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Júlia Assis Silva - Turma IV alfa CÂNCER DE MAMA Interação Comunitária CARACTERÍSTICA ● É o 2 mais prevalente na população feminina, o 3 é de cólon e reto e o 4 de colo de útero. 66.280 casos por ano entre 2020 e 2022. 19 mil óbitos por ano. ● Nas glândulas e ductos. ● AUTOEXAME DAS MAMAS ● Não é recomendado, pois dá a sensação de não ser necessário a mamografia caso não ache nenhum nódulo. ● Além disso, muitas mulheres sentiam nódulos e se preocupavam excessivamente, sendo que poderia ser várias outras coisas. FATORES DE RISCO Riscos ambientais/Comportamentais 1 ● São fatores modificáveis. ● Tabagismo. ● Alcoolismo. ● Sedentarismo. ● Radiação ionizante: trabalhadores da radiologia. ● Obesidade: aumento de tecido adiposo pode facilitar a multiplicação celular. História familiar ● São riscos imutáveis. ● Histórico familiar de câncer de mama na família, principalmente em mulheres com menos de 50 anos. ● Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral (que duplica o risco) ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária. ● É um alto fator de risco ter homens com câncer de mama na família, pois a presença desse câncer em homens é rara. ● Presença de marcadores que indicam mais chance de ter câncer de mama→ BRCA1 e BRCA2. ● Presença de câncer de ovário na família. ● Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa. ● Menarca precoce e climatério tardio. ● Em casos de climatério + câncer de pele não é recomendado uso de terapia de reposição hormonal. Riscos hormonais ● Presença de fatores modificáveis e não modificáveis. ● Menarca precoce, menor que 12 anos e climatério tardio. ● Fatores relacionados a agrotóxicos. ● Exposição a telas. ● Menopausa/climatério com menos de 50 anos. ● Terapia de reposição hormonal (TRH)→ alto risco se usado por 5 anos ou mais. ○ Pessoas com câncer de pele não podem utilizar TRH. ● Anticoncepcionais orais. ● Pílula do dia seguinte em excesso e anticoncepcional injetável sem prescrição. ● Síndrome do ovário policístico. ● Nuliparidade:mulher que nunca teve filhos. 2 ● Mulheres que nunca amamentaram. ● Mulheres que tiveram filhos com mais de 30 anos. SINAIS E SINTOMAS ● Presença de nódulos palpáveis, duros, fixos e indolores. ● Pele da mama avermelhada que pode mudar de textura para uma semelhante a casca de laranja. ● Aumento de sensibilidade causando dor. ● Alterações mamilares, lesões, machucados e secreção. ○ Secreção: se for bilateral é mais provável que seja um problema hormonal, se for unilateral é problema local, incluindo um nódulo. ● Alterações indicativas de nódulos benignos: cisto mamário, processos inflamatórios e fibroadenoma. Avaliação do nódulos ● A mama é dividida em 4 quadrantes: quadrante inferior interno, quadrante inferior externo, quadrante superior interno, quadrante superior externo. ● Tenho que descrever a localização do acho e suas características: é fixo, tamanho (usando os dedos), tem dor, consistência. ● Se a pessoa tiver mais de 50 anos deve-se investigar imediatamente. ● Se for em mulheres jovens sem fatores de risco pode-se esperar o ciclo menstrual passar e avaliar de novo para ter certeza que os nódulos não são por questões hormonais. Lesões precursoras ● Existem problemas mais comuns que tendem a gerar câncer de mama futuramente. ● Hiperplasia ductal atípica: aumento da produção de células aumentando a espessura do ducto, até causar sua obstrução. 3 ● ● Carcinoma ductal in situ:massa que cresce no interior do ducto, podendo gerar também sua obstrução. É a principal lesão precursora. ● ● Acompanhamento semestral até a sua eliminação para evitar que essa lesão evolua como câncer. DIAGNÓSTICO ● Ultrassom para casos de nódulos em mulheres com menos de 50 anos sem fatores de risco, mas não é recomendado para rastreamento assim como a biópsia. ● A punção mamária pode determinar o tipo celular presente no nódulo. ● Biópsia: colher amostra de fluido e tecido de um nódulo a ser estudado. ● A mamografia e o exame clínico identificam alterações suspeitas mas a confirmação de câncer de mama é feita através do exame histopatológico, que analisa uma pequena pequena parte retirada da lesão (biópsia). ● Toda avaliação diagnóstica da mama, após identificação de sinais e sintomas na 4 atenção primária, será feita em ummesmo centro de referência. Detecção precoce ● Sintomáticas: diagnosticar precocemente. Alterações nas mamas, em especial nódulos palpáveis. ● Assintomáticas: rastreamento. Em especial na faixa de 50 a 69 anos, consultas anuais ou bianuais. ● A maior parte dos diagnósticos são realizados na atenção básica. Consulta com generalista, investigação de lesões palpáveis e rastreamento (mulheres assintomáticas de 50 a 69 anos). ● Caso detectar alterações, encaminhar para média complexidade. ● Média complexidade: consulta especializada (mastologista), diagnóstico. Solicitar com urgência a consulta com o mastologista caso haja detecção de alterações. ○ O clínico solicita os exames, mas quem faz o diagnóstico é o mastologista. ● Alta complexidade: tratamento oncológico;reabilitação, cuidados paliativos e cuidado domiciliar. ● Mamografia ● Exame radiográfico importante para rastreio de câncer não palpável. 5 ● Não é bom para mulheres com menos de 50 anos devido a densidade da mama, sendo mais indicado um ultrassom. Salvo casos de risco alto. ● Emmulheres mais velhas, devido às alterações hormonais do climatério, há mais tecido adiposo nas mamas, que são menos densas. ● Mulheres de 50-69 anos: em casos de falta de sintomas e baixos fatores de risco é feito anualmente, com intervalo máximo de 2 anos entre os exames. ● Mulheres com 35 anos com altos fatores de risco: exame clínico das mamas e mamografia anual. ● A mamografia diagnóstica é realizada para avaliar uma alteração suspeita na mama e pode ser feita em qualquer idade. ● Como utiliza radiação ionizante (que é fator de risco para o câncer de mama), não deve ser feita em mulheres muito jovens e nem de forma indiscriminada. ● Todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos. EXAME CLÍNICO DAS MAMAS ● O exame clínico das mamas deve ser realizado em todas as mulheres a partir dos 40 anos, anualmente. Em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária. Pode detectar tumor de até 1 cm. ● É parte do exame físico e ginecológico. ● Utilizar luvas para evitar contaminação com possíveis secreções. ● Anamnese: perguntar sobre contracepção de emergência, história familiar de presença de câncer de mama em mulheres e homens e câncer de ovário. Inspeção Estátic� ● Simetria entre as mamas, contorno e formato. ○ Se houver dismetria perguntar se sempre foi assim ou é mais recente, perguntar se amamenta pois o bebe pode pegar só em uma das mamas. ● Contorno mamário. ● Se existe abaulamento ou retração. ● Alterações de pele: hiperemia, edema ou ulceração. Textura da pele. ● Forma e tamanho das aréolas. ● Simetria dos mamilos: pode haver desvio da direção, descamação, erosão. ● Descrever se os mamilos são salientes, achatados ou invertidos. ● Presença de secreção mamilar, como crostas em torno do mamilo. 6 Dinâmic� ● Solicitar que a mulher faça alguns movimentos que tensionam os músculos peitorais para verificar possíveis depressões ou deformação do contorno mamário, além de retração do mamilo. ● Colocar a mão na cintura, pois o tórax fica abaulado e melhora a percepção. ● Elevar os braços, mãos ao lado do corpo. ● Encostar nos seus ombros e se curvar para a mama ficar no formato pendular e observar se na parte superior aparece algum achado. Palpação ● Decúbito dorsal, sem travesseiro e com as mãos atrás da nuca. Fazer movimentos circulares pressionando as mamas em cada quadrante. ● Linfonodos: cervicais, supraclaviculares, infra-claviculares e axilares. Paciente sentada. ● Axila: os músculos peitorais devem estar relaxados pois se não podem obscurecer linfonodos aumentados de volume. ○Depois com a paciente sentada e apoiando a mão no antebraço do profissional facilita a identificação de adenopatias axilares. ○ Anotar o número de linfonodos palpáveis, tamanho, consistência e mobilidade. ● Expressão mamilar: abrir a região do mamilo e apertar um pouco abaixo da aréola para sentir a glândula mamilar para verificar presença de secreção. ○ Caso haja fluxo, observar se é uni ou bilateral. Verificar cor usando uma gaze, se é sanguinolento ou cristalino. ○ Também com a paciente sentada. ○ Se houver secreção encaminhar ao laboratório para realizar citologia de mama. ● Palpar as fossas supraclaviculares. ● Identificar a localização de possíveis nódulos e suas características. ● Nódulos cancerígenos tendem a ser fixos, duros e indolores. TRATAMENTOS Cirurgia ● Lumpectomia: retira apenas o nódulo, em casos de nódulos benignos 7 ● Quadrantectomia: retirada do quadrante afetado, em casos de nódulos pequenos. ● Mastectomia: pode ser total (com esvaziamento axilar da rede ganglionar, para evitar metástase) ou parcial. Radioterapia ● Após cirurgia ou quimioterapia. ● Tratamento sistêmico→ quimioterapia, hormonioterapia. ● Reabilitação CARCINOMA ● Ductal invasivo ● O Carcinoma lobular invasivo é o mais difícil de descobrir. ● Mulher acima de 50 anos com qualquer massa palpável devemos investigar, em mulheres mais jovens espera-se 1 mês (ciclo menstrual) para investigar. ● É mais comum no quadrante superior lateral, porque é perto da região axilar, maior contato com a rede de linfonodos propiciando o desenvolvimento, além da maior quantidade de glândulas e menor tecido adiposo. ○ Na parte mais baixa da mama tem muito tecido adiposo. ● Afetam na escolha do tratamento e na forma de realizá-lo. Ações e programas ● 49 a 69 anos, ou em casos de alto risco a partir dos 35 anos. ● Mulheres jovens com suspeitas são encaminhadas para ultrassom pois a mamografia pode gerar diagnósticos falsos positivos. ● 2015 diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama ● Porque faz mamografia e não ultrassom?mamografia é mais precisa e de custo mais barato. Pilares do tratamento ● Mulheres mobilizadas e informadas, elas tem que saber da necessidade de fazer o exame clínico das mamas. ● Profissionais capacitados e atuantes para o diagnóstico. ○ Realizar o exame clínico das mamas. ● Rede assistencial preparada para identificar e tratar as lesões identificadas. Referenciar para atenção especializado 8 ● Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos. ● Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual. ● Nódulo mamária de consistência endurecida e fixa ou que vem aumentando em tamanho em mulheres adultas de qualquer idade. ● Descarga papilar sanguinolenta unilateral. ● Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos. ● Linfadenopatia axilar. ● Aumento progressivo da mama com a presença de sinais de edema, como pele em aspecto de casca de laranja. ● Retração na pele da mama. ● Mudança no formato do mamilo. ● Imagens radiográficas ● Transparência ● Hipotransparência: deixa de ser transparente ● tudo que for ar, não tiver nada preenchendo é preto e tudo que não for ar vai ficar hipotransparente, em tons brancos e acinzentados. ● Nódulos benignos: redondos, forma limitada. ● Câncer: não tem uma forma feita certinha, está se espalhando para os ductos 9 BI-RADS Categoria 0 ● Inconclusivo→ avaliação adicional por imagem ou comparação com exames anteriores. ● Imagens adicionais são necessárias ou quando é necessária a comparação a exames prévios. Comparar com outros exames para verificar a estrutura normal. Categoria 1 ● Significa mamografia negativa, sem achados. Rotina de rastreamento. ● Não são necessários comentários adicionais. ● As mamas são simétricas, sem massas, distorções ou calcificações suspeitas. Categoria 2 ● Significa mamografia negativa, com achados de nódulos benignos. ● Em relação ao risco de câncer é igual ao de categoria 1, mas o radiologista opta por descrever achados benignos. ● Risco de câncer baixo. Categoria 3 ● Resultado “provavelmente benigno”. ● As lesões que fazem parte dessa categoria mamográfica devem ter no máximo 2% de risco de malignidade. ● Acompanhar, comparar com exame anterior (se já tinha esse nódulo, qual era seu tamanho). ● Dependendo da pessoa (se tiver mais de 50 anos ou risco)→ continuar avaliação, punção, biópsia. Categoria 4 ● Achados suspeitos de malignidade, com 20% de chance de ser câncer. ● Lesão suspeita→ avaliação histológica ou citológica (biópsia). ● 4A: lesões que necessitam de intervenção mas cujo grau de suspeição é baixo. ○ Riscos baixo ● 4B: lesões de grau intermediário de suspeição. As lesões necessitam de correlação histopatológica (biópsia). 10 ● 4C: achados de grau moderado. Massas irregulares e mal-definidas, mais de 50% de probabilidade de ter câncer→ Precisa ir ao centro de referência. Categoria 5 ● Lesões cujo resultado anátomo-patológico, salvo exceções, é o de carcinoma. Achados altamente sugestivos de malignidade, com mais de 75% de chance. ● Mais de 95% das lesões representam câncer de mama, e os achados radiológicos são os característicos das descrição clássica do câncer de mama. ● Precisa de biópsia rapidamente. Centro de referência. ● Mulher que precisa ter atendimento na mesma unidade de saúde Categoria 6 ● Achados mamográficos já biopsiados, cujo diagnóstico anátomo-patológico é de câncer de mama, antes da terapia definida. 11
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