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Política Interna do Segundo Reinado Aula UP

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Política Interna do Segundo Reinado
Módulo 10
O Golpe da Maioridade
Embora a trama de antecipar a maioridade de D. Pedro fosse programada pelo grupo liberal, não havia oposição por parte dos conservadores, que eram monarquistas convictos, só não apreciavam a forma liberal pela qual se processava a restauração.
O imperador ao receber a formulação por parte do regente Araújo Lima, respondeu incisivamente que desejava governar. 
A Organização Partidária
Os partidos políticos (Liberal e Conservador) que atuaram no Segundo Reinado surgiram durante a menoridade de D. Pedro II. Não eram partidos ideológicos, pois expressavam os interesses da classe dominante (aristocracia rural). Seu revezamento no poder era orientado pelo imperador mediante o Poder Moderador. O Partido Liberal defendia a descentralização, enquanto que o Partido Conservador, pela centralização.
A atuação partidária
Em julho de 1840, após o Golpe da Maioridade, D. Pedro II nomeou o Ministério dos Irmãos (liberal), responsável pelas “Eleições do Cacete”. Em virtude da reação dos conservadores e do escândalo que marcou aquelas eleições, D. Pedro demitiu o ministério, o que provocou as revoltas liberais de São Paulo e Minas Gerais. Com a volta dos conservadores ao poder foi restabelecido o Conselho de Estado e foram reformados o Código de Processo Criminal e a Guarda Nacional. 
Revolução Praieira
Em 1848 eclodiu em Pernambuco uma revolução de caráter social, refletindo a situação conflituosa da região: miséria dos trabalhadores, monopólio do comércio pelos portugueses, controle do poder político pela família Cavalcanti, lutas entre liberais e conservadores e influência de ideias republicanas. O grande líder do movimento foi Borges da Fonseca que lançou um “Manifesto ao Mundo”. Foi reprimida pelo governo imperial.
Parlamentarismo Às Avessas
Cabia ao Poder Moderador escolher e demitir os ministros, dissolvendo a Assembleia e convocando novas eleições quando aquele órgão não ratificava a mudança do gabinete. Como o sistema eleitoral previsto pela Constituição de 1824 estabelecia o voto aberto, indireto e censitário, as eleições eram fraudadas pela compressão eleitoral. A minoria ministerial determinava a maioria parlamentar, em contraposição ao modelo britânico.
Era da Conciliação
O sistema parlamentarista oficializado em 1847 manteve as atribuições do Poder Moderador e, por isso mesmo, a nomeação e a demissão do presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro), a dissolução da Câmara dos Deputados e a convocação de novas eleições eram competências exclusivas do imperador. Assim, D. Pedro II foi transformado no “fiel da balança” do parlamentarismo brasileiro, promovendo a alternância no poder de liberais e conservadores. 
Em 1853, D. Pedro II nomeou o Marquês do Paraná (Honório Hermeto Carneiro Leão) para compor um novo ministério. Honório resolveu reunir no mesmo governo ministros liberais e conservadores. É o Ministério da Conciliação.
A Era da conciliação foi marcada por profundas transformações socioeconômicas provocadas pela expansão cafeeira e pela substituição da mão de obra escrava pelo trabalho livre dos imigrantes europeus.

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