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Patologias do Sistema Locomotor - Copia

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Patologia médica
Patologias do Sistema Locomotor
O sistema locomotor ou sistema esquelético é o sistema que sustenta e protege os órgãos internos. Ele é constituído pelos ossos, pelos músculos, cartilagens, tendões, ligamentos, articulações e outros tecidos conjuntivos que vão suportar e ligar os tecidos e os órgãos
Ossos, articulações e tumores de partes moles:
· Esqueleto humano adulto: 206 ossos; representa cerca de 12% peso corporal
· Funções dos ossos: suporte mecânico; transmissão de forças geradas pelos músculos; proteção das vísceras; homeostase mineral; fornecimento de nicho para a produção de células sanguíneas.
Constituintes do osso matriz extracelular e células especializadas responsáveis pela produção e manutenção dessa matriz.
Matriz óssea:
É o componente extracelular do osso.
Os ossos são compostos essencialmente por um tipo exclusivo de tecido conjuntivo mineralizado, que vai sofrer a mineralização com uma mistura distinta.
É composta por um componente orgânico conhecido como osteoide (35%) e um componente mineral (inorgânico) (65%) – principalmente hidroxiapatita de cálcio.
O osteoide é composto predominantemente por colágeno tipo I com menores quantidades de glicosaminoglicanos e outras proteínas.
O componente mineral dá ao tecido ósseo força, rigidez fazendo com que o tecido ósseo funcione como depósito para 99% do cálcio do nosso corpo, 85% do fósforo e 65% do sódio e do magnésio.
Células do tecido ósseo:
A primeira célula é uma célula osteoprogenitora que se desenvolve em osteoblasto; a segunda célula é o osteoblasto, que é uma célula jovem que forma o tecido ósseo. O osteoblasto se transforma em osteócito, porém o osteócito já é uma célula madura. O osteoclasto é uma célula originada através de macrófagos multinucleados que são formados pela medula óssea.
Células ósseas:
Componente celular do osso maduro:
· Osteoblastos sintetizadores de osso Localizados na superfície da matriz óssea Sintetizam, transportam, compõem a matriz, regulam a mineralização
· Osteócitos Controle dos níveis de cálcio e fosforo do microambiente e detectar as forças mecânicas.
· Osteoclastos de reabsorção óssea São macrófagos multinucleados, derivados de monócitos circulantes que são responsáveis pela reabsorção óssea.
Desenvolvimento:
Durante a embriogênese, a maioria dos ossos se desenvolve a partir de um molde de cartilagem pelo processo de ossificação endocondral.
Placa de crescimento ativo com ossificação endocondral em curso. 
1) Zona de reserva. 
2) Zona de proliferação. 
3) Zona de hipertrofia aumento do volume celular. 
4) Zona de mineralização. 
5) Esponjosa primária.
Homeostase e Remodelamento:
O esqueleto adulto parece estático, mas está, na verdade, sempre se renovando em um processo estritamente regulado, conhecido como remodelamento. 
· Aproximadamente 10% do esqueleto é substituído anualmente.
· Pico de massa óssea atingido no início da idade adulta, após o fim do crescimento esquelético.
· A partir da 4ª década (40 anos) a reabsorção excede a formação, gerando
· um declínio constante na massa esquelética. É a partir desse declínio que surge as desordens ósseas.
Anormalidades desenvolvimentais (genéticas) e adquiridas nas células ósseas, matriz e estrutura:
· Anormalidades de Desenvolvimento:
· São frequentemente de base genética.
· Manifestação: durante os primeiros estágios da formação óssea.
· Doenças adquiridas: Geralmente detectadas na vida adultaOligodontia ex. de anormalidades de desenvolvimento.
Malformações e doenças causadas por defeito nas proteínas nucleares e fatores de transcrição:
· Simpolidactilia
Mutação no fator de transcrição homeobox HOXD-13
Causam:
· Condensação mesenquimal desorganizada
· Diferenciação anormal dos osteoblastos e condrócitos
Esses defeitos manifestam-se como ossos anormalmente desenvolvidos.
Doenças causadas por defeitos em hormônios e mecanismos de transdução de sinal:
· Acondroplasia:
· Displasia mais comum de nanismo
· Defeito na sinalização de células parácrinas na placa de crescimento
· Doença autossômica dominante
Anatomicamente, as placas são encurtadas e desordenadas, resultando em ossos anormalmente curtos das extremidades.
As anomalias esqueléticas em geral não estão associadas a alterações na:
a) longevidade, 
b) inteligência ou 
c) capacidade reprodutiva.
Nanismo tanatotrófico forma letal de nanismo
Doenças associadas a defeitos nas proteínas estruturais extracelulares:
· Osteogênese imperfeita:
· É a Doença do osso quebradiço
· Os dentes também são afetados
· Distúrbios genéticos relacionados:
a) Deficiências na síntese de colágeno tipo I e como consequência os ossos tendem a fraturar-se.
· Morfologicamente a alteração básica é a osteopenia
· A capacidade cognitiva, sensitiva e emocional é normal nesses pacientes 
Doenças associadas a defeitos na dobra e degradação de macromoléculas:
· Mucopolissacaridoses (MPS):
· Fazem parte de um grupo chamado Doenças de Depósito Lisossomal por deficiências nas enzimas (sobretudo hidrolases ácidas)
· Há anormalidades na cartilagem hialina:
a) Placas de crescimento
b) Cartilagens costais
c) Superfícies articulares 
· Pacientes de baixa estatura, anormalidades na cartilagem e ossos malformados.
Doenças associadas a defeitos nas vias metabólicas (enzimas, canais iônicos e transportadores):
· Osteopetrose:
· Grupo raro de doenças genéticas
· Redução na reabsorção de osteoclastos esclerose esquelética difusa e perda da cavidade medular.
· Há osso demais, porém é quebradiço e se parte como um pedaço de giz.
· Formas graves: clinicamente evidentes ao nascer e associadas à anemia, neutropenia, infecções e eventual morte.
Doenças associadas à diminuição de massa óssea:
· Osteopenia e Osteoporose:
Osteopenia referese à diminuição da massa óssea, e a osteoporose é definida como a osteopenia que é grave o suficiente para aumentar significativamente o risco de fratura. 
Patogenia:
Doenças causadas pela disfunção dos osteoclastos:
· Doença de Paget (osteíte deformante)
· Distúrbio de osso localmente aumentado e desordenado
· Tipicamente assintomática, em geral é descoberta por acaso
· Um padrão em mosaico de mineralização é a marca histológica na fase tardia da doença
· Etiologia genética e, possivelmente, infecciosa viral tem sido proposta.
Características físicas:
· Cabeça aumentada, cefaleia
· Surdez por causa da compressão do nervo no meato acústico
· Débito cardíaco aumentado por causa da grande vascularidade óssea (pode progredir para a falha do alto débito
· Cifose
· Dor nos ossos, mais comumente nas costas ou nos quadris; dor radicular com envolvimento da coluna
· Arqueamento dos membros
· Calor e sensibilidade aumentados sobre os ossos; volume aumentado dos membros
Doenças associadas à homeostasia mineral anormal:
· Raquitismo (crianças) e Osteomalácia (atinge adultos):
· Caracterizada por defeitos na mineralização da matriz e frequentemente resultam de deficiência de vitamina D ou depleção de fosfato.
As causas da deficiência de vitamina D pode ser por: Deficiência da dieta; exposição solar insuficiente à luz solar; má absorção de vitamina D, cálcio e fosfato; doenças raras, hereditárias ou adquiridas do metabolismo de vitamina D.
Dietas com baixa quantidade de lipídeos vai afetar a absorção de vitamina D, pois ela é uma vitamina lipossolúvel.
Hiperparatireoidismo:
· Surge a partir da hipersecreção autônoma ou compensatória do PTH (hormônio da paratireoide – desempenha papel central no equilíbrio do cálcio). 
· Pode levar a osteoporose, tumores marrons e osteíte fibrosa cística. 
· Em países desenvolvidos, onde o diagnóstico precoce é a norma, essas manifestações clínicas são raramente vistas. 
· No hiperparatireoidismo primario acaba tendo um aumento de cálcio no sangue e urina, tem perda óssea e pedras no rins. Como causas, temos: tumores benignos (adenomas), hiperplasia ou também, em alguns casos raros, tumores malignos na tireoide.
· No hiperparatireoidismo secundário tem uma perda da função renal, e isso acaba causando uma diminuição ou não do cálcio sérico,e com isso tem aumento do fosfato. Esse processo todo acaba tendo como consequência a perda óssea.
Osteodistrofia renal:
· Representa a constelação de anomalias ósseas (osteopenia, osteomalacia, hiperparatiroidismo, e retardo de crescimento) de insuficiência renal crônica. 
· Os mecanismos são complexos, mas resultam da diminuição da função tubular, glomerular, e hormonal do rim.
Tumores ósseos e lesões semelhantes à tumores:
· Tumores ósseos primários:
· São classificados de acordo com a célula normal de origem ou com a matriz que eles produzem. 
· A maioria dos tumores ósseos primários é benigna. 
· Metástases, especialmente de adenocarcinomas, são mais comuns do que as neoplasias malignas ósseas primárias. 
Principais categorias dos tumores primários:
1) Formadores de ossos: 
· Osteoblastoma e Osteoma osteoide consistem em osteoblastos benignos que sintetizam osteoide (porção orgânica de matriz não mineralizada do tecido ósseo). Esse tipo de tumor tem uma massa arredondada ou oval, de um tecido arenoso, castanho e hemorrágico. Tem tamanho pequeno e margens bem definidas.
· O Osteossarcoma é um tumor maligno de osteoblastos, afetando predominantemente adolescentes e com um curso clínico agressivo.
2) Formadores de cartilagens:
· Osteocondroma:
· É uma exostose polipoide com uma tampa de cartilagem. 
· Formas esporádicas e sindrômicas surgem a partir de mutações nos genes EXT. 
· Condromas:
São tumores intramedulares benignos que produzem cartilagem hialina, geralmente surgindo nos dedos.
A cartilagem hialina apresenta condrócitos dispostos em fileiras ou colunas paralelas, e ela também é chamada de cartilagem seriada. Ela é encontrada no fêmur, traqueia, brônquios, extremidade ventral das costelas, recobrindo a superfície dos ossos longos. A matriz da cartilagem hialina contém fibrilas de colágeno tipo II imersas em uma substância amorfa.
Esse tumor produz a cartilagem hialina em locais diferentes do que ela geralmente apareceria (geralmente surge nos dedos).
· Condrossarcomas: são tumores malignos de cartilagem, envolvendo o esqueleto axial em adultos. Possui vários graus de complexidade e gravidade.
3) Tumores da família do sarcoma de Ewing:
São tumores malignos agressivos de células redondas, primitivas, sem diferenciação e pequenas, mais frequentemente associados com a translocação (11; 22). Macroscopicamente, o paciente sente esse tipo de tumor maligno em massas dolorosas crescentes. A região afetada é sensível, quente e edemaciada.
Artrite:
Articulações permitem movimento, proporcionando estabilidade mecânica. Elas são classificadas em sólidas (não sinoviais) e cavitadas (sinoviais). 
A destruição da cartilagem articular por células nativas é um mecanismo importante em muitas doenças articulares.
Uma das doenças articulares é a osteoartrite
· Osteoartrite (doença articular degenerativa):
· Doença mais comum das articulações.
· É um processo degenerativo da cartilagem articular, em que a degradação da matriz excede a sua síntese. 
· A inflamação é mínima e, normalmente, secundária. 
· A produção local de citocinas inflamatórias pode contribuir para a progressão da degeneração das articulações.
· Artrite reumatóide (AR):
· Doença inflamatória crônica autoimune que afeta principalmente as pequenas articulações, mas pode ser sistêmica (em todo organismo). 
· É causada por uma resposta imune celular e humoral contra antígenos próprios, particularmente proteínas citrulinadas.
· O TNF-α desempenha um papel central pois ele acaba sendo produzido por macrófagos nesse processo inflamatório para conter os agentes causadores, porém ele também é um agente pró-inflamatório e provoca muita inflamação na região afetada (indivíduos sentem muitas dores). Os antagonistas contra TNF-α apresentam benefício clínico, pois deixando de executar o papel pró-inflamatório do TNF-α, é possível conter a inflamação da região afetada e o indivíduo passa a sentir menos dor.
· Espondiloartropatias:
· São um grupo heterogêneo de artrites provavelmente autoimunes, que preferencialmente envolve as articulações sacro-ilíaca e intervertebrais e está associado ao HLAB27.
· Artrite supurativa:
· Descreve a infecção direta de um espaço articular por bactérias.
· O quadro clássico é o desenvolvimento súbito de uma articulação muito dolorosa e edemaciada com restrição funcional.
· Os achados sistêmicos de febre, leucocitose e aumento da velocidade de hemossedimentação são comuns.
· Doença de Lyme:
· É uma infecção sistêmica por Borrelia burgdorferi que se manifesta, em parte, como uma artrite infecciosa, possivelmente com um componente autoimune em fases crônicas.
· É transmitida pelo carrapato de veados do complexo Ixodes ricinus. 
· Aproximadamente 60% a 80% dos indivíduos não tratados com a doença desenvolvem a artrite na fase tardia. 
· Gota e pseudogota:
· São resultado de reações inflamatórias desencadeadas pela precipitação de urato ou pirofosfato de cálcio, respectivamente.
· É uma artrite induzida por cristais nas articulações. Esses cristais podem ser endógenos como o urato monossódico, ou exógenos como os ésteres de corticoide, talco, biomateriais, polietileno. Esses materiais exógenos induzem a doença articular.
· Esses cristais provocam uma cascata mediada por citocinas que vão destruir a cartilagem
· A gota pode ser definida como um ataque transitório de artrite aguda que é iniciada pela cristalização do urato monossódico dentro ou em torno das articulações. 
· Ela pode ser primária ou secundária. Primária acontece em cerca de 90% dos casos e secundária cerca de 10%. Em ambas nós temos aumento do ácido úrico (hiperuricemia) levando à gota primária.
· As causas do aumento do ácido úrico causando a gota primária, são: idade e duração de quanto o ácido úrico ficou aumentado na circulação sanguínea; predisposição genética; consumo abusivo álcool; obesidade; aumento do consumo de proteínas que fazem com que as purinas aumentem e elas também são responsáveis pelo aumento do ácido úrico
· Em longo prazo, esse aumento do ácido úrico sérico pode levar ao aumento das taxas glicêmicas, ou seja, aumento da glicemia podendo tornar o paciente diabético.
· Fármacos também podem provocar o aumento do ácido úrico assim como a toxicidade pelo chumbo também aumenta o ácido úrico.
· A pseudogota é uma reação inflamatória causada pelo pirofosfato de cálcio.
· As características da pseudogota, são: formação de depósitos calcários, friáveis, brancos e provoca dor. Região pode ficar avermelhada, edemaciada e dolorida.

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