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1 FUNDAMENTOS DE PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE E RECREAÇÃO - DINÂMICA DE JOGOS 1 Sumário INTRODUÇÃO 3 Surgimento de psicopedagogia e seu conceito 4 Psicopedagogia 9 A contribuição da psicopedagogia 21 Objetivos da psicopedagogia do desenvolvimento 24 Histórico da psicomotricidade 27 O que é psicomotricidade 29 História da Recreação 37 Recreação e Ludicidade 41 Recreação e Lazer 43 Recreação e Ócio 45 Recreação, Atividade Física e Esporte 46 CONCLUSÃO 48 REFERENCIAS 50 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A psicopedagogia como ciência tem se desenvolvido ao longo do século XIX, com vultos isolados ao longo da Europa, como Jacques Lacan, Maud Mannoni, Fraçoise Doito, Janine Mery, franceses, e na América do Sul com os argentinos, George Mauco, Pichón-Riviére, que procuraram sistematizar essa ciência tão nova para a humanidade. A Psicopedagogia não nasceu aqui e nem tampouco na Argentina, investigando a literatura sobre o tema, podemos verificar que a preocupação com os problemas da aprendizagem teve origem na Europa, ainda no século XIX. Inicialmente, pensarem sobre o problema os filósofos, os médicos e os educadores. (BOSSA, 1992). Como disciplina de ensino superior é vista como interdisciplinar, pois, possui multifacetas de várias disciplinas que se interligam de forma concreta. A ciência psicopedagógica é tão nova que a Associação Brasileira de Psicopedagogia está lutando diante do Ministério da Educação para profissionalizar o psicopedagogo, que até hoje ainda, não possui um reconhecimento como profissional especializado na ciência pedagógica, assim como é o psicólogo e o pedagogo. A tarefa nesse trabalho científico é mostrar parâmetros simétricos entre psicopedagogia e psicomotricidade, o que possui em comum, ou ainda o que uma ciência pode contribuir para a formação da outra. ´´Se é preciso fazer falar a criança, é porque ela nos escapa e não nos revela o que ela é. Ora, numa pesquisa, não se pode partir do nada. Se a experiência é aqui o que a própria criança revela, então é uma experiência demasiadamente pobre para o psicólogo se contente com ela e possa simplesmente iniciar, com proveito, a sua pesquisa. Pois , “em psicologia como em física, não existem “fatos” puros, se entende por “fato” um fenômeno apresentado ao espírito pela própria natureza, independente das hipóteses que permitiram interrogá-la, dos princípios que regulam a interpretação da experiência e do contexto sistemático de proposições anteriores no qual o observador insere, por meio de espécie de preligação, toda a verificação nova” (PIAGET, ob. cit., pág XXXII).´´ 4 Surgimento de psicopedagogia e seu conceito A escola, fruto da Revolução Francesa, surge como instituição através do estado democrático burguês. Originou-se uma relação intima entre ambos e a sociedade (Gonçalves, 200, p.2). Já em todo século XIX, a escola se comprometeu criar sistema que justificam o poder da burguesia, para que os mesmos somente escrevessem o seu papel de proletariados e continuavam a dar lucros (na época da Revolução Industrial). A educação no Brasil nessa época, também teve algumas iniciativas com a vinda dos Jesuítas no período colonial, mas com a chegada da corte que se consolida somente a serviço da classe dominante só começa a ter mudanças com a chegada do século XX, através do advento do estado socialista que aconteceu na Revolução Russa (1917). Com a divisão do capitalismo/socialista acontecido na metade do século XX, acentuou-se com a “guerra fria”, enquanto isso as idéias marxistas lutavam por uma “educação de base” para todos. No século XVIII, não existia conceito de aprendizagem e de dificuldades de aprendizagem, essa dificuldade eram conhecidas como doenças mentais, explicadas pela concepção sobrenatural. No final do século XIX e inicio do século XX, aconteceu 5 às explicações pré-científicas. Posteriormente apareceram as escolas psicológicas contemporâneas, o estruturalismo de Wundt e Titchmer; a psicanálise de Freud; o funcionalismo de Dewey e Woodewort, entre outros. Escolas essas que consideram o consciente, o estímulo, a estrutura, … como a única causa e suficiente. Na década de 30, aconteceu o último período, o período chamado de interação de idéias, chamou-se assim porque vários cientistas abandonaram seus propósitos mergulhando nos conhecimentos de outros (Gonçalves, 2000, p.04). Nessa época, (1930) houve a guerra civil Espanhola, foi então que muitos intelectuais emigraram para a América do Sul, entre eles o José Ortega Y Gasset, que residiu em vários lugares na América. Trouxe consigo a renovação de conceitos e métodos intelectuais que foi conseqüência da segunda Guerra Mundial. Nessa época, nos anos 40 e 45, psicanalistas europeus buscavam na América do Sul, divulgaram na Argentina práticas e conhecimentos. Houve nos anos 70 e 80 repressões e intimidação na Argentina, milhares de pessoas desapareceram principalmente os intelectuais que começaram com “psi”, psicólogo, Psicopedagogia…, mesmo assim, os intelectuais levaram seus conhecimentos a vários lugares, quem estava enclausurado refletiram, investigavam e produziam escritas. Foram elaborados conceitos, diagnósticos, assistenciais e preventivos, individuais e grupais, além disso, elaborou esquema evolutivo da aprendizagem, o processo diagnóstico, a matriz do pensamento diagnóstico individual, o quadro monográfico das dificuldades de aprendizagem e critérios de seleção de grupos de tratamento psicopedagógico. (GONÇALVES, 2000, p.03). Segunda a autora, a Psicopedagogia tinha duas unidades de análise o indivíduo e o grupo. Usavam essas análises para desencadear a industrialização, já no Brasil, estudavam os mecanismos de aprendizagem das já comunidades carentes. Na década de 1970, foi criado o Centro de Estudos Psicopedagogicos em Buenos Aires, organizando quatro departamentos: docência, assistência, investigação e publicações e os mesmos desenvolveram distintos graus de desenvolvimentos de disputamento que mais desenvolveu depois a assistência, publicações e investigações. 6 Alguns cursos de psicopedagogia e operativos deram início nos anos 1982 ao Centro de Estudo Psicopedagógico do Rio de Janeiro – CEPERS, em 1988 o CEP em Curitiba, em 1992 o CEP em Salvador e recentemente foi criado o Centro de Estudos Psicopedagógicos em Belo Horizonte, MG. Segundo Pego (2004. p.12) a origem da Psicopedagogia mostra uma área de atuação integrativa, que abarca conhecimentos de diferentes áreas, com a finalidade de resolver problemas que atinge a aprendizagem, ou seja, psicopedagogia é conhecimento que atua no processo de aprendizagem,tem como sujeito de estudo, o ser cognoscente, isto é, é aquele que se direciona a realidade e dali retira o saber. Em tempos primórdios, com nos ressalta (GONÇALVES, 2000, p.2), a psicopedagogia atuava para resolver problemas na dificuldade de aprendizagem e no fracasso escolar, nessa virada de século favorece ao educando apropriar-se de conhecimentos, exigindo uma nova postura na educação, o de que o ensinante conduza o seu aprendente a uma construção do conhecimento que envolva uma série de atribuições, permitindo a exploração de suas habilidades o que vai favorecer um aprimoramento em seu crescimento intelectual e nas suas aptidões. Adrentando nesse vasto cenário de aprender a aprender a criar e redirecionar é que então o psicopedagogo. Portanto, a psicopedagogia apresenta estrutura de novos territórios educativos, possa elaborar novas ações, propostas no aqui/fazer e isso podem acontecer através da transformação, ou seja, as práticas pedagógicas devem ser adequadas para construir, informações, conhecimentos, ser flexível e ter curiosidade nos processos de diferentes racionalidades, tecnologia e linguagens. Além disso, a psicopedagogia tem um vasto catebral teórico e diferentes fatores para basear-se e explicar eventuais entraves no processo de aprendizagem, somente assim poderá investigar a origem dessa dificuldade e compreendê-la como a mesma e compreendê-la como a mesma processa, BEYER citando (Rubinstein, 1992, p.103). Com a necessidade de mudanças no processo de ensino-aprendizagem, a educação transformou-o em desafio global para todos os países do 1º, 2º e 3º mundo. Através do acompanhamento da evolução tecnológica e com o intuito de preparar um novo cidadão, aquele que dê conta da realidade emergente, trouxe novamente à tona a reflexão sobre o sistema educativo e junto veio à responsabilidade de formar cidadãos que saibam enfrentar os desafios modernos. Nessa virada de século é importante ressaltar que a educação exige uma nova postura, devido às mudanças e 7 a qualidade que a escola oferece a comunidade. Por não produzir resultados eficientes através das práticas pedagógicas, houve perdas qualitativas e graves prejuízos para o sistema educacional. Acredita-se, que o trabalhar do educador psicopedagogo na escola, poderá caracterizar possibilidades de reflexões, observações e mudanças, que examinarão diferentes caminhos para produzir conhecimento sem que haja culpado pelo fracasso escolar. (…) (in. SARGO: 1994 p.100), pois, o objetivo é de (…) restaurar a relação que fundamentará a relacionamento do ensinante/aprendiz na busca do conhecimento (…) (in: SARGO, 1994, p.101). O momento mais importante da formação escolar de uma pessoa, assim como a invenção da escrita foi o momento mais importante da história da humanidade. Desde 1997, tramita no Congresso Federal um Projeto de Lei para regulamentar a profissão de psicopedagogo, com a contribuição de novos profissionais na educação poderá mudar a realidade escolar. Nesse século XXI, o psicopedagogo exerce papel importante para formação profissional e que alcançados ou projetados. É um profissional pós-graduado, em multi especialista em aprendizagem humana, tem conhecimento de diversas áreas que o ajudam a intervir ou para sanar possíveis dificuldades. Segundo Gonçalves (2000, p.02) o psicopedagogo sempre esta em formação continua, através de sessões de supervisão e em grupos de tratamento psicopedagógico. No Brasil, a associação Brasileira de psicopedagogia é a categoria que luta e cuida dessa classe, continua revisando a teórico, metodologia do conhecimento psicopedágogico. Para que o professor exerce essa profissão, o mesmo deve ter uma formação pessoal, ou seja, o profissional deve saber tomar decisões para desenvolver competências e habilidades, voltadas bpara o profissionalismo e exercer conscientemente uma práxis que seja dinâmica, que tenha tensões, dilemas e desafios. Portanto, o Projeto de Lei elaborado o perfil do psicopedagogo como um diagnosticador e responsável pela intervenção dos problemas de aprendizagem, de ter saber diversidade, ou seja, conhecer várias áreas do conhecimento humano. O psicopedagogo deve ter formação em vários cursos de especialização e em nível pós-graduação. É importante ressaltar que o psicopedagogo, deve ter uma 8 postura integrativa, levando em conta não postura não só o distúrbio orgânico, como também o afetivo e o emocional, os mesmos ajudam na cura do processo dificuldade de aprendizagem. Segundo Figueiral (2004, p.13): (…) a interação psicopedagógica vem ocorrendo na assistência ás pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem, através do diagnóstico e da terapêutica. Nos ressaltos de Figueiral, a psicopedagógia está voltada para o desenvolvimento das funções cognitivas do aluno, ou seja, a psicopedagogia tem como meta desbloquear e canalizar o aluno para o aprendizado, isso só ocorre quando são detectadas possíveis perturbações no processo de aprendizagem. É nesse sentido que aos poucos, a intervenção vai tratando de problemas da aprendizagem, como também tenta eliminar os transtornos instalados, em um procedimento clínico. Entretanto, essa transformação só ocorrerá, quando o professor pedagogo e o psicopedagogo, tornando-o ferramenta poderosa nesse projeto terapêutico, deixando de ser o difusor do conhecimento e vivendo o fazer pedagógico para estimular a aprendizagem. Quando a intervenção e feita em parceira pedagogo, psicopedagogo e os pais possibilitam ao educando uma aprendizagem enriquecedora. Para PAIN (1986, p.17) o psicopedagogo tem o papel de levar a equipe da instituição a observa o ambiente, para depois traçar diferentes caminhos, possibilidades e partir para a mudança. 9 Psicopedagogia Perfil do Psicopedagogo(a) – O psicopedagogo(a) nasceu da necessidade de atender as crianças com dificuldades na área da aprendizagem.Tem como objeto de estudo o processo de aprendizagem, seus recursos diagnósticos, corretores e preventivos. Vários aspectos devem ser considerados na compreensão deste processo como: os afetivos, os cognitivos e os sociais, que interferem no aprender humano. FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA “A Psicopedagogia é uma nova área de atuação profissional que busca uma identidade, e que requer uma formação de nível interdisciplinar, o que já é sugerido no próprio termo Psicopedagogia”. (Bossa, 1995, p.31) Breve Histórico da Psicopedagogia Os primeiros centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa (1946) por Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica unindo conhecimento 10 na área da Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar, e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes (BOSSA, 2000, p39). Esta corrente europeia influenciou a Argentina. Buenos Aires foi a primeira cidade a oferecer o curso de psicopedagogia. A Psicopedagogia chegou ao Brasil, na década de 70, com a colaboração de Jorge Visca. Nessa década já havia algum movimento científico / acadêmico em Porto Alegre. Os primeiros cursos formais de Psicopedagogia eram denominados de Reeducação Psicopedagógica, Psicopedagogia Terapêutica, Dificuldades Escolares, entre outros. Esses cursos ocorreram primeiramente em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O percurso da Psicopedagogia brasileira foi: o Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo (1980), posteriormente Associação Brasileira de Psicopedagogia (1985), 11 Conceitos Segundo o Dicionário Aurélio, é definido como “aplicação da psicopedagogia experimental à pedagogia”. Bossa diz que a psicopedagogia, como área de aplicação, antecede o status de área de estudos, aqual tem procurado sistematizar um corpo teórico prático próprio, definir o seu objeto de estudo, delimitar o seu campo de atuação, e para isso recorrer à Psicologia, Psicanálise, Linguística, Fonoaudiologia, Medicina e a Pedagogia. Para Maria M. Neves, “ falar sobre psicopedagogia é, necessariamente, falar sobre a articulação entre educação e psicologia, articulação essa que desafia estudiosos e práticos dessas duas áreas”. Para Kiguel, que também tem contribuído nesse processo de construção do saber psicopedagógico, “historicamente a Psicopedagogia surgiu na fronteira entre a Pedagogia e a Psicologia, a partir das necessidades de atendimento de crianças com distúrbios de aprendizagem”, afirma ainda que o fracasso escolar não é só Pedagógico e psicológico, mas também da desnutrição. Scoz, diz que o objeto de estudo da psicopedagogia deve ser entendido a partir de dois enfoques: preventivo e terapêutico. O primeiro considera o objeto do estudo de psicopedagogia o ser humano em desenvolvimento enquanto educável, e o 12 segundo uma identificação, análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem. Do ponto de vista de Weiss, “a psicopedagogia busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores”. Segundo Jorge Visca, a psicopedagogia, perfilou-se como um conhecimento independentemente e complementar, possuída de um objeto de estudo – o processo aprendizagem – e de recursos diagnósticos, corretos e preventivos próprios. Para Bossa a psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Atualmente a psicopedagogia trabalha com uma concepção de aprendizagem de acordo com a relação do sujeito com o meio, suas disposições afetivas e intelectuais. Como já vimos anteriormente, na Psicopedagogia pode ser trabalhado o clínico e o preventivo. Como preventivo podem ser trabalhadas as questões didático- metodológicas, bem como a formação e orientação dos professores e aconselhamento dos pais. Diminuir e tratar os problemas já instalados. Como clínico, o psicopedagogo precisa conhecer o sujeito, quais os recursos de conhecimento que ele dispõe e como aprende e produz conhecimento. É preciso que o psicopedagogo saiba o que é ensinar e o que é aprender. Leda Barone no II Encontro Psicopedagógico enfatiza que o psicopedagogo deve assumir a polaridade do seu papel como: o Levar em conta o papel da família como transmissor de cultura e, matriz dos primeiros modelos de aprendizagem; o Reconhecer a escola como um espaço onde o sujeito adquire conhecimentos que se transformam em saber; o Considerar a instituição hospitalar como elemento fundamental na realização de diagnósticos para a identificação de dificuldades de aprendizagem; 13 o Favorecer a aprendizagem do sujeito ao assumir novas funções em seu contexto de trabalho. O psicopedagogo, no Brasil, ocupa-se das seguintes atividades conforme Lino de Macedo: 1 - Orientação de estudos – organizando a vida escolar da criança quando esta não sabe fazê-lo espontaneamente como ler um texto, como escrever, como estudar, etc. 2 - Apropriação dos conteúdos escolares – propiciar o domínio de disciplinas escolares que a criança não vem atingindo bons resultados; 3 - Desenvolvimento do raciocínio – Os jogos são muito utilizados, criando um contexto de observação e diálogo sobre processos de pensar e de construir o conhecimento. 14 4 - Atendimento a criança – Atende a deficientes mentais, autistas, hiperativos ou com comportamentos orgânicos mais graves, podendo até substituir o trabalho da escola. Para Alicia Fernández, esse saber só é possível com uma formação que se oriente sobre três pilares: o Prática clínica: em consultório individual, grupal e familiar; o Construção teórica: permeada pela prática; o Tratamento psicopedagógico-didático: construção do olhar e da escuta clínica. 15 Quem é o Psicopedagogo Síntese extraída do Projeto de Lei nº 3124/97 do Deputado Barbosa Neto que regulamenta a profissão do Psicopedagogo.Poderão exercer a profissão de Psicopedagogo no Brasil os portadores de certificado de conclusão em curso de especialização em Psicopedagogia em nível de pós-graduação, expedido por instituições devidamente autorizadas nos termos da legislação pertinente. O Psicopedagogo 1. Possibilita intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque o aprendiz ou a instituição de ensino público ou privado; 16 2. Realiza o diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando métodos, instrumentos e técnicas próprias da Psicopedagogia; 3. Atua na prevenção dos problemas de aprendizagem. 4. Desenvolve pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de aprendizagem e seus problemas; 5. Oferece assessoria aos trabalhos realizados em espaços institucionais; 6. Orienta, coordena e supervisiona cursos de especialização de psicopedagogia, em nível de pós-graduação expedidos por instituições, devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da legislação vigente TEORIAS QUE EMBASAM O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia requer refletir sobre suas origens teóricas, revisando os impasses conceituais na ação da Pedagogia e da Psicologia no processo ensino-aprendizagem, os quais envolvem tanto o social quanto o individual, tanto transformadores quanto reprodutores. 17 A psicopedagogia ainda se encontra em fase embrionária e seu corpo teórico encontra-se em plena construção. A cada dia surgem novas ideias, novas situações e mais transformações. Bossa diz que podemos caracterizar a psicopedagogia como uma área de confluência do psicólogo (a subjetividade do se humano como tal) e do educacional (atividade especificamente humana, social e cultural). (200,p.28). O psicopedagogo ensina como aprende e, para isso, necessita aprender o aprender e a aprendizagem. Na aprendizagem o indivíduo ao se apropriar de conhecimentos e técnicas, constrói na sua interiorização um universo de representações simbólicas. Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, uma vez que acredita que muitas dificuldades de aprendizagem se devem a inadequação da psicopedagogia institucional e familiar. Devido a complexidade do seu objeto de estudo são importantes à Psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus objetos de estudos: Como seres humanos, nos diferenciamos pela nossa capacidade de aprender, mudar, fazer história, na qual o pensar alicerça esse processo de mutação. Pensar envolve duvidar, perguntar, questionar. É uma maneira de investigar, pesquisar o mundo e as coisas, por isso mesmo encerra algo que perturba, provoca mal-estar, insegurança, porque aquilo que nos parecia seguro foi atingido em nosso pensamento. A Epistemologia e a Psicologia Genética se encarregam de analisar e descrever o processo construtivo do conhecimento pelo sujeito em interação com os outros e com os objetos. A linguística traz a compreensão da linguagem como um dos meios que caracterizam tipicamente o humano e cultural: a língua enquanto código disponível a todos os membros de uma sociedade e a fala como fenômeno subjetivo, evolutivo e historiado de acesso a estrutura simbólica. A Pedagogia contribui com as diversas abordagens do processo ensino- aprendizagem, analisando-o do ponto de vista de quem ensina.18 Os fundamentos na Neuropsicologia possibilitam a compreensão dos mecanismos cerebrais que subjazem ao aprimoramento das atividades mentais, indicando-nos a que correspondem do ponto de vista orgânico, todas as evoluções ocorridas no plano psíquico. Neste trabalho de ensinar e aprender, o psicopedagogo recorre a critérios diagnósticos no sentido de compreender a falha na aprendizagem. A investigação diagnóstica envolve a leitura de um processo complexo: como o individual, o familiar atual e passado, o sociocultural, o educacional e a aprendizagem. Atualmente, a Psicopedagogia refere-se a um saber, e a um saber a fazer, as condições subjetivas e relacionais especialmente familiares e escolares – as inibições, atrasos e desvios do sujeito ou grupo a ser diagnosticado. O conhecimento psicopedagógico avalia a possibilidade do sujeito, a disponibilidade afetiva de saber e de fazer, reconhecendo que o saber é próprio do sujeito. O trabalho clínico não deixa de ser preventivo, pois ao tratar alguns transtornos de aprendizagem, pode evitar o aparecimento de outros. Na sua função preventiva, cabe ao psicopedagogo: o Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem; o Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, a fim de favorecer o processo de integração e troca; o Promover orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos; o Realizar processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual ou grupal. 19 Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, mas está cada vez mais voltada para uma ação preventiva. Devido a complexidade do seu objeto de estudo, são importantes à Psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus objetos de estudos: CAMPO DE ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA Historicamente tanto na prática preventiva como na clínica, o profissional deve estar embasado em referencial teórico na sua função preventiva, onde cabe ao psicopedagogo: o Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem; o Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, a fim de favorecer processos de integração e troca; o Promover orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos; 20 o Realizar processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo. O QUE O PSICOPEDAGOGO OBSERVA NO INDIVÍDUO o Coordenação motora ampla; o Aspectos sensório motor; o Dinâmica lateral; o Desenvolvimento rítmico; o Desenvolvimento motor fino; o Criatividade; o Evolução do traçado e do desenho; o Percepção e discriminação visual e auditiva; o Percepção espacial; o Percepção Viso-motor; 21 o Orientação e relação espaço – temporal; o Aquisição e articulação de sons; o Aquisição de palavras novas; o Elaboração e organização mental; o Atenção e concentração; o Expressão plástica; o Aquisição de conceitos; o Discriminação e correspondência de símbolos; o Raciocínio lógico matemático. A contribuição da psicopedagogia A psicopedagogia em seu desejo de conhecer mais sobre o outro para poder ajudá-lo a vencer suas dificuldades, superar seus problemas de aprendizagem e compreender os elementos que interferem nesse processo, em busca da autoria de pensamento, tem como o seu maior desafio: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. A busca do autoconhecimento, a busca da autonomia, permeada pela dimensão social, no que se refere aos valores e atitudes, a dimensão pessoal, no que se refere aos afetos, sentimentos e preferências dos indivíduos, todos esses fatos aliados ao desenvolvimento global explicam a importância crescente da 22 Psicopedagogia que, na sua concepção atual, já nasce com uma perspectiva globalizadora condizente com os rumos da aprendizagem nesse século. Ela ocupa um espaço privilegiado justamente porque não está em um único lugar. Portanto, o olhar, a escuta e as intervenções psicopedagógicas estão voltadas aos movimentos subjetivos entre ensinante e aprendente frente ao conhecimento, no decorrer da construção do sujeito no ato de aprender, tendo como finalidade a autoria do pensamento, que é a descoberta da originalidade, da diferença, da marca, e a partir daí , abrir espaços para a criatividade. Aprender significa mudar, crescer, tendo o passado como referência para descobrir o futuro e assim construir uma nova história, diferente daquela vivida até então: “Necessitamos um modo diferente de analisar a relação entre o futuro e o passado para entender o que acontece em todo processo de aprendizagem. Aprender é construir espaços de autoria e, simultaneamente, é um modo de ressituar-se diante do passado”. (Fernández,2001:69). O trabalho psicopedagógico pode ter um caráter preventivo, no sentido de reconstruir processos, definir papéis, valorizando novos conhecimentos, novas formas de aprender, novas formas de avaliar o conhecimento, pessoas, papéis, processos, produtos e objetivos. 23 A Psicopedagogia Clínica e Institucional Dependendo da natureza da Instituição, a Psicopedagogia pode contribuir trabalhando vários contextos: — Psicopedagogia Familiar – resgatando a família no papel educacional, diferenciando as múltiplas formas de aprender, respeitando as diferenças dos filhos. — Psicopedagogia Empresarial – resgatando a visão do todo, a função humanística, as múltiplas inteligências, desenvolvendo sentimentos, trabalhando a criatividade e resgatando o diálogo. — Psicopedagogia Hospitalar– possibilitando o lúdico e as oficinas. — Psicopedagogia Escolar o Diagnóstico da Escola; o Busca da identidade da escola; o Definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, diante do aprender; 24 o Instrumentalização de professores, coordenadores, orientadores e diretores sobre a prática e reflexões diante de novas formas de aprender; o Reprogramação curricular, implantação de programas e sistemas avaliativos; o Oficinas para vivências de novas formas de aprender; o Análise de conteúdos e reconstrução conceitual; o Releitura, ressignificando sistemas de recuperação e reintegração do aluno no processo; o O papel da escola no diálogo com a família. Objetivos da psicopedagogia do desenvolvimento 1. Descrição da gênese e mudanças de conduta. Consiste na descrição da gênese das condutas psicomotoras, afetivas, cognitivas e sociais, e do processo de mudanças dessas condutas ao longo da vida. Estabelece relações entre os eventos do ambiente e o comportamento humano. Ex. O sorriso. Os verdadeiros sorrisos aparecem por volta da terceira semana de vida, provocados por estimulação externa, voz humana, chocalho, etc. Na sexta semana o estímulo é a face humana e na sétima semana é a familiarização. 2. Fatores que afetam o desenvolvimento das condutas. Refere-se à descoberta de fatores, mecanismos e processos responsáveis pelo aparecimento das condutas e das mudanças. São genéticos e ambientais como comportamentos inatos ou aprendidos, instintivos ou inteligentes, de maturação ou aprendizagem. Essa classificação dicotômica coloca a discussão dos determinantes 25 comportamento em duas posições antagônicas: A primeira é que cada pessoa nasce com um conjunto de aprendizagem social. Os fatores genéticos = estrutura herdada. E a segunda é capacidade de organizaçãodo desenvolvimento de cada um. O ser humano nasce com um repertório inicial de comportamento e capacidades que irão mediar sua interaçãocom o ambiente. Repertório inicial: sucção, gustação, tato,visão, audição, são sensíveis ao estímulo fornecido pelo corpo da mãe. O bebê apresenta desde o nascimento uma organização perceptiva muito elaborada que pode ser identificada pela discriminação e preferências por certos estímulos visuais e auditivos. A interação, organismo-meio, o conduz ao desenvolvimento da relação social. O primeiro ano de vida – comunicação basicamente não verbal. 3. Identificação de estágios ou fases no desenvolvimento Diz respeito ao estabelecimento de períodos críticos no processo de desenvolvimento. A maioria dos estudiosos admite que o desenvolvimento humano ocorre por estágios ou etapas que se diferenciam pela qualidade da cognição (processo integração), do comportamento (resultado das intervenções disciplinares), das relações pela qualidade da cognição, do comportamento, das relações afetivas, etc. 26 OS CASOS COMUMENTES ENCONTRADOS NA ESCOLA ANSIOSO – caracteriza-se por ansiedade, depressão, sentimento de inferioridade, solidão ou infelicidade. IMATURO – é agitado, descuidado, passivo, falta-lhe iniciativa e interesse. Apresenta reações afetivas sem razão aparente, como chorar ou gargalhar;. HIPERATIVIDADE – Tem um tempo de concentração curto, é incansável; EXPLOSIVO – Não controla seus impulsos agressivos, tem atitudes destrutivas com relação ao material escolar, resiste a submeter-se a regras. AUTISMO – caracteriza-se por respostas anormais e estímulos auditivos ou visuais e por problema grave quanto à compreensão da linguagem falada. AGRAFIA – Impossibilidade de escrever e reproduzir os seus pensamentos por escrito. DISCALCULIA – Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, agnosias digitais e deficiente estruturação espaço-temporal. DISGRAFIA – Escrita manual extremamente pobre ou dificuldades de realização dos movimentos motores necessários a escrita. DISLEXIA – A criança é inteligente e criativa, porém, apresenta dificuldades de leitura, escrita e soletração. Lê repetidas vezes mas não entende o texto. Tem dificuldades para colocar os pensamentos em palavras. Dificuldades de lateralidade . Excelente memória para experiências, lugares e rostos. 27 DISORTOGRAFIA – Dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita. Histórico da psicomotricidade Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada. São descobertos distúrbios da atividade gestual, da atividade práxica. Portanto, o "esquema anátomo-clínico" que determinava para cada sintoma sua 28 correspondente lesão focal já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. É, justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, a palavra PSICOMOTRICIDADE, no ano de 1870. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico. A figura de Dupré, neuropsiquiatra, em 1909, é de fundamental importância para o âmbito psicomotor, já que é ele quem afirma a independência da debilidade motora (antecedente do sintoma psicomotor) de um possível correlato neurológico. Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo. íquico. Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico.Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. É ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico. Com estas novas contribuições, a psicomotricidade diferencia-se de outras disciplinas, adquirindo sua própria especifidade e autonomia. Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de relação. Começa então, a ser delimitada uma diferença entre uma postura reeducativa e uma terapêutica que, ao despreocupar-se da técnica instrumentalista e ao ocupar-se do "corpo de um sujeito" vai dando progressivamente, maior importância à relação, à afetividade e ao emocional. Para o psicomotricista, a criança constitui sua unidade a partir das interações com o mundo externo e nas ações do Outro (mãe e substitutos) sobre ela. A especificidade do psicomotricista situa-se assim, na compreensão da gênese do psiquismo e dos elementos fundadores da construção da imagem e da representação de si. O sintoma psicomotor instala-se, quando ocorre um fracasso na integração somatopsíquica, conseqüente de fatores diversos, seja na origem do 29 processo de constituição do psiquismo, ou posteriormente em função de disfunções orgânicas e/ou psíquicas. A patologia psicomotora é, portanto, uma patologia do continente psíquico, dos distúrbios da representação de si cuja sintomatologia pode se apresentar no somático e/ou no psíquico. O que é psicomotricidade A palavra psicomotricidade significa o que para vocês, leitores? Provavelmente, ela não é tão inédita em seu vocabulário, mas para conceituar pode ser um pouco confuso. De qualquer forma, vale uma curiosidade: o prefixo grego psico (psyché = alma, espírito) foi atribuído ao estudo da mente humana ao se juntar ao sufixo logo no decorrer da história. A palavra motriz está relacionada a movimento. A associação de palavras acima nos dá uma determinada dimensão: psicomotricidade pode ser definida em dois aspectos que se interligam, vejamos: – psicomotricidade¹: é a ciência cujo objeto de estudo é o indivíduo através de seu corpo, relacionando-o ao seu ambiente externo e interno. Entretanto, tudo isso considerando o movimento como aspecto fundamental; 30 – psicomotricidade²: ação do sistema nervoso central responsável pela criação de uma consciência no indivíduo acerca dos movimentos que realiza por meio de parâmetros como a velocidade, o tempo, o espaço e a percepção própria da pessoa. A psicomotricidade no cotidiano Ambos os conceitos estão certos e são completamente úteis na vida de uma criança que precisa desenvolver essas habilidades. Na verdade, o especialista da área é o profissional mais indicado para oferecer um conjunto de atividades destinado ao bem-estar do pequeno. O psicomotricista estabelece uma agenda de tarefas elaboradas individualmente para cada caso, uma vez que as demandas são exclusivas. 31 Toda criança precisa de um acompanhamento com psicomotricista Na verdade, não necessariamente. No decorrer da infância, o pequeno desenvolve seus movimentos aliados à noção sensorial, afetiva e intelectual. O aspecto cognitivo é crucial nesse processo. Enquanto muitos já desempenham tudo isso de forma natural, outros devem promover tais práticas por meio de estímulos. Aí está a importância do psicomotricista. 32 A psicomotricidade na escola O ambiente escolar é um dos lugares mais desafiadores para crianças e educadores. Dentrode sala de aula existem várias atividades que procuram atrair o lúdico com o pedagógico, impulsionando os estudantes a aprimorar cada vez mais pontos determinantes para sua vida, como a coordenação motora. 33 A psicomotricidade em casa Dentro de casa também há espaço para desenvolver as habilidades pertinentes a este aspecto. É importante que os pais estejam por dentro das orientações do especialista para executar algumas tarefas em casa. Alguns objetivos da psicomotricidade Induzir a capacidade de percepção por meio do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal; Motivar as crianças na descoberta de suas expressões, além de impulsionar a ação criativa e da emoção; Estabelecer a consciência e o respeito ao espaço de outras pessoas; Estimular a coordenação motora de acordo com o objetivo desejado da criança; coordenação motora fina e grossa; Reforçar a valorização da autoestima e da identidade própria; Desenvolver a capacidade sensorial em relação ao ambiente externo; Induzir a confiança em si mesma (na criança); Trabalhar a comunicação para a interação social; 34 Algumas atividades que desenvolvem a psicomotricidade Rolar, engatinhar, andar com um pé só, andar para os dois lados, pular, fazer cambalhota, brincadeiras com os dedos, entre outras. A psicomotricidade é um tipo de terapia que trabalha com indivíduos de toda as idades, mas especialmente crianças e adolescentes, com brincadeiras e exercícios para alcançar fins terapêuticos. A psicomotricidade é uma ferramenta muito útil para tratar indivíduos com doenças neurológicas como a Paralisia cerebral, Esquizofrenia, Síndrome de Rett, bebês prematuros, crianças com dificuldades de aprendizagem como a dislexia, com atrasos no desenvolvimento, deficientes físicos e indivíduos com problemas mentais, por exemplo. Esse tipo de terapia dura cerca de 1 hora e pode ser realizada 1 ou 2 vezes por semana, contribuindo para o desenvolvimento e aprendizagem infantil. 35 Objetivos da Psicomotricidade Os objetivos da psicomotricidade são melhorar os movimentos do corpo, a noção do espaço onde onde se está, a coordenação motora, equilíbrio e também o ritmo. Estes objetivos são alcançados através de brincadeiras como correr, brincar com bolas, bonecas e jogos, por exemplo. Através da brincadeira o terapeuta psicomotricista, que pode ser o fisioterapeuta ou o terapeuta ocupacional, observam o funcionamento emocional e motor do indivíduo e utiliza outras brincadeiras para corrigir as alterações à nível mental, emocional ou físico, de acordo com a necessidade de cada um. Atividades Psicomotoras para o desenvolvimento infantil Na psicomotricidade existem alguns elementos que devem ser trabalhados como tônus da postura, repouso e sustentação, além do equilíbrio, lateralidade, imagem corporal, coordenação motora, e estruturação no tempo e no espaço. Alguns exemplos de atividades psicomotoras que podem ser usadas para alcançar estes objetivos são: 36 1. Jogo da amarelinha: é bom para treinar o equilíbrio num pé só e a coordenação motora; 2. Andar sobre uma linha reta desenhada no chão: trabalha o equilíbrio, coordenação motora e identificação corporal; 3. Procurar uma bolinha de gude dentro de uma caixa de sapato cheia de papel amassado: trabalha a lateralidade, coordenação motora fina e global e identificação corporal; 4. Empilhar copos: é bom para melhorar a coordenação motora fina e global, e identificação corporal; 5. Desenhar a si mesmo com canetas e com tinta guache: trabalha a coordenação motora fina e global, identificação corporal, lateralidade, habilidades sociais. 6. Jogo - cabeça, ombro, joelhos e pés: é bom para trabalhar a identificação corporal, atenção e foco; 7. Jogo - escravos de Jó: trabalha a orientação no tempo e no espaço; 8. Jogo da estátua: é muito bom para orientação espacial, esquema corporal e equilíbrio; 37 9. Jogo da corrida do saco com ou sem obstáculos: trabalha orientação espacial, esquema corporal e equilíbrio; 10. Pular corda: é ótimo para trabalhar a orientação no tempo e no espaço, além de equilíbrio, e identificação corporal. Estas brincadeiras são excelentes para ajudar no desenvolvimento infantil e podem ser realizadas em casa, na escola, parques infantis e como forma de terapia, quando indicados pelo terapeuta. Normalmente cada atividade deve estar relacionada com a idade da criança, porque bebês e crianças com menos de 2 anos não irão conseguir pular corda, por exemplo. Certas atividades podem ser realizadas com apenas 1 criança ou em grupo, e as atividades em grupo são boas para ajudar na interação social que também é importante para o desenvolvimento motor e cognitivo na infância. História da Recreação Segundo Gomes e Elizalde (2012),[3] a principal abordagem remete inevitavelmente aos Estados Unidos. Para compreender a recreação como um fenômeno social/educativo, é necessário retroceder ao final do século XIX, quando https://pt.wikipedia.org/wiki/Recrea%C3%A7%C3%A3o#cite_note-3 38 ocorreu uma ampla difusão do recreacionismo. Essa proposta propiciou a sistematização de conhecimentos e metodologias da intervenção para crianças, jovens e adultos. Esses conhecimentos fundamentam-se na sistemática da recreação dirigida, que fomentou a criação de espaços próprios para a prática de atividades recreativas consideradas saudáveis, higiênicas, moralmente válidas, produtivas e vinculadas à ideologia do progresso. Baseando-se nos estudos de R. V. Russell, Salazar Salas salienta que a recreação foi constituída nos Estados Unidos a partir de duas frentes que promoviam o jogo para a população infantil e que foram crescendo e envolvendo os governos locais e nacional, assim como pessoas que formaram organizações, buscaram fundos e escreveram textos com o seguinte objetivo: “ Educar as pessoas a usar positivamente seu tempo livre. A filosofia dessa época era ajudar as pessoas mais necessitadas e sem educação. É por isso que a filosofia e a missão original da recreação estadunidense se centraram em oferecer atividades que enriquecessem e melhorassem a qualidade de vida das pessoas participantes. ” Uma dessas frentes foi caracterizada pela criação de Hull Houses, que eram casas comunitárias encarregadas de oferecer diversos serviços sociais: aulas, informações relacionadas aos direitos civis e ao trabalho, serviços de enfermagem e atividades recreativas baseadas no desenvolvimento de jogos para as crianças menores; esportes e clubes sociais para crianças e adolescentes; e programas culturais para as pessoas adultas. A autora ressalta que a primeira Hull House foi criada por Jane Addams e Ellen Starr, sendo a iniciativa desenvolvida em Chicago e tendo sido fundadas mais de 300 em outras cidades. Nessa época, os Estados Unidos passavam por um intenso processo de industrialização e de urbanização, havendo poucas áreas livres para o desenvolvimento de atividades recreativas. A outra frente que constitui as origens da recreação norte-americana está relacionada com a criação de playgrounds (parques infantis), que, posteriormente, serviram como modelo para os centros de recreação, praças de esportes e jardins de recreio difundidos por vários países latino-americanos (Gomes e Elizalde, 2012). 39 No Brasil No Brasil, os registros do brasileiro Frederico Gaelzer, feitos nas primeiras décadas do século XX, são uma das evidências dessa afirmação. Com o apoio da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, Gaelzer passou um longo período nos Estados Unidos (1919-1925) se qualificando em educação física, esporte e recreação. No relatório escrito por Gaelzer e enviado aos diretores da ACM de sua cidade, com data de 16 de setembro de 1919,o autor destaca que os 800 participantes dos cursos ministrados pela ACM de Chicago estavam reunidos pacificamente sob o mesmo ideal. Os participantes desses encontros, segundo Gaelzer, eram de 25 nacionalidades diferentes, sendo todos possuidores da mesma moral pura e sã requerida pela ACM. Muitos desses 800 participantes deveriam ser latino-americanos, contribuindo de forma decisiva para a difusão da recreação por diversos países da América Latina. Obviamente, muitas práticas recreativas como os jogos e outras formas de diversão já existiam, mas, nesse momento, foram sistematizadas como parte integrante de um conceito de recreação elaborado nos Estados Unidos. É necessário esclarecer que, em suas origens norte-americanas, a recreação dirigida foi vista como uma estratégia educativa essencial para promover, sutilmente, o controle social. Nesse processo, foi amplamente difundida a ideia de que a recreação poderia preencher, racionalmente, o tempo vago ou ocioso com atividades consideradas úteis e saudáveis do ponto de vista físico, higiênico, moral e social. Com isto, a recreação foi considerada essencial para a formação de valores, hábitos e atitudes a serem consolidados, moralmente válidos e educativamente úteis para o 40 progresso das sociedades modernas. Em um primeiro momento, o desenvolvimento de eventos, políticas, programas e projetos recreativos foi, e muitas vezes ainda continua sendo, direcionado principalmente aos grupos sociais em situação de risco ou de vulnerabilidade social, procurando a redução de conflitos sociais e da delinquência, a manutenção da paz e da harmonia social, assim como a ocupação positiva e produtiva do tempo ocioso. Além disso, muitos programas de recreação visavam preencher as horas vagas das crianças, jovens, adultos e idosos, colaborando com a constituição de corpos disciplinados, obedientes, aptos, produtivos e vigorosos. Nessa perspectiva a recreação, em muitas ocasiões, acaba sendo usada como estratégia para esquecer os problemas gerados pela lógica excludente que impera nas realidades latino- americanas. Por sua vez, as diversas acepções da palavra recreação são fundamentadas na área de pedagogia, psicologia e, sobretudo, na educação física. Essa última área, ao lado do esporte, é a mais associada à recreação, tanto na vida cotidiana como nos estudos, cursos, propostas da formação sobre o tema, campo de atuação profissional no setor privado, nas organizações de terceiro setor e também no âmbito das políticas públicas de vários países latino-americanos. 41 Recreação e Ludicidade É importante entender que uma vivência recreativa sempre será lúdica. Entretanto, um elemento lúdico nem sempre faz parte do universo da recreação. Vamos entender melhor esta relação: Lúdico, segundo Freinet (1998), pode ser apresentado como: “ Um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência sobre- humana nos ilumina. ” Deste modo, o lúdico não está relacionado a uma vivência, dinâmica, experiência ou prática, mas a uma sensação, a um estado de espírito, a uma condição humana. Podemos ter, por exemplo, uma parede lúdica pelo simples fato de esta parede transmitir, a quem olha, uma sensação agradável, divertida, sedutora. Podemos ter, em um cardápio de um restaurante, pratos lúdicos por sua 42 apresentação colorida, criativa, estimulante. Podemos, dentro da mesma linha de raciocínio, ter um carro lúdico, uma roupa lúdica, um livro lúdico, mesmo que estes elementos não criem uma prática vivencial. Do mesmo modo, podemos, também, ter jogos lúdicos, aulas lúdicas, palestras lúdicas, programas de tevê lúdicos, uma gestão lúdica de uma empresa etc... Deste modo, o lúdico também faz parte do universo do lazer, do entretenimento, da decoração, da arquitetura, da educação, entre outros. Ao mesmo tempo, o lúdico traça um paralelo muito forte com a recreação uma vez que todo programa recreativo deve ser, obrigatoriamente, lúdico. 43 Recreação e Lazer A recreação é, comumente, apresentada de maneira ligada à área de lazer, quase como se o binômio "recreação e lazer" possuísse um significado único. Isto talvez ocorra por ambas as áreas possuírem características comuns como o componente lúdico, a busca da satisfação pessoal, a flexibilidade nas regras. Mas recreação e lazer não estão restritos um ao outro, embora muitas vezes encontraremos vivências que pertencem às duas áreas. Podemos apontar casos como a ação de ler um livro, degustar um bom vinho, visitar uma exposição de pinturas, de flores, ou de carros, ouvir música, ir a uma festa, conversar com os amigos ou frequentar redes sociais, entre muitas outras, que podem se caracterizar como atividades de lazer, sem que sejam, por definição, atividades recreativas. 44 Igualmente podemos encontrar uma gincana cultural ocorrendo em meio a uma aula escolar, um concurso de leitura, uma visita guiada a um museu, um outdoor training gerencial de uma empresa, entre outras, que podem se caracterizar como atividades recreativas, sem que sejam atividades de lazer. O que diferenciam estes exemplos daqueles é que os primeiros ocorrem em horários descompromissados, tempos livres, disponíveis, onde não há tarefas obrigatórias por se fazer. São atividades do universo de escolhas do indivíduo, onde ele participa, sozinho ou em grupos, de atividades que escolheu por decisão própria e destituído de qualquer compromisso financeiro, profissional, social ou educacional. Já nestes exemplos recreativos, as atividades ocorrem dentro de um período que pode ser ou não compromissado. Gincanas escolares, treinamentos gerenciais ocorrem respectivamente em um horário determinado para a educação ou para o trabalho, por exemplo. Não são horários de lazer. Mas podem também ocorrer vinculados ao lazer, de maneira voluntária e descompromissada. Neste caso, o que diferencia o lazer da recreação é que esta deve ser planejada, ser conduzida ou proposta por um profissional, equipamento ou entidade recreativa, enquanto que aquela pode ocorrer espontaneamente. A recreação é uma vivência intencional, existe um objetivo em sua prática, e este objetivo deve ter sido elaborado por um profissional competente para tal. Este objetivo pode ser intelectual, emocional, social, assim como pode ser a diversão, o entretenimento por si só. Silveira (2011) observa, ainda, em relação ao lazer, a necessidade de levantar os aspectos do dito "lazer ilícito" que está relacionado a práticas ilegais sob ponto de vista da legislação de um determinado país. No Brasil, por exemplo, o uso de drogas, rachas de automóveis, rinhas de animais, prostituição, jogos de azar, entre outros, são práticas de lazer consideradas ilegais. Apesar de proibidas pela lei do país, são amplamente realizadas por indivíduos, individual ou coletivamente, em todo o território nacional. Estas práticas são voluntárias, ocorrem em um momento da vida não comprometido e visam ao prazer do participante, o que caracteriza atividades típicas de lazer. Não entraremos aqui em uma discussão moral, ética, política ou legal. Gostaríamos porém de apresentar que este caráter ilícito não permite a caracterização de tais práticas como recreativas, uma vez que não condizem com a proposta de crescimento individual ou social, de revigorar das forças, de revitalizar, que são característicos do trabalho recreativo. Igualmente se tornam incompatíveis 45 com a necessidade de objetivos elaborados por um profissional, que também é essência do trabalho recreativo. Como pode um profissional idealizar, planejare implementar uma proposta ilícita? Recreação e Ócio Já o vínculo do ócio com a recreação já se apresenta de maneira mais truncada. Embora o termo "ócio" possa apresentar significados diferentes em outros idiomas e países, no Brasil é geralmente relacionado ao não fazer nada, ao descanso, à contemplação, até mesmo à preguiça. Está intimamente ligada ao lazer e a opção pessoal pela não atividade, contando com um investimento de tempo em momentos mais intimistas. Deste modo, é raro vermos profissionais planejando a recreação baseada predominantemente no ócio. Apesar disto, momentos de contemplação, reflexão, relaxamento e descanso fazem parte de muitos programas recreativos, contemplando o vínculo destas áreas de estudo. 46 Recreação, Atividade Física e Esporte A recreação teve, como um de seus berços, a educação física. Talvez por isto ela hoje ainda se encontra tão relacionada às atividades físicas e aos esportes. Entretanto, estas relações também não são limitantes. Pelo contrário: tanto esportes, como o futebol, voleibol, beisebol etc., como atividades físicas, como correr, pular, lançar, chutar etc., sempre se apresentaram como grandes elementos que compõem a prática recreativa, juntamente com a música, a dança, as artes em geral, a preservação ambiental, as bases terapêuticas, o convívio social, o relaxamento, a contemplação, a linguagem, entre outros assuntos de grande importância para o contexto recreativo. Disto, podemos dizer que também o esporte e a atividade física fazem parte do universo da recreação, assim como a recreação muitas vezes faz parte do universo dos esportes e da prática física, sem, no entanto, se caracterizarem como áreas comuns (mas sim afins). Recreação, Jogo e Brincadeira[editar | editar código-fonte] Assim como o esporte e a atividade física, o jogo e a brincadeira representam parte importante do escopo da recreação, mas esta não se basta naqueles. 47 O jogo é estratégia importante para alguns momentos onde se visa ao trabalho com regras, o desenvolvimento coletivo, o desempenho em equipe, o aprender a ganhar ou perder, entre outros conteúdos recreativos. A brincadeira, por sua vez, se incorpora com constância na recreação, por seu contexto lúdico e divertido. Entretanto, existem jogos não recreativos, como as competições esportivas e os jogos de azar, por exemplo. Assim, também existem brincadeiras que não são recreativas, como a brincadeira de se satirizar um amigo, as brincadeiras de "mau gosto" como "passar o pé" no colega de sala, colar um bilhete nas costas de um colega com frases negativas, entre outras. 48 CONCLUSÃO A psicomotricidade é uma formação de base indispensável a toda criança, pois pode ajudá-la a organizar o seu próprio esquema corporal, percebendo a si mesma e o meio. Visando este propósito, este artigo tem como objetivo buscar informações teóricas sobre a psicomotricidade e suas contribuições para o atendimento psicopedagógico, além de ser um referencial para todos que atuam na área da educação. No referencial teórico abordaram-se aspectos significativos sobre a educação psicomotora e o desenvolvimento da criança. Buscou-se comprovar a interrelação entre a psicomotricidade e psicopedagogia. A psicopedagogia esta ligada a forma de ensino-aprendizagem, como o individuo desenvolve seu conhecimento, assim como psicomotricidade que visa o desenvolvimento integral do individuo trabalhando o corpo e a mente. A contribuição da psicomotricidade para a psicopedagogia, no qual, o trabalho foi alcançado e confirmado através das pesquisas bibliográficas. Sendo possível observar que a educação psicomotora vê a criança como um todo e, seu crescimento embora subdividido em aspectos específicos, deve ser global, abrangendo todo o desenvolvimento da criança, assim como a psicopedagogia que observa o todo do individuo para poder desenvolver suas habilidades no processo ensino-aprendizagem. Portanto afirmando que a psicomotricidade serve como ferramenta para qualquer área de estudo voltada para a organização afetiva, motora, social e intelectual do indivíduo. Concluímos que durante o desenvolvimento a criança enfrenta problemas, frente às situações novas que, se não forem sanadas, originarão em barreiras só transponíveis através de ações reeducadoras, como o trabalho psicopedagógico que visa solucionar o problema fazendo a criança enfrentá-lo através do brincar, dos jogos, da afetividade e criatividade, das crianças e educadores. Conforme afirma Costa: 49 Apesar de ser a reeducação uma ação fragmentada, é possível marcar uma intersecção no atendimento aos problemas de aprendizagem à medida que a esta é realizada pelo corpo do sujeito “psicomotor-cognoscente”, porque cognição e motor se interdependem no processo de equilibração. É o corpo, eixo comum na prática da psicopedagogia e da psicomotricidade, porta-voz dos sintomas e sede dos problemas de aprendizagem e/ou psicomotores. (2012, p.70) Conclui-se também a importância que atividades recreativas tem para as crianças. Quando uma criança brinca, ela explora, descobre, experimenta, inventa diversas situações. Mais do que isso, ela desenvolve habilidades motoras, estimula a curiosidade, a autoconfiança, a autonomia, descobre a linguagem, o pensamento, a concentração e a atenção, além de contribuir para a socialização de meninos e meninas da mesma faixa etária. As brincadeiras são mais individuais e egocêntricas quando as crianças são muito novas, já que elas estão no processo de se descobrir. À medida que elas vão crescendo, as atividades ficam mais interativas e cooperativas. E é a partir das atividades lúdicas na infância que o ser humano interage socialmente e se prepara para a vida adulta. É importante que o tempo dedicado às atividades recreativas seja de qualidade. Isso quer dizer que é preciso escolher bem as brincadeiras e os jogos que possam estimular o desenvolvimento cognitivo e as habilidades sociais da criança, como pintura, pular corda, jogos de tabuleiro, cantigas de roda, atividades culturais, entre outras. 50 REFERENCIAS CELEIRO. RECREAÇÃO. DISPONÍVEL EM <WWW.PROJETOCELEIRO.COM.BR> ACESSO EM 10 JAN 2012. GOMES, CHRISTIANNE; ELIZALDE, RODRIGO. HORIZONTES LATINO-AMERICANOS DO LAZER/HORIZONTES LATINOAMERICANOS DEL OCIO. BELO HORIZONTE: EDITORA UFMG, 2012. DISPONÍVEL EM HTTP://GRUPOOTIUM.FILES.WORDPRESS.COM/2012/06/HORIZONTES_LATINO_AM ERICANOS_LAZER_JUNHO_20123.PDF**FREINET, CÉLESTIN. A EDUCAÇÃO DO TRABALHO. 1ª ED. SÃO PAULO-SP : MARTINS FONTES, 1998. MARINHO, ALCIANE. A EDUCAÇÃO AO AR LIVRE E O APRENDIZADO SEQUENCIAL: POSSIBILIDADES DE VIVÊNCIA NA NATUREZA, CONBRACE - CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 13, CAXAMBU (MG), ANAIS... CAXAMBU, 2003, CD-ROM MARINHO, ALCIANE. 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