Buscar

MARC - Puericultura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
Puericultura
1- Compreender a Puericultura (triagem neonatal, marcos do desenvolvimento e crescimento, reflexos,
introdução alimentar, amamentação, suplementação e vacinas).
2 - Entender a importância da alimentação na adolescência.
INTRODUÇÃO
Puericultura é a consulta periódica de uma criança feita com o
propósito de avaliar seu crescimento e desenvolvimento de
maneira próxima. Durante essas consultas deve-se realizar
orientações educativas, ações de promoção da saúde, ações
relacionadas à prevenção de doenças e observação dos riscos
e vulnerabilidades sob a qual está submetida a respectiva
criança.
Etapas da infância e adolescência
 Recém-Nascido (RN): 0 a 28 dias de vida.
 Lactente: 29 dias de vida até 2 anos de idade.
 Pré-Escolar: entre 2 e 7 anos de idade.
 Escolar: dos 7 aos 10 anos de idade.
 Adolescente: dos 10 aos 19 anos de idade.
No 1º ano de vida recomenda-se um mínimo de 7 consultas e
no 2º ano, um mínimo de 2 consultas. A partir dos 2 anos de
idade as consultas podem se tornar anuais.
Essas faixas etárias são selecionadas porque representam
momentos de oferta de imunizações e de orientações de
promoção de saíde e prevenção de doenças.
Relembrando alguns pontos
 Baixo Peso ao Nascer: Recém-nascido com peso de
nascimento menor que 2.500 gramas, independente da
idade gestacional.
 Idade Gestacional: É o número de semanas contados
entre o primeiro dia do último período menstrual normal
e a data do parto.
 RN Pré Termo - Nascido com menos de 37 semanas de
gestação (menos de 259 dias)
 RN a Termo - Nascido entre 37 semanas e 41 semanas
e 6 dias de gestação (259 a 293 dias).
 RN Pós Termo - Nascido com 42 semanas ou mais de
gestação (294 dias ou mais)
Classificação do RN Pré Termo:
 Pré Termo Tardio: nascido entre 34 e 36 semanas e 6
dias.
 Pré Termo Moderado: nascido entre 28 e menos de 34
semanas
 Pré Termo Extremo: nascido abaixo de 28 semanas.
 Baixo peso ao nascer: menor que 2.500g
 Muito baixo peso ao nascer: menor que 1.500g
 Extremo baixo peso ao nascer: menor que 1.000g
Alerta vermelho!
Situações de risco para a saúde da criança acompanhada pela
equipe de AB com indicação periódica e encaminhamento:
 Mãe com baixa escolaridade;
 Mãe adolescente;
 Mãe deficiente mental;
 Mãe soropositiva para HIV, toxoplasmose ou sífilis, com
crina negativa para essa doença;
 Morte materna;
 História de óbito de menores de 1 ano na família
 Condições ambientais, sociais e familiares desfavoráveis;
 Pais ou responsáveis dependentes de drogas lícitas e
ilícitas;
 Criança nascida de parto domiciliar não assistido;
 Desnutrição;
 Internação prévia;
 Criança não vacinada ou com vacinação atrasada.
Situações de risco para a saúde da criança com necessidade
de acompanhamento pelo pediatra e/ou especialista
juntamente com a equipe de AB:
 Baixo peso ao nascer <2.500g;
 Prematuridade < 37 semanas;
 Desnutrição grave;
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
 Triagem neonatal positiva para hipotireoidismo,
fenilcetonúria, anemia falciforme/fibrose cística;
 Doença de transmissão vertical (toxoplasmose, sífilis,
AIDS;);
 Sem diagnóstico negativo ou ainda não concluído para
toxoplasmose, sífilis e AIDS;
 Intercorrência importantes no período neonatal,
notificadas na alta hospitalar;
 Crescimento e/ou desenvolvimento inadequados;
 Evolução desfavorável de qualquer doença.
Anamnese
A anamnese deve ser completa, com todos os itens de uma
anamnese comum, mas devendo também abordar:
1. Antecedentes pessoais da criança com informações
desde a sua concepção, questionando acerca da
gestação, nascimento e período neonatal. Importante
saber sobre o pré-natal, presença de
comorbidades/infecção durante a gestação,
suplementação, uso de drogas, tipo de parto; local do
parto; peso ao nascer; comprimento, PC, PT, idade
gestacional; índice de Apgar; intercorrências clínicas na
gestação, no parto, no período pré natal e os
tratamentos realizados;
2. Antecedentes familiares: As condições de saúde dos pais
e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o
número de irmãos;
3. Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) onde é
preciso colher um relato da família sobre o
aparecimento de habilidades motoras, aquisição de
linguagem gestual e falada, controle esfincteriano e
desenvolvimento socioafetivo da criança com membros
da família e amigos.
4. Antecedentes vacinais devendo além de registrar as
vacinas tomadas e períodos em que foram realizadas,
registrar eventos adversos (locais ou sistêmicos) caso
tenham ocorrido.
5. História de formação da família, relacionamento dos pais
e aceitação da criança neste processo.
6. Habitação é um ponto importante para a compreensão
do profissional acerca das condições de vida e saúde da
criança e sua família, de modo a conseguir compreender
se existem fatores de risco para doenças respiratórias,
infecto-parasitárias e dermatológicas.
7. Hábitos atuais da criança também devem ser
questionados à família, abarcando seus respectivos
hábitos: alimentares, intestinais, urinários, sono, higiene
corporal e bucal, lazer e atividade física. Neste ponto, é
relevante também questionar, quanto tempo a criança
fica exposta a telas de telefone, tablets, televisão, etc.
Exame Físico
Na Puericultura nem sempre será possível realizar o exame
físico na sequência crânio-caudal com costuma-se realizar nas
outras áreas da Medicina, assim, é possível iniciar parte do
exame físico com a criança ainda no colo de um dos seus
familiares.
Um exame físico completo deve ser realizado na primeira
consulta de puericultura, que deve ser ainda na sua 1° semana
de vida. Dentre todos os sistemas que não devem ser
esquecidos nesta consulta com o RN, conforme tabela do
ministério da saúde:
Classificação da Icterícia Neonatal - Zonas de Kramer
Segundo o MS, as consultas seguintes à 1ª não devem
obrigatoriamente contar com todos os elementos de um
exame físico completo, no entanto, até os 10 anos de idade
recomenda que procedimentos específicos não deixem de ser
realizados:
 Dados Antropométricos: peso, comprimento/altura,
índice de massa corpórea (IMC), perímetro cefálico,
perímetro torácico (até os 3 anos de idade) e
circunferência abdominal.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
 Acompanhamento e avaliação do desenvolvimento.
A criança deve atravessar cada estádio segundo uma
sequência regular, ou seja, os estádios de desenvolvimento
cognitivo são sequenciais. Se a criança não for estimulada ou
motivada no devido momento, ela não conseguirá superar o
atraso do seu desenvolvimento.
A identificação de problemas (tais como: atraso no
desenvolvimento da fala, alterações relacionais, tendência ao
isolamento social, dificuldade no aprendizado, agressividade,
entre outros) é fundamental para o desenvolvimento e a
intervenção precoce para o prognóstico dessas crianças.
 Rastreamento para displasia evolutiva do quadril
Identificam-se 3 fatores de risco para luxação congênita do
quadril: gênero feminino, crianças com história familiar de
displasia congênita do quadril e parto com apresentação
pélvica. Duas manobras devem ser realizadas logo nas
primeiras consultas até os 2 meses, testando um membro de
cada vez a partir das manobras de Barlow (provocativa do
deslocamento) e Ortolani (sua redução).
Manobra de Barlow é um teste provocativo realizado com
quadris e joelhos do recém-nascido fletidos. Seguram-se as
pernas gentilmente, com a coxa em adução (A), e o
examinador aplica uma força no sentido posterior. A manobra
é positiva (B) se o quadril é deslocável (luxável).
A manobra de Ortolani é o reverso de Barlow. O examinador
segura as coxas do recém-nascido e gentilmente realiza a
abdução do quadril enquanto move anteriormente o trocanter
com os dois dedos (A). A manobra é positiva (B) quando a
cabeça do fêmur luxada retorna ao acetábulo com um “clunk”
palpável quando o quadril é abduzido.
A observação da limitação da abdução dos quadris e o
encurtamento de um dos membros inferiores devem ser os
exames de rastreamentonas consultas após os 3 meses de
idade, ou seja, nas consultas dos 4, 6, 9 e 12 meses. Quando a
criança começa a deambular, a partir da consulta dos 12 ou
dos 18 meses, a observação da marcha da criança é o exame
de escolha. Os testes de Trendelenburg positivo, marcha
anserina e hiperlordose lombar possibilitam o diagnóstico.
 Ausculta cardíaca
Assim como em todo atendimento médico, a ausculta da FC
deve ser realizada na Puericultura. Logo, é importante saber
as faixas de FC, bem como a FC média em cada etapa da
infância, podendo em caso de discrepâncias pensar em
possibilidades diagnósticas.
 Aferição da pressão arterial
Segundo o MS, recomenda-se que a PA seja aferida em
crianças uma primeira medida aos 3 anos de idade e segunda
medida aos 6 anos, no entanto, outras referências não fazem
menção a idades específicas para a medida.
 Rastreamento para criptorquidia
A criptorquidia isolada é a anomalia congênita mais comum ao
nascimento. A migração espontânea dos testículos ocorre
geralmente nos primeiros 3 meses de vida, e raramente após
os 6 a 9 meses. Se aos 6 meses não houver testículos
palpáveis, a criança deve ser encaminhada à cirurgia
pediátrica. Se forem retráteis, deve ser monitorado a cada 6-
12 meses entre os 4-10 anos de idade, pois pode ocorrer da
criança crescer mais rápido do que o cordão espermático e
haver saída dos testículos da bolsa escrotal.
 Avaliação da Visão
As causas mais comuns de diminuição da acuidade visual em
crianças são a ambliopia (redução da visão sem uma lesão
orgânica detectável no olho), seus fatores de risco
(estrabismo, anisometropia, catarata e ptose) e os erros de
refração (miopia e hipermetropia). O estrabismo pode ser
avaliado pelo teste da cobertura e pelo teste de Hirschberg.
O teste da cobertura é utilizado para diagnósticos de desvios
oculares e deve ser realizado a partir dos 4 meses de idade,
pois a presença de estrabismo anterior ao citado período
pode ser um achado normal. Utiliza-se um oclusor colocado
entre 10 a 15cm de um dos olhos da criança, atraindo a
atenção do olho descoberto com uma fonte luminosa. Quando
se descobre o olho previamente coberto, observa-se a sua
reação. A movimentação em busca da fixação do foco de luz
pode indicar estrabismo.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
O teste de Hirschberg é realizado colocando-se um foco de
luz a 30cm da raiz nasal da criança e observando-se o
reflexo nas pupilas. Qualquer desvio do reflexo do centro da
pupila é manifestação clínica de estrabismo. Sugere-se a
realização de ambos os exames nas consultas dos 4, 6 e 12
meses.
No tocante à acuidade visual, é importante observar que a
criança pequena não se queixa de dificuldades visuais. Por isso,
a partir dos 3 anos, está indicada a triagem da acuidade visual,
usando-se tabelas de letras ou figuras quando a criança vier
para consultas de revisão. Devem ser encaminhadas ao
oftalmologista crianças de 3 a 5 anos que tenham acuidade
inferior a 20/40 ou diferença de duas linhas entre os olhos
e crianças de 6 anos ou mais que tenham acuidade inferior a
20/30 ou diferença de duas linhas entre os olhos.
Caderneta da criança
Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no
Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de
Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e
orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar. A
Caderneta é um documento importante para acompanhar a
saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do
nascimento até os 9 anos de idade.
A 1ª parte da caderneta é mais direcionada a família/quem
cuida da criança. Contém informações e orientações sobre
saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento,
amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento
e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves,
prevenção de violências e acidentes, entre outros. Além disso,
com base na presença ou ausência de alguns fatores de risco
e de alterações fenotípicas, a caderneta orienta para
tomadas de decisão.
A 2ª parte da Caderneta é destinada aos profissionais de
saúde, com espaço para registro de informações importantes
relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos
de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento
e tabelas para registro de vacinas aplicadas.
TRIAGEM NEONATAL
A triagem neonatal é um conjunto de ações preventivas,
responsável por identificar precocemente indivíduos com
doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e
endocrinológicas, para que estes possam ser tratados em
tempo oportuno, evitando as sequelas e até mesmo a morte.
Além disso, propõe o gerenciamento dos casos positivos por
meio de monitoramento e acompanhamento da criança
durante o processo de tratamento.
Teste do Pezinho
Trata-se de uma triagem neonatal para a identificação de
distúrbios congênitos e hereditários, incluindo doença
falciforme (e outras hemoglobinopatias), fenilcetonúria,
fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo
congênito e deficiência de biotinidase.
O teste deverá ser feito a partir do 3º dia de vida da criança,
quando já ocorreu uma ingestão adequada de proteínas e é
possível analisar com mais segurança o metabolismo da
fenilalanina, evitando-se resultados falsos negativos para
fenilcetonúria. Além disso, a dosagem de TSH nas primeiras
24h de vida pode acarretar um aumento de falsos positivos
para hipotireoidismo congênito. Assim, a coleta para o exame
deve ser realizada entre o 3º e o 7º dia de vida da criança.
Embora não seja o ideal, aceita-se que seja feita a coleta até
o 30º dia de vida do bebê.
O pezinho do RN, sobretudo a região lateral do calcanhar, é
uma região bastante irrigada, o que facilita o acesso ao
sangue para a coleta da amostra; é um procedimento pouco
invasivo e bem menos incômodo do que a coleta de sangue
venoso com seringa e agulha.
Os resultados considerados alterados devem ser comunicados
ao responsável pela coleta no ponto de origem da amostra. A
família deve ser notificada e o responsável deve ser
orientado a comparecer com urgência na Unidade de Saúde
para a realização de exame de confirmação através de uma
nova coleta.
Teste do Coraçãozinho
O exame consiste em medir a saturação de oxigênio no
sangue e a frequência cardíaca do recém-nascido, podendo
ser capaz de identificar cardiopatias críticas. O exame é feito
com um oxímetro posicionado no pulso e no pé do bebê. Deve
ser realizado entre as primeiras 24 e 48 horas de vida do
recém-nascido.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
Se alguma alteração for identificada, o bebê deve ser
submetido a um ecocardiograma; conforme o resultado do
exame e avaliação médica, o recém-nascido pode ser
encaminhado a um centro de referência em cardiopatias para
tratamento e acompanhamento.
Teste do Olhinho
O Teste do Reflexo Vermelho (TRV) detecta alterações que
podem comprometer a transparência da córnea, vítreo e
cristalino. Exame simples, rápido e indolor, serve para
detectar problemas oculares congênitos que podem
comprometer a visão do bebê como a catarata congênita,
glaucoma congênito e retinoblastoma. O diagnóstico precoce é
a melhor forma de garantir um tratamento apropriado à
criança e, em alguns casos, de evitar ou minimizar a
deficiência visual.
Deve ser realizado em todos os recém-nascidos antes da alta
da maternidade e repetido regularmente nas consultas
pediátricas, pelo menos 2 a 3x ao ano, nos 3 primeiros anos
de vida. Se o pediatra suspeitar de qualquer anomalia deverá
encaminhar a criança a um oftalmologista.
Teste da Linguinha
O Teste da Linguinha identifica precocemente problemas no
frênulo da língua de recém-nascidos, como a anquiloglossia,
conhecida popularmente como “língua presa”. Esses problemas
podem prejudicar a amamentação e também comprometer a
mastigação, fala e deglutição.
Deve ser feito por um profissional de saúde qualificado, como
por exemplo um fonoaudiólogo, elevando a língua do bebê para
verificar se está presa e buscando alterações
anatomofuncionais. Recomenda-se que seja realizada
inicialmente nas primeiras 48 horas devida.. O reteste é
realizado após 30 dias de vida, avaliando também o choro e a
sucção.
Teste da Orelhinha
A triagem auditiva neonatal (TAN), mais conhecida como teste
da orelhinha, é uma avaliação que objetiva detectar o mais
precocemente possível a perda auditiva congênita e/ou
adquirida no período neonatal.
É realizado ainda na maternidade, preferencialmente entre
24 e 48h de vida do bebê. Consiste na produção de um
estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de
uma delicada sonda introduzida na orelhinha do recém-nascido.
Para o teste, usam-se emissões otoacústicas evocadas
durante o sono natural do bebê, identificando-se uma possível
deficiência auditiva. Se identificada alguma alteração, o bebê
deve ser encaminhado para uma avaliação com fonoaudiólogo
e otorrinolaringologista.
A deficiência auditiva pode resultar em deficiências de fala e
de aprendizado, mas a instituição do tratamento precoce para
a criança, sobretudo antes dos seis meses de vida, apresenta
grandes chances de desenvolvimento da linguagem e de
melhor adaptação psicossocial.
REFLEXOS PRIMITIVOS
Os reflexos primitivos são respostas automáticas e
estereotipadas a um determinado estímulo externo. Estão
presentes ao nascimento mas devem ser inibidos ao longo dos
primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. Sua
presença mostra integridade do sistema nervoso central;
entretanto, sua persistência mostra disfunção neurológica.
 Reflexo de Moro: É desencadeado por queda súbita da
cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se
extensão e abdução dos membros superiores seguida
por choro.
 Busca ou procura: Ocorre quando o canto da boca do
RN é tocado ou acariciado. A partir disso, bebê vira a
cabeça em direção ao estímulo e abre a boca para
seguir e enraizar na direção do toque. Isso ajuda o bebê
a encontrar o peito ou a mamadeira para começar a
mamar. Presente ao nascimento e dura até 4 meses.
 Sucção Reflexa: Quando o céu da boca do RN é tocado, o
bebê começa a sugar. Desaparece por volta dos 3
meses de idade.
 Preensão Palmar: É desencadeado pela pressão da palma
da mão. Observa-se flexão dos dedos. Deixa de ocorrer
em torno dos 3 meses de vida e é substituído pela
preensão voluntária aos 4-5 meses de vida.
 Preensão Plantar: É desencadeado pela pressão da base
dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos. Desaparece
por volta dos 9-12 meses de idade.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
 Marcha Reflexa: É desencadeado por inclinação do
tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-
se cruzamento das pernas, uma à frente da outra.
Desaparece aproximadamente aos 2-4 meses.
 Reflexo de Galant ou de encurvamento do tronco: É
desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral.
Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao
estímulo. Dura até os 2-3 meses de idade.
 Reflexo tônico-cervical ou reflexo do esgrimista: É
desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra
mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-
se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e
flexão do membro superior contralateral. A resposta dos
membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é
mais sutil. Dura até os 2-4 meses de idade.
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
 Marcos do desenvolvimento do Nascimento aos 6 meses
 Marcos do desenvolvimento dos 6 meses a 1 ano e meio
 Marcos do Desenvolvimento de 1 ano e meio a 3 anos e
meio
 Marcos do Desenvolvimento de 3 anos e meio a 5 anos
 Marcos do Desenvolvimento de 5 a 6 anos
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil
é o registro periódico do perímetro cefálico, do peso, do
comprimento ou da estatura e do índice de massa corporal
https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
(IMC) da criança na Caderneta da Criança. A maneira como a
criança está crescendo indica o quanto ela está saudável ou o
quanto ela se desvia da situação de saúde.
Marcar as medidas nos gráficos promove a saúde da criança,
pela fácil identificação de desvios do crescimento. Estes
devem ser diagnosticados e tratados precocemente, para que
se possa evitar o comprometimento da sua saúde atual e da
sua qualidade de vida futura.
A avaliação do crescimento nos 2 primeiros anos de vida é
aceleradíssima. Após os 2 primeiros anos passa por um
declínio gradativo e pronunciado até os 5 anos de idade. A
partir do 5º ano, a velocidade de crescimento é praticamente
constante, de 5 a 6 cm/ano até o início do estirão da
adolescência (em torno dos 11 de idade nas meninas e dos 13
anos nos meninos). A velocidade de crescimento geral não é
uniforme ao longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e
pates do corpo não crescem com a mesma velocidade.
Interpretando os Gráficos:
 As linhas coloridas dos gráficos fornecem indicações
para a linha de crescimento da criança formada pela
união dos pontos das medidas de cada consulta.
 A curva de crescimento de uma criança que está
crescendo adequadamente tende a seguir um traçado
paralelo à linha verde, acima ou abaixo dela, que pode
estar situado entre as linhas laranjas ou entre as linhas
vermelhas.
 Qualquer mudança rápida que desvie a curva da criança
para cima ou para baixo, ou então um traçado horizontal,
devem ser investigados.
 Os traçados que se desviam muito e que cruzam uma
outra linha podem indicar risco para a saúde da criança.
 Com relação às curvas de perímetro cefálico, é
importante lembrar que as alterações do
desenvolvimento infantil são mais sensíveis e precoces
que o crescimento da cabeça.
Peso
 Em crianças de 0 a 23 meses se faz deitado na balança
pediátrica. A partir disso é feita a pesagem em pé na
balança mecânica.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
Comprimento/Estatura
 As crianças menores de 2 anos devem ser medidas
deitadas (comprimento). Crianças com 2 anos ou mais
devem ser medidas em pé (estatura).
 Existe uma diferença de 0,7cm entre a estatura da
criança medida deitada e em pé. Assim, se a estatura de
uma criança de 2 ou mais anos for aferida deitada,
deve-se diminuir 0,7cm do valor antes de registrá-lo no
gráfico de 2 a 5 anos. Do mesmo modo, se a estatura
de uma criança menor de 2 anos for medida de pé,
deve-se somar 0,7cm ao valor antes de registrar no
gráfico de crianças de 0 a 2 anos.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
Índice de Massa Corporal
O IMC expressa a relação entre o peso da criança e o
quadrado da estatura (comprimento ou altura). É utilizado para
identificar o excesso de peso entre crianças e tem a
vantagem de ser um índice que será utilizado em outras fases
do curso da vida. Para calcular o IMC:
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
Perímetros
 Perímetro Cefálico (PC)
 Perímetro Torácico (PT)
 Perímetro Abdominal (medido na linha umbilical)
 Até 6 meses: PC maior que PT; a seguir, PT ligeiramente
maior que PC.
 Até os 2 anos: PT = PC = PA (aproximadamente); em
seguida passa a predominar o PT.
Obs.: A relação PT/PC quando igual a 1 é indicativo de eutrofia e quando
menor que 1 é indicativo de desnutrição energético-proteica.
Na caderneta tem apenas a avaliação do cefálico, e somente
até os 2 anos de idade:
ALEITAMENTO MATERNO
O padrão de Aleitamento Materno pode ser classificado:
 AM exclusivo: quando a criança recebe somente leite
materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano
de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos;
 AM predominante: quando a criança recebe, além do
leite materno, água ou bebidas à base de água (água
adocicada, chás, infusões) e sucos de frutas;
 AM complementado: quando a criança recebe, além do
leite materno, alimentos complementares, definidos como
qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade
de complementar o leite materno. O termo “suplemento”
tem sido utilizado para água, chás e/ou leite de outras
espécies;
 AM misto ou parcial: quando a criança recebe, além do
leite materno, outros tipos de leite.
A Organização Mundial da Saúde, o Ministérioda Saúde e a
Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam AM por 2 anos
ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 6 meses.
Com relação à duração do AME, existem evidências de que
não há vantagens em oferecer alimentos complementares a
crianças menores de 6 meses, podendo, inclusive, haver
prejuízos à saúde da criança, como maior chance de adoecer
por infecção intestinal e hospitalização por doença
respiratória. Além disso, a introdução precoce dos alimentos
complementares diminui a duração do AM, interfere na
absorção de nutrientes importantes nele existentes, como o
ferro e o zinco, e reduz a eficácia da lactação na prevenção
de novas gestações.
Habitualmente, o recém-nascido mama com frequência, sem
regularidade quanto a horários. É comum um bebê em AME
sob livre demanda mamar de 8 a 12 vezes ao dia.
A imagem lista 7 pontos importantes que podem ser
observados para garantir que o bebê tenha uma
amamentação eficaz. Caso a pega seja ineficaz, a mãe pode
ser predisposta a diversas intercorrências mamárias,
desconforto, além de diminuir a produção láctea e isso ter
reflexo no desenvolvimento pondero-estrutural do bebê.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
Evidências da superioridade da amamentação:
 Proteção contra cânceres de mama;
 Menor risco de obesidade, hipertensão, diabetes e
hipercolesterolemia para a criança;
 Promove melhor desempenho cognitivo;
 Redução da mortalidade infantil
 Auxilia no desenvolvimento da cavidade bucal;
 Se torna um contraceptivo natural para as mães;
 Reduz risco de alergias e infecções na criança;
 Redução da incidência e gravidade da diarreia
 Reduz risco de morte súbita;
 Melhor nutrição
 Promove vínculo entre a mãe e o filho;
 Diminui custos financeiros.
Obs.: Contraindicações permanentes -> CA de mama, seja em tratamento
ou que já foi tratado; Mães infectadas pelo vírus HIV, HTLV1 e HTLV2; Uso
materno de medicações como antineoplásicos e radiofármacos; RN com
galactosemia (a criança nasce sem conseguir processar a galactose),
fenilcetonúria ou intolerância a glicose.
INTRODUÇÃO ALIMENTAR
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria a evolução
da alimentação complementar deve ser gradual, aumentando a
textura dos alimentos de acordo com a maturidade da criança
e aparecimento dos dentinhos oferecidos. A textura da
alimentação vai seguir a seguinte ordem, papas, alimentação
branda (pedaços macios), até chegar a uma alimentação
normal, como a alimentação da família.
O termo “papa salgada” diz respeito a cereais, tubérculos,
hortaliças, carnes, ovos, grãos etc., ou seja, alimentos que
precisam ser preparados ou “comida de panela”, e não
necessariamente a adição de sal.
Na introdução alimentar é importante saber que até os 12
meses o açúcar, o mel e o leite de vaca, devem ser evitados.
Além disso, evite também os alimentos potencialmente
alergênicos como frutos do mar e clara de ovo. Dê
preferência para frutas e hortaliças orgânicas, sempre que
possível, por conta da carga de agrotóxicos.
Devemos estar atentos também a possíveis alergias
alimentares. Por isso, é importante oferecer um alimento de
cada vez, sendo um alimento diferente a cada 5 ou 7 dias.
Pouco temperado, sem a necessidade de sal.
SUPLEMENTAÇÃO
O crescimento cerebral, que tem seu pico a partir do 3º
trimestre de gestação até os 2 anos de vida, é resultado de
intensa neurogênese, acompanhada de mielinização e
sinaptogênese. Uma falha na oferta nutritiva nesta fase de
neurodesenvolvimento pode causar consequências a longo
prazo, como a ocorrência de doenças crônico-degenerativas.
O leite materno contém baixas concentrações de vitamina K,
vitamina D e ferro, sendo motivo para o Departamento de
Nutrologia da SBP fazer recomendações referentes a esses
nutrientes. Além disso, a OMS prioriza a suplementação das
vitaminas A e D e dos minerais iodo, zinco e ferro, os quais
estão associados à maior deficiência devido ao alto impacto
social destes em todo o mundo.
Vitamina D
Apresenta papel crucial na saúde óssea, e, além disso,
estudos apontam que a hipovitaminose D pode estar associada
a várias comorbidades, como: diabetes melito tipo 1, asma,
dermatite atópica, alergia alimentar, doença inflamatória
intestinal, artrite reumatoide, doença cardiovascular,
esquizofrenia, depressão e variadas neoplasias (mama,
próstata, pâncreas, cólon). Recomenda-se a suplementação
preventiva universal de vitamina D da seguinte forma:
A termo:
 400UI por dia para lactentes de 0-12 meses a partir da
primeira semana de vida (independentemente da
alimentação);
 600UI por dia para maiores de 1 ano até 2 anos.
Pré-termo:
 400UI por dia, quando o peso for superior a 1.500
gramas e houver tolerância à ingestão oral;
 600UI por dia dos 12 aos 24 meses.
Quais são os parâmetros para definir suficiência vitamina D?
Suficiência: 25(OH)D > 20ng/ml.
Insuficiência: 25(OH)D entre 12-20ng/ml.
Deficiência: 25(OH)D < 12ng/ml.
Toxicidade: 25(OH)D > 100ng/ml.
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
A mensuração de vitamina D só deve ser feita na suspeita de
insuficiência em grupos que pertencem aos grupos de risco ou
quando a situação clínica é relevante (raquitismo, osteomalácia,
quedas e fraturas frequentes)
Para o tratamento de hipovitaminose D, o Global Consensus
Recommendations on Prevention and Management of
Nutritional Rickets preconiza o seguinte esquema:
Além da suplementação, crianças maiores e adultos devem
satisfazer as necessidades nutricionais através da
alimentação e exposição solar.
Vitamina A
O Ministério da Saúde possui o Programa de Suplementação
de Vitamina A e preconiza a utilização de megadose única para:
 Crianças de 6-12 meses: dose de 100.000UI;
 Crianças de 12-72 meses: dose de 200.000UI.
Ferro
A anemia por deficiência de ferro é muito prevalente entre
crianças, principalmente nos países em desenvolvimento. Esta
é considerada a carência nutricional mais comum e exige
conduta corretora, pois prejudica o desenvolvimento mental e
psicomotor da criança, reduz o desempenho individual em
tarefas diárias e afeta a resistência a infecções. A Sociedade
Brasileira de Pediatria indica a suplementação preventiva nas
seguintes situações:
A termo:
 Para recém-nascido de peso adequado para a idade
gestacional: 1mg de ferro elementar/kg de peso/dia, a
partir do 3º mês até o 24º mês de vida.
 A suplementação independe do aleitamento materno
exclusivo, misto ou somente fórmula infantil.
Pré-termo:
 2mg de ferro elementar/kg ou mais (conforme o peso
do RN), a partir do 1º mês, por 1 ano.
 1mg de ferro elementar/kg de peso/dia por mais 1 ano.
Profilaxia de ferro elementar de acordo com situação do RN
e posologia especificada:
A Academia Americana de Pediatria recomenda triagem para
deficiência de ferro, sem anemia (dosagem de ferritina) ou
com anemia (hemograma), aos 12 meses de vida. Se
constatado deficiência, o tratamento é o seguinte:
 3-5mg de ferro elementar/kg de peso/dia, VO, por pelo
menos 8 semanas (até correção da anemia e
normalização dos níveis de ferritina) – a duração total
pode durar até 3-6 meses.
Vitamina K (ao nascer)
Atualmente, existem informações suficientes para se manter
a recomendação de administrar vitamina K ao nascimento
como profilaxia contra a doença hemorrágica neonatal por
deficiência de vitamina K:
 Bebês com idade gestacional acima de 32 semanas e
com mais de 1.000g: 1mg IM ou EV.
 Bebês com menos de 32 semanas e com mais de
1.000g: 0,5mg IM.
 Bebês com menos de 1.000g, independentemente da
idade gestacional: 0,3mg IM.
Se houver recusa dos pais quanto à administração injetável,
deve ser garantido o fornecimento da vitamina K oral (2mg ao
nascer), seguido de 1mg/semana durante os 3 primeiros
meses. As doses repetidas são imprescindíveis para os bebês
amamentados ao peito. Naqueles com outro tipo de
alimentação, poderia ser suficiente a dose inicial.
Zinco
O papel do zinco na prevenção da morbimortalidade por
doenças infecciosas foi reconhecido recentemente. A OMS,
em seu site oficial, já incluiu a recomendação de suplementar
zinco no tratamentode diarreia, além dos sais de reidratação
oral. Entretanto, não há uma recomendação universal quanto
à suplementação de zinco para a população brasileira. Deve-se
enfatizar o consumo de alimentos ricos em zinco, como
carnes, vísceras (em especial, o fígado) e gema de ovo.
Produtos vegetais costumam ser pobres em zinco, além de
ter uma baixa biodisponibilidade, particularmente cereais e
legumes com altas concentrações de fitatos (substâncias
antinutritivas, assim como taninos, oxalatos e fosfatos, que
atrapalham a absorção dos nutrientes, pois se ligam aos
minerais, formando complexos). Ao contrário do que ocorre
com o ferro, o ácido ascórbico não aumenta a
biodisponibilidade do zinco.
CALENDÁRIO vacinal
Além da oportunidade de avaliar o desenvolvimento da criança,
tal organização da frequência de consultas adotada pelo MS
toma como base o calendário de vacinação, permitindo a
Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO
verificação do cartão vacinal em meses oportunos: ao
nascimento, com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 15 meses.
 Calendário de Vacinação da Criança
 Calendário de Vacinação do Adolescente
Alimentação na adolescência
A OMS classifica adolescência como o período da vida que vai
dos 10 aos 19 anos. Nessa fase, seu corpo passa por várias
mudanças (o corpo de uma criança vai se transformar no
corpo de um adulto). Portanto, é preciso alimentar-se bem, de
forma nutritiva e equilibrada garantindo bom desenvolvimento
físico e intelectual.
A pirâmide alimentar é uma forma ilustrativa de como se deve
comer no dia-a-dia. Não é uma norma rígida, mas sim um guia
que ajuda a escolher uma alimentação saudável, através de
alimentos variados, em quantidades moderadas, garantindo os
nutrientes necessários para a sua saúde. Os alimentos são
formados por nutrientes. Assim sendo, os alimentos estão
distribuídos na pirâmide alimentar em 4 níveis, com 8 grupos
de acordo com o nutriente que mais se destaca na sua
composição. Os alimentos que estão no mesmo grupo possuem
nutrientes e valor nutritivo semelhantes.
 Cereais, tubérculos, raízes e pães – são fontes de
carboidrato complexo. Estes carboidratos te dão energia
para realizar as atividades diárias.
 Verduras, legumes e frutas – são fontes de fibras,
vitaminas e minerais. As vitaminas e os minerais, também
conhecidos como micronutrientes, regulam todas as
funções do corpo. Já as fibras, apesar de não serem
nutrientes, ajudam o intestino a funcionar de maneira
adequada e reduzem a quantidade de gorduras no
sangue.
 Carnes e Ovos – são fontes de proteínas animais e
ferro. As proteínas são nutrientes necessários para
construir e reparar os tecidos do nosso corpo. Também
fazem parte da composição dos anticorpos que ajudam a
formar o nosso sistema de defesa.
 Feijões – são fontes de proteínas vegetais e também
de fibras. Também chamados de leguminosas.
 Leites e derivados – são fontes de proteínas animais e
de cálcio, presente na formação dos ossos e dentes.
 Óleos e Gorduras – são as gorduras vegetais e gorduras
animais. Também são chamados de lipídios. Fornecem
muita energia ao organismo e são necessários para a
absorção das vitaminas A, D, E e K. Além disso, ajudam a
manter a temperatura corporal.
 Açúcares e Doces – são fontes de carboidratos simples.
Estes são mais rapidamente absorvidos e aproveitados
pelo organismo do que os carboidratos complexos. Mas
assim como os óleos e as gorduras, devem ser
consumidos em quantidades menores que os outros
grupos alimentares.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento.
Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, n. 33)
PEDIATRIA, Sociedade Brasileira de. Tratado de Pediatria, Volume 1. 4. ed. Barueri,
SP: Manole, 2017.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2019.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-
vacinacao
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf
https://www.sanarmed.com/suplementacao-em-criancas-quando-e-necessaria-
colunistas
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_39.p
df
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf
https://www.sanarmed.com/suplementacao-em-criancas-quando-e-necessaria-colunistas
https://www.sanarmed.com/suplementacao-em-criancas-quando-e-necessaria-colunistas
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_39.pdf
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_39.pdf

Continue navegando