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Saúde da Mulher - Câncer de mama

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Cânce� d� mam�
1.1 Glândul� Mamári�
A mama feminina é constituída por um
corpo glandular que repousa sobre a parede do
tórax. O corpo é envolto pela fáscia muscular e
recoberto por pele até a região da axila.
No região central a pele se divide para a
formação da aréola daí que a pupila emerge
e constrói o complexo areolopapilar.
O corpo glandular é formado por dois
sistemas:
● Sistema ductal: formados por
ductos que iniciam na papila e possuem
diversas ramificações;
● Sistema lobular: compostos por
lóbulos que estão nas ramificações dos ductos.
São os lóbulos que são responsáveis
pela formação do leite, que será transportado
pelos ductos;
Esses sistemas são sustentados por
tecido conjuntivo e gordura, por onde passam
nervos, vasos sanguíneos e linfático.
Os vasos linfáticos da mama drenam a
linfa principalmente para os linfonodos das
cadeias axilar e mamária interna;
O assoalho muscular é composto
principalmente pelo músculos peitoral maior,
peitoral menor e serrátil anterior que os
separam da gradil costal.
Legenda: Fonte: (MAMA, 2012).
1. Parede Torácica
2. Músculo Peitoral Maior
3. Lóbulos
4. Papila (ou mamilo)
5. Aréola
6. Ductos
7. Tecido gorduroso
8. Pele
9. Músculo Peitoral Menor
Geralmente, as mamas não são do
mesmo tamanho, havendo uma discreta
assimetria entre elas. A forma da mama pode
variar em função da idade, lactação, gestação,
obesidade e período menstrual.
Topograficamente, as mamas são
divididas em quadrantes superiores (lateral e
medial), inferiores (lateral e medial) e região
central. A divisão em quadrantes é importante
para a localização e correlação dos achados de
exame clínico e de imagem.
.
Ps: a maioria dos tumores malignos se
encontram no quadrante superior lateral E.
- Anomalias do desenvolvimento:
- processos inflamatórios (ex. mastite)
- displasia (alteração no crescimento
celular que ainda não é considerado câncer)
alteração histologia benigna;
- fibroadenoma processo de fibrose
-mamas extranumerárias
- neoplasias pode ser benigna ou
maligna
O Tumor B. cresce lentamente e não
espalha para outras partes do corpo.
O Tumor M. cresce rapidamente e se
espalha (metástase)
2.1 Porqu� u� olha� tã�
impo�tant� a� C� d� Mam�?
↑ incidência – até mesmo na pop.
Jovem
-deficiência de promoção primária
- estima da doença medo da morte
-tratamento longos e agressivos e
↓efetivos
- consequências físicas traz
limitações
- alterações emocionais, psicossociais
impactos na autoimagem e autoestima,
isolamento social
- perdas econômicas emprego,
estudo (também afetam a sociedade)
2.2 Fatore� d� risc�
Eles estão ligados à idade, aos fatores
genéticos e aos endócrinos.
Idade= pelo tempo de exposição ao
estrogênio (esse hormônio influencia a
produção de células da mama e do estroma
mamário ⇒ nesse meio tempo pode haver
descontrole genéticos e dos mecanismos
oncogênicos de proteção e levar a um
crescimento descontrolado de células).
Nos homens o CA de mama é mais
raro e está associado a alteração nos níveis de
estrogênio (estão elevados!!!);
O tabagismo não é tanto um FR mas
está associado a um estilo de vida inadequado.
E se mulheres com CA de mama, infelizmente,
com metástase pulmonar tem grande risco de
complicações.
Os fatores endócrinos estão
relacionados principalmente ao estímulo
estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com
aumento do risco quanto maior for o tempo de
exposição. (menacme). Menarca antes dos 12
e menopausa tardia depois dos 50 anos; TRH 5
anos pós menopausa.
Predisposição genética = 10/15% dos
casos. Mutações genéticas relacionadas a uma
história familiar (BCR 1, BCR2).
3.1 Impo�tânci� d� prevençã�
� d� control�/diagn�stic� precoc�:
● 3.2 Promoção de saúde: ações
principalmente da ABS
Po� qu� fala� e� promoçã�?
- é o CA que mais mata no BR é o
mais frequente em todas as regiões;
- atinge mulheres cada vez mais jovens
;
- ↑custos de internação e utilização de
medicação muito cara causam maior custo
aos cofres públicos
-comprometimento psicossocial;
-os casos são diagnosticados mais
tardiamente devido a ABS não ser fortalecida
no rastreamento e a pop.não procurar os
serviços de saúde;
Aqui destaca-se em particular a
importância de ações intersetoriais que
promovam acesso à informação e ampliem
oportunidades para controle do peso corporal e
a prática regular de atividade física.
- Atuar sobre os determinantes sociais
do processo saúde-doença Controlar os FR;
É possível prevenir 28% dos casos de
câncer de mama por meio da alimentação,
nutrição, atividade física e gordura corporal
adequada (INCA, 2011b).
A terapia hormonal, no período da
menopausa, deve ter o seus risco-benefício
avaliada, visto que, a sobrecarga hormonal
pode levar a incidência do CA.
-Qualidade de vida
-Melhoria da saúde da pop e controle
das doenças e agravos
-Ampliar o acesso à informação
A ABS, principalmente, e os serviços de
saúde devem promover informações claras,
consistentes e culturalmente apropriadas;
- Redução das barreiras de acesso aos
serviços de saúde para detecção precoce;
● 3.3 Prevenção de risco:
Prevenção primária: aqui é proposto o
controle dos fatores de risco modificáveis que a
paciente pode apresentar. O controle contribui
para a redução da incidência do CA.
Ex: perda de peso ou manutenção do
peso (principalmente a obesidade pós
menopausa); estímulo a prática regular de
atividade física (↓sedentarismo); redução do
consumo de álcool e tabagismo; analisar
custo/risco-benefício da Terapia de Reposição
Hormonal (TRH) na menopausa.
Prevenção secundária: aqui inicia-se o
rastreamento (testes simples em pessoas
sadias) de casos novos e de mulheres
enquadradas em grupos de risco; Há também a
ordenação dos casos positivos.
Visar a detecção precoce e o
encaminhamento a um serviço especializado
(fazer contato com outros pontos da Rede de
Atenção em Saúde).
Apoiar integralmente a paciente e a
família. Estar atento às queixas prestadas e
realizar a investigação necessária.
Mastectomia profilática podem
acontecer em mulheres de alto risco porém não
há evidências de ↓ mortalidade e incidência do
CA.
Quimioprofilaxia com Tamoxifeno +
Raloxifeno ⇒ o INCA recomenda contra o uso
da quimioprofilaxia do câncer de mama em
mulheres assintomáticas com risco baixo ou
intermediário.
Prevenção terciária: auxilia na
reabilitação e na reinserção dessa mulher na
sociedade.
Manter o acompanhamento clínico e o
controle da doença.
Orientar quanto aos direitos dos
portadores de câncer.
Prevenção quaternária: proteger a
paciente a qualquer exposição danosa ⇒ não
solicitar mamografia de rastreio na pop. ↓50
anos e ↑70 anos.
● 3.4 Detecção precoce: as lesões ↓2
cm de diâmetro quando descobertas
previamente apresentam um prognóstico
favorável
3.4.1. O diagnóstico precoce do CA
contribui para a redução do estágio de
apresentação do CA (down-staging)⇒ reflete a
taxa de cresc., extensão da doença, tipo de
tumor e hospedeiro.
- Por isso, é importante para educação
da mulher e dos profissionais da saúde sobre o
reconhecimento dos sinais clínicos.
Orientar a paciente das principais
manifestações clínicas que acendem um sinal
de alerta para procurar o sistema de saúde
(Box Manifestações clínicas).
↑ É CONHECIDO COMO A POLÍTICA
DE ALERTA DAS MAMAS! ↑
Ele é especialmente importante nos
contextos de apresentação do CA em fases
mais avançadas.
3.4.2 Implantação de um rastreamento
efetivo que previna com antecedência as
situações de CA
O exame de mamografia é a estratégia
de saúde pública que tem sido adotada em
contextos onde a incidência e a mortalidade por
câncer de mama são elevadas.
Os países que adotaram essa medida
conseguiram, de forma eficiente, reduzir a
mortalidade por essa neoplasia.
A mamografia é o único exame utilizado
para rastreamento, com capacidade de
detectar lesões não
palpáveis e causar
impacto na mortalidade
por câncer de mama.
Por isso, é recomendado no rastreio no BR.
Apesar da insuficiência de evidências, a
ressonância magnética tem sido utilizada em
conjunto com a mamografia como modalidade
de rastreamento em pacientes dealto risco
(mutação dos genes BCR 1/2, histórico familiar,
).
A ultrassonografia pode também
detectar lesões não palpáveis.
“A relação risco-benefício do
rastreamento populacional, em mulheres na
faixa etária de 40 a 49 anos, é pouco favorável
(USPSTF, 2009).”
Ao ofertar exames de mamografia à
população assintomática, o SUS entende que
os efeitos negativos incluem a indução do
câncer de mama por radiação; a taxa de
resultados falso-positivos que implicam nos
exames complementares e maior ansiedade
nas mulheres; etc.
A recomendação para as mulheres de
50 a 69 anos é a realização de mamografia a
cada dois anos e do exame clínico das mamas
anual;
Para as mulheres de 40 a 49 anos, a
recomendação brasileira é o exame clínico
anual e a mamografia diagnóstica em caso de
resultado alterado. O rastreamento, de rotina,
com a mamografia é contraindicado.
Mulheres com risco elevado, o
rastreamento deve começar aos 35 anos.
O benefício do rastreamento deve ser
sempre balanceado com os possíveis riscos e
malefícios. Os efeitos gerados numa população
assintomática podem ser:indução do câncer de
mama por radiação; a taxa de resultados
falso-positivos que implicam nos exames
complementares e maior ansiedade nas
mulheres; e o sobrediagnóstico (overdiagnosis)
e sobre tratamento (overtreatment) de lesões
malignas.
O documento de Consenso do INCA
(2004) define o Exame Clínico das Mamas
(ECM) como ferramenta de rastreamento do
CA na rotina de assistência integral. ECM
parece ser uma alternativa importante para a
detecção substancial de casos de câncer de
mama
3.4.3 A participação da mulher: é
fundamental no processo de detecção precoce.
O autoexame era usado como método
de rastreamento do CA, e tinha todo uma
orientação e capacitação da mulher
previamente tendo o objetivo que a mulher
procurasse mensalmente por alterações.
No entanto, notou-se, ao final dos anos
90 que o autoexame não reduzia a mortalidade
do CA e estratégia do ensino do autoexame
aumentaria o número de biópsias com
resultados benignos.
O recomendado é que a mulher realize
a palpação sempre quando se sentir à vontade.
Que ela procure o serviço de saúde se houver
mudança nas mamas, em qualquer ciclo da
vida. Que sempre participe das açoes de
rastreamento e procure esclarecimento da
equipe de saúde quando houve dúvidas.
Os 5 sinais de alerta que devem
despertar preocupação maior na mulher e a
procura pelo sistema de saúde:
1) Nódulo ou espessamento que
pareçam diferentes do tecido das mamas.
2) Mudança no contorno das mamas
(retração, abaulamento).
3) Desconforto ou dor em uma única
mama que seja persistente.
4) Mudanças no mamilo (retração e
desvio).
5) Secreção espontânea pelo mamilo,
principalmente se for unilateral
Manifestaçõe� Clínica�:
Fatore� protetore�:
Históri� Natura�
Fase pré clínica: é o intervalo de tempo
entre o surgimento da primeira célula maligna e
desenvolvimento do tumor até a detecção e
diagnóstico clínico.
Fase clínica: inicia a partir do momento
do diagnóstico.
Os eventos iniciais do CA são incertos,
mas o que se sabe até aqui é:
-Passa por uma fase in situ (Carcinoma
in situ), na qual a membrana basal, antes
protegida, rompe-se e aí ele progride para a
fase invasora/infiltrativa (Carcinoma invasor ou
infiltrativo).
-Alguns outros estudiosos apontam a
possibilidade do carcinoma in situ ter um início
diferente.
O carcinoma invasor pode permanecer
por um tempo como doença local (limitada a
mama), no entanto pode atingir outras
proporções regional ou disseminação a
distância.
A disseminação ocorre principalmente
por via linfática e mais raramente por uma via
hematogênica pura (por meio de vasos
sanguíneos ⇒ permeação por capilares e
vênulas).
a) Além da rede linfática rica que existe
ao redor da mama, o CA leva a formação de
novos linfáticos peritumorais, com uma parede
muito permeável que permite a penetração de
células malignas no interior do vaso levando a
disseminação por outras regiões do corpo.
b) essas células são transportadas pela
linfa até atingir o primeiro vaso linfático, que é
chamado de Linfonodo Sentinela¹. Os êmbolos
tumorais podem alcançar outras cadeias
ganglionares (principalmente a cadeia axilar).
c) podem atravessar o sistema linfático
e alcançar a circulação sanguínea, levando
alvos mais distantes, aumentando a chance de
causar metástases.
¹Linfonodos Sentinelas: é o primeiro
linfonodo (gânglio linfático) a receber células
malignas oriundas de um tumor canceroso
primário através da circulação linfática.
Ele é a primeira barreira protetora
contra a metástase, e só depois deles que
outros linfonodos são atingidos.
A condição que esse linfonodo é
encontrado é indica, precisamente, como está
os outros linfonodos da região.
Porque mesmo assim acontece a
metástase? Mesmo com todo o trabalho
desenvolvido, algumas células neoplásicas
podem fugir da ação dos linfonodos, alcançar a
circulação linfática e sanguínea e alojar-se em
outros órgãos.
Os principais sítios de metástases do
câncer de mama são ossos, pulmões e
pleura, fígado, e com menor frequência
cérebro, ovário e pele.
Geralmente o CA cresce lentamente
(início) e eventualmente apresenta um
crescimento avançado e com maior
possibilidade de disseminação.
O comportamento heterogêneo está
totalmente relacionado a características
próprias do tumor (grau de diferenciação
histológica, presença de receptores)
determinam a sua velocidade de crescimento e
potencial de gerar metástases.
Esse comportamento pode ser
influenciado por outros fatores como a
exposição a estímulos hormonais (estrogênio!!
exposição ao hormônio, terapia de reposição,
etc), resposta imune e estado nutricional
(levam a obesidade que é um FR).
O cânce� d� mam�
Assim como outras neoplasias
malignas, o CA de mama surge em função de
alterações genéticas, de crescimento celular,
hereditárias ou adquiridas por exposição a
fatores fisiológicos ou ambientais
desencadeando uma proliferação incontrolável
de células anormais.
As alterações nos genes podem
provocar mudanças no crescimento celular ou
na morte celular programada, levando ao
surgimento do tumor.
O CA de mama é considerado um grupo
heterogêneo de doenças, com comportamentos
distintos. Essa forma heterogênea do câncer é
manifestada pelas diferentes apresentações
clínicas e morfológicas, variadas assinaturas
genéticas e variação nas respostas
terapêuticas.
A carcinogênese do CA de mama é
lenta e pode levar muito tempo que uma célula
se origine um tumor palpável. O processo
recebe três classificações distintas:
1) Iniciação: a fase em que os genes
sofrem ação de fatores cancerígenos;
2) Promoção: fase em que os agentes
oncopromotores atuam na célula já alterada;
3) Progressão: caracterizada pela
multiplicação descontrolada e irreversível da
célula.
Existe a classificação em estágios:
As lesões precursoras do carcinoma
mamário como a hiperplasia ductal atípica, a
neoplasia lobular e carcinoma ductal in situ
apresentam alterações genéticas comuns aos
carcinomas.
Porém, nem todas as lesões
proliferativas epiteliais são precursoras, como
as hiperplasias usuais.
Tip�� d� Cânce�:
- Carcinoma ductal: (70-80%)
- in situ
É uma proliferação epitelial neoplasia
intraductal que respeita a barreira da
membrana basal.
São classificados de baixo e alto grau,
considerando o volume nuclear, a distribuição
da cromatina e as características dos
nucléolos.
-invasor
O carcinoma ductal invasivo (ou
infiltrante) se inicia em um duto de
leite, rompe a parede desse duto e
cresce no tecido adiposo da mama. A partir daí,
pode se espalhar (metástase) para outras
partes do corpo através do sistema linfático e
da circulação sanguínea.
- Carcinoma lobular (10-15%)
São lesões não invasivas, localizadas
ou extensas, que comprometem a unidade
lobular e podem disseminar-se para os ductos.
São reconhecidas como lesões
precursoras, as neoplasias lobulares
constituem achados incidentais de biópsias da
mama, tendem à multicentricidade e à
bilateralidade.
-invasivo
Começa nas glândulas produtoras de leite
(lobos). Assimcomo o carcinoma ductal invasivo
pode se disseminar para outras partes do corpo.
Quando o lóbulo está cheio de
proliferação maligna, a membrana basal pode
romper-se e as células podem ir para os
ductos.
Carcinoma inflamatório (1%)
A Doença de Paget, um tumor raro que
representa 0,5% a 4% dos casos de CA de
mama.
Ele provoca prurido no complexo
areolopapilar e apresenta-se inicialmente como
um eritema e espessamento cutâneo,
evoluindo para uma erosão cutânea
eczematoide ou exsudativa.
ps: Noventa e sete por cento das
pacientes portadoras dessa patologia
apresentam um carcinoma subjacente.
Este tipo de câncer de mama começa
nos ductos mamários e se dissemina para a
pele do mamilo e para a aréola.
- Carcinoma invasivo da mama
Constitui um grupo de tumores epiteliais
malignos que transpassam a membrana basal
da unidade ducto lobular terminal, invade o
estroma e tem potencial para produzir
metástases. O carcinoma ductal infiltrante é o
tipo mais prevalente.
4.1 Investigaçã� Diagn�stic�
4.1.2 Exam� Clínic� da� Mama�
(ECM)
É um procedimento feito para analisar
os sinais e sintomas apresentados pela
paciente a fim de realizar um diagnóstico
diferencial entre condições benignas e
alterações relacionadas ao CA.
Essa também é uma oportunidade para
o profissional de saúde informar a população
feminina sobre o câncer da mama, sinais de
alerta, fatores de risco, detecção precoce e a
composição e variabilidade da mama normal.
Ele é complementar e feito anualmente,
programado junto às consultas de prevenção
ginecológicas. É um diagnóstico precoce e é
instrumento de rastreamento com busca ativa
em possíveis alterações e lesões.
Ele é dividido em 4 partes:
1) Inspeção dinâmica: tem o objetivo de
identificar visualmente sinais sugestivos de
câncer, como alterações no contorno da mama,
ulcerações cutâneas ou do complexo
areolopapilar.
A paciente estará sentada, com os dois
pés firmados no chão e braços levantados
acima da cabeça ou pendentes ao lado,
enquanto o profissional irá observar
assimetrias, diferenças na cor da pele, textura,
e padrão de circulação venosa.
2) Inspeção Dinâmica: examinador deve
solicitar que a mulher eleve e abaixe os braços
lentamente, e realize contração da musculatura
peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma
contra a outra adiante do tórax, ou
comprimindo o quadril com as mãos colocadas
uma de cada lado.
3) Palpação: toda as áreas do tecido
mamário e sistema linfático são analisados.
**SEMPRE DO PROXIMAL PARA O
DISTAL; PALPAÇÃO SUAVE E PROFUNDA!**
Palpação das cadeias ganglionares
axilares ⇒ paciente deverá estar sentada, o
braço homolateral relaxado e o antebraço
repousando sobre o antebraço homolateral do
examinador ⇒ contrai a musculatura e projeta
a mama.
Palpação das cadeias ganglionares
supraclaviculares ⇒ paciente sentada,
mantendo a cabeça semi fletida e com leve
inclinação lateral.
4) Palpação da mama: a paciente está
em decúbito dorsal (deitada) e com a mão
acima da cabeça.
Cada área de tecido deve ser
examinada aplicando-se três níveis de
pressão em sequência: leve, média e
profunda, correspondendo ao tecido
subcutâneo, ao nível intermediário e mais
profundamente à parede torácica.
Com movimentos circulares com as
polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos da mão
devem palpar toda a extensão da mama como
se estivesse contornando as extremidades de
uma moeda.
A aréola e mamilo devem ser apalpadas
e NÃO comprimidas!
Durante a palpação, deve-se observar
possíveis alterações na temperatura da pele e
a existência de nódulos. A descrição de
nódulos deve incluir informações quanto ao seu
tamanho, consistência, contorno, superfície,
mobilidade e localização.
A pesquisa da descarga papilar, se
houver, deve ser feita por compressão unidigital
suave sobre a região areolar, em sentido radial,
contornando a papila.
A compressão digital de um nódulo ou
área de espessamento pode levar essa
descarga. No registro deve ser descrito se é uni
bilateral ou multiductal, se foi espontânea ou
pela compressão, e coloração.
Os resultados precisam ser avaliados e
em casos de suspeita deve haver
encaminhamento para realização de testes
mais específicos.
Achados que indicam urgência:
1. Nódulo mamário de consistência
endurecida e fixo (independente da idade);
2. Nódulo mamário persistente por mais
de um ciclo menstrual em mulheres com mais
de 30 anos ou presente depois da menopausa.
3. Nódulo mamário em mulheres com
história prévia de câncer de mama.
4. Nódulo mamário em mulheres com
alto risco para câncer de mama.
5. Alteração unilateral na pele da mama,
como eczema, edema cutâneo semelhante à
casca de laranja, retração cutânea ou
distorções do mamilo.
6. Descarga papilar sanguinolenta
unilateral e espontânea (secreções
transparentes ou rosadas também devem ser
investigadas).
7. Homens com 50 anos ou mais com
massa subareolar unilateral de consistência
firme com ou sem distorção de mamilo ou
associada a mudanças na pele.
4.1.3 Métod�� d� image�
Esses são indicados em situações de
rastreamento e em situações diagnósticas. Eles
confirmam ou negam a suspeita de CA.
1) Mamografia: exame de rastreio
por imagem, que tem como finalidade estudar o
tecido mamário.
Eles são classificados segundo Breast
Imaging Reporting and Data System
(BI-RADS®). Esse sistema utiliza categorias de
0 a 6 para descrever os achados do exame e
prevê recomendações de conduta.
Ela é indicada e realizada nas mulheres
com sinais e/ou sintomas de câncer de mama,
tais como nódulo, espessamento e descarga
papilar e sua prescrição deve ser bem
analisada com o risco-benefício.
2) Ultrassonografia: ela é indicada
em algumas situações específicas e
alternativas como:
• Diagnóstico diferencial entre
lesão sólida e lesão cística.
• Alterações no exame físico
(lesão palpável), no caso de
mamografia negativa ou
inconclusiva.
• Na jovem com lesão palpável.
• Nas alterações do exame
clínico no ciclo
grávido-puerperal.
• Na doença inflamatória e
abscesso.
• No diagnóstico de coleções.
Os resultados também são baseados
no critério BIRADS. As vezes ela pode ser
complementar à mamografia (lesão palpável
sem expressão na mamografia - jovens;
nódulos regulares ou lobulados, que possam
representar cisto etc).
3) Ressonância Magnética:
existem casos especiais que esse exame de
imagem é solicitado:
❏ casos não conclusivos
nos métodos tradicionais;
carcinoma oculto;
❏ planejamento
terapêutico;
❏ avaliação de resposta à
quimioterapia
neoadjuvante;
❏ suspeita de recidiva e
avaliação das
complicações dos
implantes.
4.1.4 Métod�� invasiv��
O achado final e que conclui o
diagnóstico é o achado histopatológico. A
biópsia cirúrgica é o padrão ouro na
confirmação do diagnóstico
Em contexto apresentação de câncer
de mama em estádios avançados, biópsias
minimamente invasivas podem desempenhar
um importante papel por fornecer o diagnóstico
antes da terapêutica.
A escolha do método de biópsia vai
depender da classificação radiológica, do tipo e
da localização da lesão, da composição e do
tamanho da mama da paciente, do material e
dos equipamentos disponíveis. As existentes
são: Biópsia cirúrgica, Biópsia percutânea com
agulha grossa (PAG), Punção por agulha fina
(PAAF) e Biópsia percutânea a vácuo
(mamotomia).
5.1 Qua� condut� adota� par�
inicia� � tratament�?
Conforme o resultado do ECM e dos
exames de imagem, a mulher pode ser
encaminhada a um serviço de referência para
prosseguir a investigação diagnóstica ou
retornar à rotina do rastreamento.
5.1.2 E� lesõe� palpávei�
Quando suspeito no ECM há existência
dessas lesões as mulheres ↓35 anos indicar
US. Mulheres ↑35 anos mamografia, e se
necessidade associada a US.
As de achados benignos sem indicação
cirúrgica devem continuar sendo
acompanhadas pela ABS. As de achados
benignos com indicação (↑3cm, devem ser
encaminhadas para avaliação na atenção
secundária.
Todas as mulheres com achados
clínicos suspeitos, mesmo com exame de
imagem negativo, devem ser submetidas à
investigação.
5.1.3 E� lesõe� nã� palpávei�
O resultado da mamografia de
rastreamentodeve ser analisado pelo
profissional solicitante, seguindo a conduta de
acordo com a classificação BI-RADS®.
Mulheres com resultado BI-RADS® 0
deverão ser submetidas a novos exames de
imagem para reclassificação da lesão e
deliberação da conduta conforme categoria
final.
BI-RADS® 1 e 2 devem ser orientadas
para acompanhamento de rotina, na unidade
de atenção primária, com repetição do exame
de acordo com a faixa etária.
BI-RADS® 3 devem permanecer em
acompanhamento por três anos, com repetição
do exame a cada seis meses.
As mulheres com resultado BI-RADS®
4 ou 5 deverão ser encaminhadas para a
unidade de referência secundária para
investigação por exame histopatológico da
lesão. Se a malignidade for encontrada
deverão ser encaminhadas para a unidade de
referência terciária para início do tratamento.
O resultado BI-RADS® Categoria 6 é
pouco provável na Atenção Primária à Saúde
pois a mulher com diagnóstico de câncer já
deve estar inserida em unidade terciária para
tratamento.
6.1 Tratamento
Conforme prevê a Política Nacional de
Atenção Oncológica, deve ser feito em
Unidades de Assistência de Alta Complexidade
em Oncologia (Unacon) e Centros de
Assistência de Alta Complexidade em
Oncologia (Cacon) que são hospitais de
atenção terciária, e devem estar capacitados
para capacitado:
⇒ determinar a extensão da neoplasia
(estadiamento), tratar, cuidar e assegurar a
qualidade da assistência oncológica;
Os tratamentos fundamentais e
principais são:
Controle locorregional ⇒ cirurgia e
radioterapia;
O tratamento conservador atualmente
consiste na retirada do segmento ou setor
mamário onde se localiza o tumor com
margens de tecido mamário
microscopicamente sadio, associada à
radioterapia complementar pós ou
pré-operatória, obrigatória em qualquer tipo de
cirurgia conservadora e tem o objetivo de de
eliminar lesões microscópicas não retiradas
pela cirurgia, buscando diminuir as recidivas
locais.
A sua indicação consiste em tumores
pequenos, palpáveis ou não, sem evidência de
multicentricidade, e sem metástases a
distância.
Controle sistêmico ⇒ quimioterapia, a
hormonioterapia e a terapia biológica;
Esse é determinado de acordo com o
risco de recorrência (idade da paciente,
comprometimento linfonodal, tamanho tumoral,
grau de diferenciação) e as características
tumorais.
Ela se apropria na mensuração dos
receptores hormonais (receptor de estrogênio e
progesterona), quando a hormonioterapia pode
ser indicada, e também do HER-2 (fator de
crescimento epidérmico 2).
O tratamento deve ser sempre
individualizado orientado não apenas pela
extensão da doença, mas também por suas
características biológicas, e condições da
paciente (idade, comorbidades, menopausa,
etc).
Na doença localmente avançada, o
tratamento deve ser inicialmente sistêmico, e o
tratamento cirúrgico estará indicado após
resposta adequada com redução do tumor.
OBS: Havendo metástases a distância,
o tratamento cirúrgico tem indicações restritas,
sendo o tratamento sistêmico a principal opção.
No Brasil/Ministério de Saúde, há um
Sistema de Informação do CA de mama. As
primeiras informações inseridas no sistema são
geradas na atenção básica, com a requisição
do exame de mamografia.
↓
Todos os profissionais precisam
entender a dimensão da importância de
abastecer o sistema, e devem levar isso como
uma obrigação. Ao profissional da Atenção
Primária deve se atentar ao registro de dados
do ECM e a correta solicitação dos exames de
diagnóstico.
A informação sobre o seguimento da
mulher deve ser adequadamente buscada e
inserida no sistema, a fim de prover dados
confiáveis e úteis.

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