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Técnicas de Clonagem: Purificação e Ligação Fluxograma da clonagem: Purificação do produto de PCR: Por que seria necessário purificar o produto de PCR que foi amplificado? Porque precisamos que a DNA ligase só identifique DNA. Para isso, devemos isolar o DNA e descartar outros reagentes envolvidos na PCR. Possíveis métodos: - Uso de colunas de sílica: possuem filtros que separam DNA de não-DNA. - Precipitação do DNA (com etanol e acetato de sódio) Precipitação do DNA com etanol e acetato de sódio: Obs: Em condições de baixa temperatura e elevada concentração salina a adição de etanol absoluto (ou isopropanol) resulta na precipitação do DNA (aglomerados esbranquiçados). Etanol: Precipita ácidos nucléicos (<15 pb), os demais solutos ficam em solução enquanto que ácidos nucléicos formam um precipitado branco que pode ser coletado por centrifugação. Protocolo: 1) Adicionar volume 1/10 de NaAc 3M pH 5.2 e 2.5 volumes de EtOH Misturar por inversão Incubar -20 °C por 30 minutos 2) Centrifugar 12000 g, por 5 minutos Descartar sobrenadante 3) Lavar precipitado duas vezes com EtOH 70% gelado 4) Secar o precipitado e ressuspender o DNA em H2O nuclease-free ou TE (tampão de eluição) Esse processo também pode ser utilizado para aumentar a concentração do material, deixando o DNA mais agregado possível. Reação de ligação: T4 DNA Ligase: enzima que liga o inserto no vetor Ligase 10x Buffer: possui cofatores e estabilizantes de pH da T4 DNA ligase, para que ela atue em condições ideiais Inserto: material amplificado H2O: meio de atuação dos reagentes Vetor: se liga ao inserto através de uma ligação fosfo- diéster, formando um DNA plasmidial recombinante Parâmetros para reação de ligação: Importante conhecer a concentração do DNA a ser trabalhado. - Concentração do DNA (Inserto: Vetor) 1:1 3:1 5:1 - Preferência: mais inserto do que vetor; isso porque existe a possibilidade de algum dos insertos não se associarem ao vetor, ficando um “vetor vazio”, que é quando as duas extremidades se fecham. Então, para minimizar as chances de todos insertos não se ligarem a nenhum vetor, se coloca mais inserto do que vetor. - O volume de inserto está associado à concentração do inserto. - Técnicas de espectrometria podem ser utilizadas para quantificação. - Exemplo de equipamento utilizado: NanoDrop® Thermo Scientific. - Analisa amostras de 0,5 a 2 µL - O sistema de retenção utiliza a tensão superficial para posicionar a amostra entre duas fibras ópticas. - Ácidos nucléicos absorvem luz no comprimento de onda de 260 nm. Quantificação do DNA: - Comprimento de onda para DNA/RNA: 260nm - Comprimento de onda para proteínas: 280nm Análise da pureza do DNA: Razão 260/280 = 1,8 a 2 - Para fazer a leitura no espectrofotômetro, normalmente se utiliza uma diluição em água*. - Para estimar a concentração de DNA utiliza-se a seguinte relação: 1 OD260 = 50 µg DNA dupla-hélice - A concentração de DNA na amostra é obtida pelo seguinte cálculo: [DNA] = Valor da leitura em O.D. X 50 X Fator de diluição Parâmetros para reação de ligação: - Concentração do DNA (Inserto: Vetor) 1:1 3:1 5:1 - Temperatura: temperatura ambiente ou refrigeração (4 – 16 °C) - Tempo: 30 minutos, 1 – 3h, “overnight” - O tipo de terminal (coesivo ou cego) pode influenciar - Se o inserto quantificado estiver numa concentração de 25 ng/µL, quanto seria utilizado na reação considerando a proporção 3:1? - 0.01 unidade de T4 DNA Ligase: quantidade de enzima necessária para catalizar a ligação de 1µg de fragmentos de DNA em 16°C em 20 minutos.
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