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FISIOLOGIA VEGETAL

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FISIOLOGIA VEGETAL 
 
ABSORÇÃO DA ÁGUA 
 
A água e sais minerais (seiva bruta) são absorvidos 
pela região pilífera da raiz. Os sais são divididos em: 
 
Macroelementos: necessários em maior quantidade. 
H, C, O, N, P, Ca, Mg, K, S 
Microelementos: necessários em menor quantidade. 
Cl, Fe, B, Mn, Na, Zn, Cu, Ni, Mb 
 
Rota simplástica: seiva bruta é transportada através 
do interior das células (célula-a-célula). Fornece maior 
filtração e controle do que entra na planta. 
Rota apoplástica: seiva bruta é transportada através 
da parede celular e espaços intercelulares. É mais 
rápido. 
 
Estrias de Caspary: força a seiva a passar dentro das 
células da endoderme, sendo filtrada. 
 
CONDUÇÃO DE SEIVA INORGÂNICA (BRUTA) 
 
O transporte de seiva bruta é feito a partir da raiz e 
por meio do xilema, composto de células mortas 
(traqueídes, elementos do vaso) por deposição de 
lignina e localizado internamente ao caule. 
 
Pressão positiva ou impulso da raiz: os sais entram 
por transporte ativo, que deixa a planta hipertônica 
com relação ao solo e faz a água entra por osmose. 
Restrita a plantas de pequeno porte de solo/ar úmido. 
 
Teoria da coesão-tensão-adesão: ao transpirarem, as 
folhas perdem água e ficam hipertônicas, tendendo a 
puxar, por osmose, a água do xilema. Como os vasos 
do xilema são muito finos, a água adere às suas 
paredes e, devido à coesão de suas moléculas, sobe 
por capilaridade. 
 
Gutação: excesso de seiva sai pelos hidatódios 
(estômatos sem capacidade de abertura e 
fechamento localizados nas extremidades das folhas) 
quando a transpiração é irregular. 
 
CONDUÇÃO DE SEIVA ORGÂNICA (ELABORADA) 
 
O transporte de seiva elaborada (translocação) é feito 
a partir das folhas e por meio do floema, localizado na 
casca do caule. 
Teoria do fluxo em massa ou equilíbrio osmótico: 
seiva elaborada se move das folhas (onde é 
produzida) para a raiz e caule (onde será consumida). 
A glicose sai das folhas para os tubos crivados por 
transporte ativo, aumentando a concentração 
osmótica e atraindo água, que sai do xilema para o 
floema, empurrando a seiva. Ao chegar na região de 
consumo, o açúcar sai do floema por transporte ativo 
e é consumido ou armazenado. 
 
Anel de Malpighi: retira-se um anel da casca de 
eudicotiledôneas, rompendo o floema e 
interrompendo a chegada de seiva elaborada, 
acarretando na morte da planta por falta de 
nutrientes. Como nas monocotiledôneas os vasos são 
dispersos, esse método não funciona. 
 
TRANSPIRAÇÃO 
 
A superfície foliar é responsável pela absorção de luz 
e Co2 atmosférico, necessários para fotossíntese. No 
entanto, quanto maior essa superfície, maior a perda 
de água por transpiração. Para contornar isso, plantas 
da caatinga possuem folhas menores ou adaptadas 
em espinhos. Já as da floresta amazônica, muito 
densa e úmida, têm maior superfície foliar para 
alcançar mais luz. 
 
Estomática: é a principal e ocorre através dos 
estômatos, controlada pelo organismo. 
Cuticular: é pouco eficiente e ocorre através da 
cutícula, sem controle do organismo. 
 
Quando a planta está desidratada, o hormônio ácido 
abscísico chega às células estomáticas e estimula a 
saída de íons K+. Assim, as células ficam menos 
concentradas e perdem água, ficando murchas e 
fechando o ostíolo (abertura entre as células 
estomáticas). Quando há umidade, o hormônio não 
atua, mantendo o aspecto túrgido (cheio) das células 
e abrindo o ostíolo. 
 
HORMÔNIOS VEGETAIS 
 
AUXINA (AIA – ácido-indolil-acético) 
⁕ estimula o crescimento a partir do alongamento das 
células. Em concentrações excessivas, inibe o 
crescimento 
⁕ controlam os tropismos, movimentos orientados 
em direção a um estímulo 
⁕ auxinas produzidas pelas gemas apicais do caule 
inibem as atividades das gemas próximas, 
estimulando formação de galhos 
⁕ muito presente durante o desenvolvimento do 
fruto. Se aplicada em ovários não fecundados, 
promove a partenocarpia 
⁕ causa a queda de folhas velhas 
 
CITOCININAS 
⁕ estimula o crescimento a partir da divisão celular 
⁕ auxilia na diferenciação celular e no crescimento de 
raízes 
⁕ retardam o envelhecimento (senescência) 
 
ETILENO 
⁕ promove o amadurecimento de frutos 
⁕ estimula a queda de folhas (abscisão foliar) no 
outono para economizar água 
 
GIBERELINA 
⁕ estimula o alongamento e divisão celular 
⁕ promove a germinação das sementes e a produção 
de flores e frutos 
 
ÁCIDO ABSCÍSICO (ABA) 
⁕ inibe o crescimento em meios não favoráveis 
⁕ promove a dormência de sementes e gemas 
⁕ conduz o fechamento dos estômatos 
 
MOVIMENTOS VEGETAIS 
 
TROPISMO 
Movimentos orientados por um estímulo, em função 
do crescimento. 
Tropismo positivo: cresce em direção ao estímulo 
Tropismo negativo: cresce oposto ao estímulo 
Fototropismo: crescimento em direção a luz que 
ocorre devido a distribuição de auxina (hormônio do 
crescimento) no lado sombreado. 
Gravitropismo: crescimento induzido pela gravidade. 
Geralmente a raiz cresce para baixo (gravitropismo 
positivo) e o caule para cima (gravitropismo negativo). 
Hidrotropismo: cresce em direção a umidade. 
Tigmotropismo: cresce em direção ao contato com 
um objeto sólido (gavinhas). 
Heliotropismo: movimento em direção ao sol durante 
o dia (girassol). 
Quimiotropismo: movimento direcionado por um 
estímulo químico (tubo polínico em direção ao óvulo). 
 
TACTISMO 
Deslocamento em direção a um estímulo. 
Quimiotactismo: deslocamento direcionado por um 
estímulo químico (anterozoides até a oosfera). 
Fototactismo: deslocamento direcionado pela luz 
(cloroplastos se deslocam em direção à luz). 
 
NASTISMO 
Movimentos não orientados, provocados por 
estímulos. 
Nictinastia: movimento de dormir das folhas. 
Tigmonastia: fechamento das folhas da dormideira e 
de plantas carnívoras. 
 
LUZ NO DESENVOLVIMENTO DA PLANTA 
 
FOTOCROMOS 
Pigmentos fotorreceptores presentes nas folhas que 
influenciam a floração e germinação. 
 
FOTOBLASTISMO 
Efeito da luz sobre a germinação das sementes. 
Fotoblásticas positivas: germinam apenas com luz. 
Fotoblásticas negativas: luz inibe a germinação. 
 
ESTIOLAMENTO 
Características de plantas que se desenvolvem no 
escuro. São elas: ausência de clorofila, folhas 
pequenas, caule muito longo e ápice em formato de 
gancho. 
 
FOTOPERIODISMO 
Mecanismo de floração em resposta à luz. A 
classificação é baseada no fotoperíodo crítico, tempo 
de luz necessário à planta. 
Plantas de dia curto: florescem quando o período 
iluminado é menor que o fotoperíodo crítico. Não 
florescem quando há interrupções de luz no período 
escuro. 
Plantas neutras: florescem independente do 
fotoperíodo 
Plantas de dia longo: florescem quando o período 
iluminado é maior que o fotoperíodo crítico.

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