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Brasília, 2015
2
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Tomando como referência os textos-base seguintes, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa de acordo com a 
ideia: Sala de aula e a dinâmica perigosa da inversão de papéis.
Texto 1
Texto 2
O mundo contemporâneo e a inversão de valores na sociedade
No mundo contemporâneo, muitos dos valores que foram passados de geração para geração estão se perdendo e nos percebemos em meio a uma 
sociedade com valores invertidos, onde o certo e o errado se confundem, onde as pessoas desenvolveram a capacidade de aceitar o errado como certo ou 
simplesmente se omitir a perceber isso e a reagir diante de tais fatos.
A aceitação neste caso não vem para favorecer, mas para contribuir com a deturpação da ética, do conjunto de valores e princípios por meio do qual 
decidimos entre o que queremos, o que devemos e o que podemos fazer.
O mais triste diante desta inversão de valores dos dias atuais é que ninguém mais faz as perguntas básicas para discernir o certo do errado: Eu quero, mas 
eu posso? Eu devo?
As consequências negativas dessa inversão de valores surgem todos os dias. A começar pelos sustentáculos da sociedade que são o lar e a escola. Nos lares, 
temos visto pais e mães que matam seus fi lhos, os jogam pela janela, jogam crianças no lixo, fazem os fi lhos de refém. Em contrapartida, temos fi lhos que matam 
os pais, os fazem de refém, batem, fazem torturas física e psicológica. Se os valores não estivessem invertidos, esses mesmos pais protegeriam seus fi lhos de 
todo e qualquer perigo, lhes supriria todas as necessidades de atenção, amor, orientação, cuidados, educação.
Disponível em: <http://www.jornalpolopaulistano.com.br/>. Acesso em: 31 dez. 2014. (adaptado)
Texto 3
Aluno processa professor por celular retirado em sala de aula e perde
Em sentença, juiz afi rmou que país virou as costas para a educação e culpa novelas e reality shows
A polêmica do uso de celular em sala de aula chegou aos tribunais depois que um aluno processou o seu professor por ter tomado o 
aparelho no meio de uma aula. O episódio aconteceu em Tobias Barreto, no Sergipe, e teve a decisão do juiz Eliezer Siqueira de Souza Júnior 
a favor do docente. O magistrado aproveitou a sentença para criticar as novelas, os reality shows e a ostentação, considerados pelo magistrado como 
contraeducação. “Julgar procedente esta demanda é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a
contraeducação, as novelas, os reality shows, a ostentação, o bullying intelectivo, o ócio improdutivo, enfi m, toda a massa intelectivamente improdutiva que 
vem assolando os lares do país, fazendo as vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”, afi rmou o juiz.
A ação foi movida pelo aluno Thiago Anderson Souza, representado por sua mãe Silenilma Eunide Reis, que, segundo consta nos autos do processo, 
passou por “sentimento de impotência, revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional” após ter o celular retirado pelo professor Odilon Oliveira Neto. 
O estudante disse que apenas utilizava o aparelho para ver o horário. Porém, perante outras provas, o juiz não acreditou na versão de Thiago.
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/>. Acesso em: 26 nov. 2014. (adaptado)
Brasília, 2015
3
01.
O recente surto de ebola tem preocupado o mundo inteiro. O vírus causou 
milhares de óbitos na África Ocidental e é considerado o maior problema para 
a saúde pública desde a descoberta da aids. De acordo com a tirinha anterior, 
o uso da expressão “du jour” remete
a) ao grau de letalidade do vírus ebola, se comparado com outras epidemias 
como a malária e a tuberculose.
b) à atenção exagerada que o vírus recebe, em detrimento de outras doenças 
que provocam mais óbitos.
c) às medidas profi láticas adotadas por vários países como forma de conter a 
disseminação da doença.
d) às limitações geográfi cas do vírus, que está circunscrito a países com 
defi ciência no saneamento básico. 
e) aos esforços das autoridades para evitar que o pânico em relação ao vírus 
se instale entre a população.
02.
Economic success drives language extinction
Economic development is driving the
extinction of some languages, scientists believe
A study has found that minority languages in the most developed parts of 
the world, including North America, Europe and Australia, are most at threat.
Lead author Tatsuya Amano, from the University of Cambridge, said: “World 
languages are now rapidly being lost. This is a very serious situation.”
Dr. Amano, who usually looks at extinction rates in animals, said that about 
25% of languages around the world were under threat.
The researchers found that the more successful a country was economically, 
the more rapidly its languages were being lost.
They said that in North America, languages such as Upper Tanana, were 
now spoken by fewer than 25 people in Alaska, and were at risk of vanishing 
forever.
In Europe, languages such as Ume Sami in Scandinavia or Auvergnat in 
France are fading fast.
The team also found that languages in the Himalayas are at risk, such as 
Bahing in Nepal, which has an estimated eight speakers. In the tropics, too, 
voices are disappearing.
The scientists call for conservation efforts to focus on these regions.
Disponível em: <http://www.bbc.com>. Acesso em: 20 out. 2014.
O excerto anterior descreve um estudo da Universidade de Cambridge sobre 
a ligação entre o desenvolvimento econômico dos países e a extinção de 
idiomas minoritários. De acordo com o texto, o desaparecimento de uma 
língua
a) tem sua velocidade correlacionada ao grau de desenvolvimento econômico 
de uma nação.
b) registra-se ofi cialmente quando existem menos de 25 falantes do idioma 
em todo o planeta.
c) desperta muito mais a preocupação dos cientistas do que a extinção de 
espécies animais. 
d) ocorre somente em continentes muitos prósperos, como a Europa e a 
América do Norte.
e) está diretamente associado ao fato de ser falada por pessoas de certas 
minorias étnicas.
03.
Etiquette tips for Hong Kong
Much of the etiquette in Hong Kong stems from superstitions, especially 
when it comes to table manners and giving gifts. Enjoy your time in Hong Kong, 
but remember to keep some basic etiquette guidelines in mind throughout your 
trip.
Table manners
Don’t turn a fi sh over. It’s bad luck because it represents a boat capsizing.
Don’t pour your own drink fi rst. Instead, make a toast about business or 
friendship. Pour everyone a drink, and even if the person’s cup is fi lled, pour 
a few drops in.
Don’t take the last bit of food in a serving plate. It’s considered impolite. 
Also, leave a little bit of food left on your plate when you’re full so the hosts 
know you are done, otherwise they’ll bring out even more food.
Gift giving and accepting gifts
Don’t give anything in sets of fours. Four is a very unlucky number Chinese 
culture, much like the number 13 is in many cultures. They don’t even have 
fourth fl oors in buildings, much like how in the U.S. we don’t have thirteenth 
fl oors.
Don’t open the gift upon receiving it unless it is insisted upon. Instead, open 
it later.
Disponível em: <http://www.vayama.com>. Acesso em: 20 out. 2014. (adaptado)
Hong Kong, ex-colônia britânica, foi devolvida à China em 1997, em cumprimento 
a um acordo de 1984 entre o governo chinês e o Reino Unido. Com base no texto 
anterior, se um dia você estiver visitando Hong Kong, você deve
a) recusar um prato de frutos do mar se estiver a bordo de qualquer embarcação, 
pois, segundo a tradição, isso acarreta má sorte.
Brasília, 2015
4
b) abrir o presente imediatamente depois de tê-lo recebido, sob pena de ser 
considerado por quem o presenteou uma pessoa ingrata.
c) deixar seu prato sem nenhum pedaço de comida sobrando, pois evita 
transparecer que detestou a comida servida no jantar.
d) ser o último a beber caso tenha proposto às pessoas um brinde, evitando, 
assim, que seusconvidados o vejam como um mau anfi trião.
e) evitar oferecer qualquer presente em conjuntos de quatro peças, tendo em 
vista que o referido número simboliza má sorte na cultura chinesa.
04. 
R
ep
ro
du
çã
o
An international
school teacher
throws a question:
What’s your own
opinion on food
scarcity in
other countries?
An African
student
What’s “food”?
What are “other countries”? What’s “my own opinion”?
What’s “scarcity”?
A European
student
A Chinese
student
An American
student
Escolas internacionais promovem uma educação para alunos de vários 
países, o que permite o desenvolvimento de uma compreensão transcultural 
do mundo. A imagem anterior tem como propósito
a) ressaltar a enorme facilidade de um professor de uma escola internacional 
se fazer entender em virtude do idioma.
b) criticar a superfi cialidade desse tipo de educação, que não leva em consideração 
as especifi cidades de cada aluno.
c) demonstrar a grande difi culdade de se fazer educação quando os alunos 
possuem backgrounds tão diferentes.
d) convencer o leitor de que as escolas internacionais são muito melhores, 
pedagogicamente, do que as escolas ditas tradicionais.
e) sugerir que o professor não respeita a individualidade dos alunos ao 
formular questionamentos que podem vir a ser ofensivos.
05.
I’d rather see a sermon
I’d rather see a sermon
than hear one any day;
I’d rather one should walk with me
than merely tell the way.
The eye’s a better pupil
and more willing than the ear,
Fine counsel is confusing,
but example’s always clear;
And the best of all preachers
are the men who live their creeds,
For to see good put in action
is what everybody needs.
I soon can learn to do it
if you’ll let me see it done;
I can watch your hands in action,
but your tongue too fast may run.
And the lecture you deliver
may be very wise and true,
But I’d rather get my lessons
by observing what you do;
For I might misunderstand you
and the high advice you give,
But there’s no misunderstanding
how you act and how you live.
Edgar Guest
Disponível em: <http://www.inspirationpeak.com>.
Acesso em: 20 out. 2014.
Edgar Guest foi um poeta americano que se tornou popular na primeira metade 
do século XX, fi cando conhecido como “o poeta do povo”. Com base no poema 
anterior, o eu lírico
a) recusa-se veementemente a receber conselhos de pessoas que não 
praticam aquilo que pregam.
b) afi rma que o uso das palavras se tornou, nos dias de hoje, uma ferramenta 
poderosa de persuasão.
c) condena totalmente aqueles que fazem uso da eloquência para conseguir 
das pessoas o que querem.
d) revela que prefere as ações às palavras, pois, para ele, o exemplo é mais 
claro do que o discurso.
e) desconfi a das pessoas que se apressam em oferecer conselhos para todo 
e qualquer tipo de situação.
06.
O anúncio publicitário é um gênero textual que tem a fi nalidade de promover 
determinada marca e seu produto; muitas vezes, eles também são utilizados 
para difundir uma ideia, um conceito. Tudo feito com bastante liberdade criativa. 
Brasília, 2015
5
No anúncio anterior, há o intuito de conscientizar a população brasileira de 
que todos os brasileiros são iguais. Para tanto, o autor se utiliza do recurso 
denominado
a) intergenericidade, no qual há a junção de diferentes gêneros textuais em 
um só para cumprir determinado processo comunicativo.
b) intertextualidade, pois sua peça dialoga com outro texto preexistente a fi m 
de complementá-lo.
c) verossimilhança, no qual são apontados fatos verídicos para dar 
embasamento e fl uidez à sua narrativa.
d) interdiscursividade, pois o anúncio alude a outro texto facilmente 
identifi cável, seguindo-o, principalmente, na ideia proposta. 
e) metáfora, pois altera o sentido original de determinada palavra por outro 
que apresente uma relação de semelhança.
07. Texto 1
Procura da poesia
Não faças versos sobre acontecimentos. 
Não há criação nem morte perante a poesia. 
Diante dela, a vida é um sol estático, 
não aquece nem ilumina. 
As afi nidades, os aniversários, os incidentes pessoais 
não contam. 
Não faças poesia com o corpo, 
esse excelente, completo e confortável corpo, tão 
infenso à efusão lírica.
Carlos Drummond de Andrade
Texto 2
Autopsicografi a
O poeta é um fi ngidor 
Finge tão completamente
Que chega a fi ngir que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Analisando os textos anteriores, construídos em situações e épocas 
completamente distintas, nota-se uma aproximação temática, preestabelecida 
pela centralização de seus respectivos focos nas possibilidades e combinações 
textuais. O eixo temático que melhor aproxima tais textos, tomando como 
base o ideal anteriormente exposto, é
a) a referencialidade de ambos, embasada na preocupação com a forma, em 
detrimento do conteúdo.
b) o cuidado com a transmissão das preocupações e sensações dos 
respectivos enunciadores textuais.
c) o aspecto referencial, pois a preocupação conteudística se sobressai em 
relação a outros aspectos secundários.
d) a metatextualidade, demarcada por uma discussão acerca da própria 
linguagem, por meio da estrutura poética.
e) o apelo induzido pelos enunciadores a fi m de promover a persuasão de um 
possível destinatário desiludido.
08. Para os concretistas, a arte é autônoma e a sua forma remete às da 
realidade. Logo, suas poesias, por exemplo, estão cada vez mais próximas 
de formas arquitetônicas ou esculturais. As artes visuais não fi gurativas 
começam a ser mais evidentes, a fi m de mostrar que, no mundo, há uma 
realidade palpável e que pode ser observada de diferentes ângulos.
“Pêndulo”, de E. M. de Melo e Castro.
A percepção que melhor se enquadra no poema anterior é
a) a referente ao conceito cinestésico de poesia, explorando diferentes planos 
de expressão.
b) o modismo imposto pela poesia puramente metatextual, em que a linguagem 
é o único recurso válido.
c) a subjetividade extremada, anulando quaisquer outros valores estéticos a 
serem discutidos.
d) a valoração de um aspecto formal clássico, desconstruindo o conceito de 
modernidade e vanguarda.
e) a indução de um pensamento unifi cado e limitado quanto aos diferentes 
eixos expressivos do concretismo.
09. A dança nos rituais afro
A dança é uma das mais puras expressões humanas, e, dentro do contexto 
religioso, é de suma importância, pois, por meio da dança, o orixá conta sua 
história, seu mito, e nos faz entender melhor a religião africana. Cada orixá 
dança conforme suas características pessoais e de acordo com o momento 
em que dança.
Por exemplo, quando se dança para o orixá Bará, são realizados 
movimentos que representam o movimento de abertura, simula-se o uso de 
chaves, enaltecendo uma das suas principais características.
Já Ogum é o refl exo de um guerreiro indo para uma batalha, com passos 
fortes. É o orixá da guerra, da agricultura, protetor dos exércitos, a energia 
capaz de transformar o metal bruto em armas e ferramentas para defesa e 
sustentabilidade.
Oyá, por sua vez, dança como a rapidez dos ventos; ela é o próprio vento. 
Em sua dança, sente-se a energia dos ventos em movimento. Ventos que 
Brasília, 2015
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nos levam a um estado de pureza e serenidade. Na natureza, os ventos 
transformam a paisagem, modifi cando-a. É ele quem consegue organizar e 
limpar. O ar em movimento também pode ser perigoso, como Oyá, um orixá 
do ar, que não sendo tratado com a dedicação e a sabedoria adequadas, pode 
gerar o caos.
[...]
Prestar atenção nos gestos e forma dos Orixás dançarem é prestar atenção 
na manifestação física dos Orixás no Ayê, é ter a possibilidade de ter contato 
direto com o sagrado. A dança como forma de arte, a arte como forma de 
cultuar o divino.
Disponível em: <http://www.ileorixa.com.br/>. (adaptado)
Partindo da compreensão da linguagem corporal como relevante para a 
própriavida, integradora social e formadora da identidade, e com base na 
leitura do texto anterior, infere-se que
a) o arquétipo da divindade africana, indiscriminadamente de índole 
representada sob a égide da violência, apresenta traços rústicos e violentos.
b) há uma relação parca entre o aspecto da dança e a cultura africana, pois 
nota-se que são elementos dissociados e isolados.
c) ocorre uma associação entre a ideia arquetípica da divindade africana e o 
tipo de expressão por meio da dança que cada ente mitológico representa.
d) a dança de cada ente mitológico não procura representar traços da 
personalidade de cada divindade, afi nal a correlação é inexistente.
e) os deuses do panteão africano servem apenas como forma de exaltar uma 
cultura que se utiliza da dança para realizar suas manifestações artísticas.
10. Fim: um belo começo
Em seu romance de estreia, Fim, Fernanda Torres parte das derradeiras 
horas de cinco personagens para narrar suas histórias, dando ênfase à que 
viveram juntos, e tratando-as com a devida humanidade, mas também com 
muito humor. Álvaro, Sílvio, Ribeiro, Neto e Ciro conheceram-se na praia, 
foram companheiros de farra no Rio de Janeiro dos gloriosos e tumultuados 
anos 1960 [...]. Na época, os então trintões curtiam os anos do desbunde feito 
adolescentes desbundados e, principalmente, desmiolados, como se para 
eles a vida fosse terminar ali, no dobrar da esquina. [...]
Torres pratica um humor refi nado que se vale da fi na ironia, do sarcasmo, 
do cinismo para, na perfeita avaliação do escritor Sérgio Rodrigues na 
contracapa do livro, “transformar histórias noturnas de velhice humana numa 
ensolarada comédia carioca de costumes”. Esse é o aspecto mais fascinante 
da obra: individualmente, as cinco histórias são banais, desgraciosas, por 
vezes até sombrias; vistas na perspectiva de um conjunto, ganham brilho e 
leveza, pois se completam para compor a crônica de uma época que começa 
nos anos do desbunde [...].
FACCIOLI, Luiz Paulo. Fim: um belo começo. Gazeta do Povo, jan. 2014.
Disponível em: <http://rascunho.gazetadopovo.com.br/>. Acesso em: 27 jan. 2015. 
Com base na leitura do texto proposto, é possível defi ni-lo como 
a) uma crítica literária, por se tratar de uma análise pessoal de determinado 
produto: o livro Fim, de Fernanda Torres.
b) uma sinopse, já que apresenta detalhes da trama citada, Fim, situando o 
leitor sobre elementos de seu enredo.
c) um artigo de opinião, pois o autor expõe seu pensamento acerca de um 
tema bastante atual: os devaneios da juventude.
d) uma crônica sobre a juventude libertina no Rio de Janeiro, tendo como 
exemplo as personagens do livro de Fernanda Torres.
e) uma notícia, tendo como principal componente do lide o lançamento do livro 
Fim, de Fernanda Torres.
11. Texto 1
Usuários reclamam que novo iPhone 6 Plus entorta, se colocado no 
bolso
Por ser fabricado com fi na camada de alumínio, novo produto da Apple pode 
se deformar, se submetido a pressão e calor
Disponível em: <http://goo.gl/E0E2XF>. Acesso em: 3 jan. 2015.
Texto 2
Analisando os dois textos e sua correlação, percebe-se que o texto 2 institui 
uma piada intertextual acerca da composição artística do famoso pintor 
espanhol Salvador Dalí. Tal relação se estabelece por meio de um(a)
a) plágio.
b) pastiche.
c) paráfrase.
d) paródia.
e) citação.
12. Arte contemporânea
A arte contemporânea é construída não mais necessariamente com o novo 
e o original, como ocorria no Modernismo e nos movimentos vanguardistas. Ela 
se caracteriza, principalmente, pela liberdade de atuação do artista, que não 
tem mais compromissos institucionais que o limitem, portanto, pode exercer 
seu trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras um determinado 
cunho religioso ou político.
Esta era da história da arte nasceu em meados do século XX e se estende 
até a atualidade, insinuando-se logo depois da Segunda Guerra Mundial. Esse 
período traz consigo novos hábitos, diferentes concepções, a industrialização 
em massa, que imediatamente exerce profunda infl uência na pintura, nos 
movimentos literários, no universo fashion, na esfera cinematográfi ca, e nas 
demais vertentes artísticas. Essa tendência cultural com certeza emerge das 
vertiginosas transformações sociais ocorridas neste momento.
Os artistas passam a questionar a própria linguagem artística, 
Brasília, 2015
7
a imagem em si, a qual subitamente dominou o dia a dia do mundo 
contemporâneo. Em uma atitude metalinguística, o criador se volta 
para a crítica de sua mesma obra e do material de que se vale para
concebê-la, o arsenal imagético ao seu alcance.
Disponível em: <http://goo.gl/EGQ1xy>. Acesso em: 3 jan. 2015.
A obra que melhor se enquadra na descrição oferecida pelo texto é:
a)
 
 
b)
 
c) 
d) 
e) 
13. 
R
ep
ro
du
çã
o
– Não pise nisso aí!
– Por quê?
– A minha mãe quando pisa chora!
O humor presente na charge anterior reside na ideia de que
a) a balança representa a felicidade feminina, denotando a satisfação com o 
próprio peso.
b) o choro da mãe da personagem representa uma descoberta infeliz 
proporcionada pela balança.
c) a advertência representa o cuidado de uma personagem com a outra, 
baseada na possibilidade de a balança estar quebrada.
d) a personagem impedida de subir na balança está fora do peso, por isso não 
deveria subir na balança.
e) a frustração da personagem está na dor de sua mãe ao descobrir que está 
abaixo do seu peso.
14. 
Ilustração do artista polonês Paweł Kuczyński.
A composição da imagem anterior manifesta uma fi gura de linguagem 
caracterizada pela oposição ideológica de elementos não coexistentes, 
chamada
a) antítese.
b) metonímia.
c) catacrese.
d) paradoxo.
e) hipérbato.
15. 
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8
Observando a representatividade do quadrinho anterior, percebe-se que há a 
presença marcante da função da linguagem
a) apelativa.
b) metalinguística.
c) conativa.
d) referencial.
e) fática.
16. Texto 1
Texto 2
A censura, seja qual for, parece-me uma monstruosidade, algo pior que o 
homicídio; o atentado contra o pensamento é um crime de lesa-alma.
Gustave Flaubert 
A imagem anterior, aliada à citação de Flaubert, promove um conceito 
extremamente crítico acerca da censura imposta como forma de cercear a 
liberdade da população quanto
a) ao acesso à informação.
b) à exposição nas redes sociais.
c) à divulgação de literatura engajada.
d) à prevenção de usos indevidos da internet.
e) à unifi cação de redes comunicativas.
17.
A imagem unifi ca dois conceitos que interagem de forma bastante complementar 
e paradoxal na sociedade contemporânea, fomentando estruturas desiguais 
que, de acordo com a crítica promovida pela pintura, se baseiam
a) na ideia de que a preguiça humana é decorrente da exploração de 
estamentos menos desenvolvidos.
b) em um conceito de dominante e dominado, no qual as relações de poder 
determinam as posições sociais.
c) na exploração de ideais de liberdade, nas quais uma sociedade mais justa 
se estrutura por meio do trabalho.
d) em uma relação igualitária, em que privilégios são distribuídos 
equitativamente entre as classes sociais.
e) na concepção de justiça e igualdade, mostrando que o trabalho promove a 
evolução de classes desfavorecidas.
18.
D
iv
ul
ga
çã
o
Área para não fumantes. TBWA\Athens, Grécia.
Tendo como princípio os conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas 
de comunicação e a informação gerada para resolver problemas sociais, 
percebe-se que a propaganda anterior tem como objetivo
a) chocar a população de fumantes, conscientizando-os,
por meio de uma mensagem mórbida, acerca da ideia de que o fumo conduz 
à morte.
b) transparecer que todos os fumantes podem morrer a qualquer momento em 
virtude do uso esporádico do fumo.
c) demonstrar que fumantes tendem a fi car isolados em decorrência do 
desagrado social promovido pelo uso do fumo.
d) articular conceitos sobre saúde e bem-estar, que só podem ser alcançados 
por meio de hábitos mais saudáveis.
e) impor um comportamento acercado uso controlado do cigarro, como forma 
de obter maior qualidade de vida.
19. É muitas vezes difícil decidir entre comprar um Samsung Galaxy S3 agora, 
ou esperar pelo iPhone 5, especialmente quando se tem o pensamento: 
“sempre há algo bom agora, mas há algo melhor na esquina, e você quer que 
seu investimento seja duradouro”. Os editores do site de tecnologia CNET 
ajudam a sair desse dilema.
Com relação ao processador, a Samsung que se uniu à Qualcomm para 
colocar um dual-core Snapdragon S4, torna o Galaxy S3 um dos telefones 
mais rápidos dos Estados Unidos. Já a Apple pode promover um chip A5X 
mais rápido, esperando que tenha o mesmo processador gráfi co que tem o 
iPad 3.
Um dos fatores mais determinantes também será o preço. Nos Estados 
Unidos, o Samsung Galaxy S3 tem contratos que variam de $ 199,99 USD 
para o dispositivo de 16 GB e $ 249,99 USD para o modelo de 32 GB. Os 
preços do iPhone não devem ser mais baratos do que o atual iPhone 4S, que 
custa $ 199,99 USD para o modelo de 16 GB, $ 299,99 USD para o modelo 
de 32 GB e $ 399,99 USD para o modelo de 64 GB.
Vendo essas comparações, a decisão fi ca por conta das preferências pessoais 
de cada usuário. Mas o Samsung Galaxy S3 já provou ser sufi cientemente 
bom contra, pelo menos, o iPhone 4S. Assim, os editores do site de tecnologia 
recomendam que, se você gostaria de pagar para ver um sistema operacional 
novo e não tem pressa para comprar um telefone, você pode esperar pelo 
anúncio da Apple neste outono (do Hemisfério Norte). Caso as especifi cações do 
iPhone 5 não te impressionarem, o Galaxy S3 vale a pena e não deve provocar 
remorsos.
Disponível em: <http://portugues.christianpost.com/>.
Com base no texto e em seus conhecimentos acerca do uso das diferentes formas 
de tecnologia celular impostas pelas empresas supracitadas, permite-se inferir que
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a) os aparelhos promovem a comunicação de modo preciso, independente da 
marca a que pertencem.
b) a tecnologia não possui uma função determinante na escolha de um aparelho 
específi co.
c) a preferência por determinadas marcas varia de acordo com a necessidade 
e o gosto de cada consumidor.
d) uma marca consegue ser melhor do que a outra de acordo com critérios que 
não sejam ligados à tecnologia.
e) cada um dos aparelhos possui seu valor, mas a tecnologia não confi rma ou 
intensifi ca tais valores.
20. O mundo muda
Os ideais de esquerda nasceram em meados do século XIX e ganharam 
corpo no começo do século XX, com a revolução de 1917. Com o nascimento 
da União Soviética, o ideal comunista ganhou corpo, deixou de ser mera utopia 
para se tornar realidade. O sonho de uma sociedade igualitária, em que os 
trabalhadores seriam os dirigentes da nação e em que a mais-valia reverteria 
em benefício da sociedade e não de alguns burgueses ricos, parecia enfi m 
concretizar-se. É verdade que as primeiras décadas do socialismo soviético 
não apresentaram resultados muito positivos, mas, para quem acreditava 
na sociedade igualitária, os problemas seriam em breve resolvidos. O fato é 
que a simples existência da URSS já provocara importantes mudanças nos 
países capitalistas, que trataram de atender a algumas reivindicações dos 
trabalhadores. A defl agração da Segunda Guerra Mundial, provocada pela 
Alemanha nazista, tumultuou o processo e provocou uma inesperada aliança 
entre os países capitalistas avançados e a União Soviética, o que adiou o 
confl ito entre socialismo e capitalismo que, fi nda a guerra, levaria um mundo 
à chamada Guerra Fria e à beira de um confl ito nuclear, o que felizmente não 
aconteceu.
Ferreira Gullar
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/>.
Levando em consideração o caráter histórico-analílico do escritor Ferreira 
Gullar, nota-se que a defi nição que melhor resume a principal intenção do 
autor quanto ao estudo feito acerca da sociedade é
a) crítica sobre as relações internacionais.
b) ironia acerca das falhas ditas burocráticas.
c) análise puramente técnica sobre o mundo.
d) leitura isenta de argumentação prática.
e) defi nição unilateral sobre política.
21. Nove bons motivos para praticar Muay Thai
Homens e mulheres ganham músculos torneados, fl exibilidade e, de quebra, 
queimam 1.500 calorias
Chutes, socos, cotoveladas, joelhadas... Muitos fogem do Muay Thai por 
considerarem essa arte marcial tailandesa agressiva demais, mas os benefícios 
para o corpo fazem o esforço valer a pena: maior fl exibilidade, músculos mais 
defi nidos e menos gordurinhas ‒ tudo isso em um treino para lá de agitado. 
“Os treinos já começam com um aquecimento de corrida, polichinelos, saltos, 
alongamentos, fl exões de braços, abdominais e agachamentos”, conta o 
professor de Educação Física e especialista em artes marciais Fabricio 
Boscolo Del Vecchio, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/>. Acesso em: 20 out. 2014. (adaptado)
Diante do exposto, é possível perceber que o Muay Thai é
a) uma modalidade de exercício físico de baixo impacto que previne problemas 
cardíacos.
b) uma arte marcial de origem celta que se caracteriza por uma forte preocupação 
com a fl exibilidade.
c) uma atividade esportiva de baixo impacto, vinculada a um trabalho com 
aspectos motores ligados à fl exibilidade.
d) um esporte que muito contribui para uma acentuada queima calórica e para 
uma melhora na fl exibilidade do indivíduo.
e) um estilo de arte marcial norueguesa que se caracteriza pelo forte apelo à 
meditação. 
22.
As propagandas veiculadas em diferentes meios de comunicação estão 
intimamente ligadas ao ideário de consumo quando sua função é vender um 
produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos capazes de 
revelar que o público-alvo do cartaz é formado por
a) pessoas que confeccionam fantasias carnavalescas.
b) crianças que utilizam o produto na sua alimentação matinal.
c) donos de supermercados que comercializam o produto anunciado.
d) foliões envolvidos com os festejos carnavalescos. 
e) empresários que investem em adereços carnavalescos no período momino. 
23. Não sei se vocês têm meditado como devem no funcionamento do 
complexo maquinismo político que se chama governo democrático, ou governo 
do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido 
imediato. No entanto, talvez não exista, mais do que esta, expressão nenhuma 
nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal: governo do 
povo. Porque, numa democracia, o ato de votar representa o ato de FAZER 
O GOVERNO.
Pelo voto, não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se 
presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto, 
a gente escolhe, de maneira defi nitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de 
indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo.
Escolhem-se pelo voto aqueles que vão modifi car as leis velhas e fazer leis 
novas – e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos 
pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, 
até os sete palmos de terra da derradeira moradia.
Disponível em: <http://goo.gl/h01wlu>. Acesso em: 24 out. 2014. (adaptado)
A autora Rachel de Queiroz, em sua crônica intitulada “Votar”, mostra-se uma 
mulher visionária quando centra seu olhar no debate democrático. Analisando 
seus argumentos, é possível inferir que seu objetivo é
a) esclarecer que não há complexidade no funcionamento da máquina política.
b) mostrar que democracia é algo alheio à ideia de participação popular.
c) defender a importância do voto para a consolidação do Estado democrático.
d) apresentar o voto como algo inefi caz para o desenvolvimento da democracia.
e) mostrar que o passado em nada interfere nas decisões políticas do presente. 
24. O ciclo da vida
Conformados ou não, a morte é algo que precisaríamos aceitar, com mais 
ou menos dor, mais ou menos resistência, mais ou menos inconformidade. E 
esse processo, mais ou menos demorado, maisou menos cruel, depende da 
estrutura emocional e das crenças de cada um.
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Podemos escolher a teoria que nos conforta mais: quem morreu se 
reintegrou na natureza; preserva-se por seus genes em fi lhos e netos; faz 
parte de uma energia maior; enveredou por outra dimensão; é uma alma 
imortal.
A vida inevitavelmente fl ui: nós somos isso. Ela é um ciclo: ciclos se 
abrem e se fecham, isso é viver. O fi m de cada ciclo nos ajuda a pensar 
nas vezes em que fomos egoístas, grosseiros, fúteis, infi éis, ou quando não 
estivemos nem aí. Mas também lembramos os momentos em que fi zemos o 
melhor que podíamos.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em: 28 out. 2014.
Por suas características formais, por sua função e uso, o texto anterior pertence 
ao gênero
a) romance, pelo enredo e melancolia característicos. 
b) crônica, pela abordagem de fatos do cotidiano. 
c) artigo, pela apresentação de experiências científi cas. 
d) relato, pela descrição minuciosa de fatos futuros. 
e) reportagem, pelo registro pessoal de situações reais.
25. Sinhá Vitória acendia uma fogueira para preparar comida. Vendo o fogo 
surgir, a cadela Baleia se exalta e pula ao lado de sua dona, que lhe dá um 
pontapé.
Vidas secas, de Graciliano Ramos.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o 
modo como se organiza a própria composição textual,
tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, 
explicar, instruir. No trecho, reconhece-se o predomínio da sequência textual
a) explicativa, por meio da qual se expõem informações objetivas referentes 
à cachorra Baleia.
b) instrucional, em que se observa como Sinhá Vitória estabelece comunicação 
com sua família.
c) narrativa, por meio da qual uma ação envolvendo Sinhá Vitória apresenta 
informações sobre a constituição da personagem.
d) descritiva, em que se constrói uma percepção central sobre Sinhá Vitória a 
partir do que é absorvido pelos sentidos do narrador.
e) argumentativa, em que se defende a opinião do locutor sobre as angústias 
da personagem sobre a relação com os animais. 
26. A obra reproduzida é do pintor Mondrian. Ele defendia que a arte deve ser 
liberta das referências fi gurativas e dos detalhes de objetos naturais de caráter 
individual, ou seja, deve ser desnaturalizada. Para atingir esse objetivo, o 
artista reduziu os elementos possíveis para a criação artística a duas formas 
(linha reta e o retângulo) e às cores neutras, como o preto, branco e tons de 
cinza, além das cores primárias como o vermelho, o amarelo e o azul. No caso do 
quadro apresentado, é possível perceber o predomínio de características do
a) construtivismo modular.
b) cubismo fi gurativista.
c) surrealismo fi gurativista.
d) abstrato geométrico.
e) futurismo geométrico.
27. As danças de umbigada são danças com tambores, danças de batuques. 
Batuque é o instrumento, a percussão e o acontecimento, a performance da 
manifestação. A umbigada é um gesto presente nessas manifestações, é o 
encontro de umbigos que signifi ca um convite ou uma intimação, usado pelos 
dançarinos para convidar alguém para o centro do círculo ou tirar de dentro. 
No fandango e no lundu, em Portugal, a umbigada tem o mesmo propósito, 
como também ocorre na dança da punga do Maranhão e no coco de roda ou 
bambelôs e até mesmo em sambas certos.
Sendo característica de grande parte das danças de 
origem africana, a umbigada efetiva era a regra, mas 
foi sendo substituída por gestos equivalentes, como 
acenar do lenço, convite mímico, toque de perna etc.
É um dos movimentos mais tradicionais e 
característicos de muitas danças brasileiras e é chamado 
de semba na língua quimbundo dos bantos da Angola. 
O samba deu à luz o jongo que, por sua vez, deu origem 
ao samba moderno. Por razões desconhecidas, o jongo 
emprega apenas uma umbigada simulada.
O Brasil é rico na diversidade e cultura. Temos 
inúmeras danças de umbigada: jongo, cacuriá, tambor 
de crioula, samba de roda, coco, lundu, punga [...].
Disponível em: <http://arodadosbrincantes.blogspot.com.br/>. Acesso em: 25 out. 2014.
A dança é uma grande metáfora das transformações histórico-culturais 
experimentadas por um povo. No caso das danças de umbigada, é possível 
perceber que
a) apresentam movimentos oriundos do universo medieval europeu que aqui 
desembarcaram com os portugueses.
b) revigoram as vivências africanas trazidas pelos escravos desembarcados 
no período anterior ao século XIV.
c) recontam o universo ritualístico africano que tenta apresentar a diáspora 
africana como um elemento benéfi co para a difusão da cultura negra.
d) expõem um conjunto de informações que ratifi cam o caráter heterogêneo e 
bastante diversifi cado da cultura brasileira.
e) explanam observações sobre ritmos de dança que não encontraram chance 
de proliferação no cotidiano do homem americano.
28. Texto 1
 
Se
ba
st
iã
o 
Sa
lg
ad
o
Texto 2
Eu conto uma história inteira por meio do trabalho fotográfi co, então isso 
me consome tempo e energia. A minha fotografi a tem um caráter simbólico. 
No momento em que você faz uma intervenção, muitas coisas são anteriores. 
A luz de um fotógrafo vem com ele.
Sebastião Salgado
GIRON, Luís Antônio. Sebastião Salgado: “não sei o que é instagram”. Época, São Paulo, 30 maio 2013.
Com base na fotografi a e no trecho da entrevista com Sebastião Salgado, pode-se 
inferir que fotografar é uma
a) atividade desprovida de subjetividade e de sentimentos.
b) arte cientifi cista capaz de captar as nuances do humano.
c) ação artística eivada de simbolismos e metaforizações.
d) atividade profi ssional alheia à teia sentimental que cerceia o humano.
e) arte que se encontra em um patamar inferior ao de outras, como dança e 
pintura.
29. Penas da Lei Carolina Dieckmann são criticadas
Apesar de ser considerada positiva por especialistas, a inclusão de alguns 
novos crimes eletrônicos no Código Penal já começa a ser criticada. A Lei 
Federal no 12 737, chamada de “Lei Carolina Dieckmann”, entra em vigor em 
120 dias.
MONDRIAN, Piet. Composição em 
vermelho, amarelo e preto. 1921.
1 original de arte, óleo sobre 
tela, 59,5 cm x 59,5 cm. Haags 
Gemeentemuseum, Haia.
Brasília, 2015
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A invasão de sistemas como redes, sites e celulares, passou a ser 
considerada crime. A pena, é de detenção de três meses a um ano e multa. 
Se alguém divulgar ou vender dispositivo ou programa que permita a prática 
desse crime e isso resultar em prejuízo econômico, a pena pode aumentar de 
um terço a um sexto.
Caso os dados obtidos sejam segredos comerciais ou industriais 
(informação sigilosa), a pena é mais grave. Vai de reclusão de seis meses a 
dois anos e multa.
Essa pena pode ser aumentada de um a dois terços se houver divulgação 
ou comercialização desses dados e eleva-se de um terço à metade se o crime 
for praticado contra a administração pública ou qualquer dirigente máximo, 
como a presidente da República, da Câmara ou do Supremo Tribunal Federal 
(STF).
Para o advogado Renato Opice Blum, especialista em direito eletrônico, 
é importante para as empresas haver esses crimes no código. “É um avanço 
porque no Brasil havia uma lacuna legislativa a respeito”, afi rma. “Porém, 
essas penas ainda são baixas porque, na prática, ninguém vai ser preso”, diz.
Segundo o advogado, se o autor não tiver precedentes, no máximo, 
deverá cumprir alguma pena alternativa, como a doação de cestas básicas. 
“Se a pena máxima desses crimes fosse maior, haveria maior fl exibilidade 
para, eventualmente, conforme a gravidade do crime, um juiz mandar esses 
criminosos para a cadeia”, afi rma.
Disponível em: <http://g1.globo.com/>. Acesso em: 28 out. 2014.
De acordo com o texto, pode-se reconhecer que seu autor, principalmente, 
posiciona-se criticamente
a) de forma contrária às punições que serão aplicadas a partir da nova lei.
b) de forma contrária à iniciativa dos juristas que criaram a lei.
c) de forma favorável à disseminação de fotografi as de famosos na internet. 
d) de forma favorávelà nova lei, mas contrário à sua fl exibilidade.
e) de forma favorável aos autores de crimes desprovidos de precedentes.
30.
Guerra e paz, de Portinari, são exibidos
pela primeira vez em São Paulo
Os dois painéis estavam localizados no hall de entrada da Assembleia-Geral 
da ONU, em Nova York
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Encomendados pelo governo brasileiro para presentear a sede da ONU 
(Organizações das Nações Unidas), em Nova York, os painéis estavam 
localizados no hall de entrada da Assembleia-Geral e eram de acesso restrito 
aos delegados das nações. Nem mesmo durante as visitas guiadas à ONU as 
obras podiam ser vistas pelo público, por razões de segurança. Com a realização 
de uma grande reforma no edifício-sede da ONU entre 2010 e 2013, o Projeto 
Portinari, que cuida do legado do artista, conseguiu a guarda dos painéis para 
restaurá-los e promover sua exposição no Brasil e no exterior nesse período.
Pintados entre 1952 e 1956, os murais representam a derradeira obra de 
Portinari. Intoxicado pelo chumbo das tintas que utilizava e impedido de pintar 
pelos médicos que o acompanhavam, o artista aceitou o convite do governo 
brasileiro para criar Guerra e paz e, depois disso, adoeceu, falecendo em 6 de 
fevereiro de 1962 – há exatos 50 anos.
Na obra, a guerra é representada em cores vibrantes e chocantes pela 
fi gura de mães que perderam seus fi lhos – em uma alusão à Pietà, de 
Michelangelo. Por sua vez, a paz é retratada em tons pastel por, entre outras 
fi guras, crianças em gangorras e balanços, pendendo no ar como anjos, 
conforme era a intenção do artista.
“Guerra e paz representam a suprema e derradeira síntese da obra de 
Portinari, que é pontuada pelo contraponto entre o drama e a poesia, o trágico 
e o lírico, a fúria e a ternura, entre guerra e paz”, destacou João Candido. “Ele 
não foi somente um artista trágico. Também foi o pintor da ternura, do lirismo, 
da poesia e da infância”.
Disponível em: <http://goo.gl/oIG81k>. Acesso em: 25 out. 2014.
Observando as informações apresentadas sobre Candido Portinari, é possível 
perceber que sua pintura expõe
a) problemas alheios à realidade brasileira do período pós-colonial.
b) aspectos antitéticos que ratifi cam o caráter barroco de sua produção.
c) elementos que reforçam a sua preocupação em mostrar os paroxismos da 
condição humana.
d) situações que reforçam o apelo neoclássico de sua obra.
e) experiências que reforçam o caráter histórico e didático de sua produção 
artística.
31. 31a Bienal foca presente, com
política, sexo e religião
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Considerado o principal evento de arte da América Latina, a Bienal Internacional 
de São Paulo teve a sua fi gura de proa questionada em anos recentes – 
inclusive por ela mesma, que abordou a questão na chamada Bienal do 
Vazio, em 2008, quando deixou todo um andar desocupado no Pavilhão do 
Ibirapuera. Como parte dessa discussão, o evento repensou o seu foco, que 
vem recaindo mais sobre o presente, na busca por mapear a produção que 
é feita hoje no Brasil e no mundo. Foi esse o olhar da equipe de curadores 
à frente desta 31a edição da mostra, que reúne 81 projetos e um total de 
250 trabalhos. Mais do que nomes de grandes artistas (que praticamente não 
existem), se sobressaem tópicos como religião, política e sexualidade, ainda 
mais atuais em tempos de beijo gay na TV, protestos nas ruas e eleições. A 
mostra abre as portas neste sábado e segue até 7 de dezembro, com entrada 
gratuita.
“Como [...] coisas que não existem”, tema da Bienal deste ano, manifesta 
esse interesse da equipe curatorial por investigar o presente que é descrito 
pelo grupo formado pelo britânico Charles Esche, pelos israelenses Galit Eilat 
e Oren Sagiv e pelos espanhóis Pablo Lafuente e Nuria Enguita Mayo, como 
um período de transição, em que velhas formas estão sendo abandonadas 
para dar lugar a novas, ainda não delimitadas com precisão.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em: 28 out. 2014.
Com base na leitura do texto, é possível reconhecer que o trabalho artístico 
também
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a) procura alienar a sociedade e impedi-la de se abastecer de novas 
informações.
b) contribui severamente para romper com o previsível e questionar a realidade 
circundante.
c) cristaliza visões artísticas que tendem a tornar a refl exão cada vez mais 
desimportante.
d) institui uma maneira de compreender o presente como algo desvinculado 
da realidade cotidiana.
e) canoniza a homogeneidade e interfere diretamente na compreensão do 
mundo contemporâneo.
32. Cerâmica tapajônica: arte indígena secular
Uma das mais antigas e belas expressões da arte e da cultura amazônica. 
Assim é a cerâmica de Santarém, recentemente reconhecida como patrimônio 
artístico e cultural do Pará. Uma arte que, segundo pesquisas desenvolvidas 
pela arqueóloga Anna Roosevelt, desenvolve-se entre os índios que habitavam 
as margens do Rio Tapajós. Esses povos, também chamados de Tapajós, 
seriam descendentes de hábeis artesãos, supostamente descendentes dos 
Maias ou de Incas, que se desenvolveram na região de Santarém a partir do 
ano 1200 a.C.
A beleza da cerâmica tapajônica lembra o estilo barroco e a antiga arte 
chinesa, devido aos detalhes de suas peças zoomorfas de feições ornamentais 
muito análogas. A maioria das peças da cerâmica de Santarém foi encontrada 
em zonas de terra preta ou nas áreas conhecidas como bolsões. Por séculos, 
essa cultura fi cou desconhecida da civilização moderna e, a partir do século 
XIX, começou a ser pesquisada por historiadores. O valor atribuído às peças 
aguçou a cobiça, inclusive de colecionadores estrangeiros. Hoje, um pouco 
do que fi cou dessa arte pode ser visto no Centro Cultural João Fona, em 
Santarém.
Disponível em: <http://www.diariodopara.com.br/>. Acesso em: 28 out. 2014.
Com base no texto, pode-se identifi car como representante da cerâmica 
tapajônica:
a) d)
b) e) 
c) 
33. Dar-te-ei
Não te darei fl ores, não te darei, elas murcham, elas 
[morrem
Não te darei presentes, não te darei, pois envelhecem 
[e se desbotam
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, eles 
[derretem
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas 
[choram, elas se vão
Dar-te-ei fi nalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus
Esses embalam, esses secam, mas esses fi cam.
[...]
JENECI, Marcelo. Dar-te-ei. Intérprete: Marcelo Jeneci. In: ______. Feito para acabar.
Rio de Janeiro: SOM LIVRE, 2010. 1 CD. Faixa 8.
Nesse texto, a função da linguagem predominante é
a) emotiva, porque o texto destina-se ao interlocutor.
b) referencial, pois o texto trata de problemas derivados do canal de 
comunicação.
c) metalinguística, porque o texto tenta explicar o signifi cado do vocábulo 
bombons.
d) conativa, pois o texto está centrado na fi gura do interlocutor.
e) fática, porque o autor busca orientar o receptor sobre os presentes da vida. 
34.
RENOIR, Pierre-Auguste. La Grenouillère. 1869. 1 original de arte, óleo sobre tela,
66,5 cm x 81 cm. Museu Nacional de Belas-Artes em Estocolmo, Suécia.
Ao observar o quadro La Grenouillère, de 1869,
percebe-se que Renoir utilizou nele a seguinte característica impressionista:
a) ênfase nos temas da natureza, principalmente de paisagens.
b) uso de técnicas de pintura que desvalorizam a ação da luz natural.
c) desvalorização da decomposição das cores.
d) pinceladas soltas que não captam os movimentos da cena retratada.
e) uso de efeitos de sombras pretas e luminosas.
35. 
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O texto publicitário, pela sua própria natureza,
carrega-se de elementos de natureza persuasiva. O 
receptor está sendo “seduzido” a consumir um produto ou
tornar-se adepto de uma ideia. Neste anúncio, por exemplo, o principal 
elemento a voltar-se diretamente para o receptor/leitor da mensagem é
a) a indumentária das personagens de Walt Disney.
b) a imagem grandiosa de um globoao fundo.
c) a presença do modo imperativo.
d) a cotação do dólar abaixo do mercado.
e) a indicação do nome da empresa a oferecer pacotes turísticos.
36.
An
dr
é 
D
ah
m
er
De acordo com a tira, é possível reconhecer que seu criador
a) omite a ideia de que o computador atrapalha nas relações interpessoais e 
na composição do olhar tecnológico.
b) utiliza recursos verbais destoantes dos icônicos na composição da tira.
c) apresenta o computador como um veículo incapaz de comunicar algo que 
interfi ra na comunicação humana.
d) expõe a falência das relações humanas derivada do uso exacerbado das 
novas tecnologias.
e) admite que o uso do computador aproximou de maneira mais intensa 
homens e mulheres no mundo.
37.
Gêneros orais e escritos na escola
Domínios sociais 
de comunicação
Aspectos 
tipológicos
Capacidade de linguagem 
dominante Exemplos de gêneros orais e escritos
Cultura literária 
fi ccional Narrar
Mimeses de ação por 
meio da criação da intriga 
no domínio do verossímil.
Conto maravilhoso, conto de fadas, fábula, 
lenda, narrativa de aventura, narrativa de 
enigma, narrativa mítica, sketch ou história 
engraçada, biografi a romanceada, romance, 
romance histórico, novela fantástica, conto, 
crônica literária, adivinha, piada.
Documentação 
e memorização 
das ações 
humanas
Relatar
Representação pelo 
discurso de experiências 
vividas, situadas no 
tempo
Relato de experiência vivida, relato de 
viagem, diário íntimo, testemunho, anedota 
ou caso, autobiografi a, curriculum vitae, 
notícia, reportagem, crônica social, crônica 
esportiva, histórico, relato histórico, ensaio 
ou perfi l biográfi co, biografi a.
Discussão de 
problemas 
sociais 
controversos
Argumentar
Sustentação, refutação e 
negociação de tomadas 
de posição
Textos de opinião, diálogo argumentativo, 
carta de leitor, carta de solicitação, 
deliberação informal, debate regrado, 
assembleia, discurso de defesa (advocacia), 
discurso de acusação (advocacia), resenha 
crítica, artigos de opinião ou assinados, 
editorial, ensaio.
Transmissão e 
construção de 
saberes
Expor
Apresentação textual de 
diferentes formas dos 
saberes
Texto expositivo, exposição oral, seminário, 
conferência, comunicação oral, palestra, 
entrevista de especialista, verbete, artigo 
enciclopédico, texto explicativo, tomada 
de notas, resumo de textos expositivos e 
explicativos, resenha, relatório científi co, 
relatório oral de experiência.
Instruções e 
prescrições
Descrever 
ações
Regulação mútua de 
comportamentos
Instruções de montagem, receita, 
regulamento, regras do jogo, instruções de 
uso, comandos diversos, textos prescritivos.
 Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/generos_textuais>.
Para a linguística, gêneros textuais são diferentes formas de expressão textual 
e englobam todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Quanto à 
forma ou à estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, 
é possível classifi cá-los dentro dos tipos e estilos composicionais, de acordo 
com o exemplo da tabela apresentada.
Suponha agora a seguinte situação: Luís Alberto é um conceituado advogado 
e mora em um bairro que fi ca dentro de um parque ecológico protegido por 
leis ambientais. Preocupado com o desmatamento da área para a construção 
de novos prédios, ele escreveu, em momentos diferentes, dois textos para 
protestar e refl etir acerca dessa questão. Os dois textos foram publicados no 
jornal de maior circulação em sua cidade e enquadram-se, respectivamente, 
nos seguintes gêneros
a) diálogo argumentativo e regulamento.
b) resenha crítica e editorial.
c) conferência e relatório.
d) editorial e entrevista de especialista.
e) carta de leitor e artigo de opinião.
38.
Domingo no parque 
O rei da brincadeira – ê, José
O rei da confusão – ê, João
Um trabalhava na feira – ê, José
Outro na construção – ê, João
A semana passada, no fi m da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde, saiu apressado
E não foi pra Ribeira jogar
Capoeira
Não foi pra lá pra Ribeira
Foi namorar
O José como sempre no fi m da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio
Foi no parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana, seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa – ô, José
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A rosa e o sorvete – ô, José
Oi, dançando no peito – ô, José
Do José brincalhão – ô, José
O sorvete e a rosa – ô, José
A rosa e o sorvete – ô, José
Oi, girando na mente – ô, José
Do José brincalhão – ô, José
Juliana girando – oi, girando
Oi, na roda-gigante – oi, girando
Oi, na roda-gigante – oi, girando
O amigo João – João
O sorvete é morango – é vermelho 
[...]
Gilberto Gil
A canção “Domingo no parque”, do cantor e compositor baiano Gilberto 
Gil, foi um dos marcos iniciais do movimento artístico-cultural batizado de 
Tropicalismo na década de 1960. Pode-se reconhecer, na produção dos 
artistas, desse movimento um(a)
a) infl uência da contracultura e da antropofagia cultural conceituada por 
Oswald de Andrade.
b) infl uência da cultura americana pós-guerra combinada às vanguardas 
europeias.
c) tom coloquial das letras, com rimas simples e versos ufanistas.
d) majoritária infl uência do jazz mesclada ao samba dos morros cariocas.
e) apropriação da prática do canto-falado e mistura com a música de Frank 
Sinatra, Beatles e Rolling Stones.
39. Prefácio interessantíssimo
Leitor: 
Está fundado o Desvairismo.
Este prefácio, apesar de interessante, inútil.
Alguns dados. Nem todos. Sem conclusões. Para quem me aceita são 
inúteis ambos. Os curiosos terão o prazer em descobrir minhas conclusões, 
confrontando obra e dados. Para que me rejeita trabalho perdido explicar o 
que, antes de ler, já não aceitou.
Quando sinto a impulsão lírica, escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente 
me grita. Penso depois: não só para corrigir, como para justifi car o que escrevi. 
Daí a razão deste Prefácio interessantíssimo. [...]
Que Arte não seja porém limpar versos de exageros coloridos. Exagero: 
símbolo sempre novo da vida como sonho. Por ele vida e sonho se irmanaram. 
E, consciente, não é defeito, mas meio legítimo de expressão. [...]
ANDRADE, Mário de. Prefácio ao livro Pauliceia desvairada. In: RODRIGUES, A. Medina et al. Antologia da Literatura Brasileira: 
textos comentados. São Paulo: Marco, 1979. p. 28,32.
Reconhecendo os procedimentos de construção do texto modernista e 
relacionando as informações contidas no “Prefácio interessantíssimo”, que tem 
por objetivo expor e defender princípios de caráter coletivo e defi nir a estética 
modernista, pode-se dizer seguramente que Mário de Andrade escreveu
a) uma carta aberta.
b) um ensaio literário.
c) uma resenha crítica.
d) um manifesto.
e) um artigo de opinião.
40.
Canto IV
Navio negreiro
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica e serpente
Faz doudas espirrais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Castro Alves
“Navio negreiro” é um dos principais poemas da chamada Geração Condoreira 
do Romantismo brasileiro e foi escrito em 1868, 18 anos após a promulgação da 
Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfi co negreiro. Observando ao longo da 
história da literatura brasileira, outros autores também se interessaram por temas 
sociais, como comprova
a) a obra de Cecília Meireles, sempre preocupada com a realidade cotidiana e o 
compadecimento com os desvalidos.
b) a obra de Augusto de Campos, quevoltava-se para uma preocupação com a 
poesia e com a realidade concreta.
c) a obra de Álvares de Azevedo, escrita também no período do Romantismo e 
marcada por forte visão crítica.
d) a obra de Lima Barreto, cronista e romancista carioca que retratou a vida dos 
habitantes do subúrbio de sua cidade e ironizou os desmandos do poder no país 
e os vícios das elites.
e) a obra de Guimarães Rosa, principal representante do regionalismo social da 
década de 1930, também chamado de segunda fase do Modernismo brasileiro.
41.
Charge é um estilo de ilustração em que se expressa uma crítica político-social 
sobre determinadas situações cotidianas. Na charge em questão, a estruturação 
desse gênero faz-se notar por meio
a) de uma imagem funesta e belicosa.
b) do traço irônico e burlesco.
c) do humor negro e do traço macabro.
d) da idealização de uma imagem anterior.
e) da natureza opinativa e cômica da fi gura apresentada.
Brasília, 2015
15
42.
A bula de remédio é um gênero textual em que há o predomínio da seguinte função 
da linguagem:
a) referencial, pelos objetivos informativos e injuntivos da mensagem.
b) conativa, pela natureza persuasiva da mensagem.
c) emotiva, pelo predomínio dos verbos na primeira pessoa.
d) poética, pela presença de elementos metafóricos.
e) metalinguística, pelo fato de o texto ser autoexplicativo.
43.
Folha de S.Paulo, 30 jun. 2014.
Nessa tirinha, os principais elementos identifi cadores da variante linguística 
diatópica ou regional são
a) os solecismos e os barbarismos.
b) os sotaques e as gírias.
c) os coloquialismos e as exclamações.
d) as abreviações vocabulares e os estrangeirismos.
e) os cacófatos e as indumentárias.
44. Levando em consideração sua natureza, seus objetivos e seu local de 
publicação, esse tipo de texto apresentado deve ser escrito
a) com uma mescla de erudição e coloquialismo pela sua essência jornalística.
b) dentro da norma padrão com respeito às regras gramaticais.
c) de maneira informal para atingir um grande público.
d) com o uso da norma culta, porém com informalidade para atingir de forma 
eclética os leitores.
e) dialogando com a norma literária que também respeita o padrão formal da 
língua.
45. 
Novos smartphones Nokia Lumia trazem recursos de imagem 
superiores a preços mais acessíveis
Novos smartphones Lumia 830, 730 Dual SIM e 735 oferecem tecnologia de 
câmera e software líderes da indústria em um formato elegante e colorido
A Microsoft Corp. anunciou nesta quinta-feira os smartphones Nokia Lumia 
830, Lumia 735 e Lumia 730 Dual SIM executando o mais recente sistema 
operacional Windows Phone 8.1, trazendo a tecnologia de imagem líder da 
indústria pelos níveis de preço mais acessíveis. A Microsoft também anunciou 
dois novos acessórios que oferecem maneiras inovadoras para que as 
pessoas interajam com seus telefones, além da atualização Lumia Denim, que 
traz recursos e aprimoramentos extras para os smartphones Lumia existentes.
Com um design elegante, o Lumia 830 é um carro-chefe de preço acessível 
que oferece inovações superiores, como estabilização de imagem óptica e 
imagem PureView para mais pessoas.
Oferecendo grande-angular, câmeras frontais, um preço atraente; e estilo 
elegante e compacto, o Lumia 730 Dual SIM e o Lumia 735 são próprios para 
chamadas Skype e selfi es.
Os atuais smartphones Lumia continuam ainda melhores com a atualização 
Lumia Denim, que combina as grandes novidades da mais recente atualização 
do Windows Phone 8.1 1 com melhorias exclusivas, como a Lumia Câmera, 
que traz imagens de alta qualidade a velocidades mais rápidas.
Disponível em: <http://goo.gl/FQVD9H>. Acesso em: 19 nov. 2014. (adaptado)
As constantes renovações tecnológicas apresentadas, sobretudo na evolução 
dos smartphones, revelam que as tecnologias de comunicação e informação
a) estão em sintonia com as demandas sociais e com as regras de disputa por 
mercados consumidores.
b) trazem à tona questões de origem social e artística com a evolução das 
selfi es, por exemplo.
c) buscam integrar novas tecnologias às formas convencionais da mídia 
impressa para fi nalidades acadêmico-sociais.
d) interagem somente com o meio virtual, dada a necessidade de uso dos 
sistemas Wi-Fi e modem.
e) demonstram zelo pela produção artística amadora ao valorizar sobremaneira 
os meios de divulgação social das selfi es.
Brasília, 2015
16
Gabarito
01. B
 A expressão “du jour”, oriunda do francês e que signifi ca literalmente “do 
dia”, é usada, segundo o Oxford Online, para descrever algo que está al-
cançando uma grande popularidade, porém que, provavelmente, terá curta 
duração. 
02. A
 A questão busca verifi car a habilidade de utilizar a língua inglesa para am-
pliar seus conhecimentos a respeito do processo de extinção dos idiomas 
falados no mundo. Utilizando uma estrutura denominada parallel increase, 
o autor afi rma que, “quanto mais um país é bem-sucedido economicamente, 
mais rápido suas línguas desaparecem”.
01. E
 O texto afi rma que não se deve oferecer às pessoas presentes que venham 
em conjuntos de quatro peças, por exemplo, pois o número 4 está para a 
cultura chinesa, assim como o número 13 está para alguns países ociden-
tais: um símbolo de azar. 
04. C
 A questão verifi ca se o aluno tem a habilidade de reconhecer a função de 
um texto. A imagem ironiza a difi culdade dos alunos de compreender uma 
pergunta formulada pelo professor em virtude de suas diferentes origens.
01. D
 A questão avalia a habilidade de usar a língua inglesa para compreender 
um produto cultural específi co, no caso, um poema. No poema “I’d rather 
see a sermon” (“Eu prefi ro ver um sermão”), o eu lírico revela que prefere 
aprender com pessoas que ensinam pelo exemplo, pois, na sua opinião, o 
olho é um discípulo melhor do que o ouvido. 
06. A
 No texto, percebe-se que, para a construção do anúncio, foi utilizado um 
texto cuja estrutura é livre, baseando-se na comunicação não verbal; tal 
característica remete à poesia concretista, datada de meados de 1950. Daí, 
tem-se dois gêneros textuais: anúncio publicitário e poesia. Esse processo, 
de fusão entre gêneros, é chamado de intergenericidade.
01. D
 Em ambos os textos, estabelece-se uma refl exão crítica sobre o fazer 
poético, ao nível de metatextualidade, por meio do próprio poema. Em 
lógica e linguística, chama-se de metalinguagem a linguagem usada para 
descrever algo sobre outra(s) linguagem(ns) – linguagens objeto. De modo 
mais amplo, uma metalinguagem pode referir-se a qualquer terminologia 
ou texto usada para descrever uma linguagem em si mesma, seu uso ou 
uma descrição gramatical, por exemplo.
08. A
 A poesia concreta foi marcada por valores que exploravam o aspecto ver-
bal, sonoro e visual, sem contar com o aspecto cinestésico, que engloba a 
noção de movimento do texto sobre o plano do papel.
09. C
 De acordo com a ideia expressa no texto, cada dança representa a índole 
de cada divindade cultuada, os chamados “arquétipos”; as danças podem 
ir do mais suave ao mais violento, de acordo com a personalidade da di-
vindade.
10. A
 A crítica literária consiste em um texto discursivo acerca de determinado texto 
ou obra literária, geralmente um livro recém-publicado, cuja função é realizar 
uma análise de forma que seja possível fornecer ao leitor informações sobre 
a tal obra. A crítica é composta por aquilo que o seu responsável, o crítico, 
pensa a respeito da obra resenhada, por uma breve sinopse do enredo e, 
muitas vezes, por referências a outras obras, relações de intertextualidade 
e referências à realidade. No caso do texto citado, Luiz Paulo Faccioli tece 
uma crítica sobre o livro Fim, de Fernanda Torres, apontando a trama central 
e fazendo julgamentos sobre o produto.
11. D
 Nessa questão, nota-se uma brincadeira que desconstrói a pintura A persis-
tência da memória, de Salvador Dalí, a fi m de criticar um defeito do aparelho 
celular mencionado. Tal desconstrução com fi nalidade crítica intitula-se 
paródia.
12. B
 No tocante aos ideais referentesà arte contemporânea, busca-se uma 
resolução que enquadre o inovador, o impactante e o subjetivo, elementos 
encontrados na imagem da alternativa B, já que os outros itens remetem 
aos conceitos explorados pelas vanguardas europeias.
13. B
 A ironia e o recurso de humor existentes na cena estão presentes na ideia 
de que a balança mostra à mãe da personagem que seu peso está acima 
do normal, fazendo com que a tristeza afl ore por meio do choro.
14. D
 O paradoxo é identifi cado quando os elementos gráfi cos ou textuais não 
correspondem à lógica ou ao senso comum. Nele, dois sentidos se fundem 
em uma mesma ideia, criando um efeito de contradição. Na imagem, esse 
recurso aparece na mistura entre símbolos associados à guerra e à paz. 
É importante lembrar que o paradoxo é diferente da antítese, pois, nessa 
última, predominam ideias opostas que não causam uma estranheza de 
sentido, como “estou acordado e todos dormem”.
15. B 
 A metalinguagem nada mais é do que usar um tipo de linguagem para falar 
dela própria, ou seja: um fi lme sobre um fi lme, um livro sobre um livro, uma 
música sobre uma música, uma pintura sobre uma pintura, um desenho 
sobre um desenho e assim por diante. O quadrinho em questão discute 
como se dá o processo de produção de um quadrinho.
16. A
 A imagem da tesoura cortando o fi o de um mouse, em uma zona de frontei-
ra, impõe a ideia de restrição à informação, política de censura ideológica 
imposta por diversos regimes totalitários.
17. B
 A imagem de um empresário deitado em uma rede armada, formada pelas 
algemas de um oprimido, demonstra a desigualdade social imposta por 
classes dominantes em relação aos estratos sociais mais pobres e oprimi-
Brasília, 2015
17
dos.
18. A
 A propaganda aborda a ideia de que a área para não fumantes em um 
cemitério é bem menor, pois o número de fumantes mortos é assustador. 
Ideia mórbida, mas de impacto a fi m de promover mudanças de hábitos 
nocivos em fumantes.
19. C
 O texto deixa clara a ideia de que o consumidor adota determinadas tecnologias 
de acordo com suas necessidades específi cas e gostos pessoais, promovendo 
um estilo próprio e típico.
20. A
 Percebe-se no texto que o autor promove uma análise crítica das relações 
internacionais no mundo e as ações que defl agrariam possíveis confl itos.
21. D
 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de 
necessidades cotidianas de um grupo social é o objetivo da questão. Nela, 
deve-se perceber os efeitos do Muay Thai na perda calórica e no aumento 
da fl exibilidade do indivíduo.
22. D
 Inferir em um anúncio publicitário quem é seu público-alvo é o principal obje-
tivo da questão. Pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados, 
percebe-se que a propaganda se destina aos foliões que participarão dos 
desfi les carnavalescos e que precisam de muita energia para desfi lar na 
avenida.
23. C
 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor, por meio da 
análise dos procedimentos argumentativos utilizados, é o principal objetivo 
da questão. Discutir a importância do ato de votar na consolidação da de-
mocracia é uma das principais preocupações da autora Rachel de Queiroz.
24. B
 Identifi car os elementos que concorrem para a progressão temática e para 
a organização e a estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. 
No fragmento, Lya Luft discorre sobre a temática da morte no cotidiano, 
utilizando o gênero crônica.
25. C 
 A sequência textual em destaque apresenta uma ação que se desenrola em 
sentido cronológico com a participação de duas personagens: Sinhá Vitória 
e Baleia. Com base na narração desse episódio, é possível compreender o 
comportamento animalesco de Sinhá Vitória, erigido a partir da experiência 
da fome.
26. D
 Reconhecer o valor da diversidade artística é o grande objetivo da questão, 
pois deve-se demonstrar conhecimento sobre os estilos de pintura abstrata 
e geométrica. No caso da obra do pintor Mondrian, a falta de diálogo com 
o fi gurativismo e o trabalho com o geometrismo tornam a obra um perfeito 
exemplar do estilo abstrato geométrico.
27. D
 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de ele-
mentos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e 
étnicos é o principal objetivo da questão. No caso das danças de umbigada, 
é válido destacar o quanto elas materializam as múltiplas vivências culturais 
do Brasil, pois introduzem movimentos e memórias de grupos sociais que 
viveram por muitos anos amordaçados.
28. C
 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas 
em seus meios culturais é o principal objetivo da questão. Nela deve-se 
demonstrar capacidade de avaliar o papel social, simbólico e metafórico 
da fotografi a e, mais especifi camente, do trabalho do fotógrafo Sebastião 
Salgado.
29. D
 Reconhecer posições críticas aos usos sociais feitos das linguagens e dos 
sistemas de comunicação e informação é o grande objetivo da questão. É 
importante o aluno notar que o texto-base apresenta um autor que critica 
severamente a fl exibilidade da nova lei.
30. C
 A questão analisa a capacidade de observar o quanto Portinari captou a 
essência das contradições humanas no interior de sua obra. Em Guerra 
e paz, o autor evidencia o caráter antitético da condição humana sobre a 
terra, mostrando o lirismo e os despropósitos na composição da obra.
31. B
 A questão avalia a capacidade de reconhecer as diferentes funções da arte, 
do trabalho e da produção dos artistas em seus meios culturais. Percebe-se 
que o texto-base parte do seguinte pressuposto: os trabalhos artísticos são 
refl exos da realidade política, econômica e cultural que circunda o artista. 
Portanto, muitos artistas utilizam seu trabalho para expressar pensamentos 
críticos contrários aos disseminados pelas instituições de poder vigentes. 
32. E
 Assim como a cerâmica marajoara, a cerâmica tapajônica é de origem 
indígena e carrega o zoomorfi smo e o antropomorfi smo como algumas de 
suas principais marcas. Os indígenas amazônicos traçavam os desenhos 
dos vasos a partir de observações da fauna local.
33. D
 A mensagem é centrada no receptor e organiza-se de forma a infl uenciá-lo, 
ou chamar sua atenção. Geralmente, usa-se a 2a pessoa do discurso (tu/
você; vós/vocês), vocativos e formas verbais ou expressões no imperativo. 
Como essa função é a mais persuasiva de todas, aparece comumente nos 
textos publicitários, discursos políticos, horóscopos e textos de autoajuda.
34. A
 São características do impressionismo a ênfase nos temas da natureza, 
principalmente de paisagens; o uso de técnicas de pintura que valorizem a 
ação da luz natural; a valorização da decomposição das cores; o predomínio 
de pinceladas soltas, buscando os movimentos da cena retratada; e o uso 
de efeitos de sombras coloridas e luminosas.
35. C
 A linguagem publicitária constitui um sistema de comunicação com regras 
próprias em virtude de sua natureza e de sua função. Uma vez que seu 
objetivo maior é a persuasão, o convencimento ao receptor da mensagem, 
ela se vale de recursos linguísticos que possibilitam um contato direto com 
Brasília, 2015
18
o destinatário. A utilização do modo verbal imperativo, portanto, é recorrente 
nesse tipo de texto por conta de seu contato direto por meio da ordem. 
36. D
 Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais 
utilizados com a fi nalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos é 
o principal objetivo da questão. No caso, o autor da tira preocupa-se em 
mostrar o quanto o uso exacerbado do computador tem alterado as relações 
entre homens e mulheres na sociedade.
37. E
 A carta de leitor e o artigo de opinião são, entre todos os outros citados 
nas assertivas da questão, os gêneros textuais mais adequados à situação 
proposta, pois, além de serem jornalísticos, são opinativos e possibilitam 
tanto a um cidadão comum quanto a um especialista em determinada área 
emitirem seuspontos de vista sobre questões de interesse social.
38. A
 O Tropicalismo defendia uma postura iconoclasta diante do modelo cultural 
vigente. A chegada do rock, das sonoridades novas das guitarras elétricas e 
do movimento da “cultura alternativa”, associada a uma postura de “degluti-
ção cultural” nos moldes propostos por Oswald de Andrade nos primórdios 
do Modernismo, constituíram-se de alicerce para a Tropicália. A fusão de 
elementos regionais e universais poderia constituir uma arte brasileira nova.
39. D
 O manifesto é o gênero textual em que se expõem e se defendem ideias 
oriundas de um pensamento coletivo. Trata-se de um texto de circulação 
social produzido por um grupo de indivíduos que coadunam dos mesmos 
princípios e ideias e resolvem apresentar isso para o debate de natureza 
mais abrangente. Durante os primórdios do Modernismo, a produção de 
manifestos era recorrente em virtude do desejo de trazer novos modelos e 
concepções estéticas ao conhecimento de todos.
40. D
 A temática social predomina ao longo de toda a obra de Lima Barreto. 
Mestiço pobre, morador de subúrbio carioca, ele logo se revelaria cronista e 
romancista brilhante. Sempre atento às questões importantes de seu tempo 
e crítico mordaz das elites econômica, política e intelectual brasileiras, seus 
livros são o registro de uma época do Brasil pelo olhar irônico e mordaz de 
um escritor comprometido com o seu tempo.
41. A
 A simbologia da caveira associada à morte e a disposição dos mísseis em 
sentidos opostos somados ao texto “Israel Palestina” assumem sentidos 
inferidos como morte e guerra; portanto, o sentido principal da charge vista 
é chamar atenção para o aspecto funesto e belicoso do confl ito entre dois 
povos.
42. A
 A função da linguagem predominante em textos como bulas, receitas e 
manuais de instruções é a referencial. Trata-se de uma função contratada 
na natureza denotativa da linguagem, cujo objetivo é orientar, instruir acerca 
de um assunto, objeto ou procedimento a ser adotado por parte do receptor 
da mensagem.
43. B
 Apesar das inadequações sintáticas e dos desvios ortográfi cos presentes 
na tirinha, os principais elementos que identifi cam a variação regional são 
o sotaque e a gíria, uma vez que, por meio deles, é possível identifi car a 
região de cada uma das personagens.
44. D
 O texto em questão é um aviso de licitação escrito para um jornal de grande 
circulação para tornar público determinado ato de interesse social. Esse 
gênero textual é produzido em linguagem culta, segundo a norma padrão 
do idioma, com o predomínio da denotação, a fi m de tornar claro o conteúdo 
da mensagem. Portanto, ele não conta com a presença de metáforas ou 
polissemia e obedece às regras gramaticais.
45. A
 Relacionando as tecnologias da comunicação e informação ao desenvol-
vimento das sociedades, percebe-se que, na evolução dos smartphones, 
por exemplo, os novos produtos estão em sintonia com as necessidades 
dos usuários, bem como estão associados à ideia de superar modelos das 
marcas concorrentes no mesmo mercado – o qual, não por acaso, está 
sempre atento ao potencial consumidor e, como ele interage no mundo 
contemporâneo digital.

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