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Josi as 5 1 HIPÓTESE: Doenças crônicas associadas a negligência médica e ausência de terapia pós operatória de colecistectomia influenciam para evolução à óbito FISIOPATOLOGIA 1 - Descrever icterícia (causas, classificação e tipos). A icterícia (ou coloração amarelada da pele e dos tecidos profundos) é causada por níveis anormalmente altos de bilirrubina no sangue. Isso ocorre quando há um desequilíbrio entre síntese e eliminação de bilirrubina. A icterícia torna-se perceptível quando os níveis séricos de bilirrubina estão acima de 2,0 a 2,5 mg/dℓ (34,2 a 42,8 μmol). Os primeiros sinais de icterícia geralmente são difíceis de detectar, especialmente nos indivíduos de pele escura. A bilirrubina tem afinidade especial por tecidos elásticos. A esclerótica do olho, que contém teores altos de fibras elásticas, geralmente é uma das primeiras estruturas nas quais se pode detectar icterícia. As cinco causas principais de icterícia são: destruição excessiva de hemácias; captação reduzida de bilirrubina pelas células hepáticas; conjugação reduzida de bilirrubina; obstrução do fluxo de bile nos canalículos dos lóbulos hepáticos ou nos ductos biliares intra-hepáticos e extra-hepáticos; e produção extra-hepática excessiva de bilirrubina. Sob o ponto de vista anatômico, a icterícia pode ser classificada em pré-hepática, intra-hepática e pós-hepática. Em casos de tuberculose o paciente pode apresentar, pelo uso da Rifampicina, uma diminuição na captação hepática de bilirrubina indireta. Josi as 5 1 Não confundir Betacarotenemia de hiperbilirrubinemia, pois a coloração é mais alaranjada do que amarelada e também não há alteração na coloração da esclera. Colecistite: cálculos na vesícula Coledocolitíase: cálculos no ducto colédoco COlangite: infecção do sistema biliar Referências: NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 2 - Explicar o metabolismo da Bilirrubina associado ao desenvolvimento da Icterícia. Bilirrubina é o produto final da decomposição do grupo heme contido nas hemácias envelhecidas e é a substância que confere cor à bile. No processo de decomposição, a hemoglobina liberada das hemácias é metabolizada para formar biliverdina, que é rapidamente convertida em bilirrubina livre. A bilirrubina livre, que não é solúvel no plasma, é transportada no sangue ligada à albumina plasmática. Mesmo quando está ligada à albumina, essa fração da bilirrubina também é conhecida como bilirrubina livre, de forma a diferenciá-la da fração conjugada. À medida que passa pelo fígado, a bilirrubina livre é absorvida pela membrana celular dos hepatócitos e liberada da sua proteína transportadora (albumina). Dentro dos hepatócitos, a bilirrubina livre é convertida em bilirrubina conjugada, o que a torna solúvel na bile. A bilirrubina conjugada é secretada como um dos constituintes da bile e, desta forma, passa pelos ductos biliares e chega ao intestino delgado. No intestino, cerca de 50% da bilirrubina é convertida em uma substância altamente solúvel conhecida como urobilinogênio pela flora intestinal. Cerca de 20% do urobilinogênio produzido é absorvido para a circulação porta, enquanto o restante é excretado nas fezes. A maioria parte do urobilinogênio absorvido é devolvido ao fígado para ser excretado novamente na bile. Josi as 5 1 OBS: em situações fisiológicas, o rim excreta apenas urobilina e urobilinogênio, responsáveis pela cor amarelada na urina. Na colúria, o que ocorre é uma excreção de bilirrubina direta que sofreu refluxo e está dissolvida no plasma, dando a cor de chá mate à urina. Há uma enzima no intestino chamada beta- glucuronidase intestinal que converte parte da bilirrubina direta conjugada que chega ao intestino em bilirrubina indireta, e essa bilirrubina indireta volta a circular no sangue através da circulação entero-hepática. Diferenças diagnósticas entre icterícia hemolítica e obstrutiva. Os exames químicos de laboratório podem ser usados para diferenciar a bilirrubina não conjugada da conjugada no plasma. Na icterícia hemolítica, quase toda a bilirrubina está na forma “não conjugada”; na icterícia obstrutiva, está principalmente na forma “conjugada”. Um teste chamado reação de van den Bergh pode ser usado para diferenciar as duas. Quando ocorre a obstrução total do fluxo biliar, nenhuma bilirrubina pode atingir o intestino para ser convertida em urobilinogênio pelas bactérias. Portanto, nenhum urobilinogênio é reabsorvido no sangue e também não pode ser excretado pelos rins na urina. Consequentemente, na icterícia obstrutiva total, os testes de urobilinogênio na urina são completamente negativos. Além disso, as fezes adquirem cor esbranquiçada (acolia fecal) em virtude da falta de estercobilina e de outros pigmentos biliares. Outra diferença importante entre a bilirrubina não conjugada e a conjugada é que os rins podem excretar pequenas quantidades da bilirrubina conjugada altamente solúvel, mas não podem excretar a bilirrubina não conjugada ligada à albumina. Portanto, na icterícia obstrutiva grave, quantidades significativas de bilirrubina conjugada aparecem na urina. Esse fenômeno pode ser demonstrado simplesmente agitando-se a urina e observando a espuma, que fica intensamente amarela. Assim, ao compreender a fisiologia da excreção de bilirrubina pelo fígado e pelo uso de alguns testes simples, muitas vezes é possível diferenciar vários tipos de doenças hemolíticas e doenças hepáticas, bem como determinar a gravidade da doença. TIPOS DE ICTERÍCIA Pré-hepática: BI •Icterícia hepatocelular •Associada a um problema no fígado na conjugação ou excreção da bilirrubina •Causada por infecções virais, uso de medicamentos, doenças autoimunes ou neoplásicas Josi as 5 1 Hepática •Aumento da bilirrubina direta •Icterícia colestática ou obstrutiva •Ocorre por problemas no ducto biliar que impedem a excreção da bilirrubina no intestino •Causas: obstrução por cálculos biliares, tumores na árvore biliar •Presença de acolia fecal e colúria Pós-hepática •Aumento da bilirrubina direta •Icterícia colestática ou obstrutiva •Ocorre por problemas no ducto biliar que impedem a excreção da bilirrubina no intestino •Causas: obstrução por cálculos biliares, tumores na árvore biliar •Presença de acolia fecal e colúria ICTERÍCIA OBSTRUTIVA OU COLESTÁTICA Acontece quando temos algum problema no ducto biliar que faz com que não tenhamos a excreção da bilirrubina no intestino. Pode ser causada por cálculos biliares, tumor na árvore biliar, e quadros associados a colestase biliar, que faz com que tenhamos o refluxo da bile de volta para o hepatócito. Do hepatócito, essa bilirrubina volta para a corrente sanguínea e teremos um aumento da bilirrubina direta ou conjugada. Portanto, o aumento da bilirrubina direta ou conjugada é sinal de icterícia pós hepática ou obstrutiva. A icterícia intra-hepática ou hepatocelular é causada por distúrbios que afetam diretamente a função hepática de remover bilirrubina do sangue ou conjugá-la de forma que possa ser eliminada na bile. A conjugação da bilirrubina é reduzida sempre que as células hepáticas são destruídas, quando o transporte de bilirrubina às células hepáticas é reduzido, ou quando as enzimas necessárias à conjugação da bilirrubina estão ausentes. Doenças hepáticas como hepatite e cirrose são as causas mais comuns de icterícia intra-hepática. Fármacos como o anestésico halotano, anticoncepcionais orais, estrogênio, esteroides anabolizantes, isoniazida, rifampicina e clorpromazina também podem ser implicados com esse tipo de icterícia. Em geral, a icterícia intra-hepática ou hepatocelular interfere em todas as etapas do metabolismo da bilirrubina – captação, conjugação e excreção. Os níveis das frações conjugada e livre (não conjugada) aumentam, a urina geralmente é escura (colúria) em consequência da presença de bilirrubina na urina, e o nível sérico de fosfatase alcalina está ligeiramente elevado. A icterícia pós-hepática ou obstrutiva, também conhecida como icterícia colestática, ocorre quandoo fluxo da bile é obstruído entre o fígado e o intestino por uma obstrução localizada em qualquer ponto entre a junção do ducto hepático direito ou esquerdo e a área em que o ducto biliar drena dentro do intestino. Entre as causas desse tipo de icterícia Josi as 5 1 estão estenoses do ducto biliar, cálculos biliares e tumores do ducto biliar ou do pâncreas. Em geral, os níveis de bilirrubina conjugada estão aumentados, as fezes têm coloração cinza-clara em razão da ausência de bilirrubina na bile, a urina é escura, as concentrações séricas da fosfatase alcalina estão ligeiramente aumentadas e os níveis das aminotransferase estão um pouco elevados. Os níveis séricos dos ácidos biliares geralmente estão aumentados nos pacientes com esse tipo de icterícia. À medida que os ácidos biliares acumulam-se no sangue, o paciente começa a referir prurido. A queixa de prurido precedendo a icterícia é comum nos pacientes com icterícia obstrutiva. Referências: NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 3 - Interpretar as alterações dos exames laboratoriais relacionando ao caso. As alterações laboratoriais observadas foram: ● Bilirrubina direta: indicativo de icterícia pós-hepática ou hepática, já que a indireta não está elevada. ● Bilirrubina total ● GGT: indicativo de uma lesão de ducto biliar ● Fosfatase Alcalina: indicativo de coledocolitíase—> Obstrução dos ductos, icterícia pós-hepática ● Amilase ● Lipase ● Glicose ● HDL ● Triglicerídeos As enzimas que marcam a coledocolitíase são a fosfatase alcalina e gama GT. Na parede dos ductos biliares temos células epiteliais que possuem no seu citoplasma, bem próximo a sua membrana celular, duas enzimas: a fosfatase alcalina e a gama glutamil-transferase. Na presença de sais biliares acumulados, essas enzimas são liberadas na corrente sanguínea, aumentando sua concentração. Um aumento de fosfatase alcalina de 2-3x e de gama GT de 10-20x dá diagnóstico de estase do fluxo biliar. Essas enzimas NÃOOOO são específicas só do ducto biliar. A fosfatase alcalina está presente também no intestino, enquanto que a gama GT está presente também na próstata e nos ossos. No entanto, elas são importantes para diagnóstico da coledocolitíase e de doenças associadas à estase do fluxo biliar, pois a elevação de ambas as enzimas ao mesmo tempo indica estase biliar. Essa colestase pode ser intra-hepática ou extra- hepática. Se for intra-hepática, como no caso da colangite, teremos alteração de TGO e TGP associada. Referências: NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 4 - Diferenciar o diagnóstico da icterícia através das alterações enzimáticas. As provas de função hepática, inclusive níveis séricos das enzimas hepáticas, são usadas para facilitar o diagnóstico da doença, diferenciar entre diversos distúrbios, determinar a gravidade da Josi as 5 1 doença existente e monitorar as respostas ao tratamento iniciado. Em geral, níveis altos de enzimas hepáticas no soro indicam lesão hepática em estágio mais inicial que os outros indicadores da função hepática. As principais enzimas são alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), presentes nas células do fígado. Essas duas enzimas eram conhecidas como TGP (transaminase glutâmico-pirúvica sérica) e TGO (transaminase glutâmico-oxalacético sérica). ALT (antes TGP) é encontrada predominantemente no fígado, com concentrações menores nos rins, no coração e nos músculos esqueléticos. Portanto, ALT é um indicador mais específico de inflamação do que o AST, porque o AST também está elevado em doenças que comprometem outros órgãos, como coração ou músculos. AST também está elevado após infarto do miocárdio. Na maioria dos tipos de doença hepática, a atividade da ALT é maior do que a do AST; as exceções incluem hepatite alcoólica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Os níveis séricos de bilirrubina, γ-glutamiltransferase (GGT), 59-nucleotidase e fosfatase alcalina refletem a função excretora do fígado. A GGT está localizada no retículo endoplasmático dos hepatócitos e nas células epiteliais dos ductos biliares. Aparentemente, essa enzima é responsável por transportar aminoácidos e peptídios para as células hepáticas. A dosagem da GGT pode ajudar a diagnosticar o uso abusivo de etanol e é um indicador de doença hepatobiliar. O que colocar na resposta??? De maneira geral, o fígado remove, conjuga e secreta bilirrubina na bile. A icterícia ocorre quando a bilirrubina acumula-se no sangue. Isso pode ser causado por destruição excessiva das hemácias, incapacidade de o fígado remover e conjugar bilirrubina, ou obstrução do fluxo de bile. As provas de função hepática, inclusive as dosagens dos níveis séricos das aminotransferases, são usadas para avaliar a lesão das células hepáticas. Os níveis séricos de bilirrubina, GGT, 59-nucleotidase e fosfatase alcalina são utilizados como indicadores da função excretora do fígado. As enzimas que marcam a coledocolitíase são a fosfatase alcalina e gama GT Referências: NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. PATOLOGIA DE ÓRGÃOS E SISTEMAS 5 - Definir a causa da esteatose hepática com relação ao caso e como ela ocorre. Pathophysiology of Nonalcoholic Steatohepatitis Nonalcoholic steatohepatitis is a complex disease that is modulated by numerous mechanisms including metabolic, genetic, environmental, and gutmicrobial factors. Although the presence of steatosis is requisite for nonalcoholic steatohepatitis, the specific mechanisms that lead one patient to develop nonalcoholic Josi as 5 1 steatohepatitis and another to only have isolated steatosis are not well delineated. Visceral adipose tissue generates multiple signals that alter lipid and glucose metabolism, which lead to hepatic fat accumulation, and creates a proinflammatory milieu that triggers cellular injury in the liver and other tissues. A esteatose da paciente do caso dá-se em função de um quadro de hipertrigliceridemia A esteatose hepática (fígado gorduroso) caracteriza-se por acumulação de gordura nos hepatócitos. O fígado torna-se amarelado e aumenta de tamanho em consequência da acumulação excessiva de gordura. A patogênese da esteatose hepática não está totalmente esclarecida e pode depender da quantidade de álcool consumida, do teor de gordura da dieta, das reservas corporais de gordura, do estado hormonal e de outros fatores. A esteatose do caso é definida como não alcoólica. Sobrepeso, diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez, cirurgias e sedentarismo são fatores de risco para o aparecimento da esteatose hepática gordurosa não alcoólica. Referências: Rinella ME. Nonalcoholic fatty liver disease: a systematic review. JAMA. 2015 Jun 9;313(22):2263-73. 6 - Conceituar cálculos biliares, determinando seus tipos e sua patogenia (sinal patognomônico —> dor abdominal). Conceito: Cristais sólidos que se depositam na vesícula biliar. Os fatores de risco para os cálculos biliares de colesterol relacionam-se com a maior captação ou síntese de colesterol hepático ou aumento da secreção de colesterol biliar. Macetim: Fatores de risco para colelitíase = 6F ( Female, Forty, Fat, Fertility, Family, Food ) Patogênese Cálculos de colesterol: quando as concentrações de colesterol excedem a capacidade solubilizante dos sais biliares (supersaturação), o colesterol gera núcleos em cristais sólidos de monoidrato de colesterol. Quatro condições contribuem para a formação dos cálculos de colesterol: • A bile deve estar supersaturada com colesterol. • A hipomotilidade da vesícula biliar promove a nucleação do cristal. • A nucleação do colesterol na bile acelerada por microprecipitados de sais de cálcio (sais inorgânicos ou de bilirrubina). • A hipersecreção de muco na vesícula biliar captura os cristais, permitindo sua agregação em cálculos. Cálculos pigmentares: os cálculos pigmentares se formam no quadro da bilirrubina não conjugada (mais comumente devido acondições hemolíticas crônicas) e precipitação de sais de cálcio e bilirrubina. Em países subdesenvolvidos, cálculos pigmentares geralmente se formam porque as infecções biliares (p. ex., por Escherichia coli, Ascaris lumbricoides ou O. sinensis) promovem a desconjugação de glicuronídeos da bilirrubina. Aspectos Clínicos Josi as 5 1 Os sintomas incluem dor espasmódica, em cólica, devido à passagem dos cálculos nos ductos biliares (os cálculos menores causam sintomas com mais frequência do que os maiores). A inflamação associada da vesícula biliar (colecistite) gera dor abdominal superior direita. Complicações mais graves incluem empiema, perfuração, fístulas, inflamação da árvore biliar (colangite), colestase obstrutiva ou pancreatite e erosão dos cálculos biliares no intestino adjacente (íleo biliar). Secreções mucinosas claras em uma vesícula biliar obstruída provocam sua distensão (mucocele). Há, também, um risco maior de carcinoma da vesícula biliar. Colangite e Tríade de Charcot: Anotações aula: O aumento de pressão ativa a tripsina, e ela ativa as outras enzimas subsequente. Obstrução sem ser por cálculo (ampola de Water): álcool Ocorrem áreas de destruição celular: cicatrização (perda de função) Obstrução nos Ácinos, dentro da célula, a célula entra num processo de necrose e morre Referências: ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; MITCHELL, R.N. Fundamentos de Patologia - Robbins & Cotran - 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2012. 7 - Determinar a etiopatogenia da pancreatite aguda e crônica. O pâncreas protege-se contra a autodigestão enzimática por meio dos seguintes mecanismos: • As enzimas digestivas são sintetizadas como proenzimas inativas (zimógenos), acondicionadas dentro dos grânulos secretores. • Os zimógenos são tipicamente clivados para se tornarem enzimas funcionais pela tripsina, a qual, por si só, não é ativada até o precursor tripsinogênio encontrar a enteropeptidase duodenal (enteroquinase) no intestino delgado. • Células acinares e ductais secretam inibidores de tripsina, incluindo o inibidor da serina protease, Kazal tipo 1, limitando a ativação da tripsina intrapancreática. • Um nível baixo de cálcio induz a clivagem e inativação da tripsina. A pancreatite ocorre quando esses mecanismos protetores estão desequilibrados. Divide-se a pancreatite em duas formas: aguda e crônica; embora em ambas o início se dê com lesões que causam a autodigestão pancreática, suas características patológicas e clínicas são diferentes. Josi as 5 1 Pancreatite Aguda A pancreatite aguda é o dano parenquimatoso reversível associado à inflamação; 80% dos casos estão associados à doença do trato biliar (principalmente cálculos biliares) ou ao alcoolismo, tb está relacionada à hipertrigliceridemia. Patogênese: A pancreatite aguda resulta de liberação inapropriada e ativação das enzimas pancreáticas, que digerem parênquima e produzem inflamação; em particular, a ativação prematura do tripsinogênio é um evento-chave deflagrador. Pancreatite Crônica A pancreatite crônica é definida como uma inflamação com destruição e fibrose parenquimatosas irreversíveis; nos estágios finais, o parênquima endócrino também é destruído. A incidência varia de 0,04% a 5% da população; o paciente típico é do sexo masculino, de meia-idade. Suas causas se sobrepõem às da pancreatite aguda, mas o abuso de álcool a longo prazo é a mais comum; aproximadamente um quarto das pancreatites crônicas têm base genética. A obstrução do ducto pancreático de longa duração (cálculos ou neoplasia) e a lesão autoimune são outras etiologias. Patogênese: A maioria dos pacientes com crises recorrentes de pancreatite aguda desenvolvem pancreatite crônica. Como conceituar dor em cólica??? Na cólica quantas hrs o indivíduo tem de dor? Netter***** ● Até 6hrs o mecanismo de formação de dor é a compressão de terminações nervosas ● Referências: ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; MITCHELL, R.N. Fundamentos de Patologia - Robbins & Cotran - 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2012. 8 - Relacionar doença biliar a pancreatite. A colecistite relaciona-se à pancreatite a partir da obstrução da Ampola de Vater Haja vista que por obstruir a circulação das secreções exócrinas do pâncreas (pró-enzimas) há uma lesão desse órgão. As pró-enzimas são hidrolisadas e passam a ser ativadas gradativamente, tais enzimas, como amilase, lipase e tripsina, passam a digerir o pâncreas, desenvolvendo um quadro de pancreatite aguda. Josi as 5 1 Referências: ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; MITCHELL, R.N. Fundamentos de Patologia - Robbins & Cotran - 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2012. DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS 9 - Conceituar sífilis, suas fases, manifestações clínicas, seu manejo (tratamento,acompanhamento) e relacionar ao caso. É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis apresenta-se como doença primária (úlcera indolor ou cancro no local da infecção, com linfadenopatia regional e bacteremia), sífilis secundária (síndrome semelhante à gripe com erupção mucocutânea generalizada e bacteremia) e doença em estádio avançado (inflamação crônica difusa e destruição de qualquer órgão ou tecido); congênita (malformações multiorgânicas latentes, morte fetal) Diagnóstico: Microscopia de campo escuro ou imunofluorescência direta (IFA) são úteis se são observadas úlceras mucosas na fase primária ou secundária da sífilis. Tratamento, Prevenção e Controle ● A penicilina é o medicamento de escolha; doxiciclina é administrada caso o paciente seja alérgico à penicilina ● Práticas sexuais seguras devem ser estimuladas, e parceiros sexuais de pacientes infectados devem ser tratados ● Nenhuma vacina está disponível Como a paciente já realizou o tratamento e o contato com a bactéria deu-se a mais de 20 anos, a conduta nesse caso é a realização de exames de rotina. O monitoramento deve ser realizado com teste não treponêmico (VDRL, RPR, TRUST, por exemplo) e, sempre que possível, com o mesmo método utilizado no diagnóstico. Se o diagnóstico for realizado com VDRL, deve-se manter o seguimento com VDRL. É importante documentar a titulação do teste não treponêmico no início do tratamento, pois este servirá como base para o acompanhamento. Após o diagnóstico de sífilis ser estabelecido, os testes treponêmicos (FTA-Abs, teste rápido, TPPA, ELISA, por exemplo) não devem mais ser solicitados, pois permanecem reagentes para o resto da vida, mesmo após tratamento adequado. Após o tratamento, os testes não treponêmicos devem ser solicitados da seguinte forma: Em gestantes: mensalmente até o parto; e a cada 3 meses após o parto até completar 12 meses de acompanhamento. Na população geral: a cada três meses, por 1 ano (3, 6, 9 e 12 meses). Referências: Josi as 5 1 MURRAY, P.R. Microbiologia Médica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/i nfeccoes-sexualmente-transmissiveis/sifilis# :~:text=%C3%89%20uma%20Infec%C3%A 7%C3%A3o%20Sexualmente%20Transmis s%C3%ADvel,secund%C3%A1ria%2C%20l atente%20e%20terci%C3%A1ria).> Acesso em 22 de agosto de 2022. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/telessauders/pergunta s/sifilis/#:~:text=Quais%20exames%20solici tar%20ap%C3%B3s%20tratamento%20de %20um%20paciente%20com%20s%C3%A Dfilis%20adquirida%3F,-Tempo%20de%20L eitura&text=O%20monitoramento%20deve %20ser%20realizado,manter%20o%20segu imento%20com%20VDRL.> Acesso em 22 de agosto de 2022. SAÚDE DO TRABALHADOR 10 - Definir serviços de saúde, citar os riscos ocupacionais na área da saúde (NR). Serviços de Saúde são estabelecimentos destinados a promover a saúde do indivíduo, protegê-lo de doenças e agravos, prevenir e limitar os danos a ele causados e reabilitá-lo quando sua capacidadefísica, psíquica ou social for afetada. Os trabalhadores da saúde estão submetidos a uma série de riscos: físicos (calor, frio, umidade, radiações ionizantes), químicos (quimioterapia, glutaraldeído, detergentes enzimáticos, cloro), biológicos (bactérias, vírus, fungos, protozoários) e mecânicos e/ou ergonômicos (ligados à natureza biopsicossocial do ambiente de trabalho). NR 32 Referências: Portaria MTb n.º 485, de 11 de novembro de 2005. PPM 11 - Explicar a administração medicamentosa intramuscular, explicando os locais e quantidade para cada músculo (contra indicações e complicações). Referências: PAPP 12 - Definir as redes de atenção à saúde e sua importância. As Redes de Atenção à Saúde (RAS) organizam-se por meio de pontos de atenção à saúde, ou seja, locais onde são ofertados serviços de saúde que determinam a estruturação dos pontos de atenção secundária e terciária. Nas RAS o centro de comunicação é a Atenção Primária à Saúde (APS), sendo esta a ordenadora do cuidado. As Redes de Atenção à Saúde dividem-se em: Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência (RUE), Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiências (Viver Sem Limites), e Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. As redes buscam garantir a universalidade do atendimento em saúde, ou seja, ampliar Josi as 5 1 o acesso em tempo oportuno e de forma integral. Referências: Redes de Atenção à Saúde: a atenção à saúde organizada em redes/ Nerícia Regina de Carvalho Oliveira. - São Luís, 2016. ÉTICA E BIOÉTICA 13 - Diferenciar declaração, atestado e certidão de óbito. Enquanto o atestado é emitido por um médico para comprovar a morte de uma pessoa, a certidão é emitida por um cartório de registro civil. O atestado de óbito, também conhecido como declaração de óbito, é feito por um médico, ainda que a morte não tenha ocorrido dentro de um hospital. Referências: 14 - Determinar a diferença de SVO e IML comentando os artigos 83 e 84 A quem cabe atestar o óbito? Mortes por causas naturais: Com assistência médica: Causa conhecida: cabe ao médico que vinha assistindo o paciente ou, na sua ausência, ao médico plantonista do serviço de saúde que atendeu o paciente. Causa mal definida: encaminhar o cadáver ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Mortes por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes e eventos de intenção ignorada), independentemente do tempo decorrido entre o evento e a morte. Encaminhar o cadáver ao Instituto Médico Legal (IML) (artigo 2º da Resolução CFM 1601/2000), pois neste caso a DO só poderá ser emitida pelo IML. Na capital, os casos encaminhados ao SVO e/ou IML para necrópsia deverão ter a Guia de Encaminhamento de Cadáver preenchidas e enviadas a estes serviços (Diário Oficial do Município - Portaria SMS.G nº 781, 02/12/2004). Referências: CREMESP
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