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3 SI - TERMO

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Hipótese: Fatores genéticos associados a condições ambientais, predispõe o surgimento de
neoplasias de mama com possível evolução para o tromboembolismo pulmonar
Patologia de Órgãos e Sistemas
1- Definir os fatores prognósticos e
preditivos do CA de mama. (Exemplo:
RE/RP+; HER2+).
Fatores preditivos do CA de mama são
fatores que permitem selecionar a terapia
mais apropriada para cada paciente. Os
fatores preditivos estabelecidos atualmente
são HER-2, receptores de estrógeno e
progesterona (RE/RP). Pacientes HER-2 +
responderão ao tratamento com
trastuzumabe, enquanto pacientes RE/RP +
responderão à terapia endócrina.
Como fatores preditivos estabelecidos,
temos a presença de receptores de
estrógeno e progesterona (RE/RP), e do
receptor epidérmico humano 2 (HER-2).
Quando a neoplasia é RE/RP+ significa que
o crescimento da célula tumoral é
dependente desses hormônios. Assim, o
uso de tamoxifeno, uma droga que bloqueia
esses receptores, é válido nesse tipo de
tumor.
Quando o tumor é HER-2+, significa que as
células tumorais apresentam grande
quantidade deste receptor na sua
superfície, no qual se liga o fator de
crescimento epidérmico humano tipo 2,
promovendo crescimento tumoral. Assim, a
presença de HER-2+ indica mau
prognóstico, visto que é um receptor que
estimula intensamente a proliferação
tumoral (mais que RE/RP), refletindo
inclusive resistência à quimioterapia.
Fatores prognósticos são fatores que
permitem prever a evolução dos pacientes,
incluindo risco de recidiva, metástase ou
morte graças ao câncer de mama,
independentemente do tratamento
empregado.
Existem vários fatores prognósticos
validados, incluindo: envolvimento axilar,
tamanho do tumor, presença ou ausência
de receptores hormonais ou HER-2, tipo
histológico, grau histológico, invasão
sanguínea e linfática.
Presença de metástases em linfonodos
axilares e o número de linfonodos
acometidos são os fatores prognósticos de
maior impacto porque se relacionam à
redução de até 10 anos da sobrevida do
paciente. Quanto ao tamanho do tumor, a
partir de 3 cm já existe um grande número
de células malignas presentes e,
consequentemente, maior probabilidade de
surgirem células com capacidade
metastática.
Referências:
Terzian, A. C. B.; Ruiz, C. M.; Berton, C. R.
et al. Fatores prognósticos e preditivos nas
neoplasias mamárias – importância dos
marcadores imuno-histoquímicos nas
espécies humana e canina – estudo
comparativo. Arquivos de Ciências da
Saúde, v. 15, p. 189-198, 2008.
Stalin, I.; Araujo, J. N.; Caponi, L. G. F. et al.
Fatores prognósticos no câncer de mama.
HU Revista, v. 38, p. 193-201, 2012.
AZAMBUJA, E. Marcadores prognósticos e
preditivos e sua importância na
individualização de pacientes com câncer
de mama. Dissertação (Tese de Doutorado)
– Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2007.
2- Determinar a importância do
estadiamento para o CA de mama.
(Exemplo: T3N1M0); (Outros Sítios).
O estadiamento é a classificação do tumor
em um estádio que reflete a gravidade do
câncer porque leva em conta a taxa de
crescimento tumoral, extensão da
neoplasia, tipo de tumor e sua evolução.
Saber o estádio de um câncer é importante
porque isso permite obter informações
acerca do comportamento biológico do
tumor e prognóstico do caso, realizar uma
escolha terapêutica mais eficaz, prever
complicações e avaliar a eficácia do
tratamento.
O método de estadiamento mais usado é o
Sistema TNM de Classificação de Tumores
Malignos que leva em conta:
T: Maior diâmetro do tumor primário
(extensão)
●TX: não avaliável
●T0: ausência de evidência de tumor
primário
●Tis: carcinoma in situ
●T1: diâmetro = ou < 2 cm
●T2: diâmetro > 2 cm, mas = ou < 5 cm
●T3: diâmetro > 5 cm
●T4: tumor de qualquer tamanho com
invasão de parede torácica ou pele que leva
a ulcerações ou nódulos
N: Linfonodos das cadeias de drenagem
linfática das mamas
A partir de uma excisão, é realizada
avaliação histológica de ao menos 6
linfonodos da região axilar para pesquisa de
metástases
●NX: linfonodos regionais não avaliados
●N0: ausência de metástases no exame
histológico
●N 1: metástases em 1 a 3 linfonodos de
uma mesma axila
●N2: metástases em 4 a 9 linfonodos
axilares
●N3: metástases em 10 ou mais linfonodos
axilares
M: Metástases à distância
●MX: avaliação não realizada
●M0: ausência de metástases à distância
●M 1: presença de metástases à distância
Referências:
Abbas, A. K.; Aster, J. C.; Kumar, V.
Robbins & Cotran Patologia – Bases
Patológicas das Doenças. 9ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
3- Definir os fatores predisponentes de
risco para o CA de mama e compreender
sua epidemiologia. (PAPP/PPM/POS)
Os principais fatores de risco para CA de
mama são a idade avançada,
principalmente entre os 50 e 60 anos, estilo
de vida incluindo dieta hipercalórica,
sedentarismo, obesidade e etilismo,
histórico familiar de CA de mama e história
pessoal de CA de ovário ou endométrio.
Outro importante fator é a estimulação
estrogênica prolongada, como ocorre em
mulheres nulíparas, que tiveram menarca
precoce, menopausa tardia ou primeira
gestação após os 35 anos.
O câncer de mama é o mais incidente em
mulheres no mundo, com aproximadamente
2,3 milhões de casos novos estimados em
2020, o que representa 24,5% dos casos
novos por câncer em mulheres. É também
a causa mais frequente de morte por câncer
nessa população, com 684.996 óbitos
estimados para esse ano (15,5% dos óbitos
por câncer em mulheres) (IARC, 2020).
No Brasil, o câncer de mama é também o
tipo de câncer mais incidente em mulheres
de todas as regiões, após o câncer de pele
não melanoma. As taxas são mais elevadas
nas regiões mais desenvolvidas (Sul e
Sudeste) e a menor é observada na região
Norte. Em 2022, estima-se que ocorrerão
66.280 casos novos da doença (INCA,
2020).
O câncer de mama é também a primeira
causa de morte por câncer em mulheres no
Brasil. A incidência e a mortalidade por
câncer de mama tendem a crescer
progressivamente a partir dos 40 anos
(INCA, 2019)
Referências:
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA.
Estimativa 2020: incidência do Câncer no
Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019.
Disponível em:
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.loc
al/files//media/document//estimativa-2020-in
cidencia-de-cancer-no-brasil.pdf Acesso
em: 17 outubro 2022.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Atlas
da mortalidade. Rio de Janeiro: INCA, 2021.
base de dados. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/app/mortalidade
Acesso em: 18 jan 2021.
Abbas, A. K.; Aster, J. C.; Kumar, V.
Robbins & Cotran Patologia – Bases
Patológicas das Doenças. 9ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
4- Explicar como a neoplasia maligna
favorece o desenvolvimento de
trombose e tromboembolia.
Referências:
Fisiopatologia
5- Classificar e definir manchas
púrpuras.
6- Relacionar meningite com
coagulopatia.
7- Definir tromboembolismo pulmonar e
associar aos fatores de risco para o
desenvolvimento da Tríade de Virchow.
Alguns cânceres tem o potencial de
aumentar a produção de fatores de
coagulação
Pode ocorrer de ter ausência de produção
do fator? E se tiver, medicamentos fazem
efeito? Pois se ligam a Ib
8- Descrever as etapas da hemostasia.
(Primária, Secundária, Fibrinolítica).
Doenças Infectocontagiosas
9- Citar os principais agentes etiológicos da
Perceba que a partir da ativação do FATOR
X-A, o mecanismo é o mesmo para os dois.
Remoção do coágulo
9- Citar os principais agentes etiológicos
da meningite aguda e adquirida, sua
transmissão, além dos sinais e
sintomas.
Meningite: inflamação das meninges. As
meningites podem ser:
1. Bacterianas
a) Neisseria meningitidis (meningococo)
b) Haemophilus influenzae
c) Streptococcus pneumoniae
(estreptococo)
d) Outras bactérias, ex. Mycobacterium
tuberculosis, Klebsiella pneumoniae
2. Virais
a) Enterovírus
b) Arbovírus
c) Vírus da caxumba
d) Vírus do sarampo
e) HIV 1
f) Varicela-zóster
g) Epstein-Barr
h) Citomegalovírus
3. Fúngica
a) Candida albicans
b) Cryptococcus neoformans
c) Paracoccidioides brasiliensis4. Por protozoários
a) Toxoplasma gondii
b) Trypanosoma cruzi
c) Plasmodium sp
5. Por helmintos
a) Infecção larvária da Taenia solium
b) Cysticercus cellulosae (cisticercose)
Há também as meningites causadas por
agentes não infecciosos, como doenças
autoimunes, câncer e traumatismos.
Transmissão: via respiratória, de pessoa a
pessoa (principal); e por contiguidade, a
partir de fístulas liquóricas entre
nasofaringe ou ouvido externo e espaço
subaracnóideo, originadas sobretudo em
traumas e cujas principais manifestações
são a rinorreia ou otorreia de líquor.
O quadro clínico nas meningites agudas é
muito variável segundo alguns fatores:
1. Idade: extremos de idade têm
sintomatologia mais escassa;
2. Etiologia: alguns agentes são mais
agressivos, outros, menos;
3. Estado imunológico do hospedeiro;
4. Tempo de evolução do processo: os
quadros nas primeiras horas de evolução
são mais difíceis de serem diagnosticados,
visto que a sintomatologia é comum a
qualquer quadro infeccioso (ex. cefaleia,
febre); e
5. Utilização prévia de medicação
sintomática: essas medicações não tratam
a meningite, mas alteram os sintomas e a
apresentação clínica, dificultando o
diagnóstico.
A apresentação clínica da meningite se dá
pela sobreposição de 2 grupos de sinais e
sintomas:
• Sinais e sintomas neurológicos (irritação
meníngea + sinais focais)
• Sinais de sepse
A irritação meníngea se associa a dois
principais sinais:
Sinal de Kernig: resposta em flexão
da articulação do joelho, quando a
coxa é colocada em certo grau de
flexão, relativamente ao tronco.
Sinal de Brudzinski: flexão
involuntária da perna sobre a coxa e
dessa sobre a bacia, ao se fletir a
cabeça do paciente.
Obs.: há pacientes, especialmente crianças
de até 9 meses, que não apresentam os
sinais clássicos de irritação meníngea.
10- Relacionar as principais bactérias
causadoras de meningite no Brasil as
suas características morfotintoriais.
a) Neisseria meningitidis (meningococo)
b) Haemophilus influenzae (coco bacilo)
c) Streptococcus pneumoniae(estreptococo)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O hemograma apresenta-se com uma
importante leucocitose, mas o diagnóstico
principal é feito pelo líquor, através da
punção lombar, que é realizada com
pacientes em decúbito lateral, entre os
espaços de L3-L4, L4-L5, L5-S1,
sub-occipital ou ventricular (em crianças).
O procedimento deve ser feito
exclusivamente na Sala de Punção. São
realizadas análises macroscópicas,
bioquímicas, citológicas, bacteriológicas e
micológicas no Laboratório de
Bacteriologia. Lembrar sempre de coletar
um mínimo de 1 ml (20 gotas de líquor).
Transmissão: Por agente infeccioso e por
contiguidade/vizinhança
Hemostasia e Coagulação Sanguínea: Atuação das Plaquetas e a Cascata de Coagulação
Tipo de
meningite
Aspecto
do
líquor
Citometri
a
Citologi
a
Glicose Proteínas Cultura Coloração
com a tinta
da China
Líquor normal Claro 0 a 5 - 2/3 da
glicemia
<40mg/dl Negativ
a
-
Meningite
bacteriana
aguda
Turvo ou
purulento
>500 PMN Diminuíd
a
>40mg/dl Positiva -
Meningite
bacteriana
aguda em uso
de antibiótico
Claro ou
pouco
turvo
<500 PMN ou
MN
Diminuíd
a ou
normal
Normal ou
aumentad
a
Positiva
(rara)
-
Meningite
tuberculosa
Claro ou
pouco
turvo
<500 MN Diminuíd
a
>40mg/dl Positiva
(rara)
-
Meningite
fúngica
Claro <500 MN Diminuíd
a ou
normal
>40mg/dl Negativ
a
Positiva
Meningite
viral
Claro <500 MN Normal >40mg/dl Negativ
a
-
11- Diferenciar as alterações no licor presente na meningite viral e bacteriana.
https://www.youtube.com/watch?v=dG73PqI9cNc
Farmacologia
12- Listar as classes funcionais dos ópioides e descrever seu mecanismo de ação e os
principais efeitos adversos.
Programa de Prática Médica
13- Descrever a técnica do papanicolau e conceituar sua finalidade. Listar os fatores que
levam as mulheres a não realizarem o preventivo.
Saúde do Trabalhador
14- Definir o principal objetivo da ergonomia e determinar as condições mobiliárias de
trabalho de acordo com a NR-17. (Cargo de Secretária).
Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e
características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância
requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalho de
fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter características dimensionais que
possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.
17.3.3 Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função
exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda
frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da
região lombar.
17.3.4 Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da
análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao
comprimento da perna do trabalhador.
Ética
15- Explicar a realização do diagnóstico de morte e definir a natureza jurídica do cadáver
e sua posse.
O próprio falecido, haja vista que este pode deixar uma disposição de última vontade, e caso
assim o faça, a sua vontade é que deve prevalecer. Não existindo manifestação do mesmo,
ficará a cargo da família decidir o melhor destino, seguindo a seguinte ordem: cônjuge,
descendentes, ascendentes e colaterais até 4º grau. Há quem diga que na falta da família os
amigos íntimos também teriam legitimidade.
16- Explicar se os médicos podem remover o suporte de vida em caso de morte
encefálica contra a vontade da família do paciente. (Resolução 1826/2007 - CFM).
17- Refletir como comunicar o óbito a família do paciente.
Nestas situações, "o médico deve ser capaz de enfrentar as reações emocionais dos familiares,
tais como tristeza, raiva, culpa e auto-acusação", "ficando à disposição, oferecendo carinho,
empatia, enfim presença". Deve ter sempre em mente que, "quando ocorre a morte, aqueles
que ficam sentem um grande vazio em suas vidas, qualquer que seja a idade". Essas emoções
devem ser equilibradas pelo profissional.

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