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Hipótese: Fatores genéticos associados a condições ambientais, predispõe o surgimento de neoplasias de mama com possível evolução para o tromboembolismo pulmonar Patologia de Órgãos e Sistemas 1- Definir os fatores prognósticos e preditivos do CA de mama. (Exemplo: RE/RP+; HER2+). Fatores preditivos do CA de mama são fatores que permitem selecionar a terapia mais apropriada para cada paciente. Os fatores preditivos estabelecidos atualmente são HER-2, receptores de estrógeno e progesterona (RE/RP). Pacientes HER-2 + responderão ao tratamento com trastuzumabe, enquanto pacientes RE/RP + responderão à terapia endócrina. Como fatores preditivos estabelecidos, temos a presença de receptores de estrógeno e progesterona (RE/RP), e do receptor epidérmico humano 2 (HER-2). Quando a neoplasia é RE/RP+ significa que o crescimento da célula tumoral é dependente desses hormônios. Assim, o uso de tamoxifeno, uma droga que bloqueia esses receptores, é válido nesse tipo de tumor. Quando o tumor é HER-2+, significa que as células tumorais apresentam grande quantidade deste receptor na sua superfície, no qual se liga o fator de crescimento epidérmico humano tipo 2, promovendo crescimento tumoral. Assim, a presença de HER-2+ indica mau prognóstico, visto que é um receptor que estimula intensamente a proliferação tumoral (mais que RE/RP), refletindo inclusive resistência à quimioterapia. Fatores prognósticos são fatores que permitem prever a evolução dos pacientes, incluindo risco de recidiva, metástase ou morte graças ao câncer de mama, independentemente do tratamento empregado. Existem vários fatores prognósticos validados, incluindo: envolvimento axilar, tamanho do tumor, presença ou ausência de receptores hormonais ou HER-2, tipo histológico, grau histológico, invasão sanguínea e linfática. Presença de metástases em linfonodos axilares e o número de linfonodos acometidos são os fatores prognósticos de maior impacto porque se relacionam à redução de até 10 anos da sobrevida do paciente. Quanto ao tamanho do tumor, a partir de 3 cm já existe um grande número de células malignas presentes e, consequentemente, maior probabilidade de surgirem células com capacidade metastática. Referências: Terzian, A. C. B.; Ruiz, C. M.; Berton, C. R. et al. Fatores prognósticos e preditivos nas neoplasias mamárias – importância dos marcadores imuno-histoquímicos nas espécies humana e canina – estudo comparativo. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 15, p. 189-198, 2008. Stalin, I.; Araujo, J. N.; Caponi, L. G. F. et al. Fatores prognósticos no câncer de mama. HU Revista, v. 38, p. 193-201, 2012. AZAMBUJA, E. Marcadores prognósticos e preditivos e sua importância na individualização de pacientes com câncer de mama. Dissertação (Tese de Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. 2- Determinar a importância do estadiamento para o CA de mama. (Exemplo: T3N1M0); (Outros Sítios). O estadiamento é a classificação do tumor em um estádio que reflete a gravidade do câncer porque leva em conta a taxa de crescimento tumoral, extensão da neoplasia, tipo de tumor e sua evolução. Saber o estádio de um câncer é importante porque isso permite obter informações acerca do comportamento biológico do tumor e prognóstico do caso, realizar uma escolha terapêutica mais eficaz, prever complicações e avaliar a eficácia do tratamento. O método de estadiamento mais usado é o Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos que leva em conta: T: Maior diâmetro do tumor primário (extensão) ●TX: não avaliável ●T0: ausência de evidência de tumor primário ●Tis: carcinoma in situ ●T1: diâmetro = ou < 2 cm ●T2: diâmetro > 2 cm, mas = ou < 5 cm ●T3: diâmetro > 5 cm ●T4: tumor de qualquer tamanho com invasão de parede torácica ou pele que leva a ulcerações ou nódulos N: Linfonodos das cadeias de drenagem linfática das mamas A partir de uma excisão, é realizada avaliação histológica de ao menos 6 linfonodos da região axilar para pesquisa de metástases ●NX: linfonodos regionais não avaliados ●N0: ausência de metástases no exame histológico ●N 1: metástases em 1 a 3 linfonodos de uma mesma axila ●N2: metástases em 4 a 9 linfonodos axilares ●N3: metástases em 10 ou mais linfonodos axilares M: Metástases à distância ●MX: avaliação não realizada ●M0: ausência de metástases à distância ●M 1: presença de metástases à distância Referências: Abbas, A. K.; Aster, J. C.; Kumar, V. Robbins & Cotran Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 3- Definir os fatores predisponentes de risco para o CA de mama e compreender sua epidemiologia. (PAPP/PPM/POS) Os principais fatores de risco para CA de mama são a idade avançada, principalmente entre os 50 e 60 anos, estilo de vida incluindo dieta hipercalórica, sedentarismo, obesidade e etilismo, histórico familiar de CA de mama e história pessoal de CA de ovário ou endométrio. Outro importante fator é a estimulação estrogênica prolongada, como ocorre em mulheres nulíparas, que tiveram menarca precoce, menopausa tardia ou primeira gestação após os 35 anos. O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres. É também a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, com 684.996 óbitos estimados para esse ano (15,5% dos óbitos por câncer em mulheres) (IARC, 2020). No Brasil, o câncer de mama é também o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma. As taxas são mais elevadas nas regiões mais desenvolvidas (Sul e Sudeste) e a menor é observada na região Norte. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença (INCA, 2020). O câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. A incidência e a mortalidade por câncer de mama tendem a crescer progressivamente a partir dos 40 anos (INCA, 2019) Referências: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.loc al/files//media/document//estimativa-2020-in cidencia-de-cancer-no-brasil.pdf Acesso em: 17 outubro 2022. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Atlas da mortalidade. Rio de Janeiro: INCA, 2021. base de dados. Disponível em: https://www.inca.gov.br/app/mortalidade Acesso em: 18 jan 2021. Abbas, A. K.; Aster, J. C.; Kumar, V. Robbins & Cotran Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 4- Explicar como a neoplasia maligna favorece o desenvolvimento de trombose e tromboembolia. Referências: Fisiopatologia 5- Classificar e definir manchas púrpuras. 6- Relacionar meningite com coagulopatia. 7- Definir tromboembolismo pulmonar e associar aos fatores de risco para o desenvolvimento da Tríade de Virchow. Alguns cânceres tem o potencial de aumentar a produção de fatores de coagulação Pode ocorrer de ter ausência de produção do fator? E se tiver, medicamentos fazem efeito? Pois se ligam a Ib 8- Descrever as etapas da hemostasia. (Primária, Secundária, Fibrinolítica). Doenças Infectocontagiosas 9- Citar os principais agentes etiológicos da Perceba que a partir da ativação do FATOR X-A, o mecanismo é o mesmo para os dois. Remoção do coágulo 9- Citar os principais agentes etiológicos da meningite aguda e adquirida, sua transmissão, além dos sinais e sintomas. Meningite: inflamação das meninges. As meningites podem ser: 1. Bacterianas a) Neisseria meningitidis (meningococo) b) Haemophilus influenzae c) Streptococcus pneumoniae (estreptococo) d) Outras bactérias, ex. Mycobacterium tuberculosis, Klebsiella pneumoniae 2. Virais a) Enterovírus b) Arbovírus c) Vírus da caxumba d) Vírus do sarampo e) HIV 1 f) Varicela-zóster g) Epstein-Barr h) Citomegalovírus 3. Fúngica a) Candida albicans b) Cryptococcus neoformans c) Paracoccidioides brasiliensis4. Por protozoários a) Toxoplasma gondii b) Trypanosoma cruzi c) Plasmodium sp 5. Por helmintos a) Infecção larvária da Taenia solium b) Cysticercus cellulosae (cisticercose) Há também as meningites causadas por agentes não infecciosos, como doenças autoimunes, câncer e traumatismos. Transmissão: via respiratória, de pessoa a pessoa (principal); e por contiguidade, a partir de fístulas liquóricas entre nasofaringe ou ouvido externo e espaço subaracnóideo, originadas sobretudo em traumas e cujas principais manifestações são a rinorreia ou otorreia de líquor. O quadro clínico nas meningites agudas é muito variável segundo alguns fatores: 1. Idade: extremos de idade têm sintomatologia mais escassa; 2. Etiologia: alguns agentes são mais agressivos, outros, menos; 3. Estado imunológico do hospedeiro; 4. Tempo de evolução do processo: os quadros nas primeiras horas de evolução são mais difíceis de serem diagnosticados, visto que a sintomatologia é comum a qualquer quadro infeccioso (ex. cefaleia, febre); e 5. Utilização prévia de medicação sintomática: essas medicações não tratam a meningite, mas alteram os sintomas e a apresentação clínica, dificultando o diagnóstico. A apresentação clínica da meningite se dá pela sobreposição de 2 grupos de sinais e sintomas: • Sinais e sintomas neurológicos (irritação meníngea + sinais focais) • Sinais de sepse A irritação meníngea se associa a dois principais sinais: Sinal de Kernig: resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. Sinal de Brudzinski: flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia, ao se fletir a cabeça do paciente. Obs.: há pacientes, especialmente crianças de até 9 meses, que não apresentam os sinais clássicos de irritação meníngea. 10- Relacionar as principais bactérias causadoras de meningite no Brasil as suas características morfotintoriais. a) Neisseria meningitidis (meningococo) b) Haemophilus influenzae (coco bacilo) c) Streptococcus pneumoniae(estreptococo) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O hemograma apresenta-se com uma importante leucocitose, mas o diagnóstico principal é feito pelo líquor, através da punção lombar, que é realizada com pacientes em decúbito lateral, entre os espaços de L3-L4, L4-L5, L5-S1, sub-occipital ou ventricular (em crianças). O procedimento deve ser feito exclusivamente na Sala de Punção. São realizadas análises macroscópicas, bioquímicas, citológicas, bacteriológicas e micológicas no Laboratório de Bacteriologia. Lembrar sempre de coletar um mínimo de 1 ml (20 gotas de líquor). Transmissão: Por agente infeccioso e por contiguidade/vizinhança Hemostasia e Coagulação Sanguínea: Atuação das Plaquetas e a Cascata de Coagulação Tipo de meningite Aspecto do líquor Citometri a Citologi a Glicose Proteínas Cultura Coloração com a tinta da China Líquor normal Claro 0 a 5 - 2/3 da glicemia <40mg/dl Negativ a - Meningite bacteriana aguda Turvo ou purulento >500 PMN Diminuíd a >40mg/dl Positiva - Meningite bacteriana aguda em uso de antibiótico Claro ou pouco turvo <500 PMN ou MN Diminuíd a ou normal Normal ou aumentad a Positiva (rara) - Meningite tuberculosa Claro ou pouco turvo <500 MN Diminuíd a >40mg/dl Positiva (rara) - Meningite fúngica Claro <500 MN Diminuíd a ou normal >40mg/dl Negativ a Positiva Meningite viral Claro <500 MN Normal >40mg/dl Negativ a - 11- Diferenciar as alterações no licor presente na meningite viral e bacteriana. https://www.youtube.com/watch?v=dG73PqI9cNc Farmacologia 12- Listar as classes funcionais dos ópioides e descrever seu mecanismo de ação e os principais efeitos adversos. Programa de Prática Médica 13- Descrever a técnica do papanicolau e conceituar sua finalidade. Listar os fatores que levam as mulheres a não realizarem o preventivo. Saúde do Trabalhador 14- Definir o principal objetivo da ergonomia e determinar as condições mobiliárias de trabalho de acordo com a NR-17. (Cargo de Secretária). Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. 17.3.3 Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. 17.3.4 Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. Ética 15- Explicar a realização do diagnóstico de morte e definir a natureza jurídica do cadáver e sua posse. O próprio falecido, haja vista que este pode deixar uma disposição de última vontade, e caso assim o faça, a sua vontade é que deve prevalecer. Não existindo manifestação do mesmo, ficará a cargo da família decidir o melhor destino, seguindo a seguinte ordem: cônjuge, descendentes, ascendentes e colaterais até 4º grau. Há quem diga que na falta da família os amigos íntimos também teriam legitimidade. 16- Explicar se os médicos podem remover o suporte de vida em caso de morte encefálica contra a vontade da família do paciente. (Resolução 1826/2007 - CFM). 17- Refletir como comunicar o óbito a família do paciente. Nestas situações, "o médico deve ser capaz de enfrentar as reações emocionais dos familiares, tais como tristeza, raiva, culpa e auto-acusação", "ficando à disposição, oferecendo carinho, empatia, enfim presença". Deve ter sempre em mente que, "quando ocorre a morte, aqueles que ficam sentem um grande vazio em suas vidas, qualquer que seja a idade". Essas emoções devem ser equilibradas pelo profissional.
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