoxo emocional da esquizofrenia”. 
 
• A esquizofrenia é uma doença crônica, inclusive sendo considerada neurodegenerativa, com surtos 
recorrentes; não há, de modo geral, remissão completa depois dos surtos. A evolução da vida social e 
econômica implica, geralmente, menores taxas de emprego e de independência econômica, e também 
há maior probabilidade de o indivíduo acometido ficar em situação de rua ou ser preso. O curso da 
doença é, de modo geral, dividido em três fases: fase pré-mórbida, fase de sintomas psicóticos e fase 
crônica, em que há graus diversos de perdas e deteriorações implicadas. O surgimento dos sintomas 
psicóticos ocorre, de modo geral, na adolescência e no início do período adulto (15 - 25 anos). 
Nos homens, tende a surgir alguns anos mais cedo do que nas mulheres, sendo mais comum também 
em homens. 
 
• Transtorno Delirante: uma forma de psicose próxima à esquizofrenia, mas distinta, é o transtorno 
delirante, que se caracteriza pelo surgimento e pelo desenvolvimento de um delírio ou sistema 
delirante (vários delírios de alguma forma interligados tematicamente) com considerável 
preservação da personalidade, da afetividade, da cognição e do resto do psiquismo do indivíduo 
acometido. Não deve haver pensamento e/ou comportamento francamente desorganizado ou sintomas 
negativos marcantes. O transtorno delirante ocorre geralmente em sujeitos com mais de 40 ou 50 
anos de idade e costuma ter curso crônico e estável. A duração do delírio deve ser de no mínimo um 
mês (DSM-5) ou três meses (CID-11), mas em geral é mais longa, podendo perdurar anos. O transtorno 
delirante, tal como descrito nos sistemas diagnósticos atuais (CID-11 e DSM-5), é um construto 
 
11 Lucas Moreira – 73C 
heterogêneo. Poucos casos são subagudos e transitórios, com remissão completa após alguns meses, 
e outros evoluem para quadros mais graves de esquizofrenia. Entre esses dois extremos, há pessoas 
com delírios persistentes, que expressam a ideia clássica de paranoia (Opjordsmoen, 2014). 
 
4.1. Antipsicóticos e Dopamina: 
 
• Receptores Dopaminérgicos: 
I. D1 e D5: excitatórios e presentes na via mesocortical. Na esquizofrenia: excita uma via inibitória de 
GABA → gera inibição no resultante geral. Responsável pelos sintomas negativos de alterações 
cognitivas e embotamento afetivo. 
II. D2, D3 e D4: inibitórios e presentes nas vias mesolímbica, túbero-infundibular (liberação de 
prolactina → associação com câncer de mama) e nigroestriatal. Na esquizofrenia: inibe uma via 
inibitória de GABA na amigdala e hipocampo → gera uma excitação resultante em uma via de 
glutamato no tálamo → gera sintomas positivos. 
 
• Vias Dopaminérgicas: todas as vias dopaminérgicas partem da ATV (área tegumentar ventral) e NA 
(núcleo accumbens) ➔ (1) via nigroestriatal → faz um controle negativo da motricidade→ receptores 
D2; (2) via mesolímbica → controle das emoções e da realidade → → receptoresD2, D3 e D4 → 
sintomas positivos; (3) via túbero-infundibular → controla negativamente liberação de prolactina 
→receptores D2; e (4) via mesocortical → cognição e afetividade → D1 e D2 sintomas negativos. 
 
 
• O principal tratamento para esquizofrenia consiste na inibição de D2 (antipsicótico típico) → resulta em 
aumento da atividade do córtex e de acH → síndrome extrapiramidal (agitação, tremores, …) → fator 
que resulta na troca de antipsicótico típico para um atípico (D1, D5, vias de serotonina) 
 
 
12 Lucas Moreira – 73C 
• Os pacientes esquizofrênicos tratados, com o tempo, podem apresentar atrofia das vias dopaminérgicas, 
deste modo, podendo desenvolver Parkinson com o passar dos anos. 
 
4.1.1. Antipsicóticos Típicos, Clássico ou de Primeira Geração: são fármacos que atuam 
antagonizando os receptores D2 de dopamina, e, deste modo, inibindo sintomas positivos. 
Podem gerar síndrome extrapiramidal, sendo este o fator que resulta em troca de um típico para 
um atípico. Não tratam sintomas negativos. 
 
• Principais Representantes: clorpromazina, levomepromazina, tioridazida e haloperidol. 
 
• De forma geral, inibe todas as quatro vias dopaminérgicas (fármacos sujos, deste modo, inibindo de 
certa forma todos os receptores de dopamina): via mesolimbica → melhora sintomas positivos; via 
mesocortical → agrava sintomas negativos; via nigroestriatal → síndrome extrapiramidal; e via túbero-
infundibular → aumento de prolactina; 
 
• Efeitos Colaterais: síndrome extrapiramidal (acatisia, distonia e até Parkinson farmacológico/ 
pseudoparkinsonismo); discinesia tardia; sedação e ganho de peso (antagonismo H1); ginecomastia 
perda da acomodação visual; boca seca; constipação e dificuldade de urina (efeito anticolinérgico); 
hipotensão ortostática, disfunção erétil e retardo na ejaculação (bloqueio alfa-1). 
 
• Síndrome Extrapiramidal: ocorre por conta de uma inibição dos receptores D2 presentes na via 
nigroestriatal, uma via de controle negativo da motricidade. Assim sendo, haverá a inibição de uma via 
inibitória, deste modo, resultando uma excitação anormal da motricidade, com um resultante 
aumento de liberação de acetilcolina. Como sintomas haverão: distonias aguda como: movimentos 
involuntários, inquietação, espasmos musculares, protusão da língua, desvio fixo do olhar para cima, 
espasmos dos músculos do pescoço, podendo levar até à um pseudoparkinsonismo. 
 
• Discinesias Tardias: desenvolvem-se após meses ou anos (daí “tardias”) em 20-40% de pacientes 
tratados com fármacos antipsicóticos de primeira geração, e é um dos principais problemas da 
terapêutica antipsicótica. A sua gravidade reside no fato de ser uma situação incapacitante e 
frequentemente irreversível, que muitas vezes fica pior quando a terapêutica antipsicótica é parada e é 
resistente ao tratamento. A síndrome consiste em movimentos involuntários, frequentemente da face 
e língua, mas também do tronco e membros, que podem ser muito incapacitantes. Assemelha-se 
ao que se observa após tratamento prolongado da doença de Parkinson com levodopa. Estão 
associadas com um aumento gradual no número de receptores de D2 no estriado, que é menos 
marcado durante o tratamento com a segunda geração do que com fármacos antipsicóticos da primeira 
geração. 
 
 
13 Lucas Moreira – 73C 
4.1.2. Antipsicóticos Atípicos ou de Segunda Geração: são fármacos prolixos que, desta forma, atuam 
ao mesmo tempo antagonizando receptores D1 e D2. Assim sendo, teoricamente, possuem 
maior capacidade de tratar os sintomas negativos da esquizofrenia. Além disso, possuem 
menor tendência à gerarem sintomas extrapiramidais. 
 
• Principais Representantes: olanzapina (zyprexa), quetiapina (seroquel), risperidona e clozapina 
(Leponex, Okotico e Xynaz) 
 
• Paciente em surto ➔ clozapina e midazolam. 
 
 
 
5. Distúrbios Neurodegenerativos: 
 
• São doenças determinadas pela perda progressiva e irreversível de neurônios em determinadas regiões 
do cérebro. 
 
• Esta morte neuronal pode ser ocasionada por uma interação de: isquemia, inflamação, apoptose, 
estresse oxidativo e excitotoxicidade 
 
• Excitotoxicidade: é considerada como sendo uma excitação neuronal excessiva que pode levar à sua 
morte. O seu mecanismo de lesão é o seguinte: excitação neuropsíquica excessiva → ativação excessiva 
de glutamato → ativação de receptores NMDA → acúmulo intracelular de Ca2+ → (1) ativação das 
proteases (calpaínas) e lipases, causando lesão da membrana; (2) lesão mitocondrial → mitocôndria e 
o retículo endoplasmático agem como ralos capacitores para o Ca 2+ e, normalmente, mantêm a 
concentração de cálcio sob controle. Sobrecarregar os depósitos mitocondriais além de certo ponto, 
entretanto, atrapalha a função mitocondrial, reduzindo a síntese de ATP → formação de radicais livres; 
(3) ativação da óxido nítrico sintase → aumento excessivo de NO → peroxinitrito e os radicais hidroxila 
livres → espécies reativas de oxigênio → se ligam à proteínas, deste modo, lesando suas estruturas 
e as dobrando incorretamente → se acumulam → formam oligômeros → agregado insolúvel → 
sinalização de necrose e apoptose → resposta inflamatória. No sistema nervoso, os agregados 
frequentemente formam estruturas distintas, conhecidas, em geral, como corpos amilóides, que são 
visíveis ao microscópio e são característicos das doenças neurodegenerativas. No parkinson este 
processo gera a alfa-sinucleína; na alzheimer a beta-amilase e a TAU; no huntington a huntingtina; e na 
ELA a SOD e TDP-43. 
 
14 Lucas Moreira – 73C 
 
 
• Esta sequência patológica explica o porquê de, por exemplo, a Alzheimer ser mais comum em pacientes 
com maior atividade intelectual. Além disso, vale ressaltar que, também por conta deste mecanismo, 
pacientes com crises convulsivas de duração maior que 10 minutos possuem alto risco de lesão neuronal 
→ pacientes com epilepsia possuem risco aumentando de doenças neurodegenerativas á longo prazo. 
 
5.1. Doença de Alzheimer: 
 
• Doença caracterizada por perda de habilidades cognitivas (dificuldade de montar palavras); perda de 
memória recente (mas não distante), da habilidade visual-espacial, de cálculo, do uso de ferramentas 
manuais comuns (apraxia ideomotora). Há um processo de atrofia do córtex cerebral (perda neuronal 
corticais e sub-corticais). Esta doença é ocasionada por acúmulos patológicos das proteínas Beta-
Amilóide e TAU fosforilada. 
• Achados Patológicos: placas senis (Aβ) e emaranhados neurofibrilares (tau fosforilada); Depósitos 
abundantes no hipocampo e córtex associativo. 
 
15 Lucas Moreira – 73C 
• Estas alterações morfo-funcionais determinam diminuição da produção de acH (morte neuronal 
colinérgica; também cursa com a via dopaminérgica por consequência) e aumento da produção de 
ApoE4. 
 
 
5.1.1. Fármacos: quase todos os remédios (exceto um) não são capazes de alterar o curso da doença → 
tratam sintomas cognitivos e comportamentais → tentam trabalhar com o déficit de acetilcolina → 
principalmente atuando sobre a acetilcolinesterase, a inibindo 
 
• Inibidores da Acetilcolinesterase: rivastigmina (pode ser utilizada como adesivo dérmico), donepezila 
(tratamento de DA de branda à grave) e galantamina 
➢ Efeitos Colaterais: sintomas gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia, dor 
abdominal, aumento da secreção ácida; cardiovasculares: oscilação da pressão arterial, síncope, 
arritmia, bradicardia; e sistema nervoso central: tonturas, cefaleia, agitação, insônia, câimbras, 
sudoreses, aumento da secreção brônquica. 
 
• Memantina (Ebix): é um fármaco récem-aprovado pelo FDA e que promete ser o primeiro a impedir a 
progressão da Alzheimer. Atua como um antagonista não competitivo do receptor NMDA. 
 
• Coadjuvantes: fluoxetina ou haloperidol para distúrbios de humor 
 
• Evitar anticolinérgicos, benzodiazepínicos e hipnóticos. 
 
 
5.2. Doençade Parkinson: 
 
• É uma doença neurodegenerativa caracterizada por: bradicinesia, rigidez articular, tremor em 
repouso e desequilíbrio postural. Além disso, também são observados: fácies sem expressão, voz 
monótona, olhar parado, tronco inclinado, grau variável de comprometimento cognitivo e marcha 
 
16 Lucas Moreira – 73C 
arrastada em festinação (tronco inclinado, tremores associados, passos lentos e pequenos + mudança 
de direção em bloco) 
 
• A doença de Parkinson é ocasionada pela perda de neurônios dopaminérgicos da substância negra, 
deste modo, afetando, principalmente, a via nigroestriatal. Esta lesão é determinada pela formação de 
agregados de alfa-sinucleína, formando, ao microscópio óptico, os chamados corpúsculos de Levy. 
 
 
• Alterações cognitivas também podem estar presentes por perda de neurônios dopaminérgicos na via 
mesocortical. 
 
5.2.1. Vias do Movimento: 
 
I. Via Direta: a via direta é a via favorável à execução do movimento, ou seja, ela aumenta a 
probabilidade de que o movimento ocorra. A sua rota é a seguinte: substância nigra libera dopamina 
sobre o estriado → ativação de D1 → excitação de via GABA → inibição do GPinterno → inibição 
de via GABA → ou seja, inibe e inibitória, deste modo, gerando uma excitação → excitação do tálamo 
→ excitação do córtex motor → movimento; 
 
 
17 Lucas Moreira – 73C 
II. Via Indireta: a via indireta é contra à execução dos movimentos, de forma oposta à via direta. Se 
sobrepõe à direta por conta de uma maior proporção de receptores D2 presentes no estriado. A sua 
rota é a seguinte: substância nigra libera dopamina sobre o estriado → ativação de D2 → ativa via 
GABA → inibição do GPexterno → deixa de inibir o NST → via de glutamato → ativa GPinterno → 
via GABA → inibe o tálamo → deixa de ativar o córtex motor → não há movimento 
 
III. Parkinson: no Parkinson, por uma diminuição de D1 e D2, o globo pálido interno fica livre para inibir, 
por meio de uma via GABA, o tálamo e, deste modo, dificultar o movimento. 
 
IV. Parkinsonismo Farmacológico uso crônico de fármacos antipsicóticos, principalmente de primeira 
geração, como a clorpromazina → aumento de receptores D2 → ativação excessiva da via indireta 
→ dificultação do movimento. 
 
5.2.2. Fármacos: consiste basicamente em tentativas de aumento dos níveis de dopamina. 
 
• Levodopa: é o tratamento de primeira linha para a DP e é combinada com um inibidor da 
dopadescarboxilase, ou carbidopa ou benserazida, que reduz a dose necessária em cerca de 10 
vezes, e diminui os efeitos adversos periféricos. A conversão da dopamina na periferia, que de outra 
maneira responderia por cerca de 95% da dose de levodopa e causaria efeitos adversos problemáticos, 
é amplamente impedida pelo inibidor da dopadescarboxilase. Esta inibição é fundamental, uma vez que 
a dopamina em si não atravessa a BHE, coisa que a levodopa faz. 
➢ Efeitos Adversos: discinesia → que não aparecem inicialmente, porém desenvolvem-se na maioria 
dos pacientes depois de 2 anos do início do tratamento com levodopa. Esses movimentos afetam em 
geral a face e os membros e podem tornar-se muito graves. Eles ocorrem no momento do pico do efeito 
terapêutico, e a margem entre o benefício e o efeito discinético torna-se progressivamente mais estreita; 
“efeito on-off” → rápidas flutuações no estado clínico, em que a bradicinesia e a rigidez podem 
subitamente piorar por período de alguns minutos a algumas horas e, em seguida, melhorar novamente; 
hipotensão postural; e psicoses: aumentando a atividade da dopamina no cérebro, a levodopa pode 
 
18 Lucas Moreira – 73C 
produzir uma síndrome esquizofrenia-símile, com delírios e alucinações. Mais comumente, em cerca de 
20% dos pacientes, ela causa confusão, desorientação, insônia ou pesadelos. 
 
• Seleginina: é um antidepressivo IMAO, que aqui tende a bloquear a enzima MAO B 
 
• Tolcapona: inibe a COMTT 
 
 
• Agonistas Dopaminérgicos: são fármacos que buscam atuar como agonistas dos receptores 
dopaminérgicos. Entre eles estão: a bromocriptina (D2), a pergolida (D1 e D2) e a cabergolina → embora 
seja eficaz no controle dos sintomas da DP, a sua utilidade é limitada pelos efeitos adversos, tais como 
náuseas e vômitos, sonolência e risco de reações fibróticas nos pulmões, retroperitônio e pericárdio. 
Estes efeitos levaram sua substituição para o pramipexol e ropinirol, que são seletivos para D2/3 (D3 > 
D2) e mais bem tolerados, e não mostram flutuações na eficácia associada à levodopa. Entretanto, eles 
causam sonolência e às vezes alucinações, e evidências recentes sugerem que eles podem levar à 
predisposição de comportamento compulsivo, como vício em apostas, em alimentos e excesso sexual, 
relacionado com a função de “recompensa” da dopamina. Em ambos os casos há uma sonolência 
irresistível → risco de acidentes: 
• Amantina: atua facilitando a ação da dopamina → inibe a NET, estimula sua liberação a atua como 
agonista de D2 
 
6. Epilepsia e Quadros Convulsivos: 
 
• Convulsão x Epilepsia: 
➢ Convulsão: é um episódio ocasional → incidência de pelo menos um episódio na vida (5-10%). São 
provocadas por distúrbio ou estressor temporário (p. ex., distúrbios metabólicos, infecções do sistema 
nervoso central, doenças cardiovasculares, intoxicação ou abstinência de drogas, transtornos 
psicogênicos). Em crianças, febre pode provocar uma convulsão. 
➢ Epilepsia: crises recorrentes devido a causa crônica → incidência (0,3-0,5%) 
 
19 Lucas Moreira – 73C 
 
• Classificação das Crises: 
 
➢ Crises Generalizadas: as crises generalizadas envolvem o cérebro inteiro, inclusive o sistema reticular, 
produzindo atividade elétrica anômala em ambos os hemisférios. A perda de consciência imediata é 
característica das convulsões generalizadas. 
I. Crises Tônico-Clônicas: anteriormente denominadas de grande mal. Consiste em forte contração 
inicial da musculatura como um todo, causando espasmo extensor rígido e até grito 
involuntário. A respiração cessa e costumam ocorrer defecação, micção e salivação. Essa fase 
tônica dura cerca de 1 minuto, durante o qual a face se apresenta congesta e pode tornar-se 
cianótica, e é seguida por uma série de violentos abalos sincronizados, que, gradualmente, em 
2 a 4 minutos, vão desaparecendo. O paciente fica inconsciente por mais alguns minutos e depois, 
lentamente, recupera-se, sentindo-se mal e confuso. Podem ocorrer traumatismos durante o episódio 
convulsivo. O EEG mostra atividade contínua generalizada de alta frequência na fase tônica e 
despolarização intermitente na fase clônica. 
 
II. Crises Clônicas: há apenas o surgimento de uma série de violento movimentos involuntários e 
sincronizados, não havendo aumento da tonicidade; 
 
III. Crises Tônicas: há apenas um forte aumento do tônus muscular, na maioria dos casos, levando à 
um espasmo extensor rígido. Não há crises clônicas; 
 
IV. Crises Atônicas: há perda da tonicidade muscular → risco de queda; 
 
V. Crises de Ausência: anteriormente descritos como pequeno mal. Afetam crianças; são muito menos 
intensas, mas podem ocorrer mais frequentemente (muitas crises a cada dia) que as convulsões 
tônico-clônicas. O paciente subitamente cessa o que quer que esteja fazendo, algumas vezes 
 
20 Lucas Moreira – 73C 
parando de falar no meio da sentença, e olha fixamente o vazio por alguns segundos, com 
pouca ou nenhuma alteração motora. Os pacientes não ficam cientes do que os cerca e 
recuperam-se rapidamente, sem efeitos posteriores. O padrão do EEG mostra despolarização rítmica 
característica durante o período da crise. 
 
VI. Estado Pós-Ictal: costuma ocorrer após as crises de início generalizado; é caracterizado por sono 
profundo, cefaleia, confusão e dor muscular; esse estado dura minutos a horas. Algumas vezes, o 
estado pós-ictal cursa com paralisia de Todd, um deficit neurológico transitório, geralmente nomembro contralateral ao foco da convulsão. 
 
➢ Crises Parciais: as convulsões parciais (focais) são aquelas em que a despolarização se inicia 
localmente e costuma permanecer assim. Os sintomas dependem da região (ou regiões) do cérebro 
envolvida(s) e incluem contrações musculares involuntárias, experiências sensitivas anômalas ou 
despolarização autonômica, ou efeitos sobre o humor e o comportamento, muitas vezes denominados 
epilepsia psicomotora – que podem surgir a partir de um foco em um lobo temporal. 
I. Crise Parcial Simples: início focal e com manifestações motoras (como início pelas mãos, pé ou 
face), sensoriais (início com dormência, formigamento), autonômicas (palidez, sudorese, palpitação) 
ou psíquicas (medo, transtorno transitório da compreensão da realidade), sem perda de 
consciência. 
 
II. Crise Parcial Complexa: é a mais comum do adulto e pode ser precedida de sintomas prodrômicos 
(auras) ou de crise parcial simples, mas ocorre perturbação no nível da consciência. A apresentação 
mais usual é quando a pessoa fixa o olhar em um ponto distante e parece desperta, mas não 
responde a estímulos ou comandos. Pode apresentar movimentos repetitivos, chamados de 
automatismo, como mastigação ou movimentos manuais e após o paciente entra em estado pós-
ictal (sonolência e/ou confusão mental). 
➢ Aura: uma aura pode preceder as convulsões. Aura é o termo utilizado para descrever a maneira como 
os pacientes se sentem quando uma crise começa. Auras podem consistir em atividade motora ou 
manifestações sensoriais, autonômicas ou psíquicas (p. ex., parestesias, sensação epigástrica, cheiros 
anormais, sensação de medo e sensação de déjà-vu ou jamais vu). Na sensação jamais vu, um local ou 
experiência familiar é percebido como muito estranho—o oposto do déjà vu. Na maioria dos casos, a 
aura descrita pelos pacientes é parte de uma crise focal de consciência. 
 
• Origem das Convulsões: associam-se à despolarização episódica de alta frequência de impulsos 
por um grupo de neurônios (algumas vezes referido como foco) no cérebro. O que se inicia como 
despolarização local anômala pode propagar-se para outras áreas do cérebro. O local da despolarização 
primária e o grau de sua propagação determinam os sintomas que virão a ocorrer, os quais variam de 
um breve lapso de atenção a uma convulsão completa, com duração de alguns minutos, bem como 
sensações ou comportamentos estranhos. Os sintomas especiais produzidos dependem da função da 
 
21 Lucas Moreira – 73C 
região afetada no cérebro. Desse modo, o envolvimento do córtex motor causa convulsões; o 
envolvimento do hipotálamo causa despolarização autônoma periférica; e o envolvimento da formação 
reticular na parte alta do tronco encefálico leva à perda de consciência. As bases farmacológicas das 
convulsões não são completamente entendidas, mas pensa-se haver grande participação de 
glutamato e seus receptores NMDA; canais de sódio; e de cálcio voltagem-dependentes. No 
estado pós-ictal há maior atividade GABA por isso, o estado de “ressaca”. 
i. Fase Tônica: aumento do tônus com aumento em plateau de sódio e cálcio (NMDA); 
ii. Fase Clônica: alterações rítmicas e alternadas de sódio e Cl-. Não há atividade NDMA 
iii. Fase Pós-Ictal: há estado de ressaca por maior atividade GABA. 
 
➢ Considera-se que nas crises de ausência há uma hiperatividade das vias de GABA. 
 
6.1. Fármacos Neurolépticos: 
 
• Os fármacos antiepilépticos têm como objetivo inibir a despolarização neuronal anômala, em vez de 
corrigir a causa do fenômeno. Três mecanismos de ação principais parecem ser importantes: 
potencialização da ação do GABA; inibição da função dos canais de sódio à sinal do SNC; e 
inibição da função dos canais de cálcio. 
 
• Fármacos Gabaérgicos: apropriados para o tratamento das convulsões focais e tônico-clônicas; 
entretanto, causam efeitos adversos proeminentes, incluindo tontura, ataxia e sonolência → utilizados 
para crises agudas, não tratamento de manutenção. Por conseguinte, esses fármacos são, em geral, 
utilizados apenas para a interrupção aguda das convulsões. Principais: midazolam, clonazepam, 
fenobarbital, valproato (inibe enzimas GABA-T e DSS) e tiagabina (inibe GAT-1, uma proteína de 
recaptação de GABA) 
➢ Gabapentina: é um análogo do GABA → eleva níveis de GABA, alterando a síntese ou revertendo 
transportadores; inibe canais para Cálcio voltagem dependentes; e altera o metabolismo do GABA. 
 
 
22 Lucas Moreira – 73C 
• Inibidores de Canais de Sódio: atuam amentando o tempo de inativação dos canais de sódio voltagem-
dependentes. Exibem acentuada especificidade para o tratamento das convulsões focais e 
generalizadas secundárias. Principais representantes: topiramato, lamotrigina, carbamazepina e 
fenitoína. 
 
• Inibidores de Canais de Cálcio: atuam inibindo canais de cálcio voltagem-dependentes. Seu principal 
representante é a etossuximida → crises de ausência. 
 
• Valproato: atua em várias frentes: inibe enzimas GABA-T e DSS, inibe canais de sódio e inibe canais 
de Ca 2+ 
 
7. Anestesia Geral: 
 
• Um estado anestésico pode ser realizado por meio de diversas classes de fármacos: inibidores de canais 
de sódio, benzodiazepínicos, barbitúricos, agonistas de canais de K+ - específicos à nível central, 
inibidores NMDA, etc. 
 
• Classes de Anestésicos: 
I. Pré-Anestésicos/ Adjuvantes: anti-histamínicos (evitar reações alérgicas), antiácidos, benzos 
(midazolam → controlar ansiedade), opioides (pode determinar depressão cardiorrespiratório → 
nunca utilizar, por exemplo, em pacientes com DPOC → promover analgésia), barbitúricos 
(sedação), antieméticos (evitar náuseas e vômitos) e anticolinérgicos (facilitar intubação e promover 
relaxamento muscular). 
 
II. Anestésicos Inalatórios: desflurano, halotano, óxido nitroso (baixa latência e potência pequena → 
mais seguros em procedimentos rotineiros), sevoflurano e isoflurano ➔ escolher, principalmente, por 
potência e latência. 
 
III. Anestésicos IV: barbitúricos, benzos, cetamina, dexmedetomidina, etomidato, opioides, propofol. 
Indução rápida de anestesia. Agentes únicos em procedimentos curtos ou administrados como 
infusão para manter a anestesia durante procedimentos longos. Em dosagens baixas → 
sedação. Alta solubilidade em lipídios e coeficiente de partição alto, alto VD. 
 
7.1. Anestésicos Intravenosos: seus principais representantes são barbitúricos, benzos, cetamina, 
dexmedetomidina, etomidato, opioides, propofol. São fármacos com rápida indução anestésica 
(produzindo inconsciência em aproximadamente 20 segundos, assim que o fármaco chega ao cérebro 
a partir do local da injeção); utilizados como agentes únicos em procedimentos curtos ou administrados 
como infusão para manter anestesia. Possuem alta lipossolubilidade e alto coeficiente de partição. Agem 
principalmente estimulando atuação GABA ou inibindo atuação de glutamato. 
 
23 Lucas Moreira – 73C 
 
• Principais Representantes: propofol, tiopental, etomidato, cetamina, midazolam e diazepam. 
 
7.2. Anestésicos Inalatórios: são fármacos utilizados na manutenção das anestesias gerais. Atuam 
principalmente nos canais de K+ à nível central (TREK1, TREK2, TSAK1, TASK3 ou TRESK), deste 
modo, determinando inibição neuronal por hiperpolarização. 
 
• Fatores que influenciam nas suas características: 
I. Concentração Alveolar Mínima: é a concentração final do anestésico inalado, para eliminar o 
movimento em 50% dos pacientes estimulados por uma incisão média. Assim sendo, quanto menor 
a CAM, maior a potência do anestésico; 
 
II. Coeficiente de Partição Sangue/Gás: é o principal fator que determina a velocidade de indução e 
de recuperação de um anestésico inalatório, e quanto menor o coeficiente de partição sangue:gás, 
mais rápidas a indução e a recuperação. Assim sendo, quanto menor o CPSG, maior a potência 
anestésica, mas rápida a indução da anestesia emenor a seguridade do fármaco. Halotano> 
isoflurano> sevoflurano> óxido nitroso> desflurano. 
 
 
24 Lucas Moreira – 73C 
➢ O paciente obeso demora mais para induzir a anestesia e mais demora será sua recuperação 
(anestésico se depositam no TA) 
 
• Fatores que influenciam no equilíbrio do anestésico: 
I. Invasão Alveolar: dentre os fatores fisiológicos que afetam a velocidade de equilíbrio dos 
anestésicos inalatórios, a ventilação alveolar é o mais importante. Quanto maior o volume por minuto 
(respiração da ventilação volume corrente), mais rápido é o equilíbrio, particularmente para os 
fármacos que apresentem altos coeficientes de partição sangue:gás. Fármacos depressores 
respiratórios, como a morfina, podem retardar a recuperação da anestesia. 
II. Captação Anestésica: tecidos magros, incluindo o cérebro, apresentam grande fluxo sanguíneo e 
baixo coeficiente de partição para os anestésicos e, portanto, equilibram-se rapidamente com o 
sangue. Os tecidos gordurosos apresentam baixo fluxo sanguíneo e grande coeficiente de partição 
e, por isso, equilibram-se lentamente, agindo como um reservatório do fármaco durante a fase de 
recuperação. 
 
• Principais Representantes: halotano, óxido nitroso, isoflurano, sevoflurano e desflurano. 
 
• Hipertemia Maligna: todos os anestésicos inalatórios podem desencadear hipertermia maligna em 
indivíduos suscetíveis. É causada pela produção de calor no músculo esquelético, devido a uma 
liberação excessiva de Ca2+ do retículo sarcoplasmático. Os resultados são contração muscular, 
acidose, aumento do metabolismo e elevação dramática da temperatura corporal, o que pode ser fatal, 
a menos que seja tratada imediatamente. A hipertermia maligna é tratada com o dantroleno, um fármaco 
relaxante muscular que bloqueia esses canais de liberação do cálcio. 
 
• Os anestésicos voláteis (p. ex., isoflurano, sevoflurano) são liberados no ar, com oxigênio ou com 
misturas oxigênio-óxido nitroso como gás transportador. 
 
7.3. Fases da Anestesia Geral: 
 
I. Analgesia: a quantidade de anestésico injetado é menor, sendo mais superficial, apenas para inibir 
a dor. Paciente ainda está consciente. Aqui podem ser utilizados diversos tipos de fármacos como: 
opioides, anestésicos locais (lidocaína, bupivacaína, mepivacaína, etc) e outros. Pode haver a 
administração concomitante de inibidores neuromusculares (pancurônio, atracúrio, vecurônio e 
suxametônio) e antieméticos. 
 
II. Excitação: paciente perde a consciência e apresenta aumento dos reflexos de vômito → risco de 
aspiração. Aqui são utilizados anestésicos IV como indutores da anestesia; 
 
III. Cirúrgico: apresenta fases de aprodundamento crescente (4 planos: sono, perda sensorial 
completa, perda do tônus muscular e paralisia dos músculos intercostais). Cessam quase todos os 
 
25 Lucas Moreira – 73C 
estímulos reflexos e a respiração se torna regular. Alguns reflexos, como o estímulo faríngeo e o 
peritoneal ainda permanecem; o tônus muscular vai diminuindo, até desaparecer (primeiro os 
intercostais e, por último o diafragma → necessidade intubação). Aqui são utilizados anestésicos 
inalatórios para manutenção da anestesia. 
 
IV. Paralisia Bulbar: ocorre apenas quando há erro do anestesista, que aprofunda excessivamente a 
anestesia. Há lesão definitiva dos centros bulbares respiratório e cardiovascular e, por consequência, 
PCR e óbito. 
 
 
 
26 Lucas Moreira – 73C 
Nome Classe Ação Efeitos Adversos e Adendos 
Clonazepam 
(Rivotril) 
Benzodiazepínico É considerado o benzo mais 
potente, uma vez que possui um 
longo tempo de meia vida. Assim 
sendo, atualmente, os principais 
usos terapêuticos são: ansiolítico 
(principalmente TAG, TEPT, TOC 
e mania) e anticonvulsivante 
Como é um fármaco de longo tempo de 
meia-vida pode dar a chamada 
“ressaca” → efeito do fármaco 
permanece após o desejado, por 
exemplo, após acordar. Como todos os 
benzos, pode ocasionar efeitos 
amnésicos: diminuição da memória 
distante e da aquisição de novos 
conhecimentos (uso prolongado) → 
cuidado com idosos! Além disso, 
tolerância e dependência. O Rivotril 
(nome comercial): é uma das drogas 
mais vendidas do mundo (cerca de 15% 
das drogas vendidas em farmácias no 
Brasil). 
Diazepam (Vallium) Benzodiazepínico É considerado o benzo mais 
seguro, mesmo possuindo um alto 
tempo de meia-vida. Assim sendo, 
seus principais usos são: 
ansiolítico, relaxante muscular e 
anticonvulsivante (IV) 
Tolerância e dependência 
Bromazepam 
(Lexotan) 
Benzodiazepínico Ansiolítico Tolerância e dependência 
Clordiazepóxido Benzodiazepínico Ansiolítico, relaxante muscular e 
anticonvulsivante. É considerado 
de baixa potência 
Tolerância e dependência 
Flurazepam Benzodiazepínico Ansiolítico Tolerância e dependência 
Nitrazepam Benzodiazepínico Hipnótico (mas não para o 
tratamento de insônia), 
anticonvulsivante e ansiolítico 
Tolerância e dependência 
Nordazepam Benzodiazepínico Ansiolítico e anticonvulsivante Tolerância e dependência 
Alprazolam 
(Frontal/ Apraz) 
Benzodiazepínico Ansiolítico e antidepressivo. 
Também é considerado muito 
potente (tempo de meia-vida 
mediano) 
Tolerância e dependência 
Midazolam 
(Dormonid) 
Benzodiazepínico Anestésico (IV), anticonvulsivante 
(IV) e hipnótico (alternativa para o 
zolpidem). Possui um tempo de 
meia vida considerado ultracurto 
Tolerância e dependência 
 
27 Lucas Moreira – 73C 
Lorazepam Benzodiazepínico Ansiolítico e hipnótico. Possui 
tempo de meia-vida considerado 
curto, mas é considerado de alta 
potência 
Tolerância e dependência 
Flumazenil 
(Lanexat) 
Antídoto – 
Benzodiazepínicos 
Antídoto para intoxicação por 
benzodiazepínicos → modulador 
negativo GABAa específico para o 
sítio dos benzos 
- 
Zolpidem Imidazopiridinas Hipnótico Possuí maior seguridade em virtude 
do seu baixo tempo de meia-vida; 
Pode determinar alucinações 
Beta-Carbolinas 
(Ayahuasca) 
Agonista Inverso de 
GABAa 
Além de bloquear a ação de 
agonistas em GABAa, ativa sua 
função constitutiva, deste modo, 
determinando efeitos contrários à 
ativação deste receptor 
As beta-carbolinas são substâncias 
encontradas no alucinógeno 
ayahuasca 
Fenobarbital Barbitúrico Sedativo, hipnótico e 
anticonvulsivante 
Em superdosagem pode ocasionar 
PCR; possui maior potencial de 
indução de dependência física e 
psíquica, e de tolerância. Além 
disso, determina indução enzimática 
→ interação medicamentosa 
(contraceptivos) 
Tiopental Barbitúrico Sedativo, hipnótico e 
anticonvulsivante. Além disso, por 
conta do seu baixo tempo de meia-
vida é utilizado em anestesias por 
via IV. 
- 
Fenelzina IMAO É um fármaco que atua inibindo de 
forma não seletiva e irreversível as 
MAO’s A e B 
Tremores, excitação, insônia e 
hiperidrose; agitação e comportamento 
hipomaníaco; neuropatia periférica 
alucinações, confusão e convulsões 
(raras ocasiões); ganho de peso (apetite 
aumentado); lesão hepática (compostos 
hidrazínicos); tontura vertigem, cefaleia, 
inibição da ejaculação, fraqueza, fadiga, 
boca seca, visão turva, retenção 
urinária, rashes cutâneos e constipação. 
Síndrome Seratoninérgica 
 
28 Lucas Moreira – 73C 
Isocarboxazida IMAO É um fármaco que atua inibindo de 
forma não seletiva e irreversível as 
MAO’s A e B 
Tremores, excitação, insônia e 
hiperidrose; agitação e comportamento 
hipomaníaco; alucinações, confusão e 
convulsões (raras ocasiões); ganho de 
peso (apetite aumentado); lesão 
hepática (compostos hidrazínicos); 
tontura vertigem, cefaleia, inibição da 
ejaculação, fraqueza, fadiga, boca seca, 
visão turva, retenção urinária, rashes 
cutâneos e constipação. Síndrome 
Seratoninérgica 
Moclobemida IMAO É um fármaco que atua de forma 
seletiva e reversível para a MAO-A 
→ mais seguro → mais utilizado 
Náuseas, insônia, agitação 
Seleginina IMAO É umfármaco que atua de forma 
seletiva e reversível para a MAO-B. 
Tremores, excitação, insônia e 
hiperidrose; agitação e comportamento 
hipomaníaco; alucinações, confusão e 
convulsões (raras ocasiões); ganho de 
peso (apetite aumentado); lesão 
hepática (compostos hidrazínicos); 
tontura vertigem, cefaleia, inibição da 
ejaculação, fraqueza, fadiga, boca seca, 
visão turva, retenção urinária, rashes 
cutâneos e constipação. Síndrome 
Seratoninérgica 
Imipramina ATC ATC não seletivo, deste modo, 
inibindo SERT e NET 
Sedação; efeitos anticolinérgicos (boca 
seca, constipação, visão embaçada, 
retenção urinária etc.); hipotensão 
postural 
Amitriplina ATC ATC não seletivo, deste modo, 
inibindo SERT e NET 
Também é utilizado na dor 
neuropática e enxaqueca 
Sedação; efeitos anticolinérgicos (boca 
seca, constipação, visão embaçada, 
retenção urinária etc.); hipotensão 
postural 
Fluoxetina ISRS Atua inibindo SERT de forma 
seletiva. 
Menos resposta sistêmica → 
crianças e gestantes. 
Disponível no SUS 
Sedação; efeitos anticolinérgicos (boca 
seca, constipação, visão embaçada, 
retenção urinária etc.); hipotensão 
postural; alterações da função sexual 
Paroxetina ISRS Atua inibindo SERT de forma 
seletiva. 
 
Sedação; efeitos anticolinérgicos (boca 
seca, constipação, visão embaçada, 
retenção urinária etc.); hipotensão 
postural; alterações da função sexual 
Maior reação de abstinência 
 
29 Lucas Moreira – 73C 
Citalopram ISRS Atua inibindo SERT de forma 
seletiva 
Sedação; efeitos anticolinérgicos (boca 
seca, constipação, visão embaçada, 
retenção urinária etc.); hipotensão 
postural; alterações da função sexual 
Sertralina ISRS Atua inibindo SERT de forma 
seletiva 
Mais utilizado em idosos 
Efeitos positivos sobre energia, 
motivação e concentração 
Sedação; efeitos anticolinérgicos (boca 
seca, constipação, visão embaçada, 
retenção urinária etc.); hipotensão 
postural; alterações da função sexual 
 
Escitalopram ISRS Atua inibindo SERT de forma muito 
seletiva → menos efeitos colaterais 
Um dos melhores fármacos da 
atualidade, mas não disponível no 
SUS 
 
Desvenlafaxina IRSN Atua inibindo NET e SERT Ativação motora (tremores), agitação 
psicomotores, aumento da PA (centro 
cardiovascular no tronco), aumento da 
FC, boca seca, constipação e retenção 
urinária (alteração parassimpática) 
Venlafaxina IRSN Atua inibindo NET e SERT Ativação motora (tremores), agitação 
psicomotores, aumento da PA (centro 
cardiovascular no tronco), aumento da 
FC, boca seca, constipação e retenção 
urinária (alteração parassimpática) 
Duloxetina IRSN Atua inibindo NET e SERT Ativação motora (tremores), agitação 
psicomotores, aumento da PA (centro 
cardiovascular no tronco), aumento da 
FC, boca seca, constipação e retenção 
urinária (alteração parassimpática) 
Mitrazapina Antidepressivo Atípico Atua inibindo o autorreceptor 
inibitório Alfa-2 
Muito utilizado em idosos 
Boca seca, sedação, ganho de peso 
Trazodona Antidepressivo Atípico Bloqueia os receptores 5-HT2A e 
5- HT2C e também os receptores 
H1. 
Utilizado no tratamento de 
depressão maior com ou sem 
episódios de ansiedade; e dor 
neurogênica (neuropatia diabética) 
e outros tipos de dores crônica 
Sedação, hipotensão e disritmias 
cardíacas 
 
30 Lucas Moreira – 73C 
Bupropiona Antidepressivo Atípico Agonista direto de 5-HT1A 
Utilizado em pacientes em 
tentativa de abandono do 
tabagismo 
 
Metilfenidato/ 
Ritalina 
 Inibidor da recaptação da 
dopamina e da noradrenalina, 
Além disso, atua como agonista 
sobre os receptores alfa e beta 
adrenérgico. 
 
Clopromazina Antipsicótico Típico Antagonista de D2 com relativa 
tendência à se ligar também aos 
receptores D1, H1 e alfa-1 
Ginecomastia, síndrome 
extrapiramidal, intensa sonolência. 
Discinesia tardia, intensa 
hipotensão. 
Haloperidol Antipsicótico Típico Antagonista de D2 Ginecomastia, maior tendência à 
síndrome extrapiramidal e menor 
sonolência 
Clozapina Antipsicótico Atípico Antagonista de D1 e D2 Menor risco de síndrome 
extrapiramidal 
Risco de agranulocitose 
Risco de convulsões 
Não produz discinesia tardia 
Risperidona Antipsicótico Atípico Antagonista de D1 e D2 
Maior potência 
Menor risco de sintomas 
extrapiramidais 
Não produz discinesia tardia 
Ganho de peso 
 
Aripiprazol Antipsicótico Atípico Antagonista de D1 e D2 
Ação longa 
 
Menor risco de efeitos colaterais 
Sem efeito na secreção de 
prolactina 
 
Quetiapina 
(Seroquel) 
Antipsicótico Atípico Antagonista de D1 e D2 
Agonista parcial de 5-HT1a → 
antidepressivo em menores doses 
Menor risco de síndrome 
extrapiramidal 
Sonolência 
Ganho de peso 
 
31 Lucas Moreira – 73C 
Rivastigmina 
(Exelon) 
Inibidor da 
Acetilcolinesterase 
Tratamento de Alzheimer Alterações gastrointestinais: náuseas, 
vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia, 
dor abdominal, aumento da secreção 
ácida; cardiovasculares: oscilação da 
pressão arterial, síncope, arritmia, 
bradicardia; e sistema nervoso central: 
tonturas, cefaleia, agitação, insônia, 
câimbras, sudoreses, aumento da 
secreção brônquica 
Donepezila 
(Epez) 
Inibidor da 
Acetilcolinesterase 
Tratamento de formas leves à 
graves de Alzheimer 
Alterações gastrointestinais: náuseas, 
vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia, 
dor abdominal, aumento da secreção 
ácida; cardiovasculares: oscilação da 
pressão arterial, síncope, arritmia, 
bradicardia; e sistema nervoso central: 
tonturas, cefaleia, agitação, insônia, 
câimbras, sudoreses, aumento da 
secreção brônquica 
Galantamina Inibidor da 
Acetilcolinesterase 
Tratamento de Alzheimer Alterações gastrointestinais: náuseas, 
vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia, 
dor abdominal, aumento da secreção 
ácida; cardiovasculares: oscilação da 
pressão arterial, síncope, arritmia, 
bradicardia; e sistema nervoso central: 
tonturas, cefaleia, agitação, insônia, 
câimbras, sudoreses, aumento da 
secreção brônquica 
Memantina (Ebix) 
Antagonista não 
competitivo do receptor 
NMDA 
Procura retardar a progressão da 
Alzheimer 
- 
Levodopa 
Substituto da dopamina Tratamento de Parkinson 
Associar à carbidopa para evitar 
sua descarboxilação periférica 
Alucinações 
Efeito on-off 
Hipotensão postural 
Discinesia 
Bromocriptina 
Pergolida 
Cabergolina 
Agonistas D1 e D2 Tratamento de Parkinson náuseas e vômitos, sonolência e risco de 
reações fibróticas nos pulmões, 
retroperitônio e pericárdio 
Pramipexol e 
Ropinirol 
Agonistas D2 e D3 Tratamento de Parkinson sonolência e às vezes alucinações, e 
evidências recentes sugerem que eles 
podem levar à predisposição de 
comportamento compulsivo, como vício 
em apostas, em alimentos e excesso 
sexual, relacionado com a função de 
“recompensa” da dopamina 
 
32 Lucas Moreira – 73C 
Tolcapona 
Inibidor da COMTT Tratamento de Parkinson 
Amantina 
Facilitador da Ação da 
Dopamina 
Tratamento de Parkinson 
Semelhante à levodopa 
 
Valproato 
(Depakene) 
Anticonvulsivante Todas os tipos de crises 
convulsivas, menos as de ausência 
Atua em várias frentes: inibe 
enzimas GABA-T e DSS, inibe 
canais de sódio e inibe canais de 
Ca 2+ 
Tratamento de manutenção 
Náuseas, perda de cabelos, ganho 
de peso, malformações fetais 
Tiagabina 
Anticonvulsivante 
Gabaérgico 
Tratamento agudo de crises focais 
e tonico-clônicas 
Náuseas 
Ataxia 
Sedação 
Gabapentina 
Anticonvulsivante 
Gabaérgico 
Uso em pacientes com epilepsia 
parcial e em pacientes com crises 
tônico-clônicas. 
 
 
Topiramato 
(Topamax) 
 
Anticonvulsivante 
 
Crises Parciais e tônico-clônicas 
Também atua em vários frontes: 
bloqueia os disparos dos canais 
para Na+, potencializa GABA 
antagoniza os receptores AMPA e 
Cainato; evidências de inibição em 
canais para Ca2+ 
 
 
Lamotrigina 
Anticonvulsivante 
Inibidorde canais de Na+ 
Todos os tipos 
 
Carbamazepina 
Anticonvulsivante 
Inibidor de canais de Na+ 
Fármaco de primeira escolha para 
crises parciais, especialmente as 
complexas, tônico – clônicas 
generalizadas. 
Pode ser utilizado em todos os 
tipos, exceto as de ausência 
Sedação, ataxia, visão embaçada, 
retenção hídrica, reações e 
hipersensibilidade, leucopenia, 
insuciência hepática(raras) 
 
33 Lucas Moreira – 73C 
 
Fenitoína 
Anticonvulsivante 
Inibidor de canais de Na+ 
Todos os tipos, exceto de ausência Ataxia, vertigem, hipertrofia gengival, 
hirsutismo, anemia megaloblástica, 
malformação fetal, reações de 
hipersensibilidade 
Causa indução enzimática 
Etossuximida 
(Zarotin) 
Anticonvulsivante 
Inibidor de canais de 
Ca2+ 
Crises de Ausência 
Trimetadiona Anticonvulsivante Também utilizado para tratamento 
de crises de ausência 
Sua forma pós metabolismo 
hepático, a dimetadiona, que é o 
fármaco ativo 
 
Propofol Anestésico IV Baixa latência (30s) 
Baixo tempo de meia vida 
Indutor anestésico 
Uso possível como infusão 
contínua 
Depressão Cardiorrespiratória 
Tiopental Anestésico IV 
Barbitúrico 
Baixa latência (20s) 
Tempo de meia vida maior 
Indutor anestésico 
 
Acúmula-se no TA + tempo de meia 
vida maior (48 horas) → ressaca 
Se liga muito à albumina plasmática 
(85%) → interação medicamentosa 
perigosa 
Depressão Cardiorrespiratória 
Etomidato Anestésico IV Baixa Latência 
Recuperação relativamente rápida 
Indutor anestésico 
 
Menos depressão cardiovascular e 
respiratória que o tiopental. 
Causa supressão suprarrenal 
Cetamina Anestésico IV Alta latência (2 a 3 minutos) 
Indutor anestésico 
Atua antagonizando NMDA 
Baixa depressão cardiorrespiratória 
Pode aumentar pressão 
intracraniana 
Causa liberação sistêmica de 
catecolaminas. Assim, aumenta a 
PA, FC e DC e o consumo de 
oxigênio pelo miocárdio. 
Midazolam Anestésico IV 
Benzodiazepínico 
Maior latência 
Maior tempo de duração 
Indutor anestésico 
Menor depressão cardiovascular e 
respiratória 
 
34 Lucas Moreira – 73C 
Óxido Nitroso 
(N2O) 
Anestésico Inalatório Manutenção de Anestesia 
Menor CAM e pequeno CPSG → 
baixa potência (precisa ser 
associado) 
Rápida indução e recuperação 
Acumula-se nas cavidades 
gasosas (menos presente no 
sangue) 
Deve sempre ser administrado 
com oxigênio; devido ao seu 
potencial de indução de 
hepatotoxicidade 
Poucos efeitos adversos 
Hipertemia maligna 
Isoflurano Anestésico Inalatório Manutenção da anestesia 
Média indução e recuperação 
Alternativa ao halotano 
Útil em cirurgias pequenas 
Diminuição do DC e da PA dose-
dependente → risco de isquemia 
miocárdica em pacientes 
vulneráveis 
Hipertermia maligna 
Desflurano Anestésico Inalatório Manutenção da anestesia 
Melhor indução e recuperação 
Potência intermediária 
 
Determina irritação do trato 
respiratório, deste modo, 
ocasionando tosses e 
broncoespamos → não utilizar em 
DPOC 
Hipertermia Maligna 
Sevoflurano Anestésico Inalatório Manutenção da anestesia 
Melhor indução e recuperação 
Potência intermediária 
 
Não determina irritação respiratória 
e relaxa a musculatura brônquica → 
bom para pacientes com DPOC 
Halotano Anestésico Inalatório Manutenção da anestesia 
Maior potência 
 
Tende a gerar mais arritmias (não 
utilizar em cardiopatas), é o com 
maior sensibilidade de 
catecolaminas (aumenta por conta 
do feedback gerado pela diminuição 
do DC e PA), tende a diminuir o DC 
e diminuir, por consequência, a PA 
(PA=DCxRVP). Risco de eventos 
isquêmicos no geral

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