Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MEDIAL LATERAL POSTERIOR LOCAL DA LESÃO N E U R O L O G I A AVCsAVCs @ S T U D Y P E D I A T R I A DÉFICIT NEUROLÓGICO FOCAL SÚBITO DEFINIÇÃO AVE • 80% dos casos • Decorrente da oclusão aguda de uma artéria de médio ou pequeno calibre. ➔ Cardioembólico: a fonte emboligênica é o coração, na pode ter fibrilação atrial (trombo no AE), seguida pelo IAM de parede anterior (trombo no VE) e pelas cardiomiopatias dilatadas (trombo em VE e/ou AE); ➔ Ateroembólico: AVE isquêmico típico dos pacientes hipertensos. A fonte geralmente é uma placa aterosclerótica instável (com trombo) na carótida comum ou bifurcação carotídea ou na artéria vertebral. AVE ISQUÊMICO •AVE: sinais e sintomas neurológicos duram > 24h. ↪ Isquêmico: causado por uma oclusão vascular localizada → interrupção de glicose e O2 no tecido → afetando os processos metabólicos da região envolvida. ↪ Hemorrágico: oclusão e extravasamento de sangue para região envolvida. Motor (córtex frontal) Broca (córtex frontal): área motora de linguagem Sensitivo (córtex parietal) Wernicke (córtex temporal): compreende a linguagem Art. Cerebral Média Fraqueza das mãos, braço -> pode ter ou não Fraqueza facial com afasia motora (Broca) Défict motor: Hemiparesia/plegia completa desproporcionada • Sd. Piramidal (MOTORA): contralateral à lesão* • Alteração SENSITIVA: contralateral à lesão* • Afasia MOTORA (Broca): Hemisfério E • Afasia SENSITIVA (Wernicke): HE **pode poupar a perna devido ao edema neuronal Art. Cerebral Anterior • Irriga a porção anterior, medial e orbitária do lobo frontal • "Perna" = alteração sensitivo-motor da perna contralateral à lesão Art. Cerebral Posterior Sd. Weber: sd. cruzada piramidal do III par - AVC do pedúnculo cerebral, hemiplegia completa contralateral + paralisia do 3º par ipsilateral • Possui déficit visual • Fatores de Risco - Hipertensão Arterial e FA; - História familiar de DCV, DM, tabagismo, idade > 60, hipercolesterolemia, obesidade abd; - Sexo masculino / raça negra; - Dieta pobre em vegetais e grãos; - Estresse e depressão; ETIOLOGIAS ➔ Cardioembólico: entre a causas estão: arritmias (FA), miocardiopatia, valvulopatias e trombos intracavitários. Profilaxia: secundária é o uso de anticoagulantes, inibidores da vitamina K, como Marevan. ➔ Inflamatórias: vasculites (primárias, sistêmicas, infecciosas ou abuso de drogas) que devem ser considerados em pacientes sem fatores de risco. ➔ Doenças linfoproliferativas: linfoma, leucemia e anemia falciforme. ➔ Sd. Vasoconstrição cerebral: cefaléia súbita e intensa em uso de antidepressivos. @ S T U D Y P E D I A T R I A ÁRTERIA QUADRO CLÍNICO A. Cerebral Média (ACM) Déficit motor (predomínio braquifacial), déficit sensitivo, afasia. A. Cerebral Anterior (ACA) Déficit motor (predomínio em MMII), déficit sensitivo, sinais de frontalização (reflexos de preensão palmar, de sucção e de projeção tônica dos lábios.) A. Cerebral Posterior (ACP) Alterações de campo visual, rebaixamento do nível de consciência, déficit sensitivo Artéria Basilar Déficit motor, déficit sensitivo, rebaixamento do nível de consciência, alteração de nervos cranianos Artéria Vertebral Náuseas, vômitos, tonturas; alteração de nervos cranianos baixos, alterações cerebelares QUADRO CLÍNICO Manifestação + comum: déficit neurológico focal: hemiplegia, hemiparesia, diplopia, vertigem, nistagmo. Sinais de alerta: perda súbita da força muscular ou formigamento em um lado do corpo, dificuldade súbita para falar e compreender, perda visual súbita, tontura súbita com dificuldade para equilíbrio no corpo, cefaleia súbita sem causa aparente. • A. cerebral média esquerda, hemisfério dominante ( maioria hemisfério cerebral esquerdo: afasia, perda de força e hemicorpo. • Artéria cerebral média: predomínio faciobraquial. • Afasia motora: afeta a fala. Área de broca. Área 44,45 brodmann. A. cerebral media esquerda. Não consegue falar, mas entende tudo. • Afasia sensitiva: afeta a compreensão. Afasia global é quando afeta a área de Broca (componente motor) e Área de Wernicke (componente sensitivo) que tipicamente se localizam no hemisfério dominante que na maioria das pessoas e hemisfério cerebral esquerdo. ➔ TC de crânio sem contraste, é ESSENCIAL para descartar AVE hemorrágico! A TC, em 12-24h, geralmente não mostra o AVE isquêmico, pois o infarto só tem expressão radiológica na após 24-72h, como uma área hipodensa (“cinza”) acompanhada de edema. A TC inicial serve, portanto, para afastar AVE hemorrágico, pois a hemorragia aparece de imediato, como uma área hiperdensa (“branca”). ➔ RM possui maior acurácia no diagnóstico do AVEi, Utiliza na sequência T2 ou o FLAIR. ➔ RM por difusão (DWI): visualiza precoce a isquemia. Visualiza o edema citotóxico. Porém, pouco disponível. DIAGNÓSTICO NEUROIMAGEM TRATAMENTO Avaliação Inicial e Manejo 1 para trombolítico rotina laboratorial 1) Monitorar oximetria (SatO²): manter ≥ 94% 2) Monitorar a PA + ECG (arritmias - FA) 3) Cateterização de 2 acessos calibrosos em veias (HMG, eletrólitos, ureia, Cr, coagulograma, gaso arterial e marcadores de necrose miocárdica (CK-MB e troponina) 4) Glicemia capilar 5) Revisar a história clínica 6) Avaliação neurológica (NIHSS) 7) Dieta e Hidratação (1.000-1.500 ml Ringer Lac + KCl) Tratamento Agudo (3 dias) ➔ Controlar glicemia, temperatura e Natremia; ➔ Pressão arterial; ↪ ↓ PA se > 220 x 120 mmHg ➔ Profilaxia: AAS 200 mg/dia Clopidogrel 75 mg/dia (prevenção 2ª) ↪ se trombolisou não dar AAS, aguarda 24h ↪ prevenção de TVP/TEP # GLICEMIA Hiperglicêmicos: manter 140-180 mg/dL (insulina) # NA sérico Manter na faixa normal de 135-145 mEq/L # PRESSÃO ARTERIAL Nitroprussiato EV 0,25-10 mg/kg/min Não pode reduzir PA rapidamente p/ < 140 x 90 mmHg, pois a penumbra será convertida em infarto. Apenas o suficiente para tirar da zona de risco. Objetivo: ↓15% o valor inicial da PA nas primeiras 24h; O trombolítico só pode ser prescrito quando PA ≤ 185 x 110 mmHg. Após administração do trombolítico, a PA deve ser mantida > 180 x 105 mmHg nas primeiras 24h (diminui risco de transformação hemorrágica). TROMBÓLISE ➔ Alteplase IV 0,9 mg/kg - max 90 mg : - 10% em boulos e o restante bomba de infusão em 1h • 4,5h do início dos sintomas • Apenas após exclusão de hemorragia intracraniana • Pct não pode ter contraindicações: - TCE, AVEi ou cir. intracraniana nos últimos 3 meses; - história prévia de hemorragia intracraniana; - dissecção aórtica conhecida ou suspeita; - coagulopatia ou plaquetopenia (< 100.000/mm³) ➔ Cuidados pós - tromb. • Pct deve ser transferido para UTI pós adm; • Não deve adm heparina, antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes orais nas primeiras 24h • Se suspeita de hemorragia, suspender rt-PA e pedir TC Pct pode receber ambas as intervenções TROMBECTOMIA MECÂNICA ➔ Catéter na art. cerebral média: stent ➔ Ideal: até ≤ 6h + oclusão grande artéria + NIHSS ≥ 6 AIT - Ataque isquêmico transitório Tratamento Crônico: ➔ 1º investiga etiologia: ECG, ECO e doppler (DCV) ➔ Prevenção secundária: Aterotrombótico ↪ antiagregação plaquetária ↪ controle dos fatores de risco (HAS, DM...) ↪ endarterectomia: placa na carótida + oclusão ≥ 70% Cardioembólico ↪ anticoagulação (Marevan) • Cefaleia: intensa e súbita; • Síncope: rebaixamento do nível de consciência; • Rigidez de nuca: irritação (após 12-24h); Escala de Hunt-Hess • Neuroimagem: TC ou RM sem contraste • Se TC normal → Punção lombar = xantocromia • TC com sangramento + lento: pode não mostrar Escala de Fisher Fecho diagnóstico? Procura a artéria (AngioTc/Arteriografia) COMPLICAÇÕES RESSANGRAMENTO Risco em 1-7 dias Intervenção precoce VASOESPASMO Risco em 3º ao 14º dia Doppler transcraniano = induzir has HIDROCEFALIA Obstrução drenagem liquórica Derivaçãoventricular externa HIPONATREMIA Sd. cerebral perdedora de sal Hidratação venosa SIADH Repor Na+ @ S T U D Y P E D I A T R I A Deficit neurológico focal reversível, transitório, com duração máx de 24h. A maioria dos AIT reverte dentro dos primeiros 15-20min. Tem que ter ausência de infarto. • Causa: pequenas embolias arterioarteriais a partir das carótidas ou vertebrais. • Quadro Clínico: semelhantes às do AVE, só que transitórias. A amaurose fugaz é um subtipo de AIT no qual pequenos êmbolos se alojam transitoriamente na origem da artéria oftálmica. AIT o deve ser entendido como um sinal de AVEi iminente! Preditores de risco para AVEi após um AIT são: “escore ABCD" A) idade (Age) ≥ 60 anos; B) PA (Blood pressure) ≥ 140 x 90 mmHg; C) sintomas clínicos: hemisféricos x focais; D) duração do deficit > 60min e DM; • Diagnóstico: RM por difusão • Tto: deve ser tratado como uma emergência → internação hospitalar → investigação etiológica e tratamento específico → administração precoce de trombolíco. • Tipo + comum é o AVEh hipertensivo • Decorrente lesão crônica de peq. artérias perfurantes → promovendo fragilidade da parede vascular → forma peq. aneurismas → rompe (pico pressórico). ➔ Hipertensão intracraniana (HIC) AVE HEMORRÁGICO Hemorragia Intraparenquimatosa • Entre os parênquimas • Mais isolado DIAGNÓSTICO CLÍNICA TRATAMENTO • Intervenção precoce (até 3º dia); • Controle da PA; • Neuroproteção; ↪ Nimodipina VO 60mg 4/4h por 14-21 dias Hemorragia Subaracnoide • + comum • Líquor mesclado com sangue • Origem: alguma artéria do Polígono de Wills • Causa: aneurisma sacular Etiologias: ➔ HAS: microaneurismas de Chacot - Bouchard ➔ Angiopatia amiloide: idosos e Alzheimer (beta) CLÍNICA • Déficit neurológico focal súbito; • Hipertensão intracraniana → cefaléia + ↓nível consc. DIAGNÓSTICO • TC de crânio sem contraste; • Região + comum: Putâmen e Cápsula interna; TRATAMENTO • Estabilização clínica: glicemia, eletrólito, temp, HAS... • Cirurgia: só se tiver hematoma cerebral >3 cm; ➥ Pct anticoagulado? Reverter! Varfarina ou Dabigatrana
Compartilhar