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Questões Doenças (pequenos) - 16 04

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Nome: Maria Eduarda Azman Bertelli
RA: 210513
Doenças Parasitárias – Analy. 
1.Sobre as ixodidioses em pequenos animais descreva o ciclo do parasito e correlacione com as formas de controle do mesmo.
Ixodidiose é o termo técnico para designar infestação por carrapatos, mas o carrapato mais frequente em cães é o Rhipicephalus Sanguineus, que está adaptado às áreas urbanas, podendo ser encontrado no interior das residências. Ao abandonar seu hospedeiro, a fêmea precisa de alguns dias para botar os ovos. Faz seu ninho em frestas, rodapés, batentes de porta, atrás de quadros e embaixo de estrados de camas. Este carrapato não gosta de ficar no chão ou grama. Os carrapatos não tem por habito se fixar em residência em um único animal, eles procuram cachorros, gatos, humanos ou qualquer outro animal para se alimentar, voltando para o ambiente, onde colocam seus ovos e, assim, desenvolvem seu ciclo, colocando os ovos no ambiente, após sair do ovo a larva procura um animal para se alimentar e retornar ao ambiente após alguns dias. No ambiente, a larva se transforma em ninfa, ganhando mais um par de patas, depois já com 4 pares de patas, a ninfa torna a procurar um animal para se alimentar e volta o ambiente onde se transforma em adulta (macho ou fêmea), então os adultos infestam os animais para se alimentar de seu sangue, reproduzir-se e começar um novo ciclo de vida. Normalmente estes ninhos são próximos de onde o animal dorme. Ao sair do esconderijo, os carrapatos caminham pelo ambiente a procura para se alimentarem. Os carrapatos são extremamente resistentes, podem ficar semanas escondidos, aguardando uma condição de clima mais favorável para saírem em busca de alimento. Eles também são resistentes a produtos de limpeza, por isso infestação não é sinônimo de sujeira. Além da infestação poder causar irritação na pele, em altas concentrações nossos amigos podem ficar anêmicos. Isso porque, além de se alimentar do sangue, o parasita transmite doenças que atacam os glóbulos vermelhos e brancos. O tratamento deve se ter a consciência de que, não adianta tratar somente ao animal, mas sim associar um tratamento ambiental com um tratamento do animal. 
O tratamento ambiental é o principal problema no tratamento e controle dos ectoparasitas, correspondendo à grande parte do tratamento completo. Mas a principal medida realizada para o tratamento ambiental é o controle mecânico (limpeza), que permite a remoção dos ovos ambientais, e também o impedimento do acesso do animal ao ambiente infestado. Algumas opções farmacêuticas são a Deltametrina (butox e K-othrine) e, Amitraz (triatox), essas drogas são de importante escolha, pois possuem efeitos residual no ambiente e são de baixa toxicidade (quando aplicadas no ambiente). Se faz uma diluição altamente concentrada de 1ml para cada litro de agua. Ao aplicar no ambiente, retirar os animais do local até a solução secar. Geralmente, 3 a 4 aplicações com intervalo de 14 dias são suficiente, mas dependera do nível de infestação. 
O tratamento do animal é tão importante quanto o tratamento ambiental, no entanto, é de mais fácil realização. As opções de fármacos para tratamento de ectoparasitas são, Frontline (apresentando baixa eficácia na maioria dos casos devido a resistência), fármaco a base de fipronil (carrapaticida) e metoprene (pulicida), com apresentações “pour-on” e “spray” (útil para cães e gatos acima de 2 dias de idade). Piretroides, não são indicados (toxicidade maior no animal), mas podem ser usados em determinados casos, são fármacos carrapaticidas e pulicidas (adulticidas e larvicidas), causam o chamado efeito Knock Down, ou seja, derrubam as pulgas e os carrapatos do animal. E quando associado com o tratamento ambiental é resolvido, pois o efeito knock down, geralmente, não mata os parasitas, causando apenas sua queda.
2. Cite 3 fármacos utilizados para controle de ixodidioses e seus respectivos mecanismos de ação.
Frontline (apresentando baixa eficácia na maioria dos casos devido a resistência), fármaco a base de fipronil (carrapaticida) e metoprene (pulicida), com apresentações “pour-on” e “spray” (útil para cães e gatos acima de 2 dias de idade). Seus princípios ativos realizam a inibição de um neurotransmissor inibitório denominado ácido gama aminobutírico ou GABA. Ao inibir este NT inibitório, os efeitos excitatórios não são controlados, gerando uma hiperexcitabilidade nas pulgas e carrapatos. 
Piretroides, não são indicados (toxicidade maior no animal), mas podem ser usados em determinados casos, são fármacos carrapaticidas e pulicidas (adulticidas e larvicidas), causam o chamado efeito Knock Down, ou seja, derrubam as pulgas e os carrapatos do animal. E quando associado com o tratamento ambiental é resolvido, pois o efeito knock down, geralmente, não mata os parasitas, causando apenas sua queda. Associar piretroide de efeito knock down + produto “pour-on” à base de permetrina + tratamento ambiental à base de amitraz. O rodizio de princípios ativos é a resposta para um tratamento bem sucedido, tanto no animal, quanto no ambiente. 
Capstar (nitempiram), utilizado na dose de 1mg/kg/VO (cães e gatos) causa o bloqueio dos receptores nicotínicos da acetilcolina, bloqueando a contração muscular. Tem efeito knock down, sendo utilizado, comumente, quando o animal muda de ambiente, ou em associação a outros fármacos. 
Revolution, fármaco à base de selamectina (avermectina semissintética) utilizado na apresentação “pour-on” em cães e gatos. É, além de pulicida, um endectocida (eficaz contra endoparasitos, mesmo na versão pour-on).
Seresto ( imidacloprida + flumetrina – piretroide), é uma coleira pulicida, carrapaticida, adulticida e larvicida utilizado em cães e gatos, com efeito de até 8 meses.
Bravecto (fluralaner) e Nexgard (afoxolaner), são isoxazolinas, um fármaco via oral indicado para cães, é pulicida e carrapaticida (adulticida), com efeito de até 12 semanas (bravecto) e 1 mês (nexgard).
OBS: nunca associar dois produtos com o mesmo princípio ativo.
3. Sobre as pulicioses, quais são as consequências dermatológicas que podem ocorrer?
São a causa da DAPE (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas) são processos alérgicos individuais, ou seja, depende do nível de sensibilidade do animal à picada. Uma infestação pode levar a um prurido intenso, e ao se coçar o animal causa escoriações (rarefações pilosas). Nos gatos a DAPE é denominada de dermatite miliar, mas é multifocal (vários focos de dermatite, prurido e escoriações). Em cães, nas áreas acometidas pelas pulgas e devido à ação mecânica do “coçar”, são abertos pontos de entrada para infecções secundarias na pele do animal, quando isso acontece, há formação de um quadro de piodermite (infecção secundaria que se beneficiou da primeira para se desenvolver). Uma única pulga pode levar a DAPE se o animal for alérgico, com o avanço da DAPE e a ausência de tratamento, leva a piodermite.
4. Descreva detalhadamente como deve ser feito o diagnóstico da sarna sarcóptica.
O diagnóstico da sarna sarcóptica é feita através da visualização do parasito na microscopia, através de métodos como: Raspado de pele (fazer raspado de pele das lesões recentes, áreas com maior concentrações de ácaros)
Escarificar com lâmina de bisturi – até sair sangue – galerias profundas (prega – lâmina em 90º, raspar perpendicular a pele).
Pontos de eleição – orelha, cotovelo e jarretes – colete de pelo menos 3 pontos
Clareamento com potassa (hidróxido de potássio) – degradação dos pelos facilitando a visualização dos ácaros.
Deixar por 24h.
Histopatologia – tecido doente (biopsia de pele).
5. Quais sarnas são consideradas zoonoses? Como ocorre a transmissão para o homem?	
As mais conhecidas são a sarna demodécica ("sarna negra", causada pelo Demodex canis) e a sarna sarcóptica ou "escabiose" (causada pelo Sarcoptes scabiei), também conhecida como sarna notoédrica para gatos (causada pelo Notoedris cati).
É transmitida através do contato íntimo com animais, pessoas infectadas ou até mesmo através de roupas, roupas de cama e objetos pessoais.6. Sobre a sarna demodécica, discorra sobre a transmissão e formas de tratamento e controle da mesma.
A transmissão deste ácaro geralmente não se dá pelo contato direto, pois o ácaro localiza-se profundamente na pele, na derme, mas pode ocorrer quando há estreito e prolongado contato entre um animal sadio e outro afetado. Há estudos que comprovam que esta enfermidade não é transmitida durante a vida intra-uterina e nem durante o parto, mas quando a mãe é portadora, dentro de 8 a 18 horas após o nascimento, os filhotes já apresentam o ácaro na região do focinho, sendo esta transmissão normal, não implicando no desenvolvimento da doença.
Tratamento de forma generalizada:
1º tosa, shampoo peróxido benzoíla
Amitraz 4mL/L/a cada 7d/16 semanas (diluir na hora do tratamento)
0,05%
Cura 50-86% dos casos (recaídas) 
Considerar: erros de diluição, pelame longo, tempo de contato, produto degradado e risco de intoxicação. 
Ivermectina (Ivomec ®) 0,2 – 0,4mg/Kg/SC ou VO
· SC/ 2 a 3x/cada 7d.
Collies, Heelers, Sheepdogs contraindicados.
Moxidectina (Cydectin NF ®) 0,5Ml/10kg/VO/cada 3 dias
· Até raspado negativo – 1x/semana/cada 15 dias/ 1x mês.
Imidacloprida + Moxidectina pour-on (Adcovate ®) semanal.
Milbecina oxima 0,5 mg/kg, diariamente.
Bravecto, Simparic.
Homeopatia graphitis 200 C.
Tratamentos adjuvantes
Tratar piodermites – antibióticos orais.
Imunoestimulantes – Levamisole: 5mg/kg/3x/semana/30d.
Tratamento Pododemodicose 
Amitraz cada 1-2 dias
Moxidectina (Cydectin ®) 0,5 mL/10kg/cada 3d/60 – 180 dias
Cefalexina 15-30 mg/kg/2xd/30-60d.
Controle e Profilaxia 
Coleira: Preventic Virbac ®
OSH em fêmeas (castração)
Animais retirados da reprodução 
7. Quais são os fatores de risco para as coccidioses intestinais? Quais as formas de controle e prevenção?
Ocorre uma diminuição da absorção de alimentos, diarreia profusa, aquosa e de longa duração em animais imunodeficientes, severidade proporcional ao grau de imunossupressão. Falha e déficit do crescimento e aptidão em indivíduos jovens, mais acentuado: desnutrição ou tenra indade, associado também com infecção assintomática. Transtorno da função intestinal persistente ou imunossupressão temporária: apoptose e perda do epitélio absortivo: neuropeptídeo (substância P): produção de citoquinas inflamatórias.
Para prevenir a coccidiose deve-se ser realizada uma boa vermifugação e manter o pet longe da contaminação por protozoários, limpeza regular do ambiente, além de uma fonte de água potável e de boa procedência também ajudam a evitar a doença.
8. Descreva detalhadamente a patogenia da Babesiose canina e associe com os sinais clínicos da doença.
Podemos observar nos animais diversos tipos de infecções, a saber: subclínicas, superagudas (hiperagudas), agudas, crônicas ou atípicas. Comumente achamos sinais clínicos como anemia, hemoglobinúria febre e icterícia. Também podemos observar letargia, anorexia e esplenomegalia. Também podemos observar letargia, anorexia e esplenomegalia. É comum observarmos uma infecção do tipo subclínica onde os sinais são mais brandos com febre, apatia e melhora clínica subsequente; estes cães passam a ser portadores da infecção, constituindo importante reservatório e fonte de infecção para outros animais. A infecção do tipo hiperaguda acomete principalmente neonatos e filhotes que apresentam resposta imune deficiente e comumente são causados por cepas mais virulentas. Filhotes acometidos apresentam anemia hemolítica regenerativa além de febre, icterícia e hemoglobinúria. A forma aguda da enfermidade é caracterizada também por febre e icterícia, entretanto, podemos observar mucosas pálidas (hipocoradas), depressão, anorexia, anemia hemolítica, trombocitopenia, hemoglobinúria, bilirrubinúria e bilirrubinemia. Durante as fases agudas da infecção é possível detectar a parasitemia através de esfregaço sanguíneo, onde observarmos os parasitas no interior das hemácias. Na forma crônica, os cães infectados apresentam as seguintes manifestações clínicas: anorexia, febre intermitente, definhamento, fraqueza, esplenomegalia, hemoglobinúria e icterícia. Nas infecções atípicas, uma variedade muito grande de sinais clínicos aparece como, por exemplo, sinais gastrintestinais, sinais do SNC e sinais músculo-esqueléticos.
9. Descreva o tratamento da Babesiose Canina.
Aceturato de diaminazeno 2,5 a 3,5mg/Kg/IM dose única 
Efeitos hipotensivos
Dipropionato de imidocarbe
Dose: 5,0 mg/Kg/SC ou IM, duas doses, intervalo 14 dias
Reação tardia 10 a 12 h (edema periorbital, depressão, necrose hepática e renal) 
Efeitos colinérgicos (salivação, êmese)
Atropina: 0,02 – 0,04 mg/kg/SC/15 min antes
Doxiciclina 10mg/kg/VO/BID/10 dias 
Apenas reduz parasitemia e não elimina
Glicocorticoides: Prednisona 2mg/kg/kg/VO/SID/7d
Reduzir até retirar em 2 a 3 semanas

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