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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB CAMPUS VIII – CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO CORPO HUMANO II Professora:Aldelany Ramalho Freire (aldelanyramalho@hotmail.com) Monitora: Thaís Santos de Souza MATERIAL DE APOIO PRÁTICA: MUCOSA ORAL E ESPECIALIZADA E GLÂNDULAS SALIVARES PARTE I: MUCOSA ORAL E ESPECIALIZADA A mucosa oral é a estrutura que reveste a cavidade oral, é uma cavidade úmida constantemente banhada pela saliva. A mucosa reveste as diversas regiões da cavidade oral e é constituída por dois elementos: epitélio e lâmina própria de tecido conjuntivo, entre eles existe uma lâmina basal. Em algumas regiões da boca, existe uma submucosa, localizada logo abaixo da lâmina própria, e nela predominam glândulas e tecido adiposo. Tipos de mucosa: Mucosa de revestimento: caracterizada por uma superfície de textura macia e úmida com capacidade de ser esticada e comprimida. Revestem a bochecha, lábios, ventre da língua, palato mole e o assoalho da boca.É constituída por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. Mucosa mastigatória: possui uma superfície resiliente semelhante a borracha. Reveste o palato duro, gengiva inserida e dorso da língua.É constituída por epitélio estratificado pavimentoso ortoqueratinizado ou por epitélio pavimentoso paraqueratinizado. Mucosa especializada: é encontrada no dorso da língua, na forma de papilas linguais, constituídas por epitélio queratinizado e por lâmina própria. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiS9OPZy8LLAhVGfpAKHTikAe4QjRwIBw&url=http://www.uepb.edu.br/conselho-universitario-aprova-novo-logotipo-da-universidade-estadual-da-paraiba-por-unanimidade/&psig=AFQjCNHR4WMilLK_9ivYr2dqxFwy9lSwhQ&ust=1458127856429253 Funções da mucosa oral: - Proteção: separa e protege os tecidos mais profundos e órgãos orais do meio ambiente da cavidade, age como barreira contra a invasão de microrganismos; - Sensação: função sensitiva, fornece informações sobre o que ocorre dentro da cavidade oral, pois os lábios e a língua possuem receptores que respondem a temperatura, ao toque, a dor e a sensação gustativa (botões gustativos); - Secreção: secreção de glândulas salivares – manutenção da mucosa úmida; 1. MUCOSA DE REVESTIMENTO I. Lábio (Mucosa oral) Epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado Estrato Basal: local de mitose – uma célula migra para a luz e a outra fica nesta camada; Estrato espinhoso: células poliédricas, rica em desmossomos e com pequenos grânulos; Estrato intermédio: células pouco achatadas com poucas organelas e grânulos basófilos; Estrato superficial: células achatadas, com núcleo achatado e sem ceratoceratina. - Papilar: mais superficial, subjacente ao epitélio, constituída por tecido conjuntivo frouxo, apresentam papilas características que se interdigitam com as saliências da superfície basal do epitélio; - Reticular: mais profunda, tecido conjuntivo denso com fibras colágenas geralmente paralelas à superfície do epitélio e dispostas em forma de rede; - Submucosa: tem na região anterior numerosas glândulas salivares mucosas, enquanto a região posterior é menos espessa, apresentando alguns nódulos linfáticos. Fibras musculares estriadas são frequentemente encontradas nesta região. 2. MUCOSA MASTIGATÓRIA I. Gengiva inserida Epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado Estrato basal:camada germinativa – local de mitose; Estrato espinhoso:células poliédricas ricas em desmossomos e com pequenos grânulos; Estrato granuloso:células maiores com muito grânulos basófilos (filagrina), acidófilos (lipídeos) e tonofilamentos de citoqueratina; Estrato córneo: Células achatadas, com núcleo picnótico e organelas, com grânulos basófilos e acidófilos de citoqueratina. Núcleos picnóticos Estrato basal Estrato espinhoso Estrato granuloso Estrato córneo II. Palato duro Epitélio estratificado pavimentoso ortoqueratinizado Epitélio estratificado pavimentoso ortoqueratinizado - Completamente queratinizado Estrato basal:camada germinativa – local de mitose; Estrato espinhoso:células poliédricas ricas em desmossomos e com pequenos grânulos; Estrato granuloso: células maiores com muito grânulos basófilos (filagrina), acidófilos (lipídeos) e tonofilamentos de citoqueratina; Estrato córneo: Células achatadas, sem núcleo e sem organelas, repletas de tonofilamentos acidófilos de citoqueratina. 3. MUCOSA ESPECIALIZADA I. Papilas filiformes Localização:são as papilas mais abundantes e estão localizadas em todo o dorso da língua, com superfície rosa e aveludada. Tipo de epitélio: epitélio ortoqueratinizado e com numerosos melanócitos e células de Langerhans; Botões gustativos: Não possuem botões gustativos; Função: possuem papel mecânico durante a mastigação, além de possuírem uma delicada sensibilidade tátil, devido à presença de fibras nervosas mielínicas. II. Papilas fungiformes Localização: esparsas entre as filiformes, são visíveis macroscopicamente como pequenas estruturas arredondadas de cor vermelha; Tipo de epitélio: epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado; Botões gustativos: Possuem botões gustativos na porção superior. Elas apresentam ramos terminais do nervo corda do tímpano, que inervam os botões. III. Papilas valadas Também são chamadas de circunvaladas. Localização:Presentes em número de 8 ou 10, na porção posterior do dorso da língua, no “V” lingual. – A principal característica é que elas são rodeadas por um sulco circular ou vallum, por isso dessa denominação. Tipo de epitélio:O epitélio do lado superior é ortoqueratinizado e não possui botões gustativos; Botões gustativos:São numerosos e estão nas superfícies laterais do epitélio; - No fundo de sulco, abrem-se ductos excretores de glândulas salivares menores, chamadas de von Ebner. PARTE II: GLÂNDULAS SALIVARES I. Parótida Unidades secretoras acinosas: células serosas com secreção rica em enzimas; As unidades secretoras terminais são do tipo ácino, constituídas por células serosas; Ductos intercalares: são alongados e ramificados, por isso são observados em grande quantidade; Ductos estriados: são muito desenvolvidos nessa glândula; O estroma apresenta acúmulos de tecido adiposo no seu interior; Elas apresentam um ou mais linfonodos do seu estroma (foram incorporados durante o desenvolvimento) – Esses linfonodos em alguns casos, são atravessados por ductos glandulares; Suprimento sanguíneo: artéria carótida externa; Retorno venoso: jugular externa; Inervação: nervo auricolotemporal e plexo simpático da carótida externa. Cápsula (Tec. Conjuntivo frouxo) Ácinos serosos (células serosas) Ducto estriado (Ep. Simples cilíndrico) Túbulos mucosos (células mucosas) II. Submandibular Localizada na região submandibular próxima ao ângulo; O ducto excretor (Wharton) abre-se ao lado do freio lingual, nas carúnculas sublinguais; É uma glândula mista – unidades secretoras terminais: mistas, porém a maioria é do tipo ácino (75-80%), constituída por células serosas. A outra parte (20-25%), é formada por células tubulares mucosas; Ductos intercalares: são mais curtos e menos numerosos; Ductos estriados: são mais longos e ramificados; Suprimento sanguíneo: ramos da artéria lingual; Retorno venoso: seguem o mesmo trajeto arterial; Inervação: gânglio submandibular. Ductos excretores (Ep. Estratificado cilíndrico) III. Sublingual Diferemdas outras por não serem cada uma delas uma única glândula; São um conjunto de glândulas muito próximas ligadas por um estroma comum, envolvidas por uma cápsula e localizadas na mucosa do assoalho da boca, sobre o músculo milo-hioide; São vários ductos excretores terminais, porém em algumas situações é apenas um, chamado de Ducto de Bartholin; São predominantemente mucosas. Na sua totalidade, são tubulares mucosas com semiluas serosas, sendo raros os ácinos serosos puros; Ductos intercalares e estriados são muito curtos nessas glândulas; Suprimento sanguíneo: artéria sublingual e submentual; Retorno venoso: segue um trajeto similar ao arterial; Inervação: ramos do nervo lingual, da corda do tímpano e do simpático. Semiluas serosas Predomínio de células mucosas
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