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APG 26 s13p2 – Depois de nove meses você vê o resultado Faculdade de Medicina de Itajubá – 2020 Abertura: 16/11/2020 Fechamento: 19/11/2020 · Termos desconhecidos: Não há · Formulação do problema: Como ocorre a fecundação? · Brainstorming: · Embrião · Feto · Ovulogênese · Espermatogênese · Fecundação · Ciclo menstrual · Ovulação · Nidação · Conclusão: A fecundação é o processo pelo qual o espermatozoide se une ao ovócito para formar o zigoto. A partir do zigoto as células se dividem até dar origem ao embrião. · Objetivos: 1. Estudar como ocorre o processo da fecundação até a nidação 2. Compreender o ciclo ovariano Ciclo ovariano · Na puberdade, a mulher começa a ter ciclos mensais regulares, os quais são controlados pelo hipotálamo · O hipotálamo libera o GnRH (hormônio liberador de gonadrotrofinas), que estimula a adeno-hipófise a liberar as gonadotrofinas, FSH e LH, os quais estimulam as alterações cíclicas dos ovários · No início de cada ciclo, de 15 a 20 folículos no estágio primário (pré-antral) são estimulados a crescer pelo FSH · O FSH não é responsável pelo desenvolvimento dos folículos primordiais até o estágio de folículo primário, mas sem ele, os folículos primários morrem · A partir de um reservatório de folículos primários em formação, o FSH resgata de 15 a 20 folículos para se desenvolverem em folículos vesiculares · Em condições normais, apenas 1 desses alcança a maturidade plena e apenas um oócito é liberado, enquanto os outros degeneram · O FSH também estimula a maturação das células foliculares (granulosas) ao redor do oócito; oócito + células foliculares = folículo ovariano Oocitação · Nos dias que antecedem a oocitação (‘’ovulação’’), sob influência do FSH e LH, o folículo primário cresce rapidamente para se tornar um folículo maduro (folículo de Graaf) · Simultaneamente a isso, ocorre elevação abrupta de LH, o que faz com que o oócito complete a meiose I e o folículo entre no estágio maduro pré-ovulatório · 3 horas antes da oocitação, a meiose II inicia, mas o oócito fica parado na metáfase · Na superfície no ovário começa a surgir uma protusão, o estigma · Digestão das fibras colágenas que cercam o folículo · Aumento dos níveis de prostaglandina = causam contrações musculares na parede ovariana, extruem o oócito, que, junto com as células circunjacentes se solta (oocitação) e flutua para fora do ovário · Algumas das células foliculares se rearranjam ao redor da zona pelúcida para formar a coroa radiada Corpo lúteo · Após a oocitação, as células granulosas (foliculares), que permanecem na parede do folículo, sob a influência do LH, desenvolvem um pigmento amarelado e se tornam as células luteínicas, que formam o corpo lúteo e secretam estrógenos e progesterona · A progesterona, junto com alguns estrógenos, faz com que a mucosa uterina entre no estágio progestacional ou secretor, preparando-se para a implantação do embrião Transporte do oócito · Logo após a oocitação, as fímbrias da tuba uterina varrem a superfície do ovário e a própria tuba começa a se contrair ritmicamente · Esses movimentos de varredura carrega o oócito cercado por algumas células granulosas para a tuba · Na tuba, as células granulosas se retiram da zona pelúcida e perdem o contato com o oócito · Por contrações peristálticas tubárias e por cílios na mucosa tubária o oócito é movimentado até o lúmen uterino (aproximadamente 3 a 4 dias) Corpo albicans · Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo alcança o máximo de desenvolvimento 9 dias após a oocitação; após, o corpo lúteo encolhe por causa da degeneração das células lúteas (luteólise) e forma uma massa de tecido cicatricial, o corpo albicans; simultaneamente, a produção de progesterona diminui, causando o sangramento menstrual · Se ocorrer a fertilização, o corpo lúteo não degenera por causa da gonadotrofina coriônica humana, hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do embrião em desenvolvimento · O corpo lúteo continua a crescer e forma o corpo lúteo gravídico · As células lúteas continuam a secretar progesterona até o final do quarto mês, desse ponto em diante, elas regridem lentamente, conforme a secreção de progesterona pelo componente trofoblástico da placenta se torna adequada para a manutenção da gravidez Fecundação · Após o ovócito ser liberado a partir da ruptura do folículo, ele é levado para a tuba uterina pelos batimentos ciliares · A fertilização do ovócito pelo espermatozoide é resultado de um encontro ao acaso, auxiliado por moléculas químicas de atração produzidas pelo ovócito · Um ovócito pode ser fertilizado de 12 a 14 horas após a ovulação, enquanto o espermatozoide permanece viável no trato reprodutor feminino por cerca de 5 a 6 dias · Para fertilizar o ovócito, o espermatozoide deve penetrar a coroa radiata (camada externa de células frouxamente unidas) e a zona pelúcida (capa protetora de glicoproteínas) · Para passar por essas barreiras, o espermatozoide libera enzimas a partir do acrossomo da cabeça, essas enzimas dissolvem as junções celulares e a zona pelúcida, permitindo que o espermatozoide siga seu caminho em direção ao ovócito · O primeiro espermatozoide a encontrar o ovócito, encontra receptores ligadores de espermatozoides na membrana do ovócito e se liga · A fusão da membrana de ambos (espermatozoide e ovócito) inicia uma reação química, chamada de reação cortical, que impede que outros espermatozoides fecundem esse ovócito · Para completar, a parte que se fundiu das membranas do espermatozoide e do ovócito se abre, e o núcleo do espermatozoide entra no citoplasma do ovócito · Isso sinaliza para que o ovócito retome a meiose e complete a sua segunda divisão · Nesse ponto, os 23 cromossomos do espermatozoide se juntam aos 23 cromossomos do óvulo, criando o núcleo do zigoto com o material genético completo Nidação · O embrião em divisão leva de 4 a 5 dias para se mover da tuba uterina até a cavidade uterina · Sob a influência da progesterona, as células musculares lisas da tuba relaxam e o transporte ocorre lentamente · Quando o embrião chega ao útero, ele consiste em uma bola oca de cerca de 100 células, denominada blastocisto · Camada externa do blastocisto = origem ao cório, membrana que envolverá o embrião e dará origem a placenta · Camada interna = forma o embrião e três outras membranas extraembrionárias: âmnio (secreta o liquido amniótico em que o embrião fica mergulhado), alantoide (fará parte do cordão umbilical) e o saco vitelínico (que se degenera no inicio do desenvolvimento humano) · A implantação do blastocisto na parede uterina ocorre normalmente dentro de 7 dias após a fertilização · O blastocisto secreta enzimas que permitem que ele invada o endométrio, como um parasita se instalando no hospedeiro, enquanto isso, as células endometriais crescem ao redor do blastocisto até que ele seja completamente englobado · Conforme o blastocisto continua a se dividir e se torna um embrião, as células que se tornarão a placenta formam estruturas similares a dedos, as vilosidades coriônicas, que penetram no endométrio vascularizado · As enzimas liberadas pelas vilosidades rompem as paredes dos vasos sanguíneos maternos, assim, os nutrientes, gases e resíduos são trocados através das membranas das vilosidades
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