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Aula 12 - Protozoários de Ruminantes e Equinos

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Aula 12 – Protozoários de Ruminantes e Equinos
Protozoários do Intestino Delgado: produzem oocistos ou cistos (depende da espécie).
Eimeria spp (Apicomplexa – Parasitos Intracelulares) – Coccídeo causador da Eimeriose.
Os oocistos apresentam-se menores que ovos de helmintos nos exames parasitológicos. 
Patogenia: é um dos causadores das coccidioses, diarreia sanguinolenta (depende da quantidade) e morte em jovens, principalmente, pois estes não possuem imunidade. A patogenia fica restrita ao epitélio intestinal.
Diagnóstico: detecção de oocistos no parasitológico de fezes pelo método de flutuação – Método de Faust, consiste na centrífugo-flutuação em solução de sacarose ou sulfato de zinco, fazendo sedimentar aquilo que é mais pesado e flutuar aquilo que é mais leve que a densidade de 1,28 da solução usada. 
O tratamento é a base de sulfa e também há o tratamento suporte (soro e nutrição). Alguns medicamentos agem dificultando o ciclo do protozoário.
A Eimeria spp produz oocistos que adquirem esporocistos e esporozoítos, que vão infectar um novo hospedeiro. 
Cryptosporidium spp (Apicomplexa – Parasitos Intracelulares) – Coccídeo causador da Criptosporidíase. 
Oocistos sem esporocistos com esporozoítos diretamente infectantes. 
Afeta o epitélio intestinal, assim como a Eimeria spp, causando diarreia em bezerros (comum em animais jovens). Quando presentes sinais de Cryptosporidium em animais adultos, provavelmente há correlação de outras doenças. Sua patogenicidade é variável.
O diagnóstico é feito pela detecção de oocistos no parasitológico de fezes pelo método de flutuação – Método de Faust (Centrífugo-flutuação). Outro método é a coloração da lâmina colher material do método de Faust e corar com verde malaquita.
Coloração com Verde Malaquita: fazer a centrífugo-flutuação, colher material e pingar na lâmina, esperar secar. Colocar álcool etílico, lavar e esperar secar. Colocar fuxina (cora os protozoários em vermelho), lavar e esperar secar. Colocar verde malaquita (cora o fundo em verde) e aguardar fixação. 
Tratamento é à base de sulfa e tratamento suporte, entretanto, não existe um tratamento eficaz.
Protozoários do Cérebro
Neospora caninum spp. (Apicomplexa) – Pseudocisto com bradizoítos – Invasor de Neurônios
Neste caso, os bovinos são os hospedeiros intermediários e os cães os hospedeiros definitivos. Os bovinos se contaminam por ingestão de oocistos produzidos no intestino do cão. 
Causador de aborto em vacas por invadir os neurônios do feto e atrapalhar o desenvolvimento. A transmissão pode se dar por transplacentária. 
O diagnóstico é feito pela avaliação dos sinais clínicos e detecção de pseudocisto nos achados histológicos do tecido nervoso. Raramente é diagnosticado, por necessitar de um método difícil (necropsia, retirar pedaços do cérebro e preparo de lâminas pela área de patologia).
Por requerer um método mais específico de diagnóstico, quase nunca é diagnosticado. 
O tratamento é experimental com agentes anticoccidicos. 
Protozoários do Trato Genital
Tritrichomonas foetus (Mastigophora) – Protozoário Flagelado do Trato Genital de Bovinos.
Não forma oocistos nem cistos. 
Causa doença venérea em bovinos com aborto precoce (afeta o sistema nervoso do feto).
O diagnóstico é feito pela detecção do trofozoíto em lavado prepucial.
Lavado Prepucial: limpeza do prepúcio externamente com água e sabão sem tocar a face interna. Após isso, pegar recipiente com soro fisiológico contendo meio de cultura ideal para Tritrichomonas e introduzir a cânula na face interna do prepúcio e fechá-la lá. O líquido entrará e lavará toda a face interna do prepúcio, após um período, descer o recipiente e por difusão o líquido voltará para o mesmo. 
Protozoários do Sangue
Babesia bigemina (Apicomplexa) – Piroplasma – Invade Hemácias
Em conjunto com o Anaplasma é causador da tristeza parasitária. A Babesia é agente causadora da febre do Texas e da Babesiose ou Piroplasmose. Causa anemia por destruição das hemácias, febre alta e esplenomegalia (aumento do baço). 
Prevenção: banhos carrapaticidas para eliminar os transmissores da Babesia. 
Diagnóstico: detecção de parasitos protozoários em esfregaço sanguíneo corado pelos métodos de Giemsa e Leishman. 
Trypanosoma (brucei, evansi, vivax e theileri) – Mastigophora (Flagelado)
Habita o sangue (tripomastigota) e os tecidos (células – amastigota).
A patogenia vai depender da espécie e da carga parasitária. Pode ser agudo e fatal ou crônico e com recuperação em um ano.
Diagnóstico por esfregaço sanguíneo corado pelos métodos de Giemsa ou Leishman. Pode ser feita também a coloração rápida de Panótico. 
O protozoário fica livre no sangue e seu flagelo permite a sua movimentação e entrada nas células. Têm uma variedade de aspectos (longo e delgado a curto e robusto). Algumas espécies apresentam cinetoplasto (ponto escurecido no citoplasma). 
Protozoários de Equinos
Protozoários do Sangue: 
Babesia spp. (Apicomplexa – protozoário intracelular)
A Babesia habita o sangue, se reproduzindo nas hemácias. 
Causa febre persistente, anemia, icterícia e esplenomegalia. Em associação ao Anaplasma (Rickettsia) causa a tristeza parasitária em ruminantes. 
O diagnóstico é feito pela detecção do trofozoíto em esfregaço sanguíneo corado por Giemsa, Leishman ou Panótico.
O tratamento é feito com fenamidina e a prevenção é por controle de carrapatos com o uso de carrapaticidas. 
*OBS: o uso contínuo de inseticidas tem gerado resistência por parte dos artrópodes grande problema.
Nos equinos é transmitida pelo Dermacentor albipictus (bem específico em equinos) e Amblyoma cajennense (acomete também espécies silvestres). 
 Dermacentor albipictus
Amblyoma cajennense
Elaboração: Guilherme S. Andrade (2015)

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