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TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS NEUROMUSCULARES: FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UTI. A fraqueza muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma complicação comum em pacientes criticamente enfermos que requerem ventilação mecânica prolongada e imobilidade. Essa condição, conhecida como miopatia do paciente crítico, pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na recuperação funcional dos pacientes. A fisioterapia desempenha um papel essencial no tratamento desses distúrbios neuromusculares, promovendo a reabilitação e a recuperação da força muscular. Neste resumo, abordaremos os desafios e estratégias da fisioterapia no tratamento da fraqueza muscular adquirida na UTI. Desafios na Fraqueza Muscular Adquirida na UTI: 1. Imobilidade Prolongada: A imobilização é uma das principais causas da fraqueza muscular adquirida na UTI. A falta de atividade física e a permanência prolongada na cama contribuem para a perda de massa muscular e força. 2. Ventilação Mecânica: Pacientes sob ventilação mecânica muitas vezes são sedados e têm restrição de movimentos, o que agrava a fraqueza muscular. 3. Complicações Respiratórias: A fraqueza muscular também afeta os músculos respiratórios, levando a dificuldades respiratórias e prolongando a necessidade de suporte ventilatório. 4. Dificuldades de Deglutição: A musculatura envolvida na deglutição também pode ser afetada, aumentando o risco de aspiração e pneumonia associada à ventilação mecânica. Estratégias de Fisioterapia: 1. Avaliação Funcional: A fisioterapia inicia com uma avaliação detalhada da função muscular e das capacidades físicas do paciente. Isso permite ao fisioterapeuta planejar um programa de tratamento personalizado. 2. Exercícios Ativos e Passivos: Dependendo da capacidade do paciente, exercícios ativos e passivos são realizados para preservar e recuperar a força muscular. Movimentos articulares são incentivados para prevenir contraturas. 3. Treinamento de Respiração: Exercícios respiratórios são essenciais para melhorar a função pulmonar e reduzir a dependência da ventilação mecânica. Técnicas de expansão pulmonar profunda e tosse assistida são comuns. 4. Estimulação Elétrica Funcional (FES): Em alguns casos, a FES é usada para ativar músculos enfraquecidos. Isso envolve a aplicação de correntes elétricas controladas para induzir a contração muscular. 5. Progressão Gradual: O tratamento é progressivo e adaptado à evolução do paciente. À medida que a força e a mobilidade melhoram, os exercícios são ajustados para desafiar o paciente de maneira segura. 6. Reabilitação Pulmonar: A reabilitação pulmonar é uma parte crítica do tratamento, incluindo o treinamento da musculatura respiratória e o desmame da ventilação mecânica, quando apropriado. Desmame da Ventilação Mecânica: • O fisioterapeuta desempenha um papel importante no desmame da ventilação mecânica, trabalhando para melhorar a função pulmonar e a capacidade do paciente de respirar espontaneamente. • Isso envolve a progressão dos exercícios respiratórios e a redução gradual do suporte ventilatório, com monitoramento constante da função respiratória. Reabilitação Funcional: • À medida que a força muscular melhora, a fisioterapia concentra-se na reabilitação funcional. Isso inclui a capacidade de o paciente realizar atividades de vida diária, como sentar, levantar, caminhar e alimentar-se. • A terapia ocupacional também pode ser incorporada para ajudar os pacientes a recuperar habilidades específicas necessárias para retomar a independência.
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