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DIREITO CONSTITUCIONAL III UNIDADE I TRIPARTIÇÃO DAS FUNÇÕES ESTATAIS Prof. Ms. Antônio Flávio de Oliveira INTRODUÇÃO Da Organização Político-Administrativa • Organização Política • Divisão em três níveis de unidades federadas • Atuação dos Estados e Dos Municípios no concerto federativo: Princípios da AUTONOMIA e PARTICIPAÇÃO • Inexistência de hierarquia entre as unidades federadas • Divisão de constitucional de competências: legislativa, executiva e judiciária • Federalismo cooperativo e federalismo isolacionista • Federalismo por agregação e federalismo por segregação Estado Democrático de Direito • Requisitos: • Para Dalmo de Abreu Dallari: • a) supremacia da vontade popular; • b) preservação da liberdade; • c) igualdade de direitos. • Para Pablo Lucas Verdú: • a) primazia da lei, que regula toda a atividade do Estado; • b) sistema hierárquico de normas, que realiza a segurança jurídica que se concretiza numa categoria distinta de normas com diferentes graus de validade; • c) legalidade da Administração, com um sistema de recursos em favor dos interessados; • d) separação de Poderes como garantia da liberdade e freio de possíveis abusos; • e) reconhecimento de direitos e liberdades fundamentais, incorporados à ordem constitucional; • f) sistema de controle da constitucionalidade das leis, como garantia contra eventuais abusos do Poder Legislativo. Da Administração Pública • Administração Direta • Atuação do próprio ente estatal, sem a designação de centros de competência ou de decisão. • Os executantes de tarefas agem sob ordem do poder central. • Administração Indireta • Atuação de entes de direito público ou privado, criados com a finalidade de descentralizar a execução das atividades anteriormente incumbidas ao ente centralizador. Da Organização Político-Administrativa • Organização Administrativa • Desconcentração • Criação de órgãos • Controle Hierárquico • Descentralização • Criação de entes de Direito Público Interno e entes de Direito Privado • Controle Finalístico • Delegação • Atuação de particular como delegatário de serviço público • Responsabilidade direta do executante e responsabilidade subsidiária da entidade delegante Da Organização Administrativa • Espécies de Cargos Públicos Admitidos pela CF/1988: • Cargos efetivos • Cargos vitalícios • Cargos em comissão • Cargos temporários Da Administração Pública • Provimento de Cargos Públicos • Para os cargos efetivos o provimento deverá ser precedido de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. • Cargos comissionados serão providos mediante juízo de mérito administrativo da autoridade competente para tanto, em geral Chefe de Poder. • Alguns cargos vitalícios poderão ser providos mediante simples cumprimento de requisitos constitucionais (5º constitucional, ministros do STF e TCU). Da Administração Pública • Estabilidade no Serviço Público • Não deve ser confundida com a vitaliciedade, porquanto possa ser perdida em função tanto de decisão judicial transitada em julgado, como em razão de decisão proferida em processo administrativo disciplinar. • Ocorrerá após o interregno de 03 (três) anos de efetivo exercício e aprovação em estágio probatório. • A não realização da avaliação do estágio probatório dentro do prazo para a aquisição da estabilidade leva a estabilização presumida. Da Administração Pública • Regime Jurídico dos Servidores Públicos • Orginalmente a Constituição de 1988 previu a existência de regime jurídico único, que terminou se concluindo seria o regime jurídico estatutário. • Com a inserção da Emenda Constitucional n.º 19/1998, procurou-se retornar a possibilidade da existência simultânea de regime estatutário e regime celetista. • Atualmente o texto constitucional, por força da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2135, teve restaurado cautelarmente o regime jurídico único preconizado no art. 39, caput. Da Administração Pública • Retribuição Pecuniária no Serviço Público: • Vencimento – no singular representa a base retributiva pecuniária do labor do servidor; • Remuneração – assim como a palavra vencimentos, no plural, indica a soma da base retributiva somada às vantagens a que o servidor fizer jus. • Subsídio – valor único, correspondente à integralidade da retribuição pecuniária do servidor. • Soldo – denominação conferida ao pagamento retributivo feito a militares. • Proventos – indica o pagamento de valor previdenciário aos inativos ou pensionistas. Da Administração Pública • Acumulação de Cargos e Proventos • As acumulações de cargos são vedadas pelo texto constitucional, sendo o rol previsto no texto constitucional (art. 37, XVI) de natureza taxativa. • Nas mesmas situações em que é vedada a acumulação de cargos, veda-se a acumulação de proventos, que somente podem ser acumulados na hipóteses em que se autorizou a acumulação na atividade. • A partir da promulgação da CF/88 somente podem ser acumulados os proventos da inatividade quando possível a acumulação de vencimentos na atividade (art. 37, § 10). Da Administração Pública • Previdência dos Servidores Públicos • Regime próprio, desvinculado do regime geral, sendo custeado por servidores e pelo ente público a que estes estão vinculados. • Aposentadoria sob as modalidades: • Voluntária, em razão do implemento de idade e demais condições; e • Compulsória, por implemento da idade de 70 anos ou por invalidez. • Impossibilidade de acumulação de aposentadorias pelo regime próprio senão nas situações elencadas do art. 37, XVI. TRIPARTIÇÃO DAS FUNÇÕES ESTATAIS I – O Poder Absoluto • Durante a idade média e no período que a sucedeu encontrava-se organizado o poder estatal na Europa, berço do constitucionalismo ocidental moderno, de forma unitária. • Assim, não havia distinção entre estruturas estatais incumbidas da legislação, execução e julgamento acerca da aplicação das normas. Durante esses períodos, porquanto todo o poder concentrava-se nas mãos de monarcas e imperadores, a estes cabia o exercício de todas as atividades estatais. • Tal concentração de poder criou um estado sem limites e ao mesmo tempo com uma vontade direcionada à concretização dos objetivos estabelecidos pelo monarca e não destinado à realização do bem-estar daqueles que nele viviam. II – A Ideia de Separação dos Poderes • Cientes da dimensão que assume o poder estatal, filósofos compreenderam que somente poderia o Estado cumprir com os fins para os quais foi concebido se possuísse mecanismos que permitisse a ele próprio controlar suas atividades, de maneira que o povo que nele habita não ficasse a mercê da força que criaram. • Restou, no entanto, a Montesquieu, no Século XVIII, teorizar a respeito da tripartição dos Poderes do Estado, configurando sua estrutura conforme a conhecemos. Houve, também, quem concebesse a separação dos Poderes de outro modo, com uma quadripartição dos Poderes. Foi essa a forma preconizada por Benjamin Constant (de Bedaque), que chegou a ser utilizada na primeira constituição do Brasil, a Constituição do Império, na qual se estabeleciam como Poderes do Estado o Executivo, o Legislativo, o Moderador e o Judicial, o primeiro e o terceiro sob a incumbência do Imperador. III – Da Tripartição dos Poderes • Não é nova a ideia de tripartição dos Poderes do Estado, tendo encontrado primeiramente repercussão na Grécia, nos ensinamentos de seus filósofos, como Platão, Licurgo e Aristóteles. • Todavia, a separação dos poderes em três estruturas, com atribuições específicas legislativas, executivas e judiciárias deu-se a partir da obra singular de Montesquieu – “O Espírito das Leis”, datado de 1748, sendo aplicado pela primeira vez na Carta dos Bons Cidadãos da Virgínia, em 1776, sendo adotada sucessivamente em outros instrumentos constitucionais das colônias inglesas na América do Norte, as quais viriam a se tornar os atuais E.U.A. IV – A Aplicação no Brasil Imperial da Teoria da Quadripartição dos Poderes • Autilização no Brasil - Império da teoria da Quadripartição dos Poderes atendeu aos caprichos do Imperador D. Pedro I, que embora defendesse o estabelecimento de uma monarquia constitucional possuía arraigado zelo pelo exercício do Poder. • Com essa estrutura o Imperador detinha mais de 50% (cinquenta por cento) do Poder do Estado, especialmente se se levar em consideração o desequilíbrio que ainda atualmente costuma haver em favor do Poder Executivo na atuação estatal. • É certo que a atividade do Poder Moderador consistia em manter o equilíbrio entre os demais Poderes, mas seria ilógico buscar tal equilíbrio quando dentre os Poderes em situação de desequilíbrio estivesse o Executivo, ou, ainda, quando se leva em conta que o Imperador possuía as atribuições de sancionar as normas elaboradas pelo Legislativo, para que estas pudessem produzir efeito, e, do mesmo modo, quando se constata que cabia ao monarca a nomeação de juízes. V – O Exercício do Poder •DEMOCRACIA REPRESENTATIVA • DEMOCRACIA REPRESENTATIVA – Assim se designa a democracia estabelecida nos moldes da Constituição de 1967 (EC n.º 01/1969), em que o Poder era exercido pelos representantes do povo, tanto na atuação legislativa, quanto nas atividades do Executivo. •DEMOCRACIA PARTICIPATIVA • DEMOCRACIA PARTICIPATIVA – A democracia denominada participativa implica no exercício misto do Poder, ou seja, tanto se tem o exercício por intermédio de representantes, como diretamente pelos próprios titulares do Poder (o Povo). Foi esta a forma de democracia estabelecida na Constituição de 1988, que prevê diversas formas de atuação direta pela população, sendo relevante citar a iniciativa popular do processo legislativo, que permite a provocação do Poder Legislativo por populares, na forma preconizada no texto constitucional, para a elaboração de leis ordinárias, mas também outras, como ação popular, plebiscito, referendum etc. •DEMOCRACIA DELIBERATIVA • DEMOCRACIA DELIBERATIVA – Democracia deliberativa vincula-se com a ideia de legitimidade, nos moldes concebidos pelos administrativistas quanto à chamada administração consensual. Assim, democracia deliberativa está estreitamente ligada com a participação ativa e direta do Povo nas decisões significativas do Estado, para a elaboração de Leis e nas suas ações Executivas, esperando-se que tanto os cidadãos como seus representantes justifiquem as suas decisões quanto às leis que impõem uns aos outros, fazendo com que deixem de ser meros objetos da legislação, meros agentes passivos a serem governados, mas agentes autônomos e ativos do próprio governo. DIREITO CONSTITUCIONAL III� � �UNIDADE I � �TRIPARTIÇÃO DAS FUNÇÕES ESTATAIS Número do slide 2 Da Organização Político-Administrativa Estado Democrático de Direito Da Administração Pública Da Organização Político-Administrativa Da Organização Administrativa Da Administração Pública Da Administração Pública Da Administração Pública Da Administração Pública Da Administração Pública Da Administração Pública Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 I – O Poder Absoluto II – A Ideia de Separação dos Poderes Número do slide 19 III – Da Tripartição dos Poderes IV – A Aplicação no Brasil Imperial da Teoria da Quadripartição dos Poderes V – O Exercício do Poder •DEMOCRACIA REPRESENTATIVA •DEMOCRACIA PARTICIPATIVA •DEMOCRACIA DELIBERATIVA Número do slide 26 Número do slide 27
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