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Correção da P3 2022-1 24/06/2022 1- Paciente com dor abdominal e alternância do hábito intestinal há 5 anos com história de maus tratos na infância Trata-se de SII muito provavelmente, padrão mix, porém o diagnóstico não leva em conta apenas a escala de Bristol Não está indicada codeína e nem sempre os probióticos estão indicados. O encaminhamento para acompanhamento psicológico é fundamental, tanto quanto acolher e escutar as queixas do paciente. 2- A respeito do reflexo da defecação Durante o processo normal de defecação, o puborretal relaxa e endireita reflexivamente, permitindo que as fezes passem mais facilmente através do reto para o canal anal. O reflexo não é voluntário A presença de fezes na ampola retal inicia o reflexo da evacuação Para impedir a evacuação, quanto esta é inconveniente, contraímos voluntariamente o esfíncter anal externo Paredes do sigmóide e do reto se contraem e esfíncter anal interno relaxa 3- Paciente com constipação após acidente automobilístico anti-inflamatórios como ibuprofeno, analgésicos como tramadol e morfina são comumente usados e podem causar constipação. mesmo com mobilidade reduzida, devemos incentivar o uso de fisioterapia motora para auxilio no quadro intestinal. pacientes que cursam com insônia neste período, podem ter constipação em piora sob o uso de haloperidol e risperidona. O quadro não caracteriza constipação funcional e a alteração dos níveis de cálcio que provoca constipação é a hipercalcemia 4- Paciente coronariopata com dor epigástrica e vômitos escuros Deve ser afastado evento isquêmico O paciente não deve ser liberado a principal etiologia a ser suspeitada no caso é úlcera péptica, a qual tem seus sangramentos com cessação espontânea na maioria dos casos. caso a úlcera seja Forrest IIb, atualmente é encorajado a abordagem endoscópica. devemos deixar o paciente na sala vermelha da emergência ou transferir para unidade semi-intensiva pelo potencial risco, realizando tipagem sanguínea e rx de abdome agudo já na admissão. 5- O volvo de sigmoide é responsável por aproximadamente 2/3 de todos os casos de volvo colônico. Na maioria dos casos do volvo de sigmoide, o seu tratamento inicial envolve a descompressão colonoscópica. Nos casos de volvo de ceco, a colectomia direita é o procedimento cirúrgico de escolha. A sigmoidectomia eletiva costuma ser indicada após uma descompressão colonoscópica bem sucedida do volvo de sigmoide. Tem como caracteristica radiológica o sinal de grao de café 6- Paciente com diarreia há 3 meses com muco e sangue Apresenta quadro sugestivo de diarreia crônica inflamatória E a colonoscopia esta indicada 7- Paciente com mucosa da segunda porção duodenal com diminuição no número e amplitude das pregas e fissuras formando aspecto “em mosaico”. Não sugere Crohn As biópsias devem mostrar atrofia de vilosidades e hiperplasia de criptas Achado de linfocitose intra epitelial é esperado neste quadro Pode ser necessário complementar a investigação com sorologias Não devemos iniciar tratamento com corticóide 8- Jovem com diarreia há 3 dias sem produtos patológicos provável etiologia viral devendo ser tratado de forma sintomática Nos quadros deste tipo suspeitamos de etiologia parasitária quando o período de sintomas ultrapassa 14 dias. Não deve realizar colonoscopia com urgência Não se trata de intoxicação alimentar 9- Paciente com prolapso retal O tratamento a ser proposto é a Retossigmoidectomia perineal que apesar de apresentar maiores índices de recidiva quando comparada a procedimentos de retopexia abdominal, tem menor morbidade cirurgica. 10. Paciente submetido a colectomia E devido a tumor obstrutivo, evolui com íleo paralítico no pós operatório 11. Paciente com adenocarcinoma de colon Borrmann III e tomografia que mostra ausência de gânglios regionais comprometidos ou metástases. Possui achados de baixo risco de rescidiva e portanto deveria ser tratado por cirurgia . 12. A respeito da DDC, são fatores de risco o sedentarismo, obesidade, a baixa ingesta de fibras e doenças do colágeno. O principal segmento de cólon acometido por DD é o cólon sigmoide. A prevalência da DDC varia nas diferentes partes do mundo. A maioria dos divertículos da DDC não é composta de divertículos verdadeiros, mas sim falsos. O sangramento não é a principal complicações e a juventude não provoca sangramentos maciços. 13. São fatores de risco para CCR dieta, tabagismo, Doença inflamatória intestinal (DII), Radioterapia, outros tumores CCR prévios. Familiares de pacientes com PAF (Polipose Adenomatosa Familiar) com mutação no gene APC, devem iniciar rastreio de CCR imediatamente CCR é a 3ª causa de óbitos relacionada a neoplasias no Brasil, excluindo-se câncer de pele não melanoma. Dosagem do CEA no CCR não é muito importante, não ajuda no diagnóstico, com baixa sensibilidade e especificidade para a doença. O estadiamento de CCR é feito pelo sistema TNM e Dukes ( a de Hinchey avalia a gravidade da diverticulite aguda) 14. Os exames mais frequentemente usados para estadiamento de CCR são: TC pelve, abdome e tórax, CEA, Colonoscopia, USG endorretal/RMN de pelve. Para se manter os princípios de tratamento cirúrgico oncológico em CCR é necessário que o cirurgião além de extirpar o segmento doente, realize a linfadenectomia. Não é para todo estadiamento que está indicado o tratamento adjuvante. As terapias neoadjuvantes (QT + RT) para o câncer de reto, servem sobretudo para poupar as estruturas adjacentes assim como a função esfincteriana. Neoplasias de canal anal geralmente são de mesma linhagem das colorretais. Isto é, adenocarcinomas. 15. Homem, 64 anos, com sangramento reta, apresenta-se com anemia e emagrecimento – Neste caso solicitar uma colonoscopia é imprescindível 16: Mulher 67 anos com sangramento e doença hemorroidária ao exame proctológico, mas sem sangramento ativo hemorroidário. Possui indicação de realizar colonoscopia para afastar outras afecções 17: Homem de 43 anos com história de dor na região anal há 3 dias, com piora progressiva, tenesmo e abaulamento há um dia. Possui Abscesso anorretal com indicação de drenagem cirúrgica de urgência 18: Em relação ao cisto pilonidal podemos afirmar que: O cisto pilonidal na fase crônica apenas terá como opção de tratamento a cirurgia 19: O alto risco cirúrgico contraindica a reversão de uma colostomia 20: Mulher 38 anos com alternância de hábito intestinal e intensa distensão abdominal, não deve receber fibras insolúveis pois agravarão a distensão abdominal 21: Mulher 43 anos com constipação após o parto, já com ingestão suficiente de fibras, provavelmente por disfunção do assoalho pélvico, devemos ter cautela ao suplementar fibra pelo risco de distensão abdominal. 22: Mulher 25 anos, com hemorragia digestiva baixa – neste caso está correto afirmar que caso haja presença de colite acometendo somente o ângulo esplênico, descendente e sigmoide, devemos pensar em colite isquêmica e questionar o uso de drogas como cocaína e atividades físicas intensas. 23: Mulher 42 anos, com diarreia há 90 dias, em uso de olmesartana e atrofia vilositária – neste caso deve-se trocar o anti-hipertensivo 24: Mulher 42 anos, com Crohn em remissão e antecedente de ilecolectomia D (60 cm) – neste caso deve-se associar quelante de sais biliares pois deve estar ocorrendo deficiência de reabsorção de sais biliares 25: Homem 30 anos, com doença de Crohn refratária ao imunossupressor, - neste caso deve-se iniciar terapia biológica 26: Paciente com adenocarcinoma de colon Borrmann III e tomografia que mostra ausência de gânglios regionais comprometidos ou metástases. Neste caso não está indicada realização de pesquisa de inestabilidade de microsatelite, tratando-se de uma neoplasia relacionada com alteração dos genes de reparo do DNA. 27: CCR – alternativa incorreta: O teste imunofecal não pode ser utilizado como exame de prevenção sendo indicada a colonoscopia virtual ou retossigmoidoscopia como exame de prevenção principlamente.Pois o teste imunofecal pode ser um exame de prevenção. 28: DDC– alternativa incorreta: O tratamento cirúrgico de diverticulite aguda é indicado nos casos complicados (classificação tomográfica Hinchey III e IV) e em contraponto, em casos não complicados nunca se é indicado. Pois pode haver indicação cirúrgica em casos não complicados. 29: Homem 72 anos com dor abdominal há 72 horas, febre e calafrios, apresenta plastrão palpável na região da dor – neste caso uma tomografia com triplo contraste é um bom exame a ser solicitado para este paciente, pois investiga a causa da dor e suas possíveis complicações, possibilitando condutas de urgência no PS.