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TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS NEUROMUSCULARESFISIOTERAPIA-156

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TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS NEUROMUSCULARES: 
FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM FRAQUEZA MUSCULAR 
ADQUIRIDA NA UTI. 
A fraqueza muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma complicação comum em pacientes 
criticamente enfermos que requerem ventilação mecânica prolongada e imobilidade. Essa condição, conhecida como 
miopatia do paciente crítico, pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na recuperação funcional dos 
pacientes. A fisioterapia desempenha um papel essencial no tratamento desses distúrbios neuromusculares, 
promovendo a reabilitação e a recuperação da força muscular. Neste resumo, abordaremos os desafios e estratégias 
da fisioterapia no tratamento da fraqueza muscular adquirida na UTI. 
Desafios na Fraqueza Muscular Adquirida na UTI: 
1. Imobilidade Prolongada: A imobilização é uma das principais causas da fraqueza muscular adquirida na UTI. A 
falta de atividade física e a permanência prolongada na cama contribuem para a perda de massa muscular e 
força. 
2. Ventilação Mecânica: Pacientes sob ventilação mecânica muitas vezes são sedados e têm restrição de 
movimentos, o que agrava a fraqueza muscular. 
3. Complicações Respiratórias: A fraqueza muscular também afeta os músculos respiratórios, levando a 
dificuldades respiratórias e prolongando a necessidade de suporte ventilatório. 
4. Dificuldades de Deglutição: A musculatura envolvida na deglutição também pode ser afetada, aumentando o 
risco de aspiração e pneumonia associada à ventilação mecânica. 
Estratégias de Fisioterapia: 
1. Avaliação Funcional: A fisioterapia inicia com uma avaliação detalhada da função muscular e das capacidades 
físicas do paciente. Isso permite ao fisioterapeuta planejar um programa de tratamento personalizado. 
2. Exercícios Ativos e Passivos: Dependendo da capacidade do paciente, exercícios ativos e passivos são 
realizados para preservar e recuperar a força muscular. Movimentos articulares são incentivados para prevenir 
contraturas. 
3. Treinamento de Respiração: Exercícios respiratórios são essenciais para melhorar a função pulmonar e reduzir 
a dependência da ventilação mecânica. Técnicas de expansão pulmonar profunda e tosse assistida são comuns. 
4. Estimulação Elétrica Funcional (FES): Em alguns casos, a FES é usada para ativar músculos enfraquecidos. Isso 
envolve a aplicação de correntes elétricas controladas para induzir a contração muscular. 
5. Progressão Gradual: O tratamento é progressivo e adaptado à evolução do paciente. À medida que a força e 
a mobilidade melhoram, os exercícios são ajustados para desafiar o paciente de maneira segura. 
6. Reabilitação Pulmonar: A reabilitação pulmonar é uma parte crítica do tratamento, incluindo o treinamento 
da musculatura respiratória e o desmame da ventilação mecânica, quando apropriado. 
Desmame da Ventilação Mecânica: 
• O fisioterapeuta desempenha um papel importante no desmame da ventilação mecânica, trabalhando para 
melhorar a função pulmonar e a capacidade do paciente de respirar espontaneamente. 
• Isso envolve a progressão dos exercícios respiratórios e a redução gradual do suporte ventilatório, com 
monitoramento constante da função respiratória. 
Reabilitação Funcional: 
• À medida que a força muscular melhora, a fisioterapia concentra-se na reabilitação funcional. Isso inclui a 
capacidade de o paciente realizar atividades de vida diária, como sentar, levantar, caminhar e alimentar-se. 
• A terapia ocupacional também pode ser incorporada para ajudar os pacientes a recuperar habilidades 
específicas necessárias para retomar a independência.

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