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Exame da Genitália Externa Feminina (resumo)


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Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. VeigaExame da Genitália Externa
Conteúdo:
○ Anatomia da genitália externa
○ Exame físico da genitália externa
○ Principais lesões vulvares, laceração perineal, ISTs e úlceras vulvares: (HPV, Herpes, gonorréia, sífilis primária, linfogranuloma
venéreo, cancro mole, câncer de vulva).
○ Conceito de distopia genital e tipos. Fatores de risco.
○ Noções de anatomia do assoalho pélvico.
GENERALIDADES
● Posição ginecológica
○ Decúbito dorsal
○ Paciente apoia a fossa poplítea em apoios
da cadeira
○ Coxas e joelhos fletidos e afastados
○ Paciente desnuda apenas na parte da
genitália - nunca que a paciente deve ficar
totalmente despida
● Uso de luvas de procedimento para casos gerais e
cirúrgicas para gestantes
Posição ginecológica ou litotômica
Mesa de exame (paciente em posição de litotomia), banco giratório
e foco de luz
INSPEÇÃO ESTÁTICA
● Afastar os grandes lábios com as duas mãos ou
com o polegar e o indicador da mão não dominante
● Observar vulva, grandes lábios, pequenos lábios,
clítoris, frênulo, vestíbulo da vagina, glândulas
vestibulares, orifícios, meato uretral, hímen ou suas
carúnculas, fúrcula e região perineal, distribuição
pilosa, lesões
INSPEÇÃO DINÂMICA
Realiza se a paciente referir queixa de perda urinária ou
prolapso genital
Para auxiliar, o examinador pode afastar os grandes lábios
Manobra de Valsalva
● Usada para evidenciar distopias ou prolapsos
PALPAÇÃO
Palpar glândulas vestibulares e períneo para avaliar a
integridade.
Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. Veiga
ALTERAÇÕES
Prurido - vulvite fúngica (candidíase)
● Prurido
● Leucorreia com características de leite talhado,
sem odor
● Hiperemia
● O patógeno já está presente na microbiota vaginal
● Não é IST (só trata o parceiro se ele tiver
balanopostite)
● Trata com clotrimazol ou nistatina (cremes vaginais)
ou com o antifúngico oral (fluconazol dose única)
● Pode associar os dois (vaginal/tópica e oral)
Herpes genital (herpes vírus simples)
● Vesículas (verrugas juntas)
● É IST - trata o parceiro
○ Pode ter contaminação cruzada (oral -
vaginal)
● Prurido e ardência
● Inicia com uma mancha vermelha perineal e evolui
para as vesículas, quando são identificáveis
● Pode ulcerar
● Tratamento com aciclovir (antiviral) topicamente ou
oral
Sífilis primária - cancro duro
● Não há prurido nem dor
● Lesão normalmente única, indolor, sem secreção,
sem prurido, base endurecida e bordos planos
● Treponema pallidum
● IST
● Grave devido a capacidade de causar sequelas,
como a Tabes Dorsalis
● Tratamento é com benzetacil/penicilina
Cancro mole - Haemophilus ducreyi
● Lesões opostas às sifilíticas
● Dolorosa, irregulares, bordos elevados, fundo mole,
sangrantes e com secreção
● Geralmente múltiplas
● IST
● Tratamento com azitromicina v.o.
○ Se for mais grave pode usar i.v.
Linfogranuloma venéreo - Chlamydia trachomatis
● O achado específico que ela provoca é na cérvice -
causando cervicite
○ Bactéria infecta as células colunares da
cérvice, saindo secreção amarelada, com
odor e espessa
● Bactéria migra pela circulação linfática e vai para os
linfonodos inguinais
○ Primeiro aumentam de tamanho
○ Fistulizam ou ulceram
● Fica sequela, podendo se apresentar com edema
dos membros inferiores, dor crônica
● Tratamento com azitromicina
Lesão da genitália ou cervicite → linfonodomegalia inguinal
→ ulceração e fistulização
Condiloma - HPV
● IST
● É um sorotipo diferente do HPV cancerígeno
○ 1, 2, 3 e 4 causam verrugas comuns na
pele
○ 6 e 11 estão mais relacionados às
verrugas genitais, com baixo risco de
progressão para câncer.
○ 16 e 18 são os mais associados a lesões
anogenitais com transformação maligna
● É mais pela questão estética
● Remoção mecânica ou química
● Ácido salicílico, nitrogênio líquido
Câncer de vulva
● Geralmente idosa, tabagista
● Leucoplasia - vulva esbranquiçada e com a pele
mais fina
○ Prurido
● A neoplasia maligna mais frequente é o carcinoma
escamoso, que tem aspecto polimorfo, podendo ser
circunscrito ou difuso.
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Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. Veiga
● Na fase avançada da doença, o prurido é o sintoma
principal, acompanhado de dor e de sangramento.
Melanoma vulvar
● Tumor agressivo
● Remoção cirúrgica imediata
Bartholinite
● Inflamação das glândulas de bartholin
● Obstrução dos ductos de drenagem, acúmulo de
secreção
● Dor
● Antibioticoterapia ou drenagem
○ Pode ter remoção da glândula
Laceração perineal
● Principal causa: parto sem assistência adequada
● Graus:
○ Grau I: pele e subcutâneo
○ Grau II: musculatura perineal
○ Grau III: músculo retal; esfíncter anal
○ Grau IV: mucosa anal (comunicação)
● Perineoplastia - reconstrução do períneo
● Episiotomia (tipo de laceração) - lesão perineal
feita pelo obstetra, mas hoje não é mais feita
○ Há várias formas de proteção do períneo
○ Pode acontecer episiorrafia - paciente terá
dispareunia
● Pode ocorrer por violência sexual
DISTOPIA GENITAL
● Órgão pélvico não está no lugar onde deveria estar
● Fraqueza dos ligamentos ou de músculos da pelve
● Diafragma pélvico e urogenital
● Ligamentos cardinal, uterossacro,
pubovesicouterino
● Fatores de risco:
○ tabagismo, multiparidade
○ atividade física com muito impacto
○ trauma pélvico, cirurgias pélvicas,
radiação
○ aumento da pressão intra abdominal
○ constipação
Anamnese
● Assintomáticas
● Peso ou desconforto na vagina
● Queixas urinárias (perda urinária aos esforços);
dor hipogástrica
● Disfunção sexual - dispareunia
● Lesão ulcerada do colo (prolapso uterino)
● Descida: parede anterior; parede posterior e ápice
● Aumenta frequência com a idade e a menopausa
● Parede anterior é mais comum
● Desequilíbrio das forças de sustentação
Manobra de Valsalva
● Usada para evidenciar distopias ou prolapso uterino
Tipos
● Cistocele
○ A bexiga desloca a parede da vagina
○ É a forma mais comum
● Retocele
○ É a parede posterior subindo (parede do
reto indo de encontro com a vagina)
● Uterocele
○ Prolapso uterino
○ O útero pode descer também
■ Suspensão de útero (uteropecsia
- cirurgia)
Cistocele Retocele
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