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METBOLISMO MICROBIANO A maioria dos processos bioquímicos das bactérias ocorre também nos eucariotos METABOLISMO: SOMA DE TODAS AS REAÇÕES QUÍMICAS · Primeira etapa: carboidratos, lipídios e proteínas – são degradadas em moléculas menores. Os carboidratos formam glicose. Lipídios viram ácidos graxos e glicerol, já as proteínas viram aminoácidos. · Segunda etapa: formação de uma molécula precursora do metabolismo = acetilCoA. · Terceira fase: produção de ATP Divide-se em anabolismo e catabolismo · Catabolismo: moléculas grandes formando moléculas pequenas, são chamadas de reações catabólicas ou degradativas reações de hidrolise (usam água), são exergônicas (produzem mais energia do que consomem) e produz ATP. (ex: quebra da glicose) · Anabolismo: moléculas pequenas formando moléculas grandes, são chamadas de reações anabólicas ou biossintéticas; envolve reações de desidratação (liberam água), são endergônicas (consomem mais energia do que produzem) e gastam ATP (ex: síntese de proteínas a partir de aminoácidos) REAÇÕES DE ÓXIDO REDUÇÃO · Enzimas – catalisadores aumentam a velocidade das reações · Nutrientes: carboidratos, lipídios e proteínas · Carboidratos: a maioria dos mo oxida os carboidratos como fonte primária de energia através de 2 processos: respiração celular e fermentação. Via alternativa: via das pentoses RESPIRAÇÃO CELULAR · Glicólise → glicose → acido pirúvico · Acontece no citoplasma · Em anaerobiose: 2ATP · Em aerobiose: 32ATP · Coenzimas reduzidas: NAD em NADH Via das pentoses: ou via da pentose fosfato – produz NADPH → síntese de ácidos nucleicos e lipídios CICLO DE KREBS · Procariotos: citoplasma · Produz: CO2 (exalado), NADH, FADH2, e GTP (ATP) CADEIA RESPIRATÓRIA – AERÓBIA · Produção de ATP · Local em procariontes: membrana plasmática OXIDAÇÃO E REDUÇÃO · NADH e FADH2 Estreptococcus lactobacillus Saccharomyces (levedura) Propionibacterium Clostridium Escherichia coli Salmonella Enterobacter Fermentação latica Fermentação alcoolica Fermentação propiônica Fermentação butirica butílica Fermentação ácido mista Fermentação butano diólica Ácido lático Etanol/CO2 Ácido propiônico Ácido butirico, butanol, ácido acético, álcool isopropilico Etanol, ácido lático e ácido acético Ácido lático, etanol, acetona, CO2 Queijo/iogurte Combustível Vinagre Vinagre Iogurte Combustível CLASSIFICAÇÃO DOS MO DE ACORDO COM O PADRÃO NUTRICIONAL FONTE DE ENERGIA · Fototróficos: luz · Quimiotróficos: reações de óxido redução FONTE DE CARBONO · Autotrófos: utilizam dióxido de carbono – carboidratos, glicose, aminoácidos, lipídios, amido e celulose · Heterotróficos: requerem fonte de carbono ENERGIA X CARBONO · Fotoautotrófico: luz (energia) e CO2 (carbono) · Foto heterotróficos: luz (energia) e álcool (carbono) · Quimioautotróficos: compostos inorgânicos (energia) e carboidratos (carbono) · Quimioheterotroficos: energia e carbono (moléculas orgânicas) USO DO ATP PELOS MO · Transporte de substancias através das membranas: movimento de íons e metabólitos através de membranas celulares contra o gradiente de concentração · Movimentos dos flagelos: especialmente nas espiroquetas · Novos componentes celulares · Síntese de polissacarídeos – glicogênio · Síntese de lipídeos – carotenoides pigmentos vermelhos · Síntese de aminoácidos – proteínas · Biossíntese de purinas e pirimidinas: por vias bastante complexas. Síntese de aminoácidos, peptidioglicano e lipopolissacarideo. NUTRIENTES NECESSÁRIOS PARA OS MOs · Fonte de NITROGÊNIO: aminoácidos · ÍONS INORGÂNICOS ESSENCIAIS: fósforo sob a forma de fosfatos; enxofre, potássio, magnésio e ferro. Micronutrientes: cobre, cobalto, zingo, manganês, molibdênio, sódio.. · ÁGUA: não é um nutriente. É indispensável para o crescimento; As bactérias se nutrem pela passagem de sub substancias em solução através da membrana citoplasmática. É o solvente universal, regula a pressão osmótica e participa da regulação térmica · OXIGÊNIO: não é nutriente, funciona como receptor final de hidrogênio nos processos de respiração aeróbica. · Aeróbicas: exigem a presença de oxigênio livre · Anaeróbias estritas: não toleram a presença de oxigênio livre, morrendo rapidamente nessas condições · Anaeróbias não estritas: não utilizam o oxigênio atomosférico, mas este não é tóxico · Facultativas: cresce na ausência como na presença de oxigênio PRODUÇÃO DE ATP MELOS MOs A maioria dos organismos patogênicos utiliza: · Glicólise: oxidação da glicose até ácido pirúvico. É mais utilizada pelos microrganismos. Ocorre em 4 etapas importantes · Fosforilação a nível do substrato · Quebra de uma molécula de seis carbonos (glicose) em duas moléculas com três carbonos (piruvato) · A transferência de dois elétrons para a coenzima NAD · A captura de energia em ATP · Não necessita de oxigênio, mas pode ocorrer tanto na sua presença quanto na sua ausência. · Em anaerobiose produz 2 ATP · Fermentação: ácido pirúvico até etanol. · O ácido pirúvico é metabolizado na presença do oxigênio · As duas principais são · Fermentação ácido-homolática: produz ácido lático. Bactérias (lactobacilos, estreptococos etc) · Fermentação alcoolica: produção de álcool etílico; Raras em bactérias e mais comum em leveduras na produção de pão e vinho METABOLISMO ANAERÓBIO · Fermentação anaeróbica butírica-butilica: ocorre em espécies de clostridium que causa tétano e botulismo. O Clostridium perfringes produz ácido butirico que causa severas lesões tissurlares da gangrena · Fermentação de manitol: Staphylococcus aureus fermenta o manitol e produz ácido. Utilizado para o seu diagnóstico. METABOLISMO AERÓBIO · Respiração aeróbica: oxidação do ácido pirúvico a dióxido de carbono e água · Glicólise: glicose a ácido pirúvico – comum a todos os microrganismos. Produz 32 ATPs · Ciclo de Krebs: oxidação do carbono, retirada de elétrons pelas coenzimas, ao nível de substrato. Produção de CO2 e captação de energia. · Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa: produção de ATP. Acontece na membrana plasmática em procariotos e na mitocôndria em eucariotos. MEIOS DE CULTURA São preparados especiais com finalidade de cultura e isolamento de microrganismos. Uma grande variedade de processos e de preparações nutrientes é utilizada para induzir o crescimento e reprodução de microrganismos. Não existe um meio de cultura universal para o crescimento de todos os microrganismos. Treponema pallidum e Micobacterium leprae devem ser cultivados em animais de laboratórios. · Meios de cultura naturais: lagos, oceanos, solo. · Meios de cultura artificiais: são nutrientes preparados no laboratório para o crescimento de microrganismos Preparação dos meios de cultura: varia de acordo com o fabricante; vem especificada no rotulo dos frascos. Métodos de esterilização: autoclave (calor úmido) 121ºC por 15 a 20min e Filtragem CONSTITUINTES DO MEIO DE CULTURA · Água: principal solvente dos nutrientes · Fontes de carbono: pode ser do CO2 ou de nutrientes orgânicos (carboidratos, lipídeos e proteínas) · Fonte de energia: carboidratos como amido, glicogênio e monossacarídeos · Fonte de nitrogênio “base amino proteína”: peptidase; aminoácidos, peptídeos, proteínas complexas e peptona. · Fontes de oxigênio, hidrogênio, fosforo e enxofre · Vitaminas: Complexo B – biotina e acido pantotenico · Sais tamponados: fosforo, enxofre e citrato · Sais minerais: cálcio, ferro e magnésio · Fatores de crescimento: sangue, soro e extrato de levedura · Agentes seletivos: químicos, corantes e antimicrobinanos · Indicadores de pH: feno vermelho · Agentes de gelificação para meios sólidos: ágar CONDIÇÕES FÍSICAS PARA A CULTURA DAS BACTÉRIAS: · Temperatura · Psicotróficos: 0 a 7ºC · Psicrófilos: 0 a 20ºC · Mesófilos: 20 a 45ºC · A maioria é mesófila · Temperatura ótima: 36,5 a 37ºC em estufa bacteriológica · pH · Acidófilos: pH 0,1 a 5,4 · Neutrófilos: pH 5,4 a 8,5 · Alcalófilas: pH 7,0 a 11,5 · A maioria na faixa de 4,0 a 9,0 · Ideal: próximo da neutralidade (6,8 a 7,2) · pH próximo do neutro (7) para a maioria das bactérias· Atmosfera gasosa · Microrganismos aeróbios: 21% de O2 · Jarra de microaerofilia para microrganismos que necessitam de CO2 · Os microrganismos anaeróbios morrem em presença de oxigênio, não crescem na presença de ar, por isso precisam da jarra de anaerobiose. · Pressão osmótica · Meios hipertônicos: as bactérias perdem água e sofrem plasmólise ou enrugamento da célula · Meios isotônicos: concentrações iguais → é o mais recomendado · Meios hipotônicos: as células ganham água e sofrem lise · Pressão hidrostática · Água dos oceanos e lagos exercem pressão hidrostática · Bactérias barófilas: vivem em anta pressão → profundidade · Luz · Bactérias fotossintetizantes · Bactérias inibidas pela luz TEMPO PARA O CRESCIMENTO DAS BACTÉRIAS: aumento do numero da população na cultura por progressão geométrica. 1→2^1→2^2→2^3....→ 2^n (n = numero de gerações e 2^n = numero total de células em uma cultura) TEMPO DE GERAÇÃO DAS BACTÉRIAS: De 30 em 30min PERIODO DE INCUBAÇÃO: 24 a 48h em estufa bacteriológica a 36,5ºC. Micobactérias demoram de 30 a 90 dias. MEIOS DE CULTURA SÓLIDOS · Usa ágar como agente solidificante; funde-se a 100ºC, liquido a 40ºC e sólido a 37ºC. São feitos em frascos, placas de Petri e tubos de ensaio. · O crescimento das bactérias e visualizado pela formação de colônias. As colônias são milhares de células bacterianas derivadas de uma única célula bacteriana semeada na superfície do ágar. · A maioria dos microrganismos cresce de 12 a 48h, outros exigem semanas e até meses. · Ágar sangue: É um meio de cultura diferencial e não seletivo, rico em nutrientes, utilizado para isolamento de microrganismos não fastidiosos, prova de satelitismo e verificação de hemólise de Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. em cultivo primário. · Ágar chocolate: é um meio enriquecido e não seletivo para cultivo de bactérias delicadas e exigentes. Uma variante do ágar sangue. Contém glóbulos vermelhos lisados para liberar hemina, NAD e hematina que dão a coloração marrom característica. · Mac Conkey: meio seletivo e diferencial que permite o crescimento de bactérias (bacilos) gram negativas, diferenciando as bactérias em lactose + e lactose -. Inibe o crecimento de bactérias Gram+. É utilizado para o isolamento de enterobactérias (E. coli, Proteus sp) e bacilos entéricos não fermentadores (Shigella e Salmonella). As amostras utilizadas são: fezes, urina, agua de esgoto, alimentos, etc. Bactérias lactose+ modificam a cor do meio para um tom rosado, enquanto as lactose- não modificam o meio. MEIOS DE CULTURA SEMI-SÓLIDOS · Usa ágar como agente solidificante; funde-se a 100ºC, liquido a 40ºC e sólido a 37ºC; São feitos em tubos de ensaio. · O crescimento das bactérias é visualizado pela turvação; Meio muito utilizado para verificar a motilidade (movimento) da bactéria · Ex: ágar SIM (motilidade indol sulfeto) MEIOS DE CULTURA LIQUIDOS · São os meios isentos de ágar. São sempre líquidos, mesmo até 37ºC e em temperaturas inferiores. São feitos em tubos de ensaio. · O crescimento de bactérias é visualizado pela turvação do meio · Ex: BHI (infusão de cérebro e coração), tetrationato, selenito, uréia, etc. No meio solido é possível afirmar a presença de varias espécies de bactéria, enquanto no meio liquido é impossível. MEIOS DE TRANSPORTE: Meio de Stuart ou Amies usado para o transporte com swabs e meio Cary-Blair e salina glicerinada tamponada útil no transporte de fezes para o isolamento de shigella e Salmonella MEIOS DE MANUTENÇÃO: · Curto período de tempo: temperaturas de 2 a 8ºC ou de 4 a 10ºC. Duração por semanas. · Longo período de tempo: temperaturas de -70 a -196ºC (duração de 1 até 10 anos). TÉCNICAS DE SEMEADURA · Semeadura quantitativa com alça calibrada · Semeadura por esgotamento INÓCULO: é quando os microrganismos são colocados em um meio de cultura para iniciar o crescimento CULTURA: é quando os microrganismos crescem e se multiplicam no meio de cultura.
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