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BASES DA TERAPÊUTICA I
FLUIDOTERAPIA
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Toda vez que tiver uma situação com má perfusão tecidual o médico tem que atuar rapidamente, principalmente na situação de hipovolemia que repercute na necessidade da ressuscitação volumétrica. 
RESSUSCITAÇÃO VOLUMÉTRICA 
Indica como receber o paciente na urgência e analisar os parâmetros hemodinâmicos. 
→ FREQUÊNCIA CARDIACA: conforme avança nos graus I a IV de piora de perda de volume, ela só aumenta. Assim, a resposta do organismo conforme perda progressiva de volume é taquicardizar. Isso é uma resposta compensatória, pois o DC é formado a partir do volume sistólico x FC. Então o organismo usa desse recurso na tentativa de manter o DC. 
→FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: conforme aumenta a gravidade, há um aumento da FR. O paciente tem uma taquipnéia, pois conforme é perdido o volume e carreadores para levar nutrição e oxigênio à célula, o pulmão procura aumentar a oxigenação à custa do aumento da FR. Também é uma reação a perda progressiva de volume.
→DIURESE: para mensurar a diurese do paciente no PS, ele deve ter uma sonda vesical. A tendência é diminuir a diurese conforme o volume é perdido. É uma reação do rim, que ao invés de eliminar a água, retém, na intenção de repor o volume circulatório. Eventualmente, se nada for feito, ocorre a falência renal aguda. 
→ REBAIXAMENTO DO ESTADO MENTAL: há um rebaixamento da oxigenação do sistema nervoso central, podendo gerar até o coma.
 → PAS: nos graus I e II ela se mantem devido aos mecanismos de compensação. A partir dos graus III e IV, acusa a PAS < 90mmHg. 
Se a PA estiver <90, o paciente precisa receber o cristaloide + outra coisa, como um outro coloide, que daria ao cristaloide uma melhor capacidade de hidratação nas situações mais graves. 
Para saber se estão fazendo a reposição correta, os parâmetros tem que retornar para o grau mais baixo e posteriormente aos parâmetros fisiológicos 
FLUIDOTERAPIA 
→ EXPANSÃO: obter hidratação. 
· Os pacientes que estiverem na tabela de I a IV precisam de expansão, pois estão hipovolêmicos. 
→ MANUTENÇÃO
· Manter hidratação
· Manter eletrólitos
· Manter calorias
TIPOS DE SOROS 
→ CRISTALOIDES
· Soro fisiológico 0,9%
· Soro glicofisio 
· Soro glicosado 5% e 10%
· Ringer simples e Ringer lactato
· Soros hipertônicos: cloreto de sódio 7,5% e 3%
· Tem menor poder expansor → menor poder oncótico 
· Menor duração do efeito expansor 
· H20 – interstício e intracelular – como tem menor poder oncótico, pode fazer a água ir para o meio intracelular, formando edemas
→ COLÓIDES 
· Plasma fresco 
· Albumina sintética 
· Dextran 70
· Haemacel	
· Maior impacto como expansor 
· Efeito mais duradouro na volemia 
· H20 – intravascular – tem maior teor proteico, assim faz com que a agua seja atraída para o meio intravascular 
· Custo superior = limitação na quantidade de uso 
· Efeitos colaterais importantes 
· Sempre será um adjuvante. Quem hidrata e expande é sempre o cristaloide. Alguns casos, não consegue a expansão total sem a presença do coloide. 
CRISTALOIDES
SOLUÇÕES GLICOSADAS: soro glicosado 5 e 10%; É basicamente agua e glicose. Não são expansores de volume. Utilizado na manutenção de pacientes já hidratados.
SORO GLICOFISIOLÓGICO – soro glicosado 5% + soro fisiológico 0,9%
· Oferece água + glicose + NaCl, que forma uma osmolaridade de 560mOsm/L.
· A osmolaridade do plasma é cerca de 295mOsm/L. 
· Logo, essa é uma solução hipertônica em relação ao plasma
· Quando você infunde uma solução hipertônica na corrente sanguínea, a célula pode ter um impacto que ela não esta acostumada, de tal forma que o soro glicofisiologico não deve ser usado como soro de expansão em adultos, só como soro de manutenção
SOLUÇÃO SALINA ISOTÔNICA: soro fisiológico 0,9%
· É isotônico porque a osmolaridade da solução é de 308mOsm/L.
· É uma expansão que a celula tem maior poder de adaptação
· TEM FUNÇÃO DE EXPANSÃO
· A permanência vascular é de 25% do volume infundido e não é duradora
· Acidose dilucional e hiperclorêmica – para pacientes que recebem uma quantidade muito grande de soro fisiológico. Acontece pela infusão direta de cloro em grande quantidade. Quando esse cloro cai na corrente sanguínea, ocorre uma troca por H+, gerando uma acidose.
· Por isso tem que tomar cuidado com pacientes que já estão em acidose. 
· É a primeira opção na maioria dos pacientes, mas existem casos específicos que precisa usar outros expansores. 
RINGER SIMPLES: contem Na em menor quantidade que o SF 0,9%. A isotonicidade é mantida pela adição de Ca e K.
· Se o paciente tiver hipopotassemia, é mais interessante dar ele
· Função de expansão 
RINGER LACTATO: contém Na em menor quantidade que o SF 0,9%. A isotonicidade é mantida pela adição de K.
· A redução de Cl foi possível com a adição de lactato.
· Sem o cloro, é possível evitar a acidose, por isso é interessante prescrever para pacientes que já tenham uma acidose. 
· A osmolaridade é próxima. O lactato se transforma em bicarbonato na corrente sanguínea. Serve apenas para dar equilíbrio elétrico no Ringer lactato. 
· Função de expansão 
SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA: é usado em situações muito especificas que precisam puxar rapidamente a água através da presença de sódio
COLOIDE 
ALBUMINA 25%: hiperoncótica para ajudar a capacidade oncótica ao cristaloide que esta sendo oferecido ao paciente. 
· Mobiliza do interstício e intracelular 4 a 5x o volume infundido
· Reduzo o fibrinogênio 
· Meia vida de 4 a 6 horas 
· Custo elevado – por isso, em situações clinicas é usado o plasma congelado. Já no PS, usa o sangue (perda de sangue no trauma)
BALANÇO HÍDRICO: Sempre se faz uma contabilidade do que se ganha e do que se perde no balanço hídrico. 
· BH = Soma de ganhos – soma de perdas 
· Ganhos: 
· Ingestão e infusão 
· Do metabolismo = +500 a 750ml por dia 
· Perdas
· Diurese
· Respiração
· Sudorese
· Fezes

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