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Diabetes na Gestação

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Diabetes na Gestação
→ A diabetes na gestação é uma disglicemia 
→ Espectro de disfunções metabólicas 
relacionadas ao nível de glicose 
→ A hiperglicemia na gestação pode ser 
dividida: a primeira é a paciente que já 
chega com diagnóstico de diabetes tipo I e 
tipo II (diabetes pré-gestacional), e a 
paciente pode ter uma diabetes 
diagnosticada na gestação 
 
 
→ O hCG, que está relacionado a náuseas e 
vômitos, aumenta porque faz o corpo lúteo 
manter a produção de progesterona, daí 
quando a placenta faz a transição lútea 
para placentária, o hCG vai diminuindo ao 
longo da gestação, e os outros hormônios 
vão aumentando e quando chega no parto 
caem abruptamente. No puerpério, a 
ocitocina e a prolactina, relacionados com o 
processo de lactação 
→ Há um hormônio produzido pela placenta 
chamado de lactogênico placentário, que 
atinge uma velocidade máxima de 
crescimento por volta de mais ou menos 28 
semanas, e é esse o grande causador da 
diabetes na gestação 
 
 
→ O feto precisa de glicose continua, então 
ele vai tirando glicose da mãe, os hormônios 
gestacionais aumentam a resistência 
insulínica para sobrar mais glicose no sangue 
→ Os hormônios contra insulínicos fazem com 
que a glicose fique disponível no sangue 
materno para o feto, e o pâncreas não 
consegue produzir a insulina necessária para 
diminuir os níveis de glicose 
→ Glicose passa pela barreira 
hematoplacentária → bebê hiperglicêmico 
→ pâncreas produz muita insulina → açúcar 
vai para dentro da célula → bebê aumenta 
de tamanho (macrossomia) 
 
→ Há um atraso na produção do surfactante 
pulmonar por conta da hiperinsulinemia do 
feto, hemoglobina disponível para 
transportar oxigênio decai e pode causar 
óbito fetal. 
→ O bebê uma vez que nasce pode fazer 
hipoglicemia neonatal, pois o feto estava 
acostumado a receber muita açúcar 
 
Macrossomia Fetal 
→ Peso fetal > 4.500 g 
 Tocotraumatismo 
 Distocia de ombro 
 Fratura umeral e clavicular 
 Lesão plexo braquial 
 Cardiomiopatia hipertrófica 
 Morte intrauterina 
 
Atraso da produção de surfactante pulmonar 
→ O surfactante diminui a tensão superficial 
da água, esse, tem atraso na sua produção 
para quem tem diabetes gestacional, e os 
bebês das diabéticas gestacionais 
normalmente tem um risco aumentado de 
ter insuficiência respiratória após o 
nascimento 
 
Malformações 
→ As malformações são tão importantes que 
causam aborto no início da gestação, 
quando a glicemia está muito 
descontrolada, e existe uma síndrome que é 
praticamente patognomônico de 
disglicemia descontrolada no início da 
gestação, que é a síndrome da regressão 
caudal 
 
 
→ Antecedente obstétrico de macrossomia 
→ Antecedentes de DMG 
→ Gestações múltiplas 
→ Hipertensão arterial 
→ História familiar (1º grau) ou pessoal de 
diabetes 
→ Obesidade 
→ Óbito fetal sem causa aparente 
→ Sedentarismo (antes e durante a 
gestação) 
 
→ Diabetes Mellitus I: já tem diagnóstico 
prévio 
→ Diabetes Mellitus II: era diabética antes da 
gestação 
→ Diabetes Mellitus Gestacional: DM devido 
à gestação 
 
→ Glicemia de jejum acima de 92 
→ Relação custo-benefício do tratamento, 
→ Gestação de médio a alto risco, que 
precisa de cuidados especiais, com 
materiais, equipamentos, locais, 
atendimento diferenciado 
 
→ Na paciente com 20 semanas, é feita a 
glicemia de jejum. Se for acima de 126 
(diabetes prévia). Agora vamos supor que 
essa glicemia for entre 92 e 126, ela já tem 
uma alteração da glicemia, sendo causada 
pela gestação (diabética gestacional). E se 
a glicemia for menor que 92 a paciente 
ainda não tem diagnóstico 
 
 
→ O hormônio lactogênio placentário tem 
um pico por volta de 28 semanas, então, se 
a paciente tem a glicemia menor do que 92, 
ela faz o chamado exame do xarope: mede 
a glicemia quando ela chega em jejum, 
uma hora depois e duas horas depois 
 
 
 
→ Automonitoramento diário da glicemia 
capilar 
 
Sem terapia farmacológica 
• Jejum 
• 1h após café 
• 1h após almoço 
• 1h após jantar 
 
Com terapia farmacológica 
• Jejum 
• 1h após café 
• Antes do almoço 
• 1h após almoço 
• Antes jantar 
• 1h após jantar 
→ Atenção: não confundir valores de 
diagnóstico com alvos de tratamento 
 
 
Tratamento Não Farmacológico 
→ Nutricional e Mudança Hábitos 
 Restrição de açúcar adicionado 
 Restrição de ultraprocessados 
 Acompanhamento multidisciplinar 
(Nutrição, Educador Físico, Psicologia) 
→ O modelo de prato é dividido em três 
partes: 50% do prato de vegetais, 25% de 
carboidrato e 25% de proteínas 
 
 
Tratamento Farmacológico 
→ INSULINA - 0,5 UI/kg/dia - 2 a 3 
aplicações/dia 
• NPH (intermediária) 
• Determir (longa) 
• Regular humana (rápida) 
• Asparte/Lispro (rápida) 
 
 
→ Antidiabéticos orais (Metformina) 
• Falta de evidencias sobre repercussões ao 
longo da vida das crianças 
• Não estão liberados para uso na gestação 
• Alternativa quando: 
 Difícil acesso à insulina 
 Estresse exacerbado em decorrência 
do uso de insulina 
 Necessidade de altas doses diárias de 
insulina (>100 UI)

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