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Álcool e outras drogas

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Ál�o�� e o�t��� d�o��s
Neurobiologia da dependência química
Influência genética importante (49%
herdabilidade para tr. do uso de álcool)
Base neurobiológica: circuito de
recompensa cerebral (dopamina e
glutamato)
➔ Córtex orbitofrontal e pré-frontal
➔ Área tegmentar ventral anterior
➔ Núcleo accumbens
Responsável pela sensação de prazer em
atividades essenciais para a
sobrevivência e leva o sujeito a desejar
repetir tais experiências
Uso de drogas:
● Maior liberação de dopamina (2 a
10x) Leva ao desejo de repetir o
uso tanto para obter prazer quanto
para evitar estados aversivos
● Mecanismo regulatório diminui a
liberação de dopamina em outras
situações
Abordagem inicial
O uso da substância raramente é o motivo
primário da busca por atendimento.
É comum observar ambivalência e até
negação em relação ao uso e
necessidade de tratamento.
Prioridades na avaliação clínica:
● Avaliação de quadros agudos e
emergenciais (ex. intoxicação e
abstinência)
● Avaliar e diagnosticar padrão de
uso e suas possíveis complicações
● Avaliar comorbidades (clínicas e
psiquiátricas)
● Avaliar o estágio de motivação do
paciente para cessação do uso.
Informações importantes na avaliação
(paciente ou familiares):
● Primeiro uso, frequência de uso,
via de uso e outros detalhes
● Consequências na saúde, vida
social e familiar,
ocupacional/acadêmicas
● Há percepção de perda de
controle no uso?
● Há sinais e sintomas físicos e
mentais de desconforto entre o
uso e alívio após o uso?
● Houve tentativas de abstinência?
● Houve problemas com a
justiça/legais?
● Houve aumento progressivo no
padrão de uso?
● Alterações na personalidade e no
comportamento
● Tratamentos prévios
Exame clínico: estado nutricional,
higiene, sinais vitais, sinais indiretos de
uso e sinais de comprometimento
sistêmico (ex. hepatopatia, DPOC e
cardiopatia)
Diagnóstico
Reforço positivo: o consumo provoca
sensação prazerosa
Reforço negativo: alivia sensações
desagradáveis que podem ser aliviadas
pelo uso da SPA
Transtorno por uso de substâncias
(DSM-5)
Padrão do uso de qualquer substância
que leve ao sofrimento clinicamente
significativo ou comprometimento, antes
especificados pelos termos ‘’abuso’’ e
‘’dependência’’
Tratamento por uso de substâncias
(DSM-5)
Tratamento multidisciplinar e
individualizado.
Avaliação de tratamento de comorbidades
Psicoterapia → Entrevista Motivacional +
Terapia cognitivo comportamental (Manejo
de contingências e prevenção de
recaídas)
Recaídas são frequentes e não indicam
fracasso
Avaliar a motivação do paciente para a
mudança:
Pré-contemplação → Não identifica
problema e não tem intenção de mudança
Contemplação => Há consciência do
problema e desejo de mudança, mas
ambivalente
Determinação => Intenção de mudar,
porém sem estratégias
Ação => Mudança no comportamento
Manutenção => Mudança sustentada no
comportamento
Transtorno por uso de álcool
Depressor do sistema nervoso central
Intoxicação por álcool: fala arrastada,
tontura, incoordenação, instabilidade de
marcha, nistagmo, prejuízo na atenção
e/ou memória, desinibição do
comportamento, labilidade emocional,
visão dupla, estupor e coma.
Síndrome de abstinência: hiperativação
autonômica (taquicardia, taquipneia,
elevação de pressão arterial, sudorese),
psíquica (ansiedade, irritabilidade,
inquietação, insônia), tremores, náuseas e
vômitos
Tratamento farmacológico específico:
● Dissulfiram
● Naltrexona
● Acamprosato
● Topiramato/Gabapentina
Complicações associadas ao uso de
álcool
Trato gastrintestinal: gastrite, úlcera
gástrica e/ou duodenal, lesão
hepática/cirrose hepática, pancreatite,
câncer de esôfago.
Sistema cardiovascular: hipertensão,
cardiopatia, hipercolesterolemia e
hipertrigliceridemia.
SNC: déficit cognitivo, comprometimento
de memória, alterações degenerativas do
cerebelo, síndrome de Wernicke Korsakoff
e alucinose alcoólica.
Sistema nervoso periférico: parestesias,
fraqueza muscular, perda de
sensibilidade.
Aumento do risco de suicídio, transtornos
de humor, ansiedade, transtornos
psicóticos e síndrome alcoólica fetal.
Transtorno por uso de
benzodiazepínicos
Depressores do SNC → Sistema
gabaérgico.
Efeitos: sonolência, sedação,
relaxamento muscular, sensação de
bem-estar e aumento do limiar convulsivo.
Intoxicação é semelhante a do álcool.
A interrupção abrupta pode levar a um
quadro de abstinência
=> Usar benzodiazepínicos de meia vida
longa (diazepam ou clonazepam) para
tratamento e desmame.
O uso adicional de alguns fármacos
pode ajudar no processo de desmame
=> antipsicóticos, antidepressivos
sedativos, melatonina e ácido valpróico
Consequências de longo prazo de uso
de benzodiazepínicos => delirium,
transtorno amnéstico persistente,
transtorno do sono, transtornos ansiosos,
alterações de humor, quadros psicóticos,
aumento do risco de queda e acidentes
em geral.
Transtorno por uso de inalantes
Hidrocarbonetos voláteis depressores
do SNC (solventes para colas,
propelentes, diluentes e combustíveis).
Efeitos → euforia, comportamento
desinibido, sensação de flutuação,
ilusões, náuseas e/ou vômitos, anorexia,
dores musculares, hiperemia de
conjuntiva, diplopia, zumbido, fala
pastosa, vertigem, alteração de marcha,
ataxia, crise de ansiedade, alucinações,
arritmias, depressão respiratória,
rebaixamento do nível de consciência e
morte súbita.
Evitar o uso de benzodiazepínicos pelo
risco de depressão respiratória.
Síndrome de abstinência é rara, mas
pode ocorrer → cefaleia, náusea,
tremores, alucinações, insônia, letargia.
Não há tratamento específico.
Consequências de uso no longo prazo →
arritmias, isquemia do miocárdio,
enfisema, lesões hepática e renal,
supressão da medula óssea e
complicações neurológicas.
Transtorno por uso de cocaína
Cocaína e anfetaminas => Estimulantes
do SNC que agem no sistema
dopaminérgico.
Efeitos → hipervigilância, agitação,
insônia, autoconfiança elevada, sensação
de bemestar, midríase, hipertermia,
sudorese ou calafrios, taquicardia,
hipertensão, tremores, distonia,
discinesias, fraqueza muscular,
diminuição do apetite, náusea e/ou
vômito, crise de ansiedade, alucinações e
paranoia, arritmias, rabdomiólise, dor
torácica, confusão, convulsão e coma
Abstinência → fissura, irritabilidade,
agitação, ansiedade, letargia, fadiga,
pesadelos, sonolência, anedonia, humor
disfórico ou hipotímico, cefaleia, sudorese,
cãibra, cólica e fome
Benzodiazepínicos podem ser usados no
tratamento da intoxicação e da
abstinência.
Não há tratamento específico para
dependência.
As complicações e consequências de
longo prazo são numerosas:
→ congestão nasal, sangramento e
ulceração da mucosa nasal, perfuração
de septo nasal, danos pulmonares (via
pulmonar), infecções, embolias,
transmissão HIV/hepatites B e C (via IV),
distonia aguda, tiques, cefaleia, doenças
cerebrovasculares (infartos cerebrais não
hemorrágicos e hemorrágicos, ataque
isquêmico transitório), arritmias,
miocardiopatias, eventos
tromboembólicos, dor torácica, infarto
agudo do miocárdio, convulsão, estado de
mal epiléptico, transtorno de humor
(transtorno afetivo bipolar, transtorno
depressivo), transtorno de ansiedade,
transtorno obsessivo-compulsivo,
transtorno psicótico, transtornos do sono e
disfunção sexual.
Transtorno por uso de opióides
Heroína e morfina → depressores do
SNC
Efeitos → analgesia, apatia e/ou disforia,
agitação ou retardo psicomotor, fala
arrastada, miose, retenção urinária,
obstipação intestinal, bradicardia,
hipotermia, hipotensão, depressão
respiratória, convulsões, torpor e coma.
Rebaixamento do nível de consciência,
miose e depressão respiratória →
naloxona 0,4 a 0,8 mg.
Abstinência → fissura, ansiedade,
disforia, fadiga, irritabilidade, inquietação,
sono fragmentado, náuseas, vômitos,
diarreia, dores muscular e óssea,
espasmo muscular, cãibra abdominal,
midríase, hipertensão arterial, taquicardia
e hipertermia
Manejo → Suporte clínico. Metadona,
Buprenorfina e Clonidina → Desmame
gradual.
Transtorno por uso de cannabis
Cannabis sativa → Canabinóides e THC
→ Endocanabinóides
Efeitos → euforia, relaxamento,alteração da percepção de tempo, cores,
sons, textura e paladar, aumento do
apetite, hiperemia conjuntival, midríase,
boca seca, leve taquicardia, hipotensão
ortostática, tremores de mãos e alteração
da coordenação motora e da atenção
Consequências da intoxicação →
hipervigilância, paranoia, ansiedade, crise
de pânico, desrealização,
despersonalização e alucinações.
Manejo → Benzodiazepínicos e
Antipsicóticos.
Abstinência e dependência são raras.
Não existe tratamento específico
Consequências de longo prazo são
controversas → câncer de pulmão e
complicações respiratórias, prejuízo
cognitivo, psicoses e síndrome
amotivacional.
Transtorno por uso de alucinógenos
LSD, fenciclidina, mescalina, ibogaína,
psilocibina, Ayahuasca e cetamina Grupo
heterogêneo de substâncias → Distorção
da realidade e a uma experiência de
expansão da consciência.
Efeitos → alterações da percepção
(cores, sons, sabores, tempo, espaço),
alucinações (comumente visuais),
alteração das emoções, midríase,
taquicardia, sudorese, palpitações,
tremores e incoordenação até aumento da
reflexão introspectiva com insights.
Transtorno persistente da percepção
induzido por alucinógenos → flashbacks
Manejo → Benzodiazepínicos podem ser
usados na intoxicação e flashbacks.
Antipsicóticos devem ser evitados (exceto
se quadro psicótico franco)
Consequências de longo prazo →
quadros psicóticos, sintomas maniformes
ou depressivos, ansiedade, transtorno do
pânico e agorafobia.
Transtorno por uso de sintéticos
Substâncias sintéticas → MDMA
(metilenodioximetanfetamina), a
metanfetamina, o GHB
(gama-hidroxibutirato), a cetamina e o
flunitrazepam.
MD → sensação de energia, aumento de
prazer, aumento da percepção das
emoções e da ligação com as pessoas,
alteração da percepção sensorial e
temporal, agitação, taquicardia.
Consequências da intoxicação →
hipertermia, crise hipertensiva, arritmia,
dor torácica, convulsão, rabdomiólise,
síndrome serotoninérgica e neuroléptica
maligna

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