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Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Puericultura 1- Compreender a Puericultura (triagem neonatal, marcos do desenvolvimento e crescimento, reflexos, introdução alimentar, amamentação, suplementação e vacinas). 2 - Entender a importância da alimentação na adolescência. INTRODUÇÃO Puericultura é a consulta periódica de uma criança feita com o propósito de avaliar seu crescimento e desenvolvimento de maneira próxima. Durante essas consultas deve-se realizar orientações educativas, ações de promoção da saúde, ações relacionadas à prevenção de doenças e observação dos riscos e vulnerabilidades sob a qual está submetida a respectiva criança. Etapas da infância e adolescência Recém-Nascido (RN): 0 a 28 dias de vida. Lactente: 29 dias de vida até 2 anos de idade. Pré-Escolar: entre 2 e 7 anos de idade. Escolar: dos 7 aos 10 anos de idade. Adolescente: dos 10 aos 19 anos de idade. No 1º ano de vida recomenda-se um mínimo de 7 consultas e no 2º ano, um mínimo de 2 consultas. A partir dos 2 anos de idade as consultas podem se tornar anuais. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saíde e prevenção de doenças. Relembrando alguns pontos Baixo Peso ao Nascer: Recém-nascido com peso de nascimento menor que 2.500 gramas, independente da idade gestacional. Idade Gestacional: É o número de semanas contados entre o primeiro dia do último período menstrual normal e a data do parto. RN Pré Termo - Nascido com menos de 37 semanas de gestação (menos de 259 dias) RN a Termo - Nascido entre 37 semanas e 41 semanas e 6 dias de gestação (259 a 293 dias). RN Pós Termo - Nascido com 42 semanas ou mais de gestação (294 dias ou mais) Classificação do RN Pré Termo: Pré Termo Tardio: nascido entre 34 e 36 semanas e 6 dias. Pré Termo Moderado: nascido entre 28 e menos de 34 semanas Pré Termo Extremo: nascido abaixo de 28 semanas. Baixo peso ao nascer: menor que 2.500g Muito baixo peso ao nascer: menor que 1.500g Extremo baixo peso ao nascer: menor que 1.000g Alerta vermelho! Situações de risco para a saúde da criança acompanhada pela equipe de AB com indicação periódica e encaminhamento: Mãe com baixa escolaridade; Mãe adolescente; Mãe deficiente mental; Mãe soropositiva para HIV, toxoplasmose ou sífilis, com crina negativa para essa doença; Morte materna; História de óbito de menores de 1 ano na família Condições ambientais, sociais e familiares desfavoráveis; Pais ou responsáveis dependentes de drogas lícitas e ilícitas; Criança nascida de parto domiciliar não assistido; Desnutrição; Internação prévia; Criança não vacinada ou com vacinação atrasada. Situações de risco para a saúde da criança com necessidade de acompanhamento pelo pediatra e/ou especialista juntamente com a equipe de AB: Baixo peso ao nascer <2.500g; Prematuridade < 37 semanas; Desnutrição grave; Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Triagem neonatal positiva para hipotireoidismo, fenilcetonúria, anemia falciforme/fibrose cística; Doença de transmissão vertical (toxoplasmose, sífilis, AIDS;); Sem diagnóstico negativo ou ainda não concluído para toxoplasmose, sífilis e AIDS; Intercorrência importantes no período neonatal, notificadas na alta hospitalar; Crescimento e/ou desenvolvimento inadequados; Evolução desfavorável de qualquer doença. Anamnese A anamnese deve ser completa, com todos os itens de uma anamnese comum, mas devendo também abordar: 1. Antecedentes pessoais da criança com informações desde a sua concepção, questionando acerca da gestação, nascimento e período neonatal. Importante saber sobre o pré-natal, presença de comorbidades/infecção durante a gestação, suplementação, uso de drogas, tipo de parto; local do parto; peso ao nascer; comprimento, PC, PT, idade gestacional; índice de Apgar; intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período pré natal e os tratamentos realizados; 2. Antecedentes familiares: As condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos; 3. Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) onde é preciso colher um relato da família sobre o aparecimento de habilidades motoras, aquisição de linguagem gestual e falada, controle esfincteriano e desenvolvimento socioafetivo da criança com membros da família e amigos. 4. Antecedentes vacinais devendo além de registrar as vacinas tomadas e períodos em que foram realizadas, registrar eventos adversos (locais ou sistêmicos) caso tenham ocorrido. 5. História de formação da família, relacionamento dos pais e aceitação da criança neste processo. 6. Habitação é um ponto importante para a compreensão do profissional acerca das condições de vida e saúde da criança e sua família, de modo a conseguir compreender se existem fatores de risco para doenças respiratórias, infecto-parasitárias e dermatológicas. 7. Hábitos atuais da criança também devem ser questionados à família, abarcando seus respectivos hábitos: alimentares, intestinais, urinários, sono, higiene corporal e bucal, lazer e atividade física. Neste ponto, é relevante também questionar, quanto tempo a criança fica exposta a telas de telefone, tablets, televisão, etc. Exame Físico Na Puericultura nem sempre será possível realizar o exame físico na sequência crânio-caudal com costuma-se realizar nas outras áreas da Medicina, assim, é possível iniciar parte do exame físico com a criança ainda no colo de um dos seus familiares. Um exame físico completo deve ser realizado na primeira consulta de puericultura, que deve ser ainda na sua 1° semana de vida. Dentre todos os sistemas que não devem ser esquecidos nesta consulta com o RN, conforme tabela do ministério da saúde: Classificação da Icterícia Neonatal - Zonas de Kramer Segundo o MS, as consultas seguintes à 1ª não devem obrigatoriamente contar com todos os elementos de um exame físico completo, no entanto, até os 10 anos de idade recomenda que procedimentos específicos não deixem de ser realizados: Dados Antropométricos: peso, comprimento/altura, índice de massa corpórea (IMC), perímetro cefálico, perímetro torácico (até os 3 anos de idade) e circunferência abdominal. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Acompanhamento e avaliação do desenvolvimento. A criança deve atravessar cada estádio segundo uma sequência regular, ou seja, os estádios de desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança não for estimulada ou motivada no devido momento, ela não conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. A identificação de problemas (tais como: atraso no desenvolvimento da fala, alterações relacionais, tendência ao isolamento social, dificuldade no aprendizado, agressividade, entre outros) é fundamental para o desenvolvimento e a intervenção precoce para o prognóstico dessas crianças. Rastreamento para displasia evolutiva do quadril Identificam-se 3 fatores de risco para luxação congênita do quadril: gênero feminino, crianças com história familiar de displasia congênita do quadril e parto com apresentação pélvica. Duas manobras devem ser realizadas logo nas primeiras consultas até os 2 meses, testando um membro de cada vez a partir das manobras de Barlow (provocativa do deslocamento) e Ortolani (sua redução). Manobra de Barlow é um teste provocativo realizado com quadris e joelhos do recém-nascido fletidos. Seguram-se as pernas gentilmente, com a coxa em adução (A), e o examinador aplica uma força no sentido posterior. A manobra é positiva (B) se o quadril é deslocável (luxável). A manobra de Ortolani é o reverso de Barlow. O examinador segura as coxas do recém-nascido e gentilmente realiza a abdução do quadril enquanto move anteriormente o trocanter com os dois dedos (A). A manobra é positiva (B) quando a cabeça do fêmur luxada retorna ao acetábulo com um “clunk” palpável quando o quadril é abduzido. A observação da limitação da abdução dos quadris e o encurtamento de um dos membros inferiores devem ser os exames de rastreamentonas consultas após os 3 meses de idade, ou seja, nas consultas dos 4, 6, 9 e 12 meses. Quando a criança começa a deambular, a partir da consulta dos 12 ou dos 18 meses, a observação da marcha da criança é o exame de escolha. Os testes de Trendelenburg positivo, marcha anserina e hiperlordose lombar possibilitam o diagnóstico. Ausculta cardíaca Assim como em todo atendimento médico, a ausculta da FC deve ser realizada na Puericultura. Logo, é importante saber as faixas de FC, bem como a FC média em cada etapa da infância, podendo em caso de discrepâncias pensar em possibilidades diagnósticas. Aferição da pressão arterial Segundo o MS, recomenda-se que a PA seja aferida em crianças uma primeira medida aos 3 anos de idade e segunda medida aos 6 anos, no entanto, outras referências não fazem menção a idades específicas para a medida. Rastreamento para criptorquidia A criptorquidia isolada é a anomalia congênita mais comum ao nascimento. A migração espontânea dos testículos ocorre geralmente nos primeiros 3 meses de vida, e raramente após os 6 a 9 meses. Se aos 6 meses não houver testículos palpáveis, a criança deve ser encaminhada à cirurgia pediátrica. Se forem retráteis, deve ser monitorado a cada 6- 12 meses entre os 4-10 anos de idade, pois pode ocorrer da criança crescer mais rápido do que o cordão espermático e haver saída dos testículos da bolsa escrotal. Avaliação da Visão As causas mais comuns de diminuição da acuidade visual em crianças são a ambliopia (redução da visão sem uma lesão orgânica detectável no olho), seus fatores de risco (estrabismo, anisometropia, catarata e ptose) e os erros de refração (miopia e hipermetropia). O estrabismo pode ser avaliado pelo teste da cobertura e pelo teste de Hirschberg. O teste da cobertura é utilizado para diagnósticos de desvios oculares e deve ser realizado a partir dos 4 meses de idade, pois a presença de estrabismo anterior ao citado período pode ser um achado normal. Utiliza-se um oclusor colocado entre 10 a 15cm de um dos olhos da criança, atraindo a atenção do olho descoberto com uma fonte luminosa. Quando se descobre o olho previamente coberto, observa-se a sua reação. A movimentação em busca da fixação do foco de luz pode indicar estrabismo. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO O teste de Hirschberg é realizado colocando-se um foco de luz a 30cm da raiz nasal da criança e observando-se o reflexo nas pupilas. Qualquer desvio do reflexo do centro da pupila é manifestação clínica de estrabismo. Sugere-se a realização de ambos os exames nas consultas dos 4, 6 e 12 meses. No tocante à acuidade visual, é importante observar que a criança pequena não se queixa de dificuldades visuais. Por isso, a partir dos 3 anos, está indicada a triagem da acuidade visual, usando-se tabelas de letras ou figuras quando a criança vier para consultas de revisão. Devem ser encaminhadas ao oftalmologista crianças de 3 a 5 anos que tenham acuidade inferior a 20/40 ou diferença de duas linhas entre os olhos e crianças de 6 anos ou mais que tenham acuidade inferior a 20/30 ou diferença de duas linhas entre os olhos. Caderneta da criança Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar. A Caderneta é um documento importante para acompanhar a saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de idade. A 1ª parte da caderneta é mais direcionada a família/quem cuida da criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros. Além disso, com base na presença ou ausência de alguns fatores de risco e de alterações fenotípicas, a caderneta orienta para tomadas de decisão. A 2ª parte da Caderneta é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas. TRIAGEM NEONATAL A triagem neonatal é um conjunto de ações preventivas, responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, para que estes possam ser tratados em tempo oportuno, evitando as sequelas e até mesmo a morte. Além disso, propõe o gerenciamento dos casos positivos por meio de monitoramento e acompanhamento da criança durante o processo de tratamento. Teste do Pezinho Trata-se de uma triagem neonatal para a identificação de distúrbios congênitos e hereditários, incluindo doença falciforme (e outras hemoglobinopatias), fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e deficiência de biotinidase. O teste deverá ser feito a partir do 3º dia de vida da criança, quando já ocorreu uma ingestão adequada de proteínas e é possível analisar com mais segurança o metabolismo da fenilalanina, evitando-se resultados falsos negativos para fenilcetonúria. Além disso, a dosagem de TSH nas primeiras 24h de vida pode acarretar um aumento de falsos positivos para hipotireoidismo congênito. Assim, a coleta para o exame deve ser realizada entre o 3º e o 7º dia de vida da criança. Embora não seja o ideal, aceita-se que seja feita a coleta até o 30º dia de vida do bebê. O pezinho do RN, sobretudo a região lateral do calcanhar, é uma região bastante irrigada, o que facilita o acesso ao sangue para a coleta da amostra; é um procedimento pouco invasivo e bem menos incômodo do que a coleta de sangue venoso com seringa e agulha. Os resultados considerados alterados devem ser comunicados ao responsável pela coleta no ponto de origem da amostra. A família deve ser notificada e o responsável deve ser orientado a comparecer com urgência na Unidade de Saúde para a realização de exame de confirmação através de uma nova coleta. Teste do Coraçãozinho O exame consiste em medir a saturação de oxigênio no sangue e a frequência cardíaca do recém-nascido, podendo ser capaz de identificar cardiopatias críticas. O exame é feito com um oxímetro posicionado no pulso e no pé do bebê. Deve ser realizado entre as primeiras 24 e 48 horas de vida do recém-nascido. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Se alguma alteração for identificada, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma; conforme o resultado do exame e avaliação médica, o recém-nascido pode ser encaminhado a um centro de referência em cardiopatias para tratamento e acompanhamento. Teste do Olhinho O Teste do Reflexo Vermelho (TRV) detecta alterações que podem comprometer a transparência da córnea, vítreo e cristalino. Exame simples, rápido e indolor, serve para detectar problemas oculares congênitos que podem comprometer a visão do bebê como a catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. O diagnóstico precoce é a melhor forma de garantir um tratamento apropriado à criança e, em alguns casos, de evitar ou minimizar a deficiência visual. Deve ser realizado em todos os recém-nascidos antes da alta da maternidade e repetido regularmente nas consultas pediátricas, pelo menos 2 a 3x ao ano, nos 3 primeiros anos de vida. Se o pediatra suspeitar de qualquer anomalia deverá encaminhar a criança a um oftalmologista. Teste da Linguinha O Teste da Linguinha identifica precocemente problemas no frênulo da língua de recém-nascidos, como a anquiloglossia, conhecida popularmente como “língua presa”. Esses problemas podem prejudicar a amamentação e também comprometer a mastigação, fala e deglutição. Deve ser feito por um profissional de saúde qualificado, como por exemplo um fonoaudiólogo, elevando a língua do bebê para verificar se está presa e buscando alterações anatomofuncionais. Recomenda-se que seja realizada inicialmente nas primeiras 48 horas devida.. O reteste é realizado após 30 dias de vida, avaliando também o choro e a sucção. Teste da Orelhinha A triagem auditiva neonatal (TAN), mais conhecida como teste da orelhinha, é uma avaliação que objetiva detectar o mais precocemente possível a perda auditiva congênita e/ou adquirida no período neonatal. É realizado ainda na maternidade, preferencialmente entre 24 e 48h de vida do bebê. Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do recém-nascido. Para o teste, usam-se emissões otoacústicas evocadas durante o sono natural do bebê, identificando-se uma possível deficiência auditiva. Se identificada alguma alteração, o bebê deve ser encaminhado para uma avaliação com fonoaudiólogo e otorrinolaringologista. A deficiência auditiva pode resultar em deficiências de fala e de aprendizado, mas a instituição do tratamento precoce para a criança, sobretudo antes dos seis meses de vida, apresenta grandes chances de desenvolvimento da linguagem e de melhor adaptação psicossocial. REFLEXOS PRIMITIVOS Os reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo. Estão presentes ao nascimento mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. Sua presença mostra integridade do sistema nervoso central; entretanto, sua persistência mostra disfunção neurológica. Reflexo de Moro: É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro. Busca ou procura: Ocorre quando o canto da boca do RN é tocado ou acariciado. A partir disso, bebê vira a cabeça em direção ao estímulo e abre a boca para seguir e enraizar na direção do toque. Isso ajuda o bebê a encontrar o peito ou a mamadeira para começar a mamar. Presente ao nascimento e dura até 4 meses. Sucção Reflexa: Quando o céu da boca do RN é tocado, o bebê começa a sugar. Desaparece por volta dos 3 meses de idade. Preensão Palmar: É desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos dedos. Deixa de ocorrer em torno dos 3 meses de vida e é substituído pela preensão voluntária aos 4-5 meses de vida. Preensão Plantar: É desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos. Desaparece por volta dos 9-12 meses de idade. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Marcha Reflexa: É desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa- se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. Desaparece aproximadamente aos 2-4 meses. Reflexo de Galant ou de encurvamento do tronco: É desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral. Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. Dura até os 2-3 meses de idade. Reflexo tônico-cervical ou reflexo do esgrimista: É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa- se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil. Dura até os 2-4 meses de idade. MARCOS DO DESENVOLVIMENTO Marcos do desenvolvimento do Nascimento aos 6 meses Marcos do desenvolvimento dos 6 meses a 1 ano e meio Marcos do Desenvolvimento de 1 ano e meio a 3 anos e meio Marcos do Desenvolvimento de 3 anos e meio a 5 anos Marcos do Desenvolvimento de 5 a 6 anos AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do perímetro cefálico, do peso, do comprimento ou da estatura e do índice de massa corporal https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO (IMC) da criança na Caderneta da Criança. A maneira como a criança está crescendo indica o quanto ela está saudável ou o quanto ela se desvia da situação de saúde. Marcar as medidas nos gráficos promove a saúde da criança, pela fácil identificação de desvios do crescimento. Estes devem ser diagnosticados e tratados precocemente, para que se possa evitar o comprometimento da sua saúde atual e da sua qualidade de vida futura. A avaliação do crescimento nos 2 primeiros anos de vida é aceleradíssima. Após os 2 primeiros anos passa por um declínio gradativo e pronunciado até os 5 anos de idade. A partir do 5º ano, a velocidade de crescimento é praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até o início do estirão da adolescência (em torno dos 11 de idade nas meninas e dos 13 anos nos meninos). A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e pates do corpo não crescem com a mesma velocidade. Interpretando os Gráficos: As linhas coloridas dos gráficos fornecem indicações para a linha de crescimento da criança formada pela união dos pontos das medidas de cada consulta. A curva de crescimento de uma criança que está crescendo adequadamente tende a seguir um traçado paralelo à linha verde, acima ou abaixo dela, que pode estar situado entre as linhas laranjas ou entre as linhas vermelhas. Qualquer mudança rápida que desvie a curva da criança para cima ou para baixo, ou então um traçado horizontal, devem ser investigados. Os traçados que se desviam muito e que cruzam uma outra linha podem indicar risco para a saúde da criança. Com relação às curvas de perímetro cefálico, é importante lembrar que as alterações do desenvolvimento infantil são mais sensíveis e precoces que o crescimento da cabeça. Peso Em crianças de 0 a 23 meses se faz deitado na balança pediátrica. A partir disso é feita a pesagem em pé na balança mecânica. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Comprimento/Estatura As crianças menores de 2 anos devem ser medidas deitadas (comprimento). Crianças com 2 anos ou mais devem ser medidas em pé (estatura). Existe uma diferença de 0,7cm entre a estatura da criança medida deitada e em pé. Assim, se a estatura de uma criança de 2 ou mais anos for aferida deitada, deve-se diminuir 0,7cm do valor antes de registrá-lo no gráfico de 2 a 5 anos. Do mesmo modo, se a estatura de uma criança menor de 2 anos for medida de pé, deve-se somar 0,7cm ao valor antes de registrar no gráfico de crianças de 0 a 2 anos. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Índice de Massa Corporal O IMC expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura (comprimento ou altura). É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e tem a vantagem de ser um índice que será utilizado em outras fases do curso da vida. Para calcular o IMC: Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Perímetros Perímetro Cefálico (PC) Perímetro Torácico (PT) Perímetro Abdominal (medido na linha umbilical) Até 6 meses: PC maior que PT; a seguir, PT ligeiramente maior que PC. Até os 2 anos: PT = PC = PA (aproximadamente); em seguida passa a predominar o PT. Obs.: A relação PT/PC quando igual a 1 é indicativo de eutrofia e quando menor que 1 é indicativo de desnutrição energético-proteica. Na caderneta tem apenas a avaliação do cefálico, e somente até os 2 anos de idade: ALEITAMENTO MATERNO O padrão de Aleitamento Materno pode ser classificado: AM exclusivo: quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos; AM predominante: quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões) e sucos de frutas; AM complementado: quando a criança recebe, além do leite materno, alimentos complementares, definidos como qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementar o leite materno. O termo “suplemento” tem sido utilizado para água, chás e/ou leite de outras espécies; AM misto ou parcial: quando a criança recebe, além do leite materno, outros tipos de leite. A Organização Mundial da Saúde, o Ministérioda Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam AM por 2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 6 meses. Com relação à duração do AME, existem evidências de que não há vantagens em oferecer alimentos complementares a crianças menores de 6 meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, como maior chance de adoecer por infecção intestinal e hospitalização por doença respiratória. Além disso, a introdução precoce dos alimentos complementares diminui a duração do AM, interfere na absorção de nutrientes importantes nele existentes, como o ferro e o zinco, e reduz a eficácia da lactação na prevenção de novas gestações. Habitualmente, o recém-nascido mama com frequência, sem regularidade quanto a horários. É comum um bebê em AME sob livre demanda mamar de 8 a 12 vezes ao dia. A imagem lista 7 pontos importantes que podem ser observados para garantir que o bebê tenha uma amamentação eficaz. Caso a pega seja ineficaz, a mãe pode ser predisposta a diversas intercorrências mamárias, desconforto, além de diminuir a produção láctea e isso ter reflexo no desenvolvimento pondero-estrutural do bebê. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO Evidências da superioridade da amamentação: Proteção contra cânceres de mama; Menor risco de obesidade, hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia para a criança; Promove melhor desempenho cognitivo; Redução da mortalidade infantil Auxilia no desenvolvimento da cavidade bucal; Se torna um contraceptivo natural para as mães; Reduz risco de alergias e infecções na criança; Redução da incidência e gravidade da diarreia Reduz risco de morte súbita; Melhor nutrição Promove vínculo entre a mãe e o filho; Diminui custos financeiros. Obs.: Contraindicações permanentes -> CA de mama, seja em tratamento ou que já foi tratado; Mães infectadas pelo vírus HIV, HTLV1 e HTLV2; Uso materno de medicações como antineoplásicos e radiofármacos; RN com galactosemia (a criança nasce sem conseguir processar a galactose), fenilcetonúria ou intolerância a glicose. INTRODUÇÃO ALIMENTAR De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria a evolução da alimentação complementar deve ser gradual, aumentando a textura dos alimentos de acordo com a maturidade da criança e aparecimento dos dentinhos oferecidos. A textura da alimentação vai seguir a seguinte ordem, papas, alimentação branda (pedaços macios), até chegar a uma alimentação normal, como a alimentação da família. O termo “papa salgada” diz respeito a cereais, tubérculos, hortaliças, carnes, ovos, grãos etc., ou seja, alimentos que precisam ser preparados ou “comida de panela”, e não necessariamente a adição de sal. Na introdução alimentar é importante saber que até os 12 meses o açúcar, o mel e o leite de vaca, devem ser evitados. Além disso, evite também os alimentos potencialmente alergênicos como frutos do mar e clara de ovo. Dê preferência para frutas e hortaliças orgânicas, sempre que possível, por conta da carga de agrotóxicos. Devemos estar atentos também a possíveis alergias alimentares. Por isso, é importante oferecer um alimento de cada vez, sendo um alimento diferente a cada 5 ou 7 dias. Pouco temperado, sem a necessidade de sal. SUPLEMENTAÇÃO O crescimento cerebral, que tem seu pico a partir do 3º trimestre de gestação até os 2 anos de vida, é resultado de intensa neurogênese, acompanhada de mielinização e sinaptogênese. Uma falha na oferta nutritiva nesta fase de neurodesenvolvimento pode causar consequências a longo prazo, como a ocorrência de doenças crônico-degenerativas. O leite materno contém baixas concentrações de vitamina K, vitamina D e ferro, sendo motivo para o Departamento de Nutrologia da SBP fazer recomendações referentes a esses nutrientes. Além disso, a OMS prioriza a suplementação das vitaminas A e D e dos minerais iodo, zinco e ferro, os quais estão associados à maior deficiência devido ao alto impacto social destes em todo o mundo. Vitamina D Apresenta papel crucial na saúde óssea, e, além disso, estudos apontam que a hipovitaminose D pode estar associada a várias comorbidades, como: diabetes melito tipo 1, asma, dermatite atópica, alergia alimentar, doença inflamatória intestinal, artrite reumatoide, doença cardiovascular, esquizofrenia, depressão e variadas neoplasias (mama, próstata, pâncreas, cólon). Recomenda-se a suplementação preventiva universal de vitamina D da seguinte forma: A termo: 400UI por dia para lactentes de 0-12 meses a partir da primeira semana de vida (independentemente da alimentação); 600UI por dia para maiores de 1 ano até 2 anos. Pré-termo: 400UI por dia, quando o peso for superior a 1.500 gramas e houver tolerância à ingestão oral; 600UI por dia dos 12 aos 24 meses. Quais são os parâmetros para definir suficiência vitamina D? Suficiência: 25(OH)D > 20ng/ml. Insuficiência: 25(OH)D entre 12-20ng/ml. Deficiência: 25(OH)D < 12ng/ml. Toxicidade: 25(OH)D > 100ng/ml. Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO A mensuração de vitamina D só deve ser feita na suspeita de insuficiência em grupos que pertencem aos grupos de risco ou quando a situação clínica é relevante (raquitismo, osteomalácia, quedas e fraturas frequentes) Para o tratamento de hipovitaminose D, o Global Consensus Recommendations on Prevention and Management of Nutritional Rickets preconiza o seguinte esquema: Além da suplementação, crianças maiores e adultos devem satisfazer as necessidades nutricionais através da alimentação e exposição solar. Vitamina A O Ministério da Saúde possui o Programa de Suplementação de Vitamina A e preconiza a utilização de megadose única para: Crianças de 6-12 meses: dose de 100.000UI; Crianças de 12-72 meses: dose de 200.000UI. Ferro A anemia por deficiência de ferro é muito prevalente entre crianças, principalmente nos países em desenvolvimento. Esta é considerada a carência nutricional mais comum e exige conduta corretora, pois prejudica o desenvolvimento mental e psicomotor da criança, reduz o desempenho individual em tarefas diárias e afeta a resistência a infecções. A Sociedade Brasileira de Pediatria indica a suplementação preventiva nas seguintes situações: A termo: Para recém-nascido de peso adequado para a idade gestacional: 1mg de ferro elementar/kg de peso/dia, a partir do 3º mês até o 24º mês de vida. A suplementação independe do aleitamento materno exclusivo, misto ou somente fórmula infantil. Pré-termo: 2mg de ferro elementar/kg ou mais (conforme o peso do RN), a partir do 1º mês, por 1 ano. 1mg de ferro elementar/kg de peso/dia por mais 1 ano. Profilaxia de ferro elementar de acordo com situação do RN e posologia especificada: A Academia Americana de Pediatria recomenda triagem para deficiência de ferro, sem anemia (dosagem de ferritina) ou com anemia (hemograma), aos 12 meses de vida. Se constatado deficiência, o tratamento é o seguinte: 3-5mg de ferro elementar/kg de peso/dia, VO, por pelo menos 8 semanas (até correção da anemia e normalização dos níveis de ferritina) – a duração total pode durar até 3-6 meses. Vitamina K (ao nascer) Atualmente, existem informações suficientes para se manter a recomendação de administrar vitamina K ao nascimento como profilaxia contra a doença hemorrágica neonatal por deficiência de vitamina K: Bebês com idade gestacional acima de 32 semanas e com mais de 1.000g: 1mg IM ou EV. Bebês com menos de 32 semanas e com mais de 1.000g: 0,5mg IM. Bebês com menos de 1.000g, independentemente da idade gestacional: 0,3mg IM. Se houver recusa dos pais quanto à administração injetável, deve ser garantido o fornecimento da vitamina K oral (2mg ao nascer), seguido de 1mg/semana durante os 3 primeiros meses. As doses repetidas são imprescindíveis para os bebês amamentados ao peito. Naqueles com outro tipo de alimentação, poderia ser suficiente a dose inicial. Zinco O papel do zinco na prevenção da morbimortalidade por doenças infecciosas foi reconhecido recentemente. A OMS, em seu site oficial, já incluiu a recomendação de suplementar zinco no tratamentode diarreia, além dos sais de reidratação oral. Entretanto, não há uma recomendação universal quanto à suplementação de zinco para a população brasileira. Deve-se enfatizar o consumo de alimentos ricos em zinco, como carnes, vísceras (em especial, o fígado) e gema de ovo. Produtos vegetais costumam ser pobres em zinco, além de ter uma baixa biodisponibilidade, particularmente cereais e legumes com altas concentrações de fitatos (substâncias antinutritivas, assim como taninos, oxalatos e fosfatos, que atrapalham a absorção dos nutrientes, pois se ligam aos minerais, formando complexos). Ao contrário do que ocorre com o ferro, o ácido ascórbico não aumenta a biodisponibilidade do zinco. CALENDÁRIO vacinal Além da oportunidade de avaliar o desenvolvimento da criança, tal organização da frequência de consultas adotada pelo MS toma como base o calendário de vacinação, permitindo a Cecília Gabrielle Lima Matos - 6º PERÍODO verificação do cartão vacinal em meses oportunos: ao nascimento, com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 15 meses. Calendário de Vacinação da Criança Calendário de Vacinação do Adolescente Alimentação na adolescência A OMS classifica adolescência como o período da vida que vai dos 10 aos 19 anos. Nessa fase, seu corpo passa por várias mudanças (o corpo de uma criança vai se transformar no corpo de um adulto). Portanto, é preciso alimentar-se bem, de forma nutritiva e equilibrada garantindo bom desenvolvimento físico e intelectual. A pirâmide alimentar é uma forma ilustrativa de como se deve comer no dia-a-dia. Não é uma norma rígida, mas sim um guia que ajuda a escolher uma alimentação saudável, através de alimentos variados, em quantidades moderadas, garantindo os nutrientes necessários para a sua saúde. Os alimentos são formados por nutrientes. Assim sendo, os alimentos estão distribuídos na pirâmide alimentar em 4 níveis, com 8 grupos de acordo com o nutriente que mais se destaca na sua composição. Os alimentos que estão no mesmo grupo possuem nutrientes e valor nutritivo semelhantes. Cereais, tubérculos, raízes e pães – são fontes de carboidrato complexo. Estes carboidratos te dão energia para realizar as atividades diárias. Verduras, legumes e frutas – são fontes de fibras, vitaminas e minerais. As vitaminas e os minerais, também conhecidos como micronutrientes, regulam todas as funções do corpo. Já as fibras, apesar de não serem nutrientes, ajudam o intestino a funcionar de maneira adequada e reduzem a quantidade de gorduras no sangue. Carnes e Ovos – são fontes de proteínas animais e ferro. As proteínas são nutrientes necessários para construir e reparar os tecidos do nosso corpo. Também fazem parte da composição dos anticorpos que ajudam a formar o nosso sistema de defesa. Feijões – são fontes de proteínas vegetais e também de fibras. Também chamados de leguminosas. Leites e derivados – são fontes de proteínas animais e de cálcio, presente na formação dos ossos e dentes. Óleos e Gorduras – são as gorduras vegetais e gorduras animais. Também são chamados de lipídios. Fornecem muita energia ao organismo e são necessários para a absorção das vitaminas A, D, E e K. Além disso, ajudam a manter a temperatura corporal. Açúcares e Doces – são fontes de carboidratos simples. Estes são mais rapidamente absorvidos e aproveitados pelo organismo do que os carboidratos complexos. Mas assim como os óleos e as gorduras, devem ser consumidos em quantidades menores que os outros grupos alimentares. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, n. 33) PEDIATRIA, Sociedade Brasileira de. Tratado de Pediatria, Volume 1. 4. ed. Barueri, SP: Manole, 2017. PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2019. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de- vacinacao https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf https://www.sanarmed.com/suplementacao-em-criancas-quando-e-necessaria- colunistas https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_39.p df https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf https://www.sanarmed.com/suplementacao-em-criancas-quando-e-necessaria-colunistas https://www.sanarmed.com/suplementacao-em-criancas-quando-e-necessaria-colunistas https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_39.pdf https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/departamentos/artigos/materiais_39.pdf
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