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Universidade Estadual do Ceará - UECE Faculdade de Veterinária - FAVET Disciplina de Semiologia Veterinária Monitora: Amanda Ribeiro ESTUDO DIRIGIDO I - SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO 1. Quais são as etapas (em ordem de acontecimento) de um plano geral de exame clínico: a. Exame físico geral; Anamnese; Exame físico específico; Identificação b. Anamnese; Exame dermatológico; Palpação; Exame físico geral c. Identificação; Avaliação dos parâmetros vitais; Exame físico específico; Avaliação das mucosas d. Identificação; Anamnese; Exame físico Geral; Exame físico Específico e. Exame físico geral; Avaliação dos linfonodos; Aferição de temperatura; Anamnese R: É importante que todo exame clínico estabeleça uma sequência de exame. Geralmente, acontece uma identificação daquele animal, uma investigação do histórico do animal (anamnese), o exame físico geral e específico, exames complementares, diagnóstico, prognóstico e tratamento. 2. Qual dos seguintes sinais clínicos é um indicativo comum de insuficiência cardíaca congestiva em cães e gatos? a. Aumento do apetite b. Vômitos frequentes c. Tosse persistente d. Pelagem mais brilhante R: A tosse persistente é um indicativo comum de insuficiência cardíaca congestiva em cães e gatos. Isso ocorre porque a insuficiência cardíaca congestiva afeta o funcionamento adequado do coração, resultando em acúmulo de líquido nos pulmões. Esse acúmulo de líquido pode irritar as vias aéreas e causar tosse. 3. Qual dos seguintes não é um sintoma comum de choque circulatório em cães e gatos? a. Hipotermia b. Hipertensão arterial c. Taquipneia d. Mucosas pálidas R: A hipertensão arterial não é um sintoma comum de choque circulatório em cães e gatos. O choque circulatório é caracterizado por uma diminuição da crítica do fluxo sanguíneo e da perfusão de órgãos, o que leva a sintomas como hipotermia (temperatura corporal baixa), taquipneia (respiração rápida) e mucosas pálidas (mucosas com cor mais clara do que o normal devido à redução do fornecimento de sangue). 4. Como a auscultação cardíaca pode ser usada na semiologia do sistema circulatório em cães e gatos? Quais são os principais achados anormais que um veterinário pode detectar? R: A auscultação cardíaca desempenha um papel fundamental na semiologia do sistema circulatório em cães e gatos, pois permite aos veterinários avaliar a saúde do coração e identificar possíveis problemas cardíacos. Durante a auscultação cardíaca, o veterinário utiliza um estetoscópio para ouvir os sons produzidos pelo coração, como corações cardíacos, sopros, murmúrios e ritmos anormais. Isso é importante porque diferentes sons cardíacos podem indicar problemas específicos, como válvulas cardíacas com defeito, arritmias ou alterações no fluxo sanguíneo. Além disso, a auscultação ajuda a determinar a frequência cardíaca, o ritmo cardíaco e a presença de quaisquer anormalidades que possam afetar a função cardíaca. Os principais achados anormais que um veterinário pode detectar incluem: Sopros cardíacos: Sopros são ruídos anormais na auscultação cardíaca que podem indicar problemas nas válvulas cardíacas, como estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento) valvular. Ritmo cardíaco anormal: Variações no ritmo cardíaco, como arritmias, podem ser bloqueadas. Isso pode indicar problemas como fibrilação atrial ou taquicardia ventricular. Frequência cardíaca anormal: Uma frequência cardíaca muito rápida (taquicardia) ou muito lenta (bradicardia) pode ser indicativa de problemas cardíacos. 5. O que a ausência de pulso femoral em um cão ou gato pode indicar durante o exame físico? a. Insuficiência renal b. Arritmia cardíaca c. Trombose arterial d. Hipertireoidismo R: O pulso femoral refere-se ao pulso arterial que pode ser direcionado nas artérias femorais na região da coxa. Quando não é possível detectar o pulso femoral, isso pode sugerir uma obstrução das artérias femorais devido a um coágulo sanguíneo, ou que é causado por trombose arterial. É importante notar que a ausência de pulso femoral também pode ser um indicativo de outras condições, como uma arritmia cardíaca grave ou estenose (estreitamento) arterial significativa. 6. Quais são os sinais clínicos de uma insuficiência cardíaca congestiva em cães e gatos e como são diagnosticados? R: Tosse persistente; Dificuldade respiratória ou respiração rápida; Fraqueza e letargia; Acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar), que pode levar à respiração ofegante; Acúmulo de líquido no abdômen (ascite), proporcionando um aumento visível nas condições abdominais; Perda de apetite; Cansaço fácil durante o exercício; Extremidades frias ou cianose (coloração azulada nas mucosas). O diagnóstico de insuficiência cardíaca congestiva em cães e gatos envolve vários passos: Histórico clínico: O veterinário iniciará o processo de diagnóstico buscando informações detalhadas sobre os sintomas do animal, histórico médico, medicamentos em uso e qualquer fator de risco para doenças cardíacas. Exame físico: Será realizado um exame físico completo, incluindo a auscultação cardíaca para detectar sopros, ritmo cardíaco anormal e outros achados relevantes. Radiografia torácica (raios-X): As radiografias podem revelar sinais de congestão pulmonar, aumento do coração e acúmulo de líquido nos pulmões. Ecocardiografia: exame de ultrassom do coração que permite avaliar a estrutura e a função cardíaca, identificar defeitos valvulares, medir a função ventricular e determinar a causa subjacente da insuficiência cardíaca. Eletrocardiograma (ECG): Um ECG registra a atividade elétrica do coração, ajudando a identificar arritmias. 7. Um gato apresenta fraqueza súbita nas patas traseiras e dor abdominal. Durante o exame físico, você observa pulso femoral ausente nas patas traseiras. Quais são as possíveis causas dessa condição? R: A ausência de pulso femoral nas patas traseiras de um gato, juntamente com lesões súbitas nas patas e dorso abdominal, pode indicar várias condições, sendo as possíveis causas mais comuns: Trombose arterial: Isso ocorre quando um coágulo sanguíneo obstrui uma das artérias principais que fornecem sangue às patas traseiras. A obstrução do fluxo sanguíneo pode levar à fraqueza e à ausência de pulso nas patas afetadas. Embolia arterial: Semelhante à trombose, uma embolia ocorre quando um fragmento de um coágulo sanguíneo ou um êmbolo é transportado pela corrente sanguínea e fica preso em uma artéria, bloqueando o fluxo sanguíneo para as patas traseiras. Doença cardíaca: Algumas condições cardíacas podem levar a uma diminuição significativa do fluxo sanguíneo para as extremidades, causando danos e ausência de pulso nas patas traseiras. 8. Um cão, 8 anos de idade, Poodle, foi atendido com histórico de tosses improdutivas (semelhante a engasgos) com evolução de 25 dias. Ao exame clínico, você percebe presença de mucosas discretamente cianóticas, além da presença de sopro sistólico grau IV em foco mitral. O seu estagiário, muito curioso com a nomenclatura utilizada, pergunta: o que isso significa, doutor (a)? a. O sopro sistólico mitral do paciente relaciona-se aos defeitos de fechamento de valvas semilunares, caracterizando um quadro de insuficiência pulmonar, o que gera o som audível (sopro) na ausculta cardíaca. b. O sopro sistólico mitral do paciente relaciona-se aos defeitos de abertura de valvas seminulares, caracterizando um quadro de estenose pulmonar, o que gera o som audível (sopro) na ausculta cardíaca. c. O sopro sistólico mitral do paciente relaciona-se aos defeitos de abertura de valva atrioventricular, caracterizando um quadro de insuficiência mitral, o que gera o som audível (sopro) na ausculta cardíaca. d. O sopro sistólico mitral do paciente relaciona-se aos defeitos de fechamento de valva atrioventricular, caracterizando um quadro de insuficiência mitral, o que gera o som audível (sopro) na ausculta cardíaca. R: Sopro sistólico ocorre entre a primeira e a segunda bulha de um mesmo ciclo cardíaco. O item D está correto, pois ele relata que acontece sobre defeitos dofechamento da valva atrioventricular, que é justamente onde ocorre a origem da primeira bulha cardíaca. Além disso, o sopro pode ser sistólico nos casos da regurgitação mitral ou tricúspide – congênita ou adquirida – ,estenoses das valvas pulmonar ou aórtica etc. 9. “Ao se iniciar a ausculta cardíaca, é fundamental a determinação das bulhas cardíacas, que normalmente são facilmente auscultáveis e conhecidas como 1ª. e 2ª. bulhas (S1 e S2, respectivamente)” (Camacho; Mucha, 2004). Diante do exposto, assinale abaixo a alternativa correta que explica a origem de tais bulhas: a. A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas atrioventriculares aórtica e pulmonar, enquanto que a S2 origina-se do fechamento das valvas semilunares mitral e tricúspide b. A bulha S1 e S2 relacionam-se simultaneamente com o fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide. c. A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide, enquanto que a S2 origina-se do fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar d. A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas semilunares mitral e pulmonar, enquanto que a S2 origina-se do fechamento das valvas atrioventriculares aórtica e tricúspide. e. A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar, enquanto que a S2 origina-se do fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide. R: A primeira bulha cardíaca (S1), de maneira simplificada, é produzida por: Fechamento (com tensão e vibração) das valvas atrioventriculares esquerda (mitral) e direita (tricúspide). Distensão (tensão e vibração) das cordoalhas tendíneas (ou cordas tendíneas) – estruturas filamentosas que ligam as valvas ou folhetos valvulares ao coração ruído muscular da contração ventricular. A segunda bulha (S2) ocorre em decorrência de: Fechamento das valvas semilunares (sigmóides) pulmonar e aórtica; desaceleração da coluna de sangue nos grandes vasos; repercussão do sangue contra as valvas semilunares na tentativa de retornar aos ventrículos. A origem da primeira bulha cardíaca praticamente relaciona-se diretamente com o fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide, com o turbilhonamento do sangue dentro das câmaras ventriculares e pela contração dos ventrículos. Por sua vez, a segunda bulha origina-se do fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar. A alternativa correta é a letra C. A primeira bulha cardíaca (S1) é produzida pelo fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) durante a sístole ventricular. Já a segunda bulha cardíaca (S2) é produzida pelo fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar) durante a diástole ventricular. Portanto, a origem das bulhas cardíacas está relacionada com o fechamento das valvas cardíacas, e não com a abertura delas. O conhecimento da origem das bulhas cardíacas é fundamental para a interpretação da ausculta cardíaca e para o diagnóstico de possíveis disfunções cardíacas. 10. Quais são os principais sinais clínicos associados a um episódio de síncope em um cão ou gato? R: Os principais sinais clínicos associados a um episódio de síncope (desmaio) em um cão ou gato podem incluir: Perda de consciência temporária; Fraqueza súbita; Queda repentinamente; Perda de controle das funções musculares; Respiração superficial ou parada respiratória temporária; Palidez das mucosas (gengivas, língua, etc.); Dilatação das pupilas; Descoordenação motora após a recuperação. A síncope ocorre quando há uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro, levando à perda de consciência. Isso pode ser causado por vários motivos, incluindo problemas cardíacos, distúrbios neurológicos, baixa pressão sanguínea, entre outros. 11. Durante o exame físico de um animal com problemas respiratórios, quais são os achados normais que um veterinário procuraria na auscultação pulmonar? R: Durante o exame físico de um animal com problemas adversos (ou seja, quando o animal está enfrentando condições desafiadoras), um veterinário procuraria os seguintes achados normais na auscultação pulmonar: Sons Respiratórios Regulares: O veterinário escutaria uma respiração regular e consistente, sem interrupções abruptas ou pausas selecionadas. Sons Simétricos: Os filhos seriam simétricos em ambos os lados dos pulmões, o que significa que não haveria diferenças notáveis entre o lado esquerdo e o lado direito. Ritmo Respiratório Adequado: O ritmo respiratório do animal estaria em conformidade com a espécie e a situação. Por exemplo, cães e gatos têm taxas respiratórias normais diferentes, essas taxas podem variar com base na atividade e na temperatura ambiente. Expansão Torácica Normal: Durante a inspiração (inalação) e expiração (exalação), o veterinário observa uma expansão e contração normais da parede torácica do animal. Isso indica um esforço adequado. 12. Sabendo-se que a dispneia é um sinal clínico importante das afecções do sistema respiratório, classifique os tipos de dispneia e explique em que situações elas ocorrem. R: Dispneia Inspiratória: Nesse tipo de dispneia, o animal tem dificuldade em inspirar ar. Pode ocorrer em situações como: Obstruções das vias aéreas superiores, como distúrbio da traqueia ou corpos estranhos. Doenças que causam desconforto ou inflamação das estruturas respiratórias, como pneumonia. Dispneia Expiratória: Nesse tipo, o animal tem dificuldade em expirar o ar. Pode ocorrer em situações como: Broncoconstrição, como asma ou bronquite, que torna a expiração mais difícil. Doenças que causam acúmulo de líquido nos pulmões, como edema pulmonar. Dispneia Mista: Essa é uma combinação de dificuldade na inspiração e expiração e pode ser causada por diversas condições, como: Insuficiência cardíaca congestiva, que afeta tanto o coração quanto os pulmões. Lesões traumáticas ou fraturas que afetam a caixa torácica. Dispneia de Esforço: Esse tipo de dispneia ocorre quando o animal se torna ofegante durante o exercício ou atividade física. Pode ser um sinal de doença cardíaca ou pulmonar subjacente. Dispneia Paroxística Noturna: É uma dispneia que ocorre principalmente durante a noite e pode acordar o animal do sono. É comumente associada a insuficiência cardíaca congestiva. Dispneia Aguda: É uma dispneia súbita e grave que requer atenção imediata, podendo ser causada por condições como pneumotórax, embolia pulmonar ou obstrução das vias aéreas. 13. Quais são as causas mais comuns de tosse em cães e gatos, e como essas causas podem ser diferenciadas durante a semiologia respiratória? R: Infecções Respiratórias: Infecções virais, como a gripe canina (tosse dos canis) e a rinotraqueíte felina, ou infecções bacterianas, como a traqueobronquite infecciosa canina (conhecida como tosse dos canis em cães), podem causar tosse. Doenças Cardíacas: Insuficiência cardíaca congestiva pode levar a acúmulo de fluido nos pulmões, resultando em tosse. Alergias: Alergias a pólen, ácaros, mofo ou outros alérgenos podem desencadear tosse. Doenças Respiratórias Crônicas: Doenças como asma em gatos e bronquite crônica em cães podem causar tosse recorrente. Corpos Estranhos: A inalação de objetos estranhos, como grama, pode irritar as vias aéreas e levar à tosse. Câncer: Tumores nos pulmões ou nas vias aéreas podem causar tosse, especialmente em estágios avançados. Para diferenciar as causas durante a semiologia respiratória, um veterinário consideraria vários fatores, como: Características da Tosse: A tosse pode ser seca, úmida, produtiva (com expectoração) ou não produtiva. Por exemplo, tosse produtiva com expectoração espessa pode sugerir infecção bacteriana, enquanto tosse seca pode ser associada a alergias. Exame Físico: O veterinário avaliará o estado geral do animal, incluindo temperatura corporal, frequência cardíaca e respiratória, para identificar possíveis sinais de infecção, febre, ou doenças cardíacas. Histórico Clínico: Informações sobre a duração da tosse, exposição a alérgenos, histórico de vacinação e quaisquer outros sintomas (como falta de ar) sãoessenciais para o diagnóstico. Exames Complementares: Radiografias torácicas, exames de sangue, cultura de escarro, ou outros exames podem ser necessários para confirmar a causa da tosse. 14. Quais são as diferenças típicas na frequência respiratória entre cães e gatos em repouso? a. Gatos têm frequência respiratória mais rápida que cães b. Cães têm frequência respiratória mais rápida que gatos c. A frequência respiratória é a mesma em ambas as espécies d. Gatos têm frequência respiratória mais lenta que cães R: A frequência respiratória em repouso varia entre cães e gatos, e geralmente, gatos têm uma frequência respiratória mais rápida do que cães. Isso ocorre por várias razões: Tamanho Corporal: Geralmente, gatos são menores do que cães. Animais menores tendem a ter frequências respiratórias mais rápidas em repouso, pois precisam de um ritmo respiratório mais rápido para suprir as necessidades metabólicas do corpo. Metabolismo: Gatos têm um metabolismo basal relativamente mais alto do que muitas raças de cães. Isso significa que seus corpos requerem mais oxigênio, o que pode resultar em uma frequência respiratória mais rápida. Comportamento: Gatos são predadores e têm momentos de atividade intensa, seguidos por descanso. Isso pode levar a variações na frequência respiratória ao longo do dia, com períodos de repouso em que a respiração pode se tornar mais rápida. 15. Pacientes cardiopatas ou com alterações no sistema respiratório, por vezes, apresentam alterações clínicas comuns a ambos sistemas, como tosses ou dispneias. Logo, sempre surge a seguinte pergunta: “É circulatório ou respiratório?”. Nesse contexto, avalie as seguintes assertivas e assinale a alternativa correta: a. Processos dispneicos podem estar relacionados às dificuldades de inspiração, como ocorre em cães braquicefálicos, ou a processos de expiração, como ocorre em pacientes com edemas pulmonares. b. Pacientes cardiopatas podem apresentar quadros de tosse por aumento de átrio esquerdo, relacionado à compressão de brônquios principais, ou associados a edemas pulmonares secundários a insuficiências cardíacas de lado esquerdo. c. O reflexo de tosse pode ser estimulado por meio de uma leve pressão em traqueia, sendo este sinal sugestivo de alteração cardíaca. d. Quadros de tosse associadas ao sistema respiratório sempre possuem o componente mucóide, sendo esse componente ausente em tosses associadas ao sistema circulatório. 16. Um cão de 8.5 anos foi atendido no HV da UECE e apresentou os seguintes sinais clínicos: cansaço fácil, mucosas cianóticas e dispnéia respiratória. Na inspeção inicial observou-se um escore corporal regular e tendência para posição ortopnéica. Pergunta-se: Quais sistemas percebe-se a priori estarem envolvidos? Explique sua resposta anterior. Quais exames complementares podem ser utilizados para confirmação da suspeita diagnóstica e porquê? R: Sistema Cardiovascular: As mucosas cianóticas (coloração azulada) e a dispneia respiratória sugerem um possível envolvimento do sistema cardiovascular. A cianose pode indicar uma insuficiência cardíaca congestiva, na qual o coração não está bombeando eficazmente o sangue, levando a um acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar) e à dispneia. Sistema Respiratório: A dispneia (dificuldade respiratória) é um sintoma que também aponta para problemas no sistema respiratório, como edema pulmonar ou outras condições que afetam a troca de oxigênio nos pulmões.Exames complementares que podem ser usados para confirmar a suspeita diagnóstica incluem: Radiografia Torácica: Isso ajudará a visualizar o estado dos pulmões e do coração, identificando possíveis sinais de edema pulmonar, aumento do coração (cardiomegalia) ou outras anormalidades. Eletrocardiograma (ECG): Um ECG registraria a atividade elétrica do coração e ajudaria a identificar possíveis arritmias cardíacas. Ecocardiografia: Este é um exame de ultrassom do coração que fornece informações planejadas sobre a função cardíaca, tamanho das câmaras cardíacas, válvulas e fluxo sanguíneo. É especialmente útil para avaliar problemas cardíacos. Hemograma e Bioquímica Sanguínea : Esses exames podem fornecer informações sobre a função renal, função hepática e outras condições subjacentes que podem contribuir para a dispneia. Gasometria Arterial: Uma amostra de sangue arterial pode ser usada para avaliar os níveis de oxigênio e dióxido de carbono 17. Durante o exame físico de um cão ou gato, como as mucosas são avaliadas quanto à sua coloração e umidade? R: Coloração das Mucosas: As mucosas, geralmente avaliadas na gengiva, são verificadas quanto à sua coloração. O rosa é uma cor normal nas mucosas bucais, mas a coloração pode variar entre tons de rosa claro a rosa-escuro, dependendo da pigmentação do animal. Mucosas pálidas podem indicar anemia, enquanto mucosas cianóticas (azuladas) podem sugerir problemas de oxigenação. Mucosas amareladas podem ser um sinal de icterícia, relacionado a problemas no fígado ou na vesícula biliar. Umidade das Mucosas : A umidade das mucosas também é observada. As mucosas normais devem ser úmidas, mas não devem ser encharcadas. Mucosas secas podem indicar desidratação. 18. Qual é o termo médico para a dificuldade respiratória extrema e potencialmente fatal em cães e gatos? a. Bradipneia b. Taquipneia c. Dispneia d. Hipotermia 19. Quais achados na auscultação pulmonar podem sugerir a presença de doença cardíaca em cães e gatos? R: Sopros Cardíacos: A presença de sopros cardíacos anormais pode ser um indicador de doença cardíaca. Sopros são ruídos adicionais ou anormais durante a auscultação cardíaca e podem ser causados por problemas nas válvulas cardíacas, defeitos congênitos ou outras condições cardíacas. Ritmo Cardíaco Anormal: Um ritmo cardíaco irregular, como arritmias, pode ser observado em animais com doenças cardíacas. Isso inclui ritmos muito rápidos (taquicardia) ou muito lentos (bradicardia). Esteres Pulmonares: Esteres são ruídos pulmonares anormais durante a auscultação que podem indicar acúmulo de fluido nos pulmões, ou que podem ocorrer em casos de insuficiência cardíaca congestiva. 20. Quais são as diferenças entre dispneia e taquipneia, e por que esses sinais são importantes na semiologia do sistema respiratório em cães e gatos? R: Dispneia: A dispneia refere-se à dificuldade respiratória, ou seja, o esforço ou desconforto que um animal sente ao respirar. Isso pode ser caracterizado por respiração rápida e superficial, aumento do esforço respiratório, sons respiratórios anormais e postura corporal anormal, como posição ortopnéica (onde o animal assume uma posição ereta para respirar mais facilmente). A dispneia pode indicar uma variedade de problemas de doenças graves, cardíacas ou sistêmicas. Taquipneia: A taquipneia, por outro lado, refere-se especificamente à respiração rápida e acelerada. É uma frequência respiratória anormalmente elevada, onde o animal está respirando mais rápido do que o normal para compensar algum problema subjacente. A taquipneia pode ser um sintoma de dispneia, mas nem sempre. Pode ser causado por estresse, dor, febre, doenças pulmonares, cardiovasculares e outros problemas de saúde.
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