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M Ó D U L O 5 : B U S C A AT I VA N A T R I A G E M N E O N ATA L
Módulo 5: 
Busca ativa na 
triagem neonatal
Unidade 5.1: 
Sistema de busca ativa
Sistema de 
busca ativa
Adriane Champoski
Curitiba
2021
Módulo 5: 
Busca ativa na triagem 
neonatal
Unidade 5.1: 
Sistema de busca ativa
Ficha Técnica
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Reitor Ricardo Marcelo Fonseca
Vice-Reitora Graciela Inês Bolzón de Muniz
 Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional 
Maria Josele Bucco Coelho
 Coordenadoria de Integração de Políticas de Educação a Distância 
Geovana Gentili Santos
 Departamento de Clínica Médica
João Adriano de Barros
 Departamento de Pediatria 
Rubens Cat
Coordenação
Rogério Andrade Mulinari COORDENADOR GERAL
Celso Yoshikazu Ishida SUPERVISOR DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Henrique Oliveira da Silva SUPERVISOR DE TIC
Marineli Joaquim Meier SUPERVISORA PEDAGÓGICA
Mousseline Torquato Domingos ESTRUTURADORA DE CONTEÚDO
Nathália Savione Machado SUPERVISORA PEDAGÓGICA
Rafael Casale Sartor de Oliveira GESTOR DO PROJETO
Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcante da Silva ESTRUTURADORA DE CONTEÚDO
 
Produção de Conteúdo
Adriane Champoski
Ana Cristina Gemba
Bruna Ayumi Fujimura
Carlos Antonio Riedi
Débora Silva Carmo
Gabriela de Carvalho Kraemer
Ivy Hulbert Falcão Furtado
Julita Maria Pelaez
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-
-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, 
visite http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ ou envie uma carta 
para Creative Commons, PO Box 1866, Mountain View, CA 94042, USA.
Leniza Costa Lima Lichtvan
Luciana Ramos Miranda
Marcella Rabassi de Lima
Marcelo Paulo Maggio
Natália Cristina Shimada
Rosana Marques Pereira
Salmo Raskin
Suzana Nesi França
Desenvolvimento
Bruna Damiana de Sá Sólon Heinsfeld DESIGNER EDUCACIONAL 
Jimmy Free Aquino Leão PRODUÇÃO DE VÍDEOS
Laurellie Pacussich DESIGNER GRÁFICA E WEB DESIGNER
Letícia Zanella BOLSISTA AUXILIAR DE FILMAGEM
Pâmella de Carvalho Stadler REVISORA TEXTUAL E NORMAS ABNT
Rodrigo Dittmar BOLSISTA DE PROGRAMAÇÃO
Letícia Zanella Domingues BOLSISTA PRODUÇÃO CÊNICA
Victoria Tuler de Oliveira BOLSISTA ROTEIRISTA
Laura Pacussich BOLSISTA WEB DESIGNER
Isabelle Fernandes Advincula BOLSISTA DESIGN DE ANIMAÇÃO
Janyne Leonardi de Carvalho BOLSISTA CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGENS
Luciana Santos Nogueira de Melo BOLSISTA LOCUTOR APRESENTADOR
Luiz Fernando Hanysz BOLSISTA LOCUTOR APRESENTADOR
MutoLab ILUSTRAÇÕES
Apoio
Apoio: Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (FEPE)
Apoio financeiro: Ministério da Saúde
Apresentação
Olá!
Boas-vindas à Unidade 5.1 do Módulo 5 “Busca ativa na 
triagem neonatal”. Nesta Unidade, você estudará sobre 
o sistema de busca ativa, os profissionais envolvidos 
nesse trabalho, as etapas do processo de busca ativa, 
como são feitas as convocações para a realização de 
novos exames e exames complementares e como são 
realizados o acompanhamento e o monitoramento 
dos pacientes.
Esperamos que, ao final de seus estudos, você esteja 
mais familiarizado(a) com o sistema de busca ativa 
e possa aplicar os conhecimentos adquiridos aqui 
em seu dia a dia profissional, além de multiplicá-los, 
compartilhando-os com sua equipe, gerando melhorias 
nos processos finalísticos do Programa Nacional de 
Triagem Neonatal (PNTN).
Vamos lá?
Trilha de 
aprendizagem
Módulo 1: 
Definição e 
legislação da 
triagem neonatal
Módulo 2: 
Procedimento de
coleta e esquemas
especiaisMódulo 3: 
Qualidade e 
registro da 
amostraMódulo 4: 
Doenças 
pesquisadas no 
Teste do Pezinho
Módulo 
transversal: 
Hereditariedade e 
aconselhamento 
genético
Módulo 
transversal: 
Avaliação 
psicométrica
Módulo 5: 
Busca ativa 
na triagem 
neonatal
Módulo 6: 
Laboratório
Especializado em
Triagem Neonatal
VOCÊ
ESTÁ
AQUI
Sumário
Capítulo 1: Sistema de busca ativa na triagem neonatal 7
1.1 O que é a busca ativa? 8
1.2 Âmbitos de realização da busca ativa 9
Capítulo 2: Busca ativa laboratorial 11
2.1 Reconvocação para o Teste do Pezinho 12
2.2 Convocação para o teste do suor 18
2.3 Contatos a serem realizados na busca ativa 20
Capítulo 3: Busca ativa ambulatorial 22
3.1 Aconselhamento genético em casos de hemoglobinopatias 23
3.2 Acompanhamento e monitoramento de pacientes: o papel do Serviço Social 25
Capítulo 4: Dificuldades gerais no exercício da busca ativa 28
Resumindo 30
Fechamento 31
Autoavaliação 32
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CAPÍTULO
Sistema de busca 
ativa na triagem 
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Além da realização de exames e do diagnóstico de doenças, o Programa Nacional de Triagem 
Neonatal (PNTN) conta também com a busca ativa de casos confirmados ou suspeitos de doença para 
a realização de exames complementares por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e efetivação do 
vínculo da criança a um centro de tratamento, para que seu acompanhamento possa ser realizado. 
Mas, o que é a busca ativa? Será que o trabalho de busca ativa se resume a fazer o contato com a 
família e indicar a necessidade da realização de exames e/ou tratamento? 
1.1 O que é a busca ativa?
A busca ativa consiste em um sistema que engloba um conjunto de ações voltadas à localização da 
criança, em um tempo reduzido, assegurando seu direito em ser submetido ao exame de triagem 
neonatal como forma de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. 
Imagem 1. O objetivo da busca ativa é garantir o diagnóstico e o tratamento dos casos confirmados
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O processo de busca ativa pode ser coordenado por profissionais de diversas áreas de nível superior, 
como: Serviço social, Enfermagem e Farmácia; com o apoio de profissionais de nível médio, como 
assistentes administrativos.
Os assistentes devem passar por uma capacitação antes de realizarem o contato telefônico com os 
responsáveis pelas crianças e com os profissionais dos diversos equipamentos da área da saúde. 
Essa capacitação deve incluir: 
Figura 1. Conteúdo-base da capacitação para a busca ativa
O objetivo dessa capacitação é garantir que todas as informações relevantes sejam transmitidas 
às famílias, de forma empática e atenciosa. Portanto, o profissional não deve contatar as famílias 
antes de ser capacitado. 
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Informações que 
devem ser repassadas, 
principalmente 
aos responsáveis 
pela criança.
Como desenvolver 
habilidades de relações 
interpessoais.
Procedimentos para 
a leitura do histórico 
de reconvocações 
do paciente.
Fonte: a autora (2020).
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1.2 Âmbitos de realização da busca ativa
A busca ativa atua em dois âmbitos, laboratorial e ambulatorial, considerados essenciais para o 
desenvolvimento do PNTN. Veja, a seguir, como eles são realizados.
Figura 2. Diferenças entre a busca ativa laboratorial e a ambulatorial
As buscas deverão ser suspensas somente após esgotadas todas as tentativas de localização da 
criança. Além disso, é fundamental a participação do profissional de Serviço Social nas atividades 
de convocação para consulta ambulatorial e no acompanhamento e monitoramento 
de pacientes. Esse profissional poderá identificar situações que prejudiquem a adesão ao 
tratamento, atuar na transmissão de orientações sobre direitos e benefícios, bem como questões 
socioeconômicas e familiares
O processo de busca ativa é extremamente minucioso. Como são pesquisadas em 
várias doenças, a criança poderá ser reconvocada para esclarecer a suspeita deuma determinada doença e, na nova amostra, apresentar alterações para outra 
enfermidade, e assim sucessivamente.
A seguir, detalharemos cada etapa da busca ativa, tanto laboratorial quanto ambulatorial, com o 
objetivo de sistematizar as ações a serem desenvolvidas. 
Busca ativa
laboratorial
Atua na convocação para consulta pelo SRTN, no monitoramento 
de pacientes, quando detectada má adesão ao tratamento e 
na viabilização do aconselhamento genético. Empregada para 
a localização imediata da criança que, porventura, necessite 
repetir o Teste do Pezinho ou realizar exames complementares, 
como o teste do suor. 
Fonte: a autora (2020).
Busca ativa 
ambulatorial
Atua no aconselhamento genético e no monitoramento de 
pacientes. Costuma ser empregada quando é detectada a má 
adesão ao tratamento.
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Busca ativa 
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A busca ativa laboratorial deve ser acionada visando à localização da criança que precise repetir 
o Teste do Pezinho, seja em virtude de um resultado suspeito ou de um problema técnico que 
impossibilite a análise laboratorial da amostra coletada anteriormente ou da necessidade de 
realização de exames complementares, como o teste do suor. 
Veja, a seguir, como a busca ativa deve ser conduzida em cada uma dessas situações.
2.1 Reconvocação para o Teste do Pezinho
Uma das situações que exige a reconvocação de exames é quando as amostras do Teste do Pezinho 
apresentam problemas técnicos. Nesse caso, as amostras devem ser rejeitadas, uma vez que 
inviabilizam a análise laboratorial.
Para saber mais sobre a técnica correta de coleta das amostras, a avaliação da qualidade 
das amostras e casos em que elas não podem ser utilizadas para análise laboratorial, 
acesse o módulo “Procedimento de coleta”. 
Imagem 2. Exemplo de amostra inadequada ao uso laboratorial
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Outra situação que motiva reconvocação diz respeito aos resultados alterados. Nesse caso, conforme 
o protocolo laboratorial, é solicitada uma nova amostra, a fim de confirmar a suspeita de alguma 
enfermidade, permitindo finalizar o caso ou convocar a criança para consulta ambulatorial.
Toda reconvocação requer análise aprofundada. Para isso, deve-se considerar todo 
o histórico do caso, uma vez que não é raro haver reincidências de reconvocações por 
resultado suspeito e problemas técnicos da mesma criança.
O tempo é inimigo da triagem neonatal. Por isso, todos os esforços devem ser concentrados para 
minimizar o tempo que decorre entre o laboratório emitir o laudo, os responsáveis pelo paciente 
receberem a informação sobre a necessidade de repetir o exame e a nova amostra dar entrada no 
laboratório do Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN).
É consenso entre os serviços de referência que testes com resultado suspeito 
obrigatoriamente terão busca ativa. Porém, nos casos em que foram detectados 
problemas técnicos com a amostra, nem sempre as reconvocações serão úteis para 
esclarecimento do(s) diagnóstico(s). Por exemplo: quando crianças são submetidas a 
transfusões sanguíneas, que impossibilitam a triagem adequada das hemoglobinopatias, 
a reconvocação frequentemente não ajuda a esclarecer a situação, pois é difícil que o 
laboratório do SRTN tenha a informação precisa sobre a data de realização das transfusões. 
Nesse caso, constará a informação no laudo do teste de que o exame é inconclusivo 
para a triagem de hemoglobinopatias e que caberá, aos pais ou responsáveis, procurar a 
unidade coletora quando decorrer 90 dias da última transfusão.
O registro de dados dos pacientes, com informações como endereço completo e telefone, é de 
suma importância para que seja possível a reconvocação de exames. Por isso, cada amostra que 
necessita de reconvocação deve gerar um registro de reconvocação, em que conste todo o histórico 
de atendimento do paciente. 
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Todas as informações pertinentes ao caso devem ser documentadas, para que se constitua um 
histórico. Assim, caso a criança não seja localizada e, após certo tempo, apresente sequelas de alguma 
doença pesquisada na triagem neonatal, é possível saber exatamente quais foram as providências 
adotadas e os profissionais envolvidos na busca ativa.
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Veja, a seguir, um exemplo de boletim de reconvocação.
Figura 3. Modelo de Boletim de Reconvocação 
Fonte: Fundação Ecumênica De Proteção Ao Excepcional – FEPE (2017, p. 15).
REGISTRO DE RECONVOCAÇÃO
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Algumas recomendações devem ser seguidas para o preenchimento do boletim de reconvocação:
Figura 4. Recomendações para o preenchimento do Boletim de Reconvocação
Caso seja constatado que determinada unidade coletora apresenta considerável índice de 
reconvocação por problema técnico, torna-se necessário que o profissional de Enfermagem ou o 
bioquímico do laboratório do SRTN atue diretamente junto àquela equipe para planejamento de 
capacitação e treinamento.
Fonte: a autora (2020).
anotar a data, o horário e o 
nome da pessoa com quem foi 
mantido o contato telefônico;
caso a correspondência 
emitida à mãe retorne por 
problema de endereço, esta 
deverá ser afixada ao boletim 
de reconvocação;
caso sejam constatados 
problemas de endereço 
ou dificuldade de acesso à 
residência da mãe, deve-se 
acionar a Secretaria Municipal 
de Saúde (SMS);
anotar as datas em que foram 
emitidas as correspondências;
se houver ausência de endereço 
da mãe, contatar a unidade 
coletora para conferência de 
dados cadastrais;
ao realizar a pesquisa para 
verificar se há outras coletas 
da mesma criança, deve-se 
atentar aos casos homônimos, 
gemelares e nomes 
incompletos ou abreviados.
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A unidade coletora deve ter acesso aos resultados das amostras realizadas e 
periodicamente se interessar em ler os laudos. A única garantia de que a amostra deu 
entrada no laboratório do SRTN é quando o laudo está disponível. Caso contrário, há 
uma série de situações que podem ocorrer e ocasionar o extravio da amostra.
Municípios com escassez de estruturas de atenção básica podem também contar com o apoio de 
grupos organizados ou de voluntariado. No entanto, devem sempre ser tomadas providências para 
garantir que pessoas com interesses escusos não se utilizem dessa situação para invadir a residência 
da mãe, colocando a família em risco.
Preparamos um guia rápido de consulta às recomendações para a reconvocação, que 
você poderá salvar ou imprimir para que sua equipe o acesse facilmente. Não deixe de 
ler o material complementar! 
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2.2 Convocação para o teste do suor
Quando o resultado do Teste do Pezinho apresentar alteração para fibrose cística, mas a criança 
não tiver completado 30 dias de vida, deve-se solicitar a repetição do teste em papel-filtro. Porém, 
se a criança já tiver 30 dias de vida – independentemente se uma ou duas amostras se mostrarem 
alteradas para fibrose cística –, ela deverá ser submetida ao teste do suor.
Imagem 5. O teste do suor é simples,não invasivo, e busca analisar a 
condutividade do suor da criança para diagnóstico preciso da fibrose cística
Para isso, será necessário contatar a mãe ou o pai da criança para orientar acerca da necessidade 
de realização do teste do suor. Caso a família necessitar de auxílio com transporte e alimentação 
para atendimento médico, deve ser acionada a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para que sejam 
tomadas providências referentes ao transporte fora do domicílio (TFD), que é uma ajuda de custo, 
concedida pelo SUS, para o deslocamento do paciente e acompanhante, a fim de buscar tratamento 
de saúde em outro município. 
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O TFD, instituído na Portaria n.º 55, de 24 de fevereiro de 1999, da Secretaria de Assistência 
à Saúde do Ministério da Saúde, consiste em um 
instrumento legal que visa garantir, por meio do SUS, tratamento médico a pacientes 
portadores de doenças não tratáveis no município de origem quando esgotados 
todos os meios de atendimento (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, 2012).
A unidade coletora irá oferecer todo o suporte para que os pais compareçam ao SRTN para que a 
criança realize o teste do suor. A unidade é responsável por: localizar a mãe; esclarecer que a criança 
necessita realizar um exame para verificar se confirma a suspeita de fibrose cística e, providenciar, se 
necessário, o TFD. As providências do município são as mesmas adotadas para as consultas.
Caso a suspeita for confirmada mediante resultado alterado do teste do suor, a criança deve ser 
encaminhada para consulta com pneumologista o mais breve possível para que possa iniciar 
o tratamento. 
Para saber mais sobre a fibrose cística, acesse a unidade específica sobre a doença no 
módulo “Doenças pesquisadas no Teste do Pezinho”.
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2.3 Contatos a serem realizados na busca ativa
Para que o trabalho de busca ativa tenha êxito, é necessário, além do contato com a família da 
criança, o apoio de diversos equipamentos, como: unidade coletora, Secretaria de Saúde, Conselho 
Tutelar, emissoras de rádio, entre outros, que são listados por município e acionados periodicamente, 
conforme necessidade. Falaremos sobre cada um deles a seguir. 
Sempre que possível, deve-se priorizar o contato imediato com a mãe da criança. Se o número 
do celular ou do telefone fixo dos pais estiverem disponíveis no cadastro do paciente, deve-se entrar 
em contato com eles o mais breve possível, preferencialmente na mesma data em que o laboratório 
emitir a informação sobre a necessidade de reconvocação ou, no mais tardar, no dia seguinte. Jamais 
deve-se deixar transcorrer um período maior para iniciar os contatos.
Tendo em vista o estresse emocional causado à família, deve-se, durante o contato com 
os pais, esclarecê-los sobre o que motivou a reconvocação, se em virtude de um problema 
técnico ou de um resultado alterado. 
Para reforçar o contato, pode-se enviar o laudo impresso do Teste do Pezinho, via Correios, à mãe e 
à unidade coletora. Para isso, é fundamental avaliar o tempo que decorre entre a mãe procurar a 
Unidade Básica de Saúde (UBS) e a amostra dar entrada no laboratório do serviço de referência. 
Lembre-se que, em áreas rurais, comunidades carentes e em locais mais remotos do Brasil, o recurso 
dos Correios é limitado. Nesse caso, deve-se acionar veículos de comunicação ou lideranças locais 
para a localização da criança.
Dentre as doenças pesquisadas no teste do pezinho, há aquelas em que a morosidade 
na localização e coleta da nova amostra, implicará em sérios danos à saúde da criança.
Assim, o profissional deverá reforçar o contato, para que o responsável pela criança não 
adie o comparecimento à unidade coletora. Os pais devem ser orientados a realizar a 
coleta da nova amostra do Teste do Pezinho com máxima urgência.
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A UBS, por ser uma importante parceira do serviço de referência, deverá ser prontamente informada. 
Se o motivo da reconvocação for devido a um problema técnico, é importante orientar os profissionais 
sobre os erros de coleta, para que não haja reincidência de reconvocação. 
A UBS é a principal porta de entrada à rede de atenção à saúde e grande parceira da 
triagem neonatal. Por isso, quando a UBS é acionada para providenciar nova amostra, 
é necessário que haja compromisso, para localizar a criança o mais breve possível e só 
desistir do caso quando todas as possibilidades forem esgotadas. 
O Conselho Tutelar é também um recurso importante a ser acionado, principalmente quando os 
pais se recusam a repetir o Teste do Pezinho.
Conforme necessidade, a rádio local pode ser acionada imediatamente, para que a informação 
chegue o mais breve possível aos responsáveis pela criança. É importante salientar que, em locais 
mais remotos, principalmente em áreas ribeirinhas, a rádio local muitas vezes é o único meio de 
comunicação disponível à população.
Se for constatada mudança de município, essas ações devem ser transferidas para o novo endereço 
da mãe.
Assista à animação que retrata a reconvocação 
para o Teste do Pezinho. Reflita sobre o que é 
apresentado no vídeo. O processo de busca ativa 
está adequado? O que mais costuma acontecer 
nesse processo e que não está ilustrado no vídeo?
https://www.youtube.com/watch?v=GTHz0R8BefU
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A busca ativa ambulatorial costuma ser empregada quando detectada a má adesão ao tratamento, 
seja em virtude de constantes faltas às consultas ou incapacidade da família em seguir as 
recomendações médicas nos cuidados ao paciente. São duas as principais frentes de atuação da busca 
ativa ambulatorial: o aconselhamento genético em casos de diagnóstico de hemoglobinopatias, 
e o acompanhamento e monitoramento de pacientes em tratamento. Vamos aprofundar cada 
uma delas. 
3.1 Aconselhamento genético em casos de 
hemoglobinopatias
Os pais de crianças que apresentam traço na pesquisa das hemoglobinopatias, devem receber 
orientação do SRTN e oferta de realização de exames no casal. 
Hemoglobinopatias são enfermidades causadas por uma alteração na hemoglobina, uma 
proteína presente nas células vermelhas do sangue, que podem causar graus variados de 
anemia e outras manifestações clínicas e complicações. Para saber mais sobre as quatro 
hemoglobinopatias triadas no PNTN, acesse o módulo “Hemoglobinopatias”. 
Nesse caso, o trabalho de busca ativa consiste na localização dessas famílias, convocando-as para 
uma palestra sobre as características hereditárias e os possíveis riscos envolvidos na reprodução do 
casal, se constituindo em instrumento importante na tomada de decisões quanto à vida reprodutiva.
A equipe médica é a mais indicada para a realização da palestra. Contudo, outros profissionais 
da equipe, que possuam domínio sobre o tema, também poderão ministrá-la. Deve-se, também, 
disponibilizar a coleta de exame dos pais para a pesquisa das hemoglobinopatias, que poderá ser 
realizada logo após a palestra, ou em outro momento, se for mais oportuno.
Nos casos em que é detectado traço na pesquisa das hemoglobinopatias do Teste do 
Pezinho, a coleta de exames deve ser ofertada aos pais, mas jamais imposta, uma vez 
que pode ser excludente de paternidade. 
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Em caso de diagnóstico de traço na pesquisa das hemoglobinopatias, algumas providências devem 
ser adotadas, como: esclarecimento no corpo laudo; seguir as recomendações do SRTN ao qual 
está vinculado
Alguns serviços de referência disponibilizam, no laudo do Teste do Pezinho, o contato de um serviço 
ou de um hematologista com aptidão para sanar as dúvidas do casal.
Para saber mais sobre as doenças genéticas e hereditárias triadas no PNTN e 
recomendações para futuras gestações nesses casos, acesse o módulo “Hereditariedade 
e aconselhamento genético”. 
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3.2 Acompanhamento e monitoramento de pacientes: 
o papel do Serviço Social
Considerando que a finalidade do PNTN é justamente o encaminhamento e o tratamento precoce 
de crianças que necessitam de acompanhamento médico, cabe ao assistente social prestar as 
informações necessárias, além de viabilizar recursos para que o paciente receba atendimento 
especializado o mais breve possível, garantindo-lhe melhor qualidade de vida.
Imagem 6. O assistente social é responsável pela orientação às famílias e pelo acompanhamento da adesão ao tratamento
No acompanhamento e monitoramento de pacientes, a busca ativa está inserida na prática do 
assistente social. Esse profissional, por meio de entrevistas, questionários, cadastros e diagnósticos 
sociais, realiza estudos socioeconômicos e culturais da família, levantando dados relevantes 
que possam interferir na adesão ao tratamento e comprometer seu sucesso. O levantamento 
do perfil socioeconômico também irá colaborar para detectar as vulnerabilidades familiares e, 
consequentemente, realizar os encaminhamentos a benefícios e programas que possam atender da 
melhor forma possível tais fragilidades sociais.
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O estudo social é um processo metodológico específico do Serviço Social, que tem como 
objetivo conhecer, de forma crítica, a realidade social da população em questão, definir 
procedimentos metodológicos e colaborar no diagnóstico social. Ou seja, trata-se de um 
processo de conhecimento, análise e interpretação de uma dada situação social, visando 
elaborar estratégias de ação para que haja adesão ao tratamento e que o paciente e sua 
família o compreenda.
Operacionalmente, os dados socioeconômicos e culturais irão contribuir na interpretação e 
conhecimento da realidade social de cada família e determinar o melhor caminho seguir para 
alcançar o objetivo da boa adesão. Como exemplo, podemos citar o grau de instrução dos membros 
de uma determinada família, fator de extrema relevância para a compreensão acerca da doença 
detectada no Teste do Pezinho, bem como o seu tratamento.
O Serviço Social do ambulatório possui caráter educativo, atuando na otimização de 
potencialidades e no fortalecimento das relações familiares, uma vez que o sucesso 
do tratamento está diretamente relacionado à capacidade de o grupo familiar utilizar 
recursos internos e externos na busca de soluções para seus problemas. 
Para o acompanhamento e o monitoramento de pacientes, o profissional de Serviço Social esclarece 
dúvidas, com o objetivo de sensibilizá-los sobre a importância do tratamento. Também orienta 
as famílias acerca das normas e rotinas, para que elas as interpretem, alcançando, dessa forma, 
independência para que tomem suas próprias decisões. Quando necessário, o profissional também 
deve providenciar emergências sociais, como a viabilização de transporte, alimentação, casa de 
apoio e acionamento de equipamentos assistenciais.
A adesão ao tratamento e o comparecimento às consultas são os principais fatores para o sucesso 
do monitoramento e acompanhamento dos pacientes. Apesar de a secretaria do ambulatório ser 
responsável pelo controle de faltas e remarcação de consultas, quando detectados problemas, o 
assistente social deve ser acionado para identificar os motivos que estão interferindo no processo, 
como equipamentos indisponíveis na comunidade ou fragilização familiar. Muitas vezes, é necessário 
contar com intervenções, inclusive do Conselho Tutelar.
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A efetividade do trabalho de busca ativa só é possível quando ocorre uma articulação 
entre as atividades do assistente social e da equipe interdisciplinar do ambulatório, 
visando ampliar a qualidade dos serviços prestados.
A equipe interdisciplinar desenvolve seu trabalho em conjunto e reconhece que a compreensão da 
família frente ao diagnóstico do paciente é fundamental, uma vez que isso irá favorecer a adesão 
ao tratamento e auxiliará no desenvolvimento da criança, permitindo que os pais reconheçam as 
limitações de seu filho, mas também explorem as potencialidades que ele possui.
Deve-se, também, assegurar que a criança tenha garantido seu direito de realizar o diagnóstico 
precoce e seja submetida ao tratamento ambulatorial. Apesar das adversidades das enfermidades, 
é papel do assistente social, como um agente facilitador, a integração entre paciente, família e 
comunidade, visando o pleno desenvolvimento humano. 
Para saber mais sobre o papel do Serviço Social e a atuação do assistente social no 
sistema de busca ativa, acesse a unidade “Ambulatório especializado do Serviço de 
Referência em Triagem Neonatal”. 
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CAPÍTULO
Dificuldades gerais 
no exercício da 
busca ativa
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No exercício da busca ativa, nos deparamos com algumas dificuldades, como: o despreparo de 
profissionais, em virtude, sobretudo, da grande rotatividade nas unidades coletoras, levando a 
constantes erros na técnica de coleta; o preenchimento inadequado dos dados cadastrais na ficha 
de coleta enviada ao laboratório; e a resistência das mães em repetir o exame, alegando que o 
procedimento de coleta causa dor à criança.
A falta de orientação adequada às mães e às famílias sobre a importância da realização do Teste do 
Pezinho faz com que estas nem mesmo procurem se informar sobre o resultado do exame em tempo 
hábil. Os profissionais da área da saúde devem reforçar, junto à unidade coletora, a necessidade de 
orientar as mães para que se informem sobre o resultado do Teste do Pezinho. Essa ação evita muitos 
problemas de busca ativa.
Outro ponto de dificuldade é o local de residência da família. Em alguns casos, a família pode residir 
em área de difícil acesso, mudar de residência ou omitir dados de endereço, como moradores da 
região de fronteira que, para garantir atendimento pelo SUS, fornecem endereço fictício, dificultando 
o processo de reconvocação.
O estresse emocional causado à família por conta de um diagnóstico positivo também se torna 
um agravante das dificuldades no processo. Aos profissionais de saúde, cabe a responsabilidade 
de atuarem como disseminadores de informações, engajados nessa causa, visando o bem comum. 
É necessário que haja o empenho dos profissionais para identificar precocemente a doença, 
possibilitando condições para que a criança seja submetida ao exame de prevenção, ao diagnóstico 
e ao tratamento. 
É importante salientar que há inúmeras dificuldades, nos diversos contextos da realidade brasileira, 
para o exercício dessa prática. Portanto, os profissionais envolvidos nesse trabalho devem priorizar 
a busca pelas melhoriasperante as adversidades.
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Resumo: Recomendações 
para reconvocação
• A busca ativa é um conjunto de ações voltadas à localização 
da criança, em um tempo reduzido, assegurando seu direito em 
ser submetido ao exame de triagem neonatal como forma de 
prevenção, diagnóstico e tratamento de enfermidades.
• O processo de busca ativa pode ser coordenado por profissionais 
de diversas áreas de nível superior, como: Serviço social, 
Enfermagem e Farmácia; com o apoio de profissionais de nível 
médio, como assistentes administrativos.
• A busca ativa atua em dois âmbitos, laboratorial e ambulatorial, 
considerados essenciais para o desenvolvimento do PNTN. 
• A busca ativa laboratorial atua na localização imediata da 
criança que necessita repetir o Teste do Pezinho ou realizar 
exames complementares.
• Já a busca ativa ambulatorial atua na convocação para consulta 
pelo SRTN, no monitoramento de pacientes, quando detectado 
má adesão ao tratamento e na viabilização do aconselhamento 
genético na pesquisa das hemoglobinopatias.
• Para que o trabalho de busca ativa tenha êxito, é necessário, 
além do contato com a família da criança, o apoio de diversos 
equipamentos, como: unidade coletora, Secretaria de Saúde, 
Conselho Tutelar, emissoras de rádio, entre outros.
• No acompanhamento e monitoramento de pacientes, a 
busca ativa está inserida na prática do assistente social. Esse 
profissional, por meio de entrevistas, questionários, cadastros e 
diagnósticos sociais, realiza estudos socioeconômicos e culturais 
da família, levantando dados relevantes que possam interferir 
na adesão ao tratamento e comprometer seu sucesso. 
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Fechamento
Parabéns! Você chegou ao final desta Unidade! Como você pôde perceber, a 
maior preocupação referente à busca ativa é de que a criança que necessita 
repetir o Teste do Pezinho ou de avaliação médica não seja localizada 
em tempo hábil. Muitas vezes, o trabalho árduo de busca ativa não seria 
necessário se os familiares da criança se interessassem pelo resultado do 
teste da mesma forma que se preocupam com outros exames.
Há uma crença em relação à triagem neonatal que precisa ser desmistificada: 
de que se algum problema for detectado no Teste do Pezinho, a família será 
rapidamente informada. Contudo, como vimos, nem sempre isso é possível, 
seja em virtude da troca de endereço ou número de telefone inválido, quanto 
da indiferença dos pais ou responsáveis em relação ao resultado do teste.
Por isso, a responsabilidade de convocação ou reconvocação de exames cabe 
tanto aos profissionais envolvidos na busca ativa, quanto aos responsáveis 
pela criança, que devem se interessar pelo resultado do Teste do Pezinho.
Nesse contexto, o trabalho da equipe de profissionais de saúde é de 
fundamental importância, uma vez que os pais, no ato da coleta, necessitam 
de orientações sobre como e quando retirar o resultado do teste. Assim, se 
for detectado algum problema, os responsáveis terão acesso ao laudo e 
poderão recorrer aos serviços de saúde a fim de buscar assistência à criança.
Até a próxima!
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Autoavaliação
1. Em que consiste a busca ativa?
a) Acionamento de equipamentos de atenção básica para a pronta localização de crianças 
que necessitam repetir o Teste do Pezinho ou passar por avaliação médica especializada. Em 
algumas situações, a busca ativa também ocorre para que a mãe receba a informação sobre o 
traço detectado na pesquisa das hemoglobinopatias.
b) A mãe é acionada para que a criança repita o Teste do Pezinho ou receba atendimento 
médico. Porém, caso a mãe afirme que o bebê está bem de saúde, não será necessário tomar 
outras providências, uma vez que a criança demonstra desenvolvimento normal, e, portanto, 
não corre o risco de apresentar alguma doença pesquisada na triagem neonatal.
c) A mãe é acionada para que a criança repita o Teste do Pezinho ou receba atendimento 
médico. Porém, deverão ser intensificadas buscas às famílias de crianças de baixa renda, uma 
vez que famílias com bom padrão socioeconômico não irão necessitar de atendimento do SUS.
2. O que é reconvocação?
a) É a solicitação de uma nova amostra para a realização do Teste do Pezinho, em virtude do 
resultado suspeito ou problema técnico que inviabilizem a análise laboratorial. 
b) É a solicitação de uma nova coleta para a realização do Teste do Pezinho em virtude de 
resultado suspeito ou problema técnico que inviabilizem a análise laboratorial. Porém, caso 
a criança tenha completado 30 dias de vida, estará proibida de coletar nova amostra por 
determinação do Ministério da Saúde.
c) É a solicitação de uma nova coleta para a realização do Teste do Pezinho, em virtude de 
resultado suspeito ou problema técnico que inviabilizem a análise laboratorial. Porém, caso a 
criança tenha coletado pelo menos duas amostras, não será necessário repetir a coleta.
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3. Qual recomendação os pais devem receber no ato da coleta do Teste do Pezinho?
a) Os pais devem ser orientados que a criança está realizando um exame que previne algumas 
doenças. No entanto, que eles devem se informar, dentro de poucos dias, sobre o resultado, 
pois pode haver necessidade de a criança repetir o exame ou ser avaliada prontamente por um 
médico especialista do programa de triagem neonatal.
b) Os pais devem ser esclarecidos de que a criança está realizando um exame que previne 
algumas doenças. Contudo, que eles não devem se preocupar com o resultado, porque, caso 
a criança necessite repetir o exame ou submeter-se à avaliação médica, a unidade coletora 
entrará em contato. 
c) Os pais devem ser orientados que a criança está realizando um exame que previne algumas 
doenças. Contudo, que eles devem se informar, dentro de poucos dias, sobre o resultado, pois 
pode haver necessidade da repetição do exame. Além disso, deve-se esclarecê-los que, caso 
necessite de avaliação médica, a criança sem plano de saúde entrará em fila de espera do setor 
de regulação do SUS.
GABARITO
1. Alternativa A. É importante lembrar que a busca ativa, que pode ocorrer mediante contato 
telefônico ou visita domiciliar, por exemplo, tem como objetivo esclarecer a mãe sobre a 
suspeita detectada no Teste do Pezinho, além de orientá-la quanto aos procedimentos a serem 
adotados. Algumas doenças pesquisadas no Teste do Pezinho não apresentam sintomas logo 
nos primeiros dias de vida. O tratamento de algumas doenças pesquisadas no Teste do Pezinho 
está disponível somente na rede pública.
2. Alternativa A. Todos os esforços devem ser empregados para que a nova amostra seja 
coletada o mais rápido possível. O Ministério da Saúde não estabelece idade-limite para 
a criança realizar o teste, mas impõe que ele seja realizado o mais precoce possível. Não há 
restrição quanto ao número de coletas, pois, infelizmente, podem ocorrer sucessivos erros na 
técnica de coleta. Assim, o caso será finalizado somente quando o resultado do exame estiver 
conclusivo.
3. Alternativa A. Jamais poderemos afirmar que a unidade coletora entrará em contato, uma 
vez que pode ocorrer alguma falha no processo de busca ativa e a mãe não ser localizada em 
tempo hábil, seja em virtude de mudança de endereço ou telefone, entre outros motivos. Em 
algumas doenças pesquisadas no Teste do Pezinho, o tratamento está disponível somente na 
rede pública. Além disso, o fato de ter uma condição melhor não é excludente para receber 
atendimento pelo SUS. A consulta médica deveráser providenciada prontamente no serviço 
de referência do estado, não obedecendo a ordem da fila de espera do SUS por se tratar de 
doenças que requerem avaliação médica imediata.
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Referências
FUNDAÇÃO ECUMÊNICA DE PROTEÇÃO AO EXCEPCIONAL (FEPE). Sistema de busca ativa na 
triagem neonatal, 2017. Disponível em: http://www.fepe.org.br/site/wp-content/files/Sistema_de_
Busca_Ativa_na_Triagem_Neonatal_1.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS). Manual de normatização do tratamento fora do domicílio: 
estado da Bahia, 2017. Disponível em: https://www.mpba.mp.br/sites/default/files/biblioteca/tfd_-_
tratamento_fora_de_domicilio/manual_do_tfd_ba.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.
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	Sistema de busca 
	ativa na triagem neonatal
	1.2 Âmbitos de realização da busca ativa
	1.1 O que é a busca ativa?
	Busca ativa 
	laboratorial
	2.3 Contatos a serem realizados na busca ativa
	2.2 Convocação para o teste do suor
	2.1 Reconvocação para o Teste do Pezinho
	Busca ativa 
	ambulatorial
	3.2 Acompanhamento e monitoramento de pacientes: o papel do Serviço Social
	3.1 Aconselhamento genético em casos de hemoglobinopatias
	Dificuldades gerais no exercício da busca ativa
	Autoavaliação
	Fechamento
	Resumindo

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