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Lesões Escamosas Intraepiteliais Atipias: Hipercromasia: cromatina/núcleo bem escuro; cromatina irregular. Anisonucleose: núcleo variando de tamanho. Cariomegalia: crescimento do núcleo acima do usual. Alteração do contorno nuclear Aumento da relação núcleo/citoplasma Células neoplásicas tem aneuploidia (presença de cromossomos a mais ou a menos no cariótipo). Aneuploidia faz com que haja muito material, os ácidos nucleicos vão prender à hematoxilina, então o núcleo fica mais escuro (hipercromasia). Indicações para realizar o rastreio para câncer de colo uterino: 21 anos: iniciar o rastreio (exame Papanicolau). 21 a 30 anos: exame de Papanicolau a cada 3 anos se o resultado for normal. 31 a 64 anos: exame de Papanicolau a cada 3 anos associado ao HPV-teste a cada 5 anos. A partir dos 65 anos: parar a rotina de rastreios se resultados normais nos últimos 10 anos. O SUS cobre a citologia e o teste captura híbrida II. O teste captura híbrida II separa HPV-HR (alto risco) e HPV-LR (baixo risco). Ou seja, pode se ter qualquer vírus que o teste vai dar positivo, mas não dirá qual. Lesões Intraepiteliais: não houve invasão, apenas estão no extrato epitelial. Espectro de lesões escamosas: Em uma célula normal, seu epitélio pode ser infectado, pode sofrer algum estímulo e ter reatividade. A célula pode ir progredindo, não por conta da reatividade. ASC-US: não é possível dizer se é uma lesão ou é algo ligado ao processo terapêutico. É preciso esperar 6 meses e repetir a citologia, para saber se houve regressão ou se realmente houve estabelecimento de uma lesão de baixo grau (lesão inicial). LSIL: pode regredir: é possível voltar a ter um epitélio normal. Também pode progredir para uma lesão de alto grau. ASC-H: não é mais um LSIL, mas há características que não permitem confirmar que é um HSIL. É preciso fazer uma colposcopia, e se nela for encontrado algo, é preciso fazer uma biópsia. HSIL: lesão de alto grau. Há uma probabilidade muito alta de evolução. HSIL com características suspeitas de invasão: há indícios de invasão, porém não é possível confirmar. Histórico das classificações: Displasia: desenvolvimento celular fora do normal. - A célula basal é a que mais faz mitose. As parabasais vão perdendo a capacidade de multiplicação. - No carcinoma in situ, observou-se que a lesão evoluía, mas não havia mais células com característica de diferenciação. Ou seja, todas as células eram jovens, com núcleo atípico e que fazem muita mitose. É possível ter mitose tanto na parte inferior do extrato quanto na parte superior, algo que não acontece na célula normal. A célula tumoral não está preocupada em se diferenciar, e sim em se multiplicar. Atipia de células escamosas de significado indeterminado (ASC-US): Compreende as alterações citológicas sugestivas mas não definitivas para o diagnóstico de lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL). Critérios citomorfológicos: - Células escamosas maduras superficiais ou intermediárias comprometidas. - Aumento nuclear (2,5 a 3 vezes o tamanho do núcleo de uma célula intermediária normal). - Normocromasia ou leve hipercromasia nuclear. - Borda nuclear lisa ou discretamente irregular. - Cromatina finamente granular uniformemente distribuída ou cromatina compacta. - Ausência de alterações citopáticas definitivas pelo HPV. Células escamosas maduras com leve aumento nuclear, binucleação e uma boa distribuição da cromatina Células escamosas intermediárias atípicas com núcleo 2x a 3x a área de um núcleo de célula escamosa intermediária normal e leve irregularidade do contorno nuclear Uma célula escamosa intermediária com núcleo aumentado e ligeira irregularidade da membrana nuclear. As características atípicas não atendem os critérios para LSIL. ASC-US – células queratinizadas atípicas. Uma mulher de 25 anos de idade. Células queratóticas fusiformes com aumento nuclear, hipercromasia e citoplasma orangeofílico. Feixes de paraqueratose, núcleos alongados e hipercromados indicam atipia. O HPV pode estimular queratinização. É possível que os sinais de queratinização desapareçam caso o estímulo seja retirado (se não for HPV), ou, se foi HPV, ele não conseguiu encontrar um microambiente bom para poder se desenvolver. ASC – US: células queratinizadas atípicas. Uma mulher de 32 anos. Células escamosas atípicas com citoplasma orangeofílico (alaranjado) e núcleos hipercromáticos, alongados e pleomórficos. HPV- HR positivo. Biópsia de acompanhamento revelou HSIL (NIC-2) com proeminente queratinização. Atenção com alterações reativas x ASC-US! Células escamosas com alterações reativas, aumento celular difuso, clareamento perinuclear e metacromasia citoplasmática de natureza degenerativa. Candida sp. Presença de processo inflamatório impossibilita liberação de laudo com ASC-US. LSIL – lesão intraepitelial de baixo grau: Comparar: célula intermediária madura. Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL). Células escamosas maduras, com aumento do volume nuclear, hipercromasia, cromatina irregular e alteração no contorno nuclear a - Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Presença de coilócitos. b - Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve). Leucoplasia (hiperqueratose): condição na qual manchas ou lesões espessas e brancas aparecem. Área de possível HPV. Fica mais evidente quando se faz coposcolpia usando ácido acético. Coilócito: efeito patognomônico do HPV. Para ser coilócito é necessário ter halo perinuclear irregular e núcleo atípico (discariose). HSIL - Lesão Intraepitelial de Auto Grau: Há células maduras, mas o que chama atenção são as células mais jovens. HSIL – NIC-II/Displasia Moderada HSIL – NIC-II/Displasia Moderada HSIL – NIC-III/Displasia Severa HSIL – NIC-III/Displasia Severa HSIL queratinizante: se faz coposcolpia e biópsia Conização: excisão cirúrgica de um cone incompleto de tecido do colo uterino para biópsia. Usado para diagnóstico e tratamento (porque há retirada da lesão). HSIL – NIC-III/Displasia Severa. Há pleomorfismo nuclear e celular. Lesões cervicais escamosas: CIN = NIC Chances de progressão dos precursores de carcinoma invasivo de células escamosas como mostrado pela espessura das setas. (1) Célula escamosa normal. (2) Displasia leve. (3) Displasia moderada. (4) Displasia severa. (5) Carcinoma in situ. (6) Carcinoma invasivo. Figuras de mitose no extrato epitelial em qualquer nível significa que ele está completamente alterado Carcinoma in situ CAIS = carcinoma in situ HSIL – NIC-III/Carcinoma in situ A distribuição das células nesta figura lembra o arranjo em “fila indiana” que as células de NIC 3 podem assumir. Os núcleos são volumosos, com alterações da forma (seta) simulando as irregularidades nucleares encontradas nas células de lesão intraepitelial escamosa de alto grau. Contudo, as bordas nucleares são delicadas e não há hipercromasia nuclear quando comparadas com as células de NIC 3. Atipia de células escamosas, não sendo possível excluir lesão intraepitelial escamosa de alto grau (ASC-H): Anteriormente, a maioria destes casos era conhecida como metaplasia escamosa imatura atípica. Correspondem a aproximadamente 5%-10% dos casos da categoria geral ASC. Critérios citomorfológicos: - Aumento nuclear (1,5-2 vezes o tamanho do núcleo de uma célula metaplásica normal). - Aumento da relação núcleo/citoplasmática (maior que na célula metaplásica escamosa normal). - Leve hipercromasia nuclear. - Leve irregularidade nuclear. - Cromatina finamente granulada uniformemente distribuída ou condensada. Metaplasia escamosa maduraASC-H X HSIL: Atenção na diferenciação em condições não- neoplásicas: inflamação, reparo, atrofia e má fixação. Critérios citomorfológicos: - Hipercromasia e irregularidade da cromatina – leve - Aumento na relação núcleo/citoplasma – moderado - Alteração na forma e membrana nuclear – leve - Bi ou multinucleação, aumento do volume nuclear - Disqueratose