Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Transformador de Corrente 1Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC 138 KV • Transformadores de medida são equipamentos que permitem aos instrumentos de medição e proteção funcionar adequadamente sem que seja necessário possuírem correntes e tensões nominais de acordo com a corrente de carga e a tensão do circuito principal. • Os transformadores de corrente, TCs, e os transformadores de potencial, TPs, são os transformadores de medida utilizados no sistema de proteção. • Transformadores de corrente, TC, são utilizados para suprir aparelhos que apresentam baixa resistência elétrica, tais como as bobinas de corrente dos amperímetros, relés, medidores de energia, de potência etc. • O TC opera com tensão variável, dependente da corrente primária e da carga ligada no seu secundário. • A relação de transformação das correntes primária e secundária é inversamente proporcional à relação entre o número de espiras dos enrolamentos primário e secundário. 2Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Objetivo e Finalidade da Proteção Características Construtivas • Os TCs na sua forma mais simples possuem um primário, geralmente de poucas espiras, e um secundário, no qual a corrente nominal transformada é, na maioria dos casos, igual a 5 A. • Dessa forma, os instrumentos de medição e proteção são dimensionados em tamanhos reduzidos devido aos baixos valores de correntes secundárias para os quais são projetados. • Os TCs transformam, por meio do fenômeno de conversão eletromagnética, correntes elevadas, que circulam no seu primário, em pequenas correntes secundárias, segundo uma relação de transformação. • A corrente primária a ser medida, circulando nos enrolamentos primários, cria um fluxo magnético alternado que faz induzir as forças eletromotrizes Ep e Es, respectivamente, nos enrolamentos primário e secundário. • Dessa forma, se nos terminais primários de um TC cuja relação de transformação nominal é de 20 circular uma corrente de 100 A, obtém-se no secundário a corrente de 5 A, ou seja: 100/20 = 5 A. 3Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Tipos de TC a) TC tipo barra; b) TC tipo enrolado; c) TC tipo janela; d) TC tipo bucha; e) TC tipo núcleo dividido; f) TC com vários enrolamentos primários; g) TC com vários núcleos secundários; h) TC com vários enrolamentos secundários; i) TC tipo derivação no secundário; 4Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC Tipo Barra • É aquele cujo enrolamento primário é constituído por uma barra fixada através do núcleo do transformador. • Os TC de barra em baixa tensão são extensivamente empregados em painéis de comando de corrente elevada, tanto para uso em proteção quanto para medição. • Esse modelo de transformador é o mais utilizado em subestações de potência de média e alta tensões. • Podem acomodar até quatro núcleos. • O núcleo tem a forma toroidal, enrolado com tira de aço-silício, de grãos orientados. • O enrolamento secundário consiste em fio esmaltado e isolado com tecido de algodão. • O enrolamento é uniformemente distribuído em volta do núcleo. • A reatância secundária do enrolamento entre quaisquer pontos de derivação é pequena. • Os enrolamentos secundários podem ser providos com uma ou mais derivações para obter relações de transformação mais baixas com um número reduzido de ampères-espiras. 5Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 6Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC Tipo Barra TC Tipo enrolado • É aquele cujo enrolamento primário é constituído de uma ou mais espiras envolvendo o núcleo do transformador. 7Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC Tipo Janela • É aquele que não possui um primário fixo no transformador e é constituído de uma abertura através do núcleo, por onde passa o condutor que forma o circuito primário. • É muito utilizado em painéis de comando de baixa tensão em pequenas e médias correntes quando não se deseja seccionar o condutor para instalar o transformador de corrente. • Empregado dessa forma, consegue-se reduzir os espaços no interior dos painéis. 8Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC Tipo Bucha • É aquele cujas características são semelhantes ao TC tipo barra, porém sua instalação é feita na bucha dos equipamentos (transformadores, disjuntores etc.), que funcionam como enrolamento primário. • É muito empregado em transformadores de potência para uso, em geral, na proteção diferencial quando se deseja restringir a zona de proteção ao próprio equipamento. 9Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC Tipo Núcleo Dividido • É aquele cujas características são semelhantes às características dos TC’s tipo janela, em que o núcleo pode ser separado para permitir envolver o condutor que funciona como enrolamento primário. • É basicamente utilizado na fabricação de equipamentos manuais de medição de corrente e potência ativa ou reativa, já que permite obter os resultados esperados sem seccionar o condutor ou a barra sob medição. • Normalmente, é conhecido como alicate amperimétrico. 10Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC com vários enrolamentos primários • É constituído de vários enrolamentos primários montados isoladamente e apenas um enrolamento secundário. • Como exemplo, pode-se ter a seguinte representação: 100 × 200-5 A. • As bobinas primárias podem ser ligadas em série ou em paralelo, propiciando a obtenção de duas relações de transformação. • Os equipamentos de proteção são padronizados para 5 A. 11Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC com vários núcleos secundários • É constituído de dois ou mais enrolamentos secundários, e cada um possui individualmente o seu núcleo, formando, juntamente com o enrolamento primário, um só conjunto. • A representação das correntes no exemplo da Figura abaixo pode ser: 400-5-5-5 A. • A seção do condutor primário deve ser dimensionada tendo em vista a maior das relações de transformação dos núcleos considerados. • Cada núcleo com o seu secundário funciona de forma independente do outro. • São construídos transformadores de corrente com vários núcleos, uns destinados à medição de energia e outros próprios para o serviço de proteção. • As concessionárias geralmente especificam em suas normas unidades separadas para a medição de faturamento, devendo o projetista da instalação reservar uma unidade independente para a proteção. 12Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • É constituído de um único núcleo envolvido pelo enrolamento primário e vários enrolamentos secundários que podem ser ligados em série ou em paralelo. • A representação das correntes, no exemplo da Figura abaixo, pode ser: 300-5/2,5/10 A. • Na relação 300-5 se utilizam os terminais S1-S2 ou S3-S4 individualmente. • Na relação 300-2,5 se conectam os terminais S2-S3 pondo em série as bobinas secundárias. Já na relação 300-10 os terminais S1-S3 e S2-S4, ou seja, as bobinas, são postas em paralelo. 13Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC com vários enrolamentos secundários • Deve-se alertar para o fato de que os transformadores de corrente com mais de uma derivação no enrolamento secundário têm sua classe de exatidão relacionada com a sua operação na posição que leva o maior número de espiras. TC Tipo Derivação no Secundário • É constituído de um único núcleo envolvido pelos enrolamentos primário e secundário, sendo o núcleo provido de uma ou mais derivações. • O primário pode ser constituído de um ou mais enrolamentos. • A seção do condutor primário deve ser dimensionada para a maior relação de transformação. • Como exemplo, a representação das correntes primárias e secundárias da Figura é: 100/200/300-5 A. • Neste caso, pode-se utilizar o TC como 100-5; 200-5 e 300-5 A. • No entanto, somente uma relação de transformação pode ser utilizada. • As demais devemficar em circuito aberto. 14Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • Os transformadores de corrente de baixa tensão normalmente têm o núcleo fabricado em ferro-silício de grãos orientados e estão, juntamente com os enrolamentos primário e secundário, encapsulados em resina epóxi submetida à polimerização, o que lhe proporciona endurecimento permanente, formando um sistema inteiramente compacto e dando ao equipamento características elétricas e mecânicas de grande desempenho, ou seja: • Incombustibilidade do isolamento. • Elevada capacidade de sobrecarga, dada a excepcional qualidade de condutividade térmica da resina epóxi. • Elevada resistência dinâmica às correntes de curto-circuito. • Elevada rigidez dielétrica. 15Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica TC Tipo Derivação no Secundário Polaridade do TC • Adota-se convencionalmente para o TC o símbolo abaixo: • O modo como as bobinas primária e secundária estão enroladas no núcleo magnético, são simbolicamente expressas pelas marcas da polaridade como indicado na figura abaixo: • A corrente primária IP entra pela marcação do ponto e a corrente secundária IS sai pela marcação do ponto. 16Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • A norma NBR 6856 estabelece que os TC´s para os serviços de medição e proteção, devem ser constituídos de acordo com a figura abaixo. • Normas de outros paízes utilizam as marcas de polaridade de acordo com o representado abaixo. 17Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Polaridade do TC Ligação do Transformador de Corrente 18Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Representação Unifilar Relação de Transformação do TC • Dentro da precisão requerida, considera-se o TC um transformador operando dentro das características ideais. • Vale a lei de Ohm aplicada a circuitos eletromagnéticos: • FP – FS = R . Φ • Onde: • FP - Força magnetomotriz da bobina do primário do TC; • FS - Força magnetomotriz da bobina do secundário do TC; • R - Relutância do circuito magnético do TC; • Φ - Fluxo magnético do núcleo do TC 19Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica NPIP – NSIS = R . Φ • Considerando o transformador ideal, a relutância magnética vale zero. NPIP – NSIS = 0 NPIP = NSIS IS = (NPIP)/NS • Define-se RTC como relação de transformação do TC: • RTC = NS/NP • IS = IP / RTC 20Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Relação de Transformação do TC • Os equipamentos de proteção são padronizados para 5A, as relações de transformação do TC são convenientemente denotadas por X/5. 21Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Relação de Transformação do TC • Assim, pela NBR 6856 da ABNT, as correntes primárias do TC são de (A): • 5; • 10; • 15; • 20; • 25; • 30; • 40; • 50; • 60; • 75, • 100; • 150; • 200; • 250; • 300; • 400; • 500; • 600; • 800; • 1000; • 1200; • 1500; • 2000; • 2500; • 3000; • 4000; • 5000; • 6000; • 8000. • Os valores sublinhados são referentes a norma ANSI Exemplo 1 • Considerando o TC abaixo calcular a relação de transformação e a corrente secundária do relé: • RTC = NS/NP • RTC = 600/20 = 30 • IS = IP / RTC • IS = 120/(150/5) = 4 A 22Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Transformador de Corrente de alta reatância • São transformadores de corrente que tem a bobina primária enrolada sobre seu núcleo magnético. • Tem uma reatância de dispersão com valor razoável. • Em relação a impedância total do seu circuito secundário sobre carga nominal. 23Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • Para melhorar e sensibilidade e qualidade do TC , a sua bobina primária é enrolada, isto aumenta a sua força magnetomotriz. • Pelas normas, o TC de alta reatância de dispersão é conhecido como: • Tipo A pela ABNT, norma NBR 6856. A letra A vem da palavra Alta do TC de alta reatância de dispersão. • Tipo H pela ANSI. A letra H vem da designação de high. 24Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Transformador de Corrente de alta reatância • Esse TC é conhecido como tipo barra e se for instalado na bucha do transformador ou disjuntor é denominado tipo bucha. • Utiliza o mesmo princípio de medição do TC tipo alicate. • A relação de transformação vale NS/1. • O secundário é enrolado com o máximo de espiras possível, a fim de produzir o melhor acoplamento, reduzindo a reatância de dispersão. • Sua designação é feita por: • Tipo B: ABNT – norma NBR 6856, a letra B é a abreviatura de Baixa. • Tipo L: ANSI, letra L, Low. 25Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Transformador de Corrente de baixa reatância • Devido a alta corrente primária a seção do cabo do condutor é grande, ficando dificultada a construção de bobinas no núcleo magnético do TC. • Assim o primário é apenas uma barra que transpassa o núcleo do TC. Circuito Equivalente do TC 26Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 27Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • R’P e X’P: resistência e reatância do TC referida do secundário. • IP: corrente no primário; • IS: corrente no secundário do TC (a que passa pela carga, geralmente relés) • Ie: corrente de excitação do núcleo do TC. É a corrente necessária para suprir as perdas e a magnetização do núcleo do TC. • RS e XS: resistência e reatância do secundário do TC. • Rf: resistência equivalente as perdas no ferro do núcleo do TC. (referentes as correntes parasitas e ao laço de histerese). • Xm: reatância equivalente a magnetização do núcleo do TC. Produz o fluxo magnético resultante no secundário do TC. Circuito Equivalente do TC Erro no Transformador de Corrente • Aplicando a LKC no circuito apresentado obtemos a seguinte expressão: • IP /RTC = IS + Ie • IS = IP / RTC - Ie • Ie é a corrente responsável pelo erro causado no TC. • O erro de relação e ângulo de fase. • O TC para proteção deve mandar ao seu secundário uma corrente IS com bastante fidelidade, principalmente durante o curto-circuito. • A filosofia na proteção é: na ocorrência de um defeito no SEP, a proteção deve mandar abrir o disjuntor o mais rápido possível de modo a eliminar o curto-circuito e deixar o menor número de consumidores desenergizados. 28Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • A proteção atua para correntes de curto circuito elevadas e estas podem levar a saturação do núcleo magnético do TC. • A curva de magnetização do núcleo do TC é apresentada abaixo. 29Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Erro no Transformador de Corrente • O erro se deve à influência do material ferro-magnético de que é constituído o núcleo do TC; • De extrema importância, quando se trata de transformadores de corrente destinados à medição; • Em geral, os erros de relação e de ângulo de fase dependem do valor da corrente primária do TC, do tipo de carga ligada no seu secundário e da frequência do sistema que é normalmente desprezada, devido à relativa estabilidade deste parâmetro nas redes de suprimento. 30Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Erro no Transformador de Corrente Erro de relação de transformação • É aquele que é registrado na medição de corrente com TC, onde a corrente primária não corresponde exatamente ao produto da corrente lida no secundário pela relação de transformação nominal; • Devidos basicamente à corrente do ramo magnetizante, conforme se mostra na Figura do transformador de corrente equivalente: 31Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Erro de ângulo de fase • É o ângulo (β) que mede a defasagem entre a corrente vetorial primária e o inverso da corrente vetorial secundária de um transformador de corrente. 32Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Fator de Sobrecorrente do TC • Fator que determina a máxima corrente primária, limite da classe de exatidão; • ABNT 6856 determina 20 IN para proteção e 4 IN para medição; • Fator de sobrecorrente diretamente proporcionalà carga no secundário: • FS = IP máximo curto circuito / IP nominal TC • Os valores do fator de sobrecorrente (FS), padronizados são: • Pela ANSI: FS = 20 • Pela ABNT: 5, 10, 15, 20 e 30. • Por exemplo, um TC com relação de transformação de 600/5 e FS = 20 (mais usado), só pode ser usado em um sistema elétrico, se a máxima corrente de curto-circuito no local da instalação do TC não ultrapassar o valor de: • IP máximo curto circuito = 20 x 600 = 12 kA. 33Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 34Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Fator de Sobrecorrente do TC Classe de Exatidão do TC • A classe de exatidão exprime nominalmente o erro esperado do transformador de corrente levando em conta os erros de relação de transformação; • De acordo com o instrumentos a serem ligados aos terminais secundários do TC, devem ser as seguintes as classes de exatidão destes equipamentos: • para aferição e calibração dos instrumentos de medida de laboratório : 0,1; • alimentação de medidores de demanda e consumo ativo e reativo para fins de faturamento: 0,3; • alimentação de medidores para fins de acompanhamento de custos industriais: 0,6; • alimentação de amperímetros indicadores , registradores gráficos, relés de impedância, relés diferenciais , relés de distância, relés direcionais : 1,2; • alimentação de relés de ação direta, por exemplo, aplicados em disjuntores primários de subestações de consumidor: 3,0 35Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • A classe de precisão 3,0 não tem limitação de erro de ângulo de fase e o seu fator de correção de relação percentual (FCRp) deve situar-se entre 103 e 97% para que possa ser considerado dentro de sua classe de exatidão; • Para TC´s destinados à proteção, diz-se que a classe de exatidão é 10, por exemplo, quando o erro de relação percentual, durante as medidas efetuadas, desde a sua corrente nominal secundária até 20 vezes o valor da referida corrente, é de 10%; • Ainda segundo a NBR 6856, o erro de relação do TC deve ser limitado ao de corrente secundária desde 1 a 20 vezes a corrente nominal ; 36Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de Exatidão do TC • Além da classe de exatidão, os transformadores de corrente para serviço proteção são caracterizados pela sua classe, relativamente à impedância do seu lamento secundário, ou seja: • classe B são aqueles cujo enrolamento secundário apresenta reatância que não pode ser desprezada. Nesta classe, estão enquadrados os TC's com núcleo toroidal ou simplesmente TC's de bucha; • classe A são aqueles cujo enrolamento secundário apresenta uma reatância que pode ser desprezada. Nesta classe, estão enquadrados todos os TC's que não se enquadram na classe B. 37Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de Exatidão do TC • Pela ANSI, define-se a classe de exatidão do TC, pela limitação da máxima tensão que pode aparecer no secundário do TC no instante da máxima corrente de curto circuito, de acordo com o seu fator de sobrecorrente. • É a máxima tensão no secundário do TC para uma corrente no primário de 20IP nominal para que o erro não ultrapasse 2,5%; 5% ou 10%. 38Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de Exatidão do TC pela ANSI • Note que quando o curto circuito no primário for de 20X, no secundário do TC a corrente é de 20 x 5 = 100 A, sob a pena de exceder o erro de sua classe de exatidão. 39Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de Exatidão do TC pela ANSI • Exemplo: • Um TC – classe 10H400 é um TC de alta reatância, tal que quando ocorrer um curto circuito cuja corrente secundária for 20 x 5 A = 100 A, no máximo poderá ter no secundário 400 V, para que o erro devido a saturação do núcleo do TC não ultrapasse 10 %. 40Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de Exatidão do TC pela ANSI Carga no Secundário do TC • É a carga máxima que se pode conectar no secundário do TC, de modo a não ultrapassar a máxima tensão dada sua classe de exatidão. • Vmáximo = Zcarga IS • Zcarga deve ser composta por todas as impedâncias conectadas no secundário do TC. • Zcarga = Zfiação + ∑ Zrelés • Exemplo: qual a carga máxima que se pode conectar no secundário do TC classe 10H400 • Solução: Vmáximo = Zcarga IS • 400 = Zcarga.100 • Zcarga = 4Ω 41Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • A carga obtida pela expressão: Zcarga = (Vmáximo / 100) 60° • É denominada carga padrão e tem o FP 0,5 indutivo. • Segue a tabela das cargas padrões: 42Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Carga no Secundário do TC Vmáximo Carga Padrão para 20 Inominal 10 V 0,1 60° Ω 20 V 0,2 60° Ω 50 V 0,5 60° Ω 100 V 1 60° Ω 200 V 2 60° Ω 400 V 4 60° Ω 800 V 8 60° Ω • Exemplo: em relação ao diagrama unifilar da figura abaixo para um TC classe 10H400. • Calcular: a) A corrente no secundário do TC, quando passa no primário uma corrente de 480 A. b) A corrente no secundário para o curto circuito no terminal primário do TC. c) A máxima carga no secundário, para que o TC fique dentro de sua classe de exatidão. 43Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Carga no Secundário do TC Resolução 44Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de exatidão pela ABNT • A ABNT define a classe de exatidão do TC como sendo a máxima potência aparente (VA) consumida pela carga conectada no secundário, pra uma corrente nominal no secundário de 5 A. 45Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • É a máxima potência aparente (VA) que pode conectar em regime permanente no secundário do TC, ara que durante o máximo curto circuito limitado pelo seu fator de sobrecorrente, o seu erro não ultrapasse o da sua classe de exatidão. 46Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Classe de exatidão pela ABNT • Por exemplo, a nomenclatura do TC – Classe A10F20C50 é explicitada como segue: A – TC de alta reatância; 10 – erro admissível de sua classe de exatidão (10%); F – Fator de Sobrecorrente; 20 - 20 IN = 20 x 5 A = 100 A no secundário; C – carga no secundário do TC em VA definido para a corrente nominal IN = 5 A do TC; 50 – 50 VA, carga do TC m uma corrente nominal de 5 A do TC. Obs: no sistema elétrico utiliza-se normalmente os TCs com o fator de sobrecorrente de 20 e classe de exatidão de 10%, não sendo necessário informar a 2ª, 3ª e 4ª coluna da expressão. TC Proteção x TC Medição • Proteção: • Os TC´s de proteção são projetados para reproduzir a corrente de falta que tipicamente chega a 20In, com a sua carga nominal. • As normas de TC, como IEC, ABNT etc, definem essa carga (impedância) através da tensão que o TC pode trabalhar sem que sature. • Tipicamente poderíamos mencionar tensões de 100, 200, 400 e 800 Volts. • Na aquisição do TC, deve-se definir qual a tensão que o TC deve suportar. • O foco é reproduzir altas correntes com uma precisão de 5 a 10% atendendo as necessidades de proteção. 47Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • Medição: • No caso de TC´s para medição a exigência de sua esta na exatidão está ligada a sua utilização para faturamento. • Tendo uma exatidão de 0,3; 0,6; e 1,2%, com a corrente nominal. • A norma define inclusive que a precisão é maior com a corrente nominal e pior com 10% do valor nominal. • As correntes de falta não são as preocupações de fabricante e tipicamente com as correntes elevadas o TC deverá saturar e isto implica em reduzir as corrente no secundário protegendo o instrumento de sobrecargas que afetam a sua precisão. Fator Térmico do TC • É aquele em que se pode multiplicar a corrente primária nominal de um para se obter a corrente que pode conduzir continuamente, na frequência e com cargas especificadas, sem que sejam excedidos os limites de elevação de temperatura definidos por norma; • A NBR 6856/81 especifica os seguintes fatores térmicos nominais: 1,0 - 1,2 - 1,3- 1,5 - 2,0. • FT = IPmáxima / Ipnominal (Em regime permanente) • Exemplo: Qual a corrente máxima de regime permanente que pode passar pelo alimentador do diagrama abaixo: 48Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Limite Térmico do TC • O Limite Térmico (LT) é a máxima corrente de curto circuito que o TC pode suportar durante 1 s, com o secundário em curto circuito. 49Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • Esta limitação é causada pela máxima limitação de temperatura dada pela sua classe de Isolação. • Se a proteção juntamente com o disjuntor demorar um tempo maior que 1 s para eliminar o curto circuito, a corrente limite do TC fica determinada pela expressão: • I²curto tdefeito = θ • Onde: • tdefeito = tempo de abertura do disjuntor; • Icurto = corrente limite de curto circuito que persiste durante o tempo de defeito; • θ = Constante que depende das características construtivas do TC. Limite Dinâmico do TC • É definido (LD) como o maior valor eficaz da corrente primária assimétrica que o TC pode suportar por um determinado tempo (geralmente 0,1 s), com o secundário em curto, sem danificar mecanicamente, devidas as ações das forças eletromagnéticas. 50Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Impedância da Fiação • Os TCs estão instalados no pátio da subestação e os equipamentos de medição, controle e relés estão na sala de controle. 51Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • Como a distância do TC e dos equipamentos de medição é grande, deve-se considerar a impedância dos fios de cobre. • Zfiação = ρcobre l/Scobre • l - Comprimento total da fiação de cobre (m); • Scobre - Seção da fiação de cobre (mm²); • ρcobre = 1 / 58,82 (mm² Ω/m) Resistividade do cobre. • O carregamento total do secundário do TC é dado por: • Zcarga do TC = Zfiação + ∑ Zrelés Cargas Típicas da Medição • As cargas dos equipamentos de medição e controle devem ser obtidas do fabricante. • Algumas cargas típicas dos aparelhos de medição são apresentadas na tabela a seguir. 52Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 53Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 54Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 55Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica 56Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica • Para obter a impedância do relé correspondente a outro TAP usamos a expressão: • ZTAP = ZTAPmin (TAPmin/TAP)² • Exemplo: • O relé IAC 51 da GE tem uma impedância de 21,2 Ω e a faixa de TAPs disponíveis é de: 0,5 – 0,6 – 0,7 – 0,8 – 1,0 – 1,2 – 1,5 – 2,0 A a) Qual a impedância do relé no TAP = 1 A b) Qual a impedância do relé no TAP = 2 A 57Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica Cargas Típicas da Medição Desafio • O TC deve alimentar simultaneamente, um amperímetro AH – 11, um medidor de watt- hora V-65, um medidor de watt-hora IB-10 e um relé de sobrecorrente IAC51B101A, conectado no seu TAP de 8 A. considerar 10 % a classe de exatidão do TC e fator de sobrecorrente de 20. desconsiderar a impedância da fiação. a) Dimensionar o TC, quanto a sua relação de transformação; b) Qual a impedância do relé IAC51B101A; c) Qual a cara total conectada no secundário do TC 400/5; d) Especificar a classe de exatidão do TC pela ABNT 58Tópicos Especiais em Sistemas de Energia Elétrica
Compartilhar