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Micoses profundas - Microbiologia

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Júlia Assis Silva - Turma IV alfa
MICOSES PROFUNDAS
Microbiologia
CARACTERÍSTICAS
● Causadas por fundos termodimórficos, na natureza vivem em forma de bolores
produzindo hifas hialinas, septadas e conídios característicos.
● Transmissão: inalação dos conídios. A infecção começa pelos pulmões.
● Raramente são transmissíveis entre seres humanos e outros animais.
● Fagocitose dos fungos, muitos resistem e sobrevivem dentro dos fagócitos,
disseminação mais facilitada pelo sistema linfático.
● A maioria das infecções é assintomática ou branda, se resolvendo sem tratamento
específico, mesmo inalando grandes quantidades de conídios.
○ Devido a fagocitose e eliminação dos fungos pelo sistema imune.
● Mas algumas vezes pode ocorrer infecções pulmonares que podem se disseminar
para outros órgãos (a depender da preferência do fungo).
● Raramentes são transmissíveis entre seres humanos e outros animais.
● No microscópio as hifas são transparentes (hialinas).
● Podem ocorrer em indivíduos imunocompetentes, mais em homens e são
assintomáticas e autolimitadas ou latentes.
● A doença sintomática ocorre em pacientes imunocomprometidos.
● As que não são oportunistas, só profundas, podem causar doença em
imunocompetentes e comprometidos.
● As oportunistas ocorrem quase que somente em pessoas imunocomprometidas→
criptococose.
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
● Micose de Lutz, é uma granulomatose→ infecção crônica granulomatosa, assim
como as subcutâneas.
○ Porque nas superficiais não era granulomatosa? Pouca chegada de
sangue.
● Elemento clínico mais característico o componente linfático da doença e as
frequentes localizações orofaríngeas, pulmonar e suprarrenal.
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● Mais comum em imunocomprometidos.
● Agente etiológico: Paracoccidioides brasiliensis.
● Na cultura formam um bolor que cresce muito lentamente. A 36°C, o fungo forma
grandes células leveduriformes com vários brotamentos.
● Sempre tem brotamentos, que podem formar uma imagem semelhante ao Mickey.
● As leveduras são maiores, o que ajuda no diagnóstico, e apresentam paredes finas.
● O parasito é inalado e as lesões iniciais aparecem nos pulmões. Depois de um
período de dormência, os granulomas pulmonares podem tornar-se ativos
resultando em disseminação ou doença pulmonar progressiva crônica.
● Primeiro tem os sintomas pulmonares e no segundo estágio de disseminação
ocorre comprometimento orofaríngeo.
● Porque a maioria dos afetados é homem? Devido ao estradiol, que inibe a
transformação de hifas em leveduras→ tanto em subcutâneas quanto profundas
que são causadas por leveduras.
● Disseminação do pulmão, para orofaringe, pele, tecido mucocutâneo, linfonodos,
baço, fígado, glândulas suprarrenais e outros locais.
Manifestações clínicas
● Lesões dolorosas que afetam a mucosa oral.
● Histologia revela granulomas com caseificação central ou microabscessos.
Diagnóstico
● Microscopia direta, fácil de visualizar as leveduras, escarro pulmonar.
○ Também pode ser feita nas amostras de biópsia ou em outro material de
lesões. Observar estrutura arredondada com parede birrefringente e
multigemulação (orelha de Mickey), além de estruturas com
criptosporulação (roda de leme).
● Criptosporulação: acontece principalmente em cultura, ao invés de colocar dois
brotamentos ele aumenta sua esporulação, ficando com vários esporos ao redor,
orelha de Mickey (duas esporulações).
● As imagens radiológicas apoiam o diagnóstico nas lesões viscerais, pulmão e
intestino e nas formas ósseas.
● Sorológico: útil para estabelecimento do diagnóstico.
○ Título 1:8 (diagnóstico presuntivo).
○ Título 1:32 (doença ativa).
○ Título > 1:32 (severidade e extensão da doença).
○ Valor prognóstico: títulos baixos indicam terapia efetiva e cura e títulos
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altos ou flutuação indicam mau prognóstico.
Tratamento
● Itraconazol é mais eficaz, mas o cetoconazol e sulfametoxazol-trimetoprima são
eficazes.
● Doença grave: anfotericina B.
HISTOPLASMOSE
● Doença das aves, pombo, morcego, pois o fungo gosta muito de coco de ave.
○ Gosta de nitrogênio.
● Micose primitivamente pulmonar e geralmente benigna, somente alguns casos
evoluem para formas graves disseminadas.
● A paracoccidioidomicose dissemina facilmente, essa fica apenas no pulmão
● Agente etiológico: Histoplasma capsulatum.
● Recebeu esse nome pois tem uma membrana em volta dele nos cortes
histopatológicos.
● Transmissão: inalação dos conídios.
● Fungo saprófita dimórfico.
Diagnóstico
● Cultura: escarro, urina e raspado de lesões superficiais.
○ Aspirado de medula óssea e células do creme leucocitário caso tenha
disseminação para a medula.
○ Na histoplasmose disseminada, a cultura de medula óssea é
frequentemente positiva.
● Os esfregaços sanguíneos, as lâminas de medula óssea e as amostras de biópsia
podem ser examinados pelo microscópio.
○ Corar pelo método de Giemsa.
● Exame direto do escarro→ coloração.
Tratamento
● Pulmonar aguda: terapia de suporte e repouso, além de tratamento.
● Cetoconazol: infecções leves a moderadas.
● Doença disseminada: tratamento com anfotericina B, mais forte, tóxica, usa
quando dissemina pois é hepatotóxica, não pode usar de cara.
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COCCIDIOIDOMICOSE
● Benigna pulmonar, porém grave na pequena porcentagem de casos que evoluem
para disseminação. Muito parecida com a histoplasmose.
● A pior das três é a paracoccidioidomicose que dissemina.
● Agente etiológico: Coccidioides immitis.
● Fungo dimórfico, em forma de levedura no pulmão e a transmissão se dá por
aspirado de esporos
● Habitat: solo.
● Diagnóstico: escarro, medula ou onde disseminou
● Tratamento: itraconazol mais eficaz, cetoconazol e em casos graves anfotericina
B.
OPORTUNISTAS
CRIPTOCOCOSE
● Infecção levedurótica aguda, subaguda ou crônica, de foco primitivo pulmonar
podendo disseminar na maioria das vezes para o sistema nervoso central, mas
também pele, mucosa, ossos e vísceras.
● Mais comum em indivíduos imunossuprimidos
● Infecção crônica granulomatosa.
● Para onde é o órgão principal de disseminação? sistema nervoso.
● Agente etiológico: Cryptococcus neoformans e C. gatti.
● Solo em que se acumulam fezes de aves (principalmente pombos)→ C.
neoformans.
● Associação com vegetais→ C. gatti.
● É fácil avaliar levedura pois a cápsula tem o dobro do diâmetro da célula. Cápsula
espessa que não sofre coloração.
● Se diferem das espécies não patogênicas pois crescem em 37°C e produzem lacase.
● Fatores de virulência: cápsula e lacase.
● Reação inflamatória mínima ou granulomatosa: dificilmente reconhece as
PAMPS pela grande cápsula e a pessoa é imunossuprimida
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Diagnóstico
● Micológico direto: escarro, líquor ou pus. Verificar a cápsula grande.
● A cultura não é necessária, pois normalmente o escarro é muito positivo.
○ Mesmo material do exame direto, no meio de Sabouraud.
● não tem necrose caseosa, o que separa da tuberculose→ biópsia e histopatologia
● Diagnóstico alternativo: sorologia com prova do látex; incubar amostra do
paciente no látex que é sensibilizado com antígeno do C. neoformans, se for
positivo tem anticorpos então a membrana fica degradada.
Tratamento
● Itraconazol é o mais recomendado, seguido de cetoconazol.
● Anfotericina B para casos graves.
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