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Ventilação Mecânica na DPOC

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Ventilação Mecânica na DPOC
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Alunos: Amanda Evelise, Guilherme Barbosa, João Ricardo, Larissa Barão, Mariana dos Santos e Mayara Cristina Kulig
 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
A DPOC denomina um grupo de doenças respiratórias que acarretam na obstrução crônica do fluxo aéreo.
Possui alterações fisiopatológicas de base de graus variáveis de bronquite crônica e enfisema pulmonar.
A DPOC possui efeitos sistêmicos, os quais possuem consequências clínicas importantes, pois contribuem para a limitação da capacidade física do paciente e, dessa forma, para o declínio da condição de saúde na DPOC.
 Ventilação Mecânica na DPOC
O suporte ventilatório reduz de imediato a carga e o trabalho dos músculos respiratórios.
A exacerbação da doença pulmonária obstrutiva crônica é causa frequente de admissão na UTI e de necessidade de ventilação mecânica.
a ventilação não invasiva (VNI) que diminui taxa de intubação endotraqueal em até 50% e melhora a sobrevida. A estratégia ventilatória deve priorizar a reversão da hiperinsuflação dinâmica, mecanismo fisiopatológico característico da exacerbação e evitar injúria pulmonar induzida pela ventilação mecânica (VILI).
 Ventilação Mecânica na DPOC
O desenvolvimento ou agravamento da hiperinflação pulmonar dinâmica, com aprisionamento aéreo, consiste na principal alteração fisiopatológica na exacerbação da DPOC.	
Os principais mecanismos envolvidos são: aumento da obstrução ao fluxo aéreo acompanhado de redução da retração elástica pulmonar. 
Pacientes com doença mais avançada, pode haver diminuição direta da força muscular por uso crônico de corticosteróides e desnutrição. Nas exacerbações muito graves, pode haver diminuição da resposta do comando neural.
Técnicas de ventilação Mecânica na DPOC
Objetivo da VM na DPOC: 
Promover o repouso da musculatura respiratória, minimizar a hiperinsuflação pulmonar, melhorar a troca gasosa garantindo a ventilação alveolar adequada e corrigindo a acidose respiratória, possibilita a resolução da causa da exacerbação.
Indicação:
O suporte ventilatório mecânico invasivo e não invasivo está indicado nas exacerbações da doença com hipoventilação alveolar com acidemia e , menos frequentemente, nas exacerbações com hipoxemia grave não corrigida pela oferta de oxigênio.
Técnicas de ventilação Mecânica na DPOC
 Ventilação mecânica invasiva: 
O nível de consciência do paciente é um fator determinante se será ou não colocado na ventilação mecânica invasiva.
Não existem valores absolutos de PaO2, PaCO2 e pH que indiquem a ventilação mecânica, mesmo diante de uma acidose respiratória grave pode-se tentar as terapêuticas adjuvantes.
 Ventilação mecânica não invasiva:
A utilização precoce da VNI reduz a necessidade de intubação traqueal, o tempo de permanência na UTI, a ocorrência de pneumonia associada à ventilação mecânica e a mortalidade de pacientes com insuficiência respiratória.
Técnicas de ventilação Mecânica na DPOC
Desmame da ventilação mecânica:
O desmame do paciente com DPOC do ventilador mecânico deverá ser iniciado após estabilização da causa da exacerbação, incluindo controle do broncoespasmo, de eventual infecção, repouso muscular adequado, estabilização hemodinâmica e correção hidroeletrolítica.
O suporte ventilatório reduz de imediato a carga e o trabalho dos músculos respiratórios, aliviando a dispneia, reduzindo a frequência respiratória e melhorando a oxigenação arterial.
 Prescrição de exercícios físicos na DPOC
Benefícios:
Redução dos sintomas respiratórios. 
Aumento da tolerância ao esforço.
Melhoria da qualidade de vida.
Diminuição do número de internamentos.
Diminuição do número de dias de internamento.
Redução da ansiedade e depressão associadas à DPOC, conseqüentemente melhoria dos sintomas psicossociais.
Prescrição de exercícios físicos na DPOC
Tipos de exercícios que podem ser realizados:
Aeróbicos
Força
Exercícios dos músculos respiratórios
IMPORTANTE: A monitorização: PA antes e pós esforço, glicemias nos diabéticos, sinais e sintomas de intolerância ao esforço, frequência cardíaca, escala de Borg de esforço e de dispnéia, registro de cargas de esforço (10 minutos), saturações periféricas, antes, durante e após o esforço.
Prescrição de exercícios físicos na DPOC
Oxigenoterapia durante a prática do exercício:
- Benefícios:
Previne a dessaturação
Diminui taquicardia
Diminui a pressão da artéria pulmonar
Melhora a função ventricular direita
Diminui ventilação minuto
Reduz quadro de dispnéia
Reduz o trabalho do músculo diafragma e retarda sua fadiga
Reduz os níveis séricos de lactatos durante o exercício
Prescrição de exercícios físicos na DPOC
Ventilação não invasiva durante o exercício:
Benefícios: Diminui a carga dos músculos respiratórios.
Previne a compressão dinâmica das vias aéreas.
Reduz o trabalho respiratório.
Diminui a ventilação minuto.
Reduz a frequência cardíaca.
Aumenta a endurance.
Exercícios Passivos: 
Evita as deformações e encurtamentos musculares em pacientes sob ventilação mecânica.
Exercícios Ativos:
Aumenta a tolerância ao exercício , reduz a rigidez articular e quadro álgico musculares e ocorre mantimento e ganho de amplitude articular.
Ortostatismo:
Ocorre estimulação motora, melhora da troca gasosa e do estado de alerta.
Prescrição de exercícios físicos na DPOC
Tipos de Treinamento:
Treinamento de Endurance para melhora do condicionamento cardiorrespiratório
Treinamento intervalado
Treinamento de força de membros superiores e inferiores
Treinamento muscular inspiratório (TMI)
Exercícios de relaxamento
Frequência de treinamento:
3 a 5 vezes por semana – endurance e intervalado
2 a 3 vezes por semana - treinamento de força
Duração dos programas de exercício:
Duração maiores de 12 semanas.
 Mobilização precoce na DPOC
Pacientes de VM que tem algum comprometimento respiratório apresentam um maior risco para o desenvolvimento de fraqueza neuromuscular e diminuição da capacidade funcional, resultantes dos efeitos deletérios da imobilidade na UTI. 
As fraquezas dos músculos respiratórios ocorrem após períodos prolongados em VM apresentam patogêneses muito parecida a fraqueza dos músculos esqueléticos periféricos.
Exercício físico é considerado um elemento central na maioria dos planos de assistência da fisioterapia, com a finalidade de aprimorar a funcionalidade física e reduzir incapacidades. 
Recursos terapêuticos na terapia intensiva
Para alivio do quadro álgico:
Eletroterapia 
Alívio dos sintomas psicofísicos: 
Técnicas de terapias manuais e exercícios físicos
Fisioterapia respiratória:
Através de percussões, drenagem postural e manobras respiratórias como tosse assistida.
Cuidados à ulcera de pressão:
Os recursos fisioterapêuticos mais comum são o ultrassom, o laser e luz ultravioleta (UV).
 Referências
O USO DO TREINAMENTO FÍSICO MUSCULAR COMO FORMA DE MOBILIZAÇÃO PRECOCE NO DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES CRÍTICOS NA UTI: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica Ventilação mecânica na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) descompensada J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 111-S 118
EFEITOS DE TRÊS PROGRAMAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA (PFR) EM PORTADORES DE DPOC v. 10 n. 4, 2006 ISSN 1413-3555 Efeitos de Três PFR em Portadores de DPOC 449 Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 10, n. 4, p. 449-455, out./dez. 2006 ©Revista Brasileira de Fisioterapia
Jornal Brasileiro de pneumologia PUBLICAÇÃO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA ISSN 1806-3713 VOLUME 30 - SUPLEMENTO 5 - NOVEMBRO DE 2004.
DPOC na Terapia Intensiva - O que há de novo? - Nadja Polisseni Graça, Graça NP Abordagem da DPOC na terapia intensiva
Doença pulmonar Obstrutiva Crônica e exercício físico- Artigo de revisão – Carlos Antônio, Ana Paula Gonçalves, Alcina Tavares.
Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com Doença Pulmonar ObstrutivaCrônica(DPOC) – Langer, D.

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